quinta-feira, 28 de abril de 2011
Uma Carta:
Ao jornal Gazeta do Sul
Ficarei muito grata com uma possível publicação.
Ao ler a carta do professor e escritor Valdo Barcelos, intitulada "Desarmemo-nos", com relação à proposta de plebicito pelo desarmamento que o governo ensaia realizar, me vi compelida a fazer algumas considerações sobre suas afirmações.
-Quando ele diz que algumas ações dificultariam a ação de potenciais assassinos e de psicopatas , entre elas promovendo o desarmamento das pessoas - quero lembrar que as pessoas que estão armadas até os dentes , inclusive com armamentos exclusivos das Forças Armadas, sáo os bandidos, os marginais, os traficantes de drogas e armas, por exclusiva incuria do governo em nossas fronteiras. As outras pessoas ...90% da população civil e decente, não possui arma de fogo nem na forma de trabuco, entre as quais incluo eu e meus familiares. E o restante, uma ínfima minoria, as tem de forma legal, responsável e consciente. Não são estes que promovem massacres, portanto, forçar este raciocínio é uma leviandade e um desrespeito para com aqueles que optaram por ter armas de defesa, conforme a lei lhes permite.
-Quando o professor afirma que se deve desarmar todas as pessoas que não tem necessidade comprovada de usar armas, num país onde se vive em meio à violência, é tirar o natural direito de defesa à vida daquele cidadão que já vive sob ameaça diária e vê na na posse e uso da arma um instrumento de defesa da vida e não de ataque.
-Segundo relata o professor, as informação oficiais computam hoje cerca de 16 milhões de armas de fogo nas mãos de pessoas que não exercem funções na área de segurança pública. Mas o professor não esclarece o porcentual destas armas que estão nas mãos de criminosos, e claro está que é a grande maioria. Então eu pergunto: desta vez o governo vai tirar as armas dos bandidos ? E vai impedir que eles se armem novamente ? Ou vai repetir a falácia de filmar a destruição pública de armas de mais de cem anos, entregues ao governo pelos bons e simplórios cidadãos, só para servir de instrumento de propaganda?
-Quero só lembrar mais uma vez que o facínora que cometeu o massacre em Realengo não é louco, não rasga nota de cem reais, preparou tudo com muita antecipação, e adquiriu as armas - que sua mão assassina empunhou contra as crianças - das mãos também podres e assassinas de traficantes de armas e drogas.
-Termino dizendo que , apesar de ter perdido um filho de apenas 30 anos para um assaltante...entendo que foi a mente fria e maligna de um sociopata que o matou...a arma foi um revolver cuja bala atingiu o que de melhor tinha meu filho, o coração. Mas poderia ser uma faca, um estilete, uma tesoura...até mesmo uma chave de fenda...Basta que se queira matar uma pessoa...a arma está sempre à mão...não precisa ser arma de fogo.
O pior desta proposta de plebiscito de desarmamento neste momento nem é o alto custo implicado, já orçado em 1 bilhão de reais... mas sim o fato de ser uma medida diversionista para distrair a atenção da população de fatos muito graves que estão ocorrendo neste país...como por exemplo o retorno odioso da inflação.
Aliás, esclareço que eu votei muito bem no plebiscito sobre o desarmamento em 2005, que não passou de uma farsa , de uma peça de propaganda do governo petista, da resposta esperada pelas instituições internacionais que servem de cabide de emprego a uma esquerda populista e retrógrada.Votei contra a farsa...e repetirei meu voto caso o plebiscito seja realizado novamente, em evidente desrespeito à vontade popular já expressa no resultado do referendo de 2005.
Mara Montezuma Assaf - professora de História aposentada
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