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terça-feira, 12 de abril de 2011

07/04/08 – Bolsa ditadura: o melhor investimento do mundo.

Em 07 de abril de 2008 às 12:28 | por Bruno Engert Rizzo | 618 leitura(s)
Brasil, Opinião

A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou mais um lote de indenizações milionárias que beneficiam supostos prejudicados por crimes de Estado ocorridos durante o período do Regime Militar.

Essa Comissão de Anistia, cujo atual presidente é Paulo Abraão, criou uma verdadeira sinecura. Os valores arbitrados são um escárnio e levam à conclusão que o melhor negócio do mundo é ser terrorista, ou até não ser mas depois alegar que foi, para ganhar uma bolada que poucos brasileiros conseguem juntar durante uma vida inteira de trabalho honesto.

São jornalistas, cartunistas e indivíduos que se dizem torturados, perseguidos ou de alguma forma prejudicados e agora ficam ricos.

Vale mencionar, que alguns desses muitos patriotas que vêm sendo indenizados são verdadeiros terroristas, criminosos e assassinos. A luz de qualquer legislação penal seriam condenados pelos crimes cometidos e provavelmente amargariam 30 anos de prisão.

Mais absurdo é que as vítimas desses terroristas, muitas delas inocentes, têm direito a uma minguada aposentadoria por invalidez. Soldados e cidadãos que morreram vítimas de atentados terroristas perpetrados por esses patriotas pouco ou nada receberam.

Além das indenizações os anistiados e supostos perseguidos ou prejudicados receberão uma pensão vitalícia, superior inclusive ao teto de aposentadoria de muito trabalhador honesto com mais de trinta anos de labuta.

Esses indivíduos que se diziam grandes patriotas mostram agora a verdadeira face. Para que se tenha uma noção do descalabro dos valores das indenizações, seguem nomes e valores de um do milhares lotes de ações que estão sendo julgadas.

Mas essa é apenas uma pequena parcela da aberração produzida por essa Comissão de Anistia revanchista que parece até ser parte beneficiada pelas indenizações distorcidas por ela arbitradas.

Além da questão dos valores imoralmente elevados e incompatíveis com a realidade brasileira, os critérios de concessão de benefícios são incoerentes.

O caso mais escabroso e simbólico da atuação lesiva ao Estado Brasileiro da Comissão de Anistia seja o do ex-capitão do Exército Brasileiro, Carlos Lamarca.

Lamarca desertou roubando 62 fuzis e munição de sua unidade, assassinou, assaltou e cometeu extensa lista de crimes e atos terroristas, até ser morto pelo Exército Brasileiro em combate.

Em condições normais esse indivíduo seria julgado por crimes militares e condenado a penas elevadas. Jamais seria promovido sequer a major.

Entretanto, em 13/06/07, a Comissão de Anistia aprovou uma indenização de R$ 300 mil à viúva e aos filhos pelos quase 11 anos que viveram exilados em Cuba. Além disso, Lamarca recebeu uma promoção post-mortem ao posto de coronel com direito a uma pensão vitalícia para a viúva, no valor de R$ 12.152,61 correspondente a um soldo de general.

Esse é apenas um dos exemplos.

Criada em agosto de 2001, até 13/06/07 a Comissão de Anistia já analisou 29.079 pedidos de anistia. Desse total, 55% deles foram considerados procedentes, o que representou um ônus de R$ 2,3 bilhões nos últimos seis anos aos cofres públicos. Ou seja, em média foram de R$ 143.808,87 por indenizado, fora as pensões vitalícias.

Pior, restam ainda 28.558 pedidos a analisar até 2010.

Um indício de que estamos diante de uma sinecura, é a simples comparação dos valores destinados às indenizações no Brasil em decorrência de excessos do Regime Militar e das indenizações pagas na Alemanha pela fundação "Memória, Responsabilidade e Futuro" às vítimas do Regime Nazista.

Se hoje paira dúvida sobre grau de brutalidade do Regime Militar brasileiro, que segundo a Anistia Internacional fez 500 vítimas entre mortos, torturados exilados e desaparecidos, o mesmo não se pode dizer do Regime Nazista.

Lá sem dúvida houve brutalidade, campos de concentração, trabalhos forçados e outras barbaridades que até hoje assombram a consciência coletiva alemã. As indenizações pagas pelo Estado Alemão são mais do que merecidas.

Contudo, as disparidades entre os valores arbitrados lá e aqui, mostram mais uma vez que há algo de podre na Terra Brasilis.

Lá, os processos de indenizações se encerraram em 2007. Foram pouco mais de 660.000 vítimas que receberam ao todo 4,37 bilhões de euros.

Feitas as conversões (em 07/04/08: 1 euro = R$ 2,69) e calculado o valor médio das indenizações na Alemanha, chegamos a R$ 17.811,06.

Aqui, por enquanto estamos com uma média de R$ 143.808,87 por indenização, sem contar pensões vitalícias, que podem chegar a dobrar esses valores.

Com toda certeza a brutalidade do regime nazista não se compara aquela do Regime Militar brasileiro.

Outra questão duvidosa é quantidade de indivíduos que hoje pleiteiam indenizações.

Antes da criação da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, a lista de “vítimas” da ditadura que circulava inclusive na própria Anistia Internacional era de aproximadamente 500 ou 600 nomes.

Dentre essas vítimas havia alguns mortos em combates e até justiçados pela esquerda.

As vítimas inocentes ou aqueles que morreram no estrito cumprimento do dever profissional nunca foram devidamente apuradas. Algumas fontes falam em números que variam de 120 a 150 mortos. Grande parte desses nomes por coincidência também figuram em listas de “mensalões” e falcatruas recentes praticadas no Brasil.

Seja como for, de 600 para 57.637 que é o número indivíduos que reclamam indenizações na Comissão de Anistia, existe uma diferença altamente suspeita.

Estamos diante de uma farsa imoral construída pela esquerda que tentou dar um golpe se utilizando de terrorismo, assaltos a banco e todo tipo de crime previsto no código penal.

A tentativa de implantar um regime financiado por Cuba, China e União Soviética esbarrou na própria sociedade brasileira e os militares impediram o golpe.

Após o Regime Militar, veio uma anistia e os remanescentes daquela esquerda golpista criaram a Comissão de Anistia através da qual todos que, direta ou indiretamente participaram do movimento golpista, tentam se impor como vítimas para saquear os cofres da Nação.

O próprio ministro da Justiça é parte do esquema, pois cabe a ele homologar ou não os valores propostos pela Comissão. A aceitação de valores tão desprovidos até de bom senso só lançam suspeitas sobre todo processo.

Aberrações como estas que têm sido publicadas, levam a uma conclusão.

Não vale a pena trabalhar honestamente uma vida inteira. É melhor levantar uma bandeira revolucionária, partir para o crime, se exilar e pedir uma indenização. Esse com toda certeza, é disparado o melhor investimento do mundo.

Enquanto cidadãos de bem morrem a míngua nas portas dos hospitais pelo fato do Estado negar diariamente serviços essenciais, os cofres públicos são sangrados para recompensar, ladrões, sabotadores, criminosos e terroristas com indenizações milionárias.

Com toda certeza não existe um legítimo representante do povo na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. O Ministério da Justiça está promovendo uma grande ação entre amigos, que deveria ser tratado como crime de Lesa Pátria.
Ficam aqui duas perguntas.

1 - O que fariam hoje com um indivíduo que sob a bandeira de uma revolução para extirpar a corrupção do país partisse para a luta armada? Por certo seria morto em confronto ou preso e ponto.

2 - Qual será o tratamento dispensado a indivíduos da atual esquerda revolucionária, composta por grupos criminosos como MST, MLST e similares, caso venham a tombar em conflitos armados por eles provocados? Serão novas vítimas de crimes de Estado?

http://ofca.com.br/artigos/2008/04/07/070408-bolsa-ditadura-o-melhor-investimento-do-mundo/

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