A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DE GUERRILHEIRO A CORRUPTO

DE GUERRILHEIRO A CORRUPTO

E A PORTA VOZ DOS CHEFES MILITARES?


O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam.

A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora?

Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos, pelos terroristas de esquerda?

Com quantas mentiras se faz uma Comissão da Verdade?

Eu estou aqui é para desafinar o coro dos contentes mesmo! Não que eu faça questão de ir sempre contra as unanimidades porque supostamente burras — algumas não são. Se fossem, então estaríamos diante de uma unanimidade… burra, certo? Eu gosto é de lógica e não gosto de coisas explicadas ou ditas pela metade.

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam. Pode ser. Eu nunca me senti obrigado a ter a bênção militar para pensar isso ou aquilo. Por isso, não apóio comissão nenhuma! Parece que Genoino, 40 anos depois, resolveu aderir a uma nova máxima: "Se até os militares gostam…"

Vamos ao caso do dia.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário — aquela que foi a São Paulo deitar proselitismo contra a polícia mais eficiente do país —, esteve com a presidente Dilma e concedeu uma entrevista depois. Afirmou basicamente que espera contar com o apoio da oposição para a instalação da tal comissão e que nada divide, nesse particular, o governo e seus adversários. Certo.

A dita comissão, depois de uma longa negociação, vai contar a história oficial, segundo a ótica, dos direitos humanos, no período que vai de 1946 a 1985. O Brasil é um país exótico mesmo. Em 1946, dá-se a redemocratização, depois da ditadura do Estado Novo. Se era para ir tão longe, por que não chegar a 1937, quando Getúlio institui a ditadura escancarada — a de 1930 a 1937, foi uma ditadura mascarada.

Alguém poderia dizer: "É que houve uma anistia!" Ah, bom!!! E a de 1979? Não vale?

Quer dizer que vamos recontar 42 anos de história do Brasil e vamos deixar um ditador asqueroso, como o primeiro Getúlio, fora da parada por causa de oito aninhos só?

Essa história de voltar a 1946 é uma máscara hipócrita para inverter os algarismos: querem mesmo é se fixar no período que começa em 1964, nesse joguinho do doce revanchismo. A anistia de Getúlio, que torturou muito mais do que o regime militar, vale porque, afinal, vocês sabem, ele é o "nosso" (deles) doce ditador. Já a dos militares… É evidente que se trata de revanchismo soft, liofilizado, aparentemente cordato. A depender da evolução do debate, encrua-se a história.

"Se até o chefes militares concordam, quem é você para discordar?" Eu? Alguém com o direito de discordar dos militares, ora essa! A ditadura acabou, não é mesmo?

É curioso que os petistas, que vivem de satanizar os adversários, tentando lhes cassar a legitimidade para fazer política, se mostrem dispostos a dividir essa "dádiva", não é?

Comissão da Verdade? O terrorista Carlos Lamarca foi admitido no panteão dos heróis, com pagamento de indenização e até promoção post mortem. Assim, foi adotado pelo estado brasileiro como homem de bem. A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora? Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos aqui) pelos terroristas de esquerda?

Pois eu acho que não!

"Ai, como o Reinaldo é reacionário e direitista!" Sou, é? Acho bastante progressista, numa democracia, o respeito às leis. E o país aprovou uma Lei da Anistia. Essa é a questão de fundo. E há um outro aspecto importantíssimo, central mesmo: essa gente gosta de mistificar seu heroísmo passado para justificar suas lambanças presentes. Ao se fazerem de vítimas e de grandes paladinos da democracia, tentam justificar seus crimes de hoje.

Ah, sim: é bobagem me ofender. Já conheço todos os insultos. Quero argumentos convincentes, que não fiquem no puro proselitismo vitimista.

Texto publicado originalmente às 18h39 desta sexta

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reforço de caixa

Reforço de caixa

28 de setembro de 2011 | 3h 05

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

A reforma política que o PT está propondo à Câmara dos Deputados e que o ex-presidente Lula já encampou como bandeira de luta serve ao partido do poder, mas não serve ao eleitor nem serve para mudar, muito menos para melhorar, o sistema eleitoral vigente no País.

Em alguns aspectos, piora, e por isso é de suma importância que a sociedade se engaje nessa discussão com a mesma disposição com que se alistou no debate sobre a Lei da Ficha Limpa.

É certo que a exigência de vida pregressa sem contas abertas na Justiça para candidatos a representantes populares corre risco. O Supremo Tribunal Federal está para votar a constitucionalidade da lei e pode derrubá-la.

Mas, ainda assim, valeu a pena. Não fosse a pressão exercida sobre o Congresso no início do ano passado, o assunto continuaria fora da pauta nacional, seria apenas uma abstração. A manifestação do STF seja qual for obrigará a algum tipo de solução para o problema.

A dita reforma política engendrada pelo PT é desses assuntos que requerem toda atenção do público. Mais não fosse porque mexe no bolso de todos.

São dois os pontos principais: a instituição do voto em lista mitigado mediante um confuso método misto de escolhas partidárias e nominais e o financiamento das campanhas eleitorais.

Não há no horizonte da proposta nada que favoreça a correção do sistema representativo. O foco é dinheiro e poder.

Quando o PT fala em financiamento público de campanha busca construir um álibi para o julgamento do processo do mensalão no Supremo, baseado no principal argumento da defesa de que não houve corrupção, mas apenas adaptação do partido às exigências impostas pela realidade que obriga partidos e candidatos recorrerem a dinheiro de caixa 2.

Mas não é financiamento público de fato o que propõe o partido. É a constituição de um fundo partidário composto por dinheiro do Orçamento da União, a ser abastecido também por doações de pessoas físicas e jurídicas.

E sem o limite determinado. Hoje as pessoas físicas podem doar o equivalente a até 10% da renda declarada no IR e as jurídicas até 2% do faturamento anual.

Ou seja, ao sistema atual (piorado) acrescenta-se o financiamento público. De quanto? O TSE determinaria o montante, segundo o projeto. Mas, é possível fazer um cálculo aproximado, com base nos R$ 7 por eleitor já propostos em outras ocasiões.

Levando em conta os 135 milhões de eleitores registrados em 2010, teríamos quase R$ 1 bilhão reservado do Orçamento às campanhas. Somado aos atuais R$ 300 milhões do Fundo Partidário e aos cerca de R$ 800 milhões resultantes da renúncia fiscal das emissoras pela transmissão do horário eleitoral gratuito, o gasto público com os partidos ultrapassaria os R$ 2 bilhões.

Isso sem garantia de que não haveria caixa 2.

As doações do fundo dito público seriam distribuídas da seguinte maneira: 5% igualmente a todos os partidos, 15% a todas as legendas com representação na Câmara dos Deputados e 80% divididos proporcionalmente ao número de votos obtidos na eleição anterior.

Ou seja, os maiores partidos de hoje levam a maior parte do dinheiro, o que assegura que continuem sendo os mais fortes. Favoreceria o PT e o PMDB.

Garantida a parte do leão, a distribuição interna entre candidatos só dependeria de um acerto prévio entre as direções e as empresas interessadas, exatamente como é feito hoje.

Os beneficiados? Os eleitos pelas cúpulas do partido para integrar a lista fechada. Por esse sistema o que se teria cada vez mais é a submissão dos parlamentares às respectivas direções, que, no caso dos partidos no poder, significa dizer o governo.

Ah, mas há a possibilidade de se eleger nominalmente metade dos deputados. Por qual sistema?

Diz a proposta: "Dividir-se-á a soma aritmética do número de votos da legenda dados à lista partidária preordenada e dos votos nominais dados aos candidatos nela inscritos pelo número de lugares por eles obtidos, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher".

Não deu para entender? Pois é, pelo jeito essa é a ideia.

domingo, 25 de setembro de 2011

VERDADE: QUE PALAVRA PERIGOSA!

VERDADE: QUE PALAVRA PERIGOSA!

Que verdades buscará a comissão que está a ponto de nascer? As mesmas de Hitler? Quem sabe, as de Mussolini? Ou, ainda, as de Stalin. Tristes figuras, alquimistas políticos, capazes de transformar mentiras em verdades absolutas. Faz tempo que eles morreram. Mas, no Brasil, continuam influentes, à esquerda e à direita.

Os três pertenciam ao mesmo time: o totalitário. Contavam com o competente assessoramento de pessoas como Goebbels, para quem a mentira repetida à exaustão se tornaria verdade. Teoria que deu certo enquanto durou, sem antes causar a morte de 45 milhões de pessoas. "Ismo" era o sufixo que os irmanava e, ao mesmo tempo, transformava-os em competidores pela liderança mundial. O fascismo, de extrema direita, aliou-se ao nazismo, de esquerda. Ambos lutaram contra outro "ismo" de esquerda, o comunismo de Stalin. Quem pagou o pato, diga-se de passagem, foram os povos italiano, alemão e russo.

Os fascistas italianos foram simples coadjuvantes dos nazistas. Nunca é demais lembrar que nazista é a corruptela de nacional-socialista, como se auto-intitulam os filiados ao partido que hoje comanda o Brasil. Foram seus homólogos alemães que deram luz ao führer. À leste, Stalin usava métodos semelhantes, mais cruéis ainda, pois, quando o assunto era concentração de poder, não importava se milhões de pessoas fossem sacrificadas, mesmo que fossem do seu próprio povo.

As monarquias absolutistas tinham ficado no passado. Para aquela turma da pesada – Stalin, Hitler e Mussolini – o importante era tornar-se o neo-imperador, dono da vida e da morte dos seus súditos.

Alguém escreveu que "En l monarquias, a l l sita reales – mayormente l sitas y decorativas – l estado los ayuda a mantener su l s. Pero en l república (ah, que gran concepto!) democrática (ah, que peligrosa palavra!)…"

A maior ameaça para a verdade são os mentirosos. Da mesma forma, o grande inimigo da democracia são os falsos democratas. Quando estes chegam ao poder, a primeira vítima é a verdade. Se for preciso, compram-na de uma oposição venal.

Eles sabem, exatamente, onde encontrar as verdades que simulam buscar. Elas deveriam estar em suas consciências, mas não estão. Estão em seus fantasmas, mas o importante é o poder, pelo poder. Por isso, nunca revelarão a verdade que só eles conhecem, da qual deveriam se envergonhar. Escondem-na sob a capa da grande mentira que, seguindo Goebbels, vivem incessantemente a propagar. Jamais confessarão que abandonaram à própria sorte jovens que convenceram a se embrenhar em florestas como a do Araguaia.

Ávidos por indenizações milionárias, hoje são como as antigas famílias imperiais: " l sitas y decorativos, como l famílias reales de l monarquias; l estado los ayuda…" E como os ajuda!

Democracia, que bela palavra! Que perigosa palavra na boca de mentirosos!

General Hamilton Bonnat

sábado, 24 de setembro de 2011

Este é o momento certo - UNA-SE!

Este é o momento certo - UNA-SE!

O ATUAL MOMENTO E OS MILITARES

Por: Chris Campos - Levanta-se Brasil
O motivo da inércia de nossas FFAA em relação ao que acontece na política brasileira, com os constantes "saques" dos tributos e absolvição de políticos corruptos como se fossem "salvadores" da pátria. Um texto encontrado transmite todo o meu pensamento a respeito e abaixo trancrevo.

O Sacrifício de Andrômeda

A imensa vantagem da esquerda sobre as forças conservadoras (ou de direita) é que aquela é infinitamente mais bem organizada e articulada do que estas, mesmo sendo a minoria do pensamento de todo povo brasileiro.

O artigo Gado Fardado tem sido interpretado por alguns como sendo a prova de que nossas Forças Armadas estão acovardadas e que os comandantes militares perderam sua coragem. O post é passível desta interpretação, mas não é exatamente a mais correta. O texto não é uma afirmação, mas uma análise de como o silêncio pode ser visto como falta de pulso, de coragem. Afinal, fica por demais complicado de se entender porque nossos chefes se calam diante de tamanha falsificação da história brasileira que é diuturnamente incutida na cabeça de nossa juventude universitária, de onde sairão formadores de opinião e líderes de todos os setores. É claro que existem oficiais, subtenentes e sargentos marcados com a ideologia do partido. Mas estes compõem a minoria dos integrantes de nossas Forças Armadas. O problema é que o silêncio destas acaba por deixar margem para interpretações equivocadas. E é justamente isto o que está colocado naquele post.

O fato é que vivemos uma situação inusitada. A grande maioria da população é simpática aos militares e aos valores morais que eles defendem e representam.

Acontece que a minoria é barulhenta e faz parecer justamente o contrário. Estes estão no poder hoje (tanto político quanto cultural) e nos fazem crer que sua ideologia revolucionária e amoral é a vontade de toda a população o que, de fato, não é verdade. A imensa vantagem da esquerda sobre as forças conservadoras (ou de direita) é que aquela é infinitamente mais bem organizada e articulada do que estas, mesmo sendo a minoria do pensamento de todo povo brasileiro. Neste contexto, os militares também estão inseridos. A eles cabe a guarda das instituições e não das pessoas que as representam. A eles cabe manter a ordem de todo o Estado Brasileiro. A eles cabe garantir que, mesmo cercados por antigos desafetos, a segurança interna e as garantias individuais sejam respeitadas.

O movimento de 31 de março de 1964 não foi articulado pelos militares. Não saíram dos quartéis pura e simplesmente para acabar com a ameaça comunista. Eles atenderam o clamor popular da época pelo fim de atos de violência praticados pelo PCB e, especialmente, pela ameaça à propriedade privada sinalizada pelas reformas de João Goulart. Por trás de cada homem fardado estava (assim como hoje está) a vontade popular, a defesa do Brasil como nação livre que, por pouco, não se tornou mais uma república popular comunista com seus fuzilamentos, assassinatos e fome generalizada.


Hoje pode parecer que os comandantes militares, se acovardam diante do status quo. E foi justamente esta a essência do post "Gado Fardado": que, para quem enxerga de fora, nossos militares estão marcados e castrados, fruto do silêncio da instituição a respeito daqueles conturbados anos e da situação atual.

O problema é que a verdade precisa ser redescoberta pela população. É preciso que grupos de pessoas se reúnam, se organizem em busca dos fatos que ocorreram na nossa história recente. É preciso que se criem grupos de estudos conservadores que não tenham vergonha de sê-lo. Aqueles que possuem o conhecimento precisam difundí-lo e mostrar para nossa sociedade que ela não está sozinha, que por mais que a esquerda tente impor sua ideologia como sendo a vontade popular, a maioria conservadora brasileira estará atenta e organizada para, pelo voto, por artigos em jornais, produção cultural e partidos políticos devolver o país a seu verdadeiro caminho.

Enquanto isto não acontece nossos militares permanecem em silêncio, mas certos de suas convicções. De nada adianta a caserna se revoltar e retomar o poder à força pois, quando o fizer, estará perdendo a sua credibilidade. É preciso que a sociedade dita civil levante-se contra a doutrinação moral e ideológica que a envolve. Assim os aparentes gados fardados nada mais são do que a representação do grande rebanho brasileiro. Enquanto a população não despertar do transe os cidadãos fardados nada poderão fazer.

Os sargentos, oficiais, chefes e comandantes militares, aparentemente acovardados, não se esqueceram dos valores que moldam nossa sociedade. Não se esqueceram dos horrores do comunismo, e estão a par do que acontece em nosso país. Entretanto, não podem simplesmente agir e quebrar a atual conjuntura. Defendem, como já disse, as instituições, não as pessoas que as representam.

Como a princesa Andrômeda fizera pelo seu povo, oferecendo a vida à Posiedon, sacrificam seus ideias em prol de algo maior que é a estabilidade da nação. Resistem como rochas à toda sorte de críticas e provocações para manter viva a possibilidade de mudança sem derramamento de sangue. Mesmo amarrados por correntes invisíveis que restringem seus movimentos, os comandantes militares jamais deixaram de acreditar naquilo que sempre defenderam, sem se preocupar se sua determinação, coragem e honra serão questionadas. Suas convicções não serão abaladas por isso; não podem abalar-se por isto.

Precisam cumprir o seu juramento de defender a integridade e as intituições da pátria mesmo que custe a sua vida ou sua reputação.

Em algum tempo, a verdadeira história irá surgir. Em algum momento, pesquisadores sérios deixarão o mundo das ideias e partirão para a prática, organizando o difuso, porém majoritário, pensamento conservador. Em alguma hora, a maioria da população irá se organizar para resgatar aquilo que mais de 20 anos de governos de esquerda subtraíram de seus direitos, de sua moral e de sua religião. E, pelo voto e pelo despertar da hipnose, os verdadeiros representantes da maioria irão ascender aos cargos mais alto do poder.

Quando este dia chegar lá estarão os militares, prontos a legitimá-los e a defendê-los, como sempre fizeram. Tal como Andrômeda, o sacrifício não terá sido em vão. (origem)

COMENTO:

Os Generais de hoje, foram formados no antigo regime e estão atentos aos acontecimentos. Sua missão é garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem. Então por que não agem contra os acontecimentos? Estão impedidos por Dever Legal. A não ser que o clamor público provoque uma ação, nada será feito. Nós, sociedade, contribuímos para o que hoje se apresenta e só nós, sociedade, podemos reverter o atual quadro.

O momento é oprtuno para o inicio do "CLAMOR PÚBLICO", os atos contra a corrupção que irão acontecer neste 7 de setembro. Assim os militares estarão legitimados pelo POVO para interceder no atual quadro. O que não se pode fazer é lhes cobrar ação enquanto estas não estiverem legitimadas pelos verdadeiros DONOS do Poder, O POVO BRASILEIRO.

O empalamento das instituições

O empalamento das instituições

Poderíamos denunciar as várias agressões de que foram vitimas as Forças Armadas nas ultimas décadas. Elas, certamente, negarão.

Foram maltratadas, sacaneadas, envergonhadas, difamadas, estupradas e, em alguns casos, ridicularizadas.

Mas existe um prazer sádico na sequência de abusos, a vítima tem que emitir gritinhos de prazer ou engolir em seco, e revirar os olhinhos diante de tanta orgia. Talvez, os disciplinados subordinados tenham recebido ordens para disfarçar orgasmos e deleites.

E assim tem sido nas ultimas décadas.

A cada cacetada, como sadomasoquistas depravadas, as Instituições nem gemidos soltam. Aprenderam como satisfazer aos seus sádicos senhores.

Ah, mas com a Comissão da Verdade, o sadismo chegou às raias da loucura. Cansados de deflorar a incauta dama, os psicopatas se agigantaram.

A sanha e a depravação que foram levadas ao extremo chegaram ao seu limite. Era preciso muito mais, causar dor já não era mais suficiente, era preciso desmoralizar, envergonhar, cuspir, trucidar.

E assim, surgiu a ideia da criação de uma Comissão para o trucidamento final (?). E, após exaustivos estudos, ouviu - se uma voz. Que tal empalar?

Aplausos. É possível empalar a honra? Fisicamente, é. Mas a grandeza, a personalidade, também? Não sabemos, mas não custa tentar.

Quem quer ser empalado? E os três braços se levantaram ao mesmo tempo.

Quem quer ser o primeiro? Os três quase se atracaram em busca da primazia.

Agora, caberá a um grupo de notáveis esculpir uma tala, uma grossa e comprida estaca. Pois faz parte do empalamento, introduzir o instrumento no ânus do inimigo até surgir a sua ponta na boca da vitima.

Por quanto tempo? Dois anos. Provavelmente ao vivo e em cores pela televisão.

Mas nada impede que nas vésperas do seu final, amplie – se o prazo. Lembram - se da busca das ossadas? Perdemos as contas de quantas comissões foram nomeadas, num processo sem fim.

E os recursos para a Comissão? Provavelmente infinitos, pois basta pedir mais que eles serão repassados. Alguém duvida?

Não sabemos de empalados que tenham sobrevivido. Nem física, nem moralmente.

Aguardemos o que sobrará das instituições militares depois desta gratificante e gloriosa experiência.

Brasília, DF, 24 de setembro de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

PODE SER QUE ME ENGANE

PODE SER QUE ME ENGANE

Ferreira Gullar

Os principais fundadores do PT deixaram o sonho do igualitarismo e cuidam de seu próprio enriquecimento'.

Dando curso a minha tentativa de entender quem é esse cara chamado Lula, acrescento à crônica que publiquei aqui, faz algumas semanas, novas observações.Por exemplo, fica evidente que Lula e seu pessoal, ao chegar ao poder, elaboraram um plano para nele permanecer. Aliás, José Dirceu chegou a afirmar isso, poucos meses depois da posse de Lula na Presidência: "Vamos ficar no poder pelo menos 20 anos".

O mensalão era parte do plano. Descartar o PMDB e aliar-se a partidos pequenos para, em vez de lhes dar cargos ministeriais, lhes dar dinheiro. Sim, porque, para permanecer 20 anos no poder, era necessário ocupar a máquina do Estado, tê-la nas mãos, de modo a usá-la com finalidade eleitoral.Por isso, um dos primeiros atos de Lula foi revogar o decreto de Fernando Henrique que obrigava a nomeação de técnicos para cargos técnicos. Eliminada essa exigência, pôde nomear para qualquer função os companheiros de partido, tivessem ou não qualificação para exercer o cargo.Ocorreu que Roberto Jefferson, presidente do PTB, sublevou-se contra o mensalão e pôs a boca no mundo. Quase acaba com o governo Lula. Passado o susto, ele teve que render-se ao PMDB e distribuir ministérios e cargos oficiais a todos os partidos da base aliada. Não por acaso, os 26 ministérios que recebera de FHC cresceram para 37, mais 11.No primeiro momento, ele próprio deve ter visto isso como uma derrota, mas, esperto como é, logo percebeu que aquele poderia ser um novo caminho para alcançar seu principal objetivo, isto é, manter-se no poder.Se já não podia comprar os partidos aliados com a grana do mensalão, passou a comprá-los com outra moeda, entregando-lhes os ministérios para que os usassem como bem lhes aprouvesse: dinheiro ali é o que não falta. E assim, como se vê agora, nos ministérios dos Transportes, da Agricultura, do Turismo, cada partido aliado montou seu feudo e passou a explorá-lo sem nenhum escrúpulo.Lula, pragmático como sempre foi, fazia que não via, interessado apenas em contar com o apoio político que lhe permitiria garantir a sucessão, isto é, eleger Dilma. Essa candidatura inusitada -que surpreendeu e desagradou ao próprio PT- era a que convinha a ele, pelo fato mesmo de que se tratava de alguém que jamais sonhara com tal coisa e que, por isso mesmo, jamais se voltaria contra ele ou contrariaria seus propósitos. Não é por acaso que, regularmente, eles se encontram em jantares a dois, para acertarem os ponteiros e ele lhe dizer o que fazer.

Não estou inventando nada. Não só ambos já admitiram esses encontros como ela, recentemente, respondendo a uma jornalista que lhe perguntou se discordava de Lula, respondeu:

"Não posso discordar de mim mesma". Isso não exclui, porém, um fator contraditório: a necessidade que ela tem, como a primeira mulher presidente do Brasil, de afirmar sua autonomia. Cabem aqui algumas considerações. Todos sabem que o PT, nascido partido da esquerda revolucionária, não admitia deixar o poder, uma vez tendo-o conquistado. Os demais partidos aceitam a alternância no poder porque estão de acordo com o regime.

Já o partido revolucionário vem para implantar outro regime, que exclui os demais partidos. É claro que esse era o PT de 1980, que não existe mais, mesmo porque, afora o pirado do Chávez, ninguém em sã consciência acha que vai recomeçar o socialismo em Macondo, quando ele já acabou no mundo inteiro.Disso resulta que os principais fundadores do PT abandonaram o sonho da sociedade igualitária e cuidam de seu próprio enriquecimento. Por esperteza e conveniência, porém, tentam fingir que se mantêm fiéis aos ideais socialistas. Desse modo, dizendo uma coisa e fazendo outra, enganam os mal informados, enquanto usam o poder político e institucional para intermediar interesses de grupos econômicos nos contratos com o Estado brasileiro.Ideologicamente, é preciso distinguir Lula do PT, ou de parte dele, que não consegue aceitá-lo como um partido igual aos outros nem perceber Lula como ele efetivamente se tornou.

Nada mais esclarecedor do que vê-lo chegar a Cuba em companhia do dono da Odebrecht, no avião particular deste, para acertar as coisas com Fidel Castro.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

PODE SER QUE ME ENGANE

PODE SER QUE ME ENGANE

Ferreira Gullar

Os principais fundadores do PT deixaram o sonho do igualitarismo e cuidam de seu próprio enriquecimento'.

Dando curso a minha tentativa de entender quem é esse cara chamado Lula, acrescento à crônica que publiquei aqui, faz algumas semanas, novas observações.Por exemplo, fica evidente que Lula e seu pessoal, ao chegar ao poder, elaboraram um plano para nele permanecer. Aliás, José Dirceu chegou a afirmar isso, poucos meses depois da posse de Lula na Presidência: "Vamos ficar no poder pelo menos 20 anos".

O mensalão era parte do plano. Descartar o PMDB e aliar-se a partidos pequenos para, em vez de lhes dar cargos ministeriais, lhes dar dinheiro. Sim, porque, para permanecer 20 anos no poder, era necessário ocupar a máquina do Estado, tê-la nas mãos, de modo a usá-la com finalidade eleitoral.Por isso, um dos primeiros atos de Lula foi revogar o decreto de Fernando Henrique que obrigava a nomeação de técnicos para cargos técnicos. Eliminada essa exigência, pôde nomear para qualquer função os companheiros de partido, tivessem ou não qualificação para exercer o cargo.Ocorreu que Roberto Jefferson, presidente do PTB, sublevou-se contra o mensalão e pôs a boca no mundo. Quase acaba com o governo Lula. Passado o susto, ele teve que render-se ao PMDB e distribuir ministérios e cargos oficiais a todos os partidos da base aliada. Não por acaso, os 26 ministérios que recebera de FHC cresceram para 37, mais 11.No primeiro momento, ele próprio deve ter visto isso como uma derrota, mas, esperto como é, logo percebeu que aquele poderia ser um novo caminho para alcançar seu principal objetivo, isto é, manter-se no poder.Se já não podia comprar os partidos aliados com a grana do mensalão, passou a comprá-los com outra moeda, entregando-lhes os ministérios para que os usassem como bem lhes aprouvesse: dinheiro ali é o que não falta. E assim, como se vê agora, nos ministérios dos Transportes, da Agricultura, do Turismo, cada partido aliado montou seu feudo e passou a explorá-lo sem nenhum escrúpulo.Lula, pragmático como sempre foi, fazia que não via, interessado apenas em contar com o apoio político que lhe permitiria garantir a sucessão, isto é, eleger Dilma. Essa candidatura inusitada -que surpreendeu e desagradou ao próprio PT- era a que convinha a ele, pelo fato mesmo de que se tratava de alguém que jamais sonhara com tal coisa e que, por isso mesmo, jamais se voltaria contra ele ou contrariaria seus propósitos. Não é por acaso que, regularmente, eles se encontram em jantares a dois, para acertarem os ponteiros e ele lhe dizer o que fazer.

Não estou inventando nada. Não só ambos já admitiram esses encontros como ela, recentemente, respondendo a uma jornalista que lhe perguntou se discordava de Lula, respondeu:

"Não posso discordar de mim mesma". Isso não exclui, porém, um fator contraditório: a necessidade que ela tem, como a primeira mulher presidente do Brasil, de afirmar sua autonomia. Cabem aqui algumas considerações. Todos sabem que o PT, nascido partido da esquerda revolucionária, não admitia deixar o poder, uma vez tendo-o conquistado. Os demais partidos aceitam a alternância no poder porque estão de acordo com o regime.

Já o partido revolucionário vem para implantar outro regime, que exclui os demais partidos. É claro que esse era o PT de 1980, que não existe mais, mesmo porque, afora o pirado do Chávez, ninguém em sã consciência acha que vai recomeçar o socialismo em Macondo, quando ele já acabou no mundo inteiro.Disso resulta que os principais fundadores do PT abandonaram o sonho da sociedade igualitária e cuidam de seu próprio enriquecimento. Por esperteza e conveniência, porém, tentam fingir que se mantêm fiéis aos ideais socialistas. Desse modo, dizendo uma coisa e fazendo outra, enganam os mal informados, enquanto usam o poder político e institucional para intermediar interesses de grupos econômicos nos contratos com o Estado brasileiro.Ideologicamente, é preciso distinguir Lula do PT, ou de parte dele, que não consegue aceitá-lo como um partido igual aos outros nem perceber Lula como ele efetivamente se tornou.

Nada mais esclarecedor do que vê-lo chegar a Cuba em companhia do dono da Odebrecht, no avião particular deste, para acertar as coisas com Fidel Castro.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

COMISSÃO DA VERDADE E PROLEGÔMENOS

COMISSÃO DA VERDADE E PROLEGÔMENOS

Jarbas Passarinho

http://www.dzai.com.br/aricunha/blog/aricunha?tv_pos_id=90809



Os guerrilheiros vencidos na luta armada do Araguaia jamais aceitaram a Lei da Anistia, votada por um Congresso pluripartidário em 1979 aprovada por maioria, contra a minoria numa sessão fortemente tumultuada pela esquerda radical. Desde então seus componentes têm feito da revogação da Lei de Anistia, uma obsessão que dura 32 anos. O precedente se deve à Emenda Constitucional n.11 de outubro de 1978, que restabeleceu as liberdades democráticas fundamentais. Em eleições gerais sucessivas, não tendo vencido, os radicais associaram-se ao PT, o estandarte que os recebeu como minoria útil nas eleições presidenciais quando reiteradas vezes só têm eleito cinco ou seis deputados, sua cota de aceitação popular. Vitorioso, Lula deu à ala mais resistente, o PC do B, por oito anos, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Primeiro recorreram ao Parlamento, na tentativa de anular a lei. Não obtendo apoio dos pares, recorreram ao Supremo Tribunal Federal, obcecados por obter a revogação da discutida lei cujo objetivo, para o governo João Figueiredo, não pressupunha perdoar os vencidos na luta armada do Araguaia mas conciliar a família brasileira. O Supremo negou provimento à ação esdrúxula. Manteve a vigência da lei.

Indo além no cadinho que manipula o ódio misturado certamente com calúnias, a OEA perfilhou o absurdo. Não lhe bastando submeter o Brasil ao vexame de explicar-se por crimes resultantes de ofensa aos Direitos Humanos ao violar a Convenção de Genebra, insinuam apelar para o Tribunal Penal Internacional de Haia (TPH que processa responsáveis por barbaridade na guerra da Bósnia contra a população civil muçulmana, inclusive estupros de mulheres muçulmanas "para purificação genética". Entre eles o ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic, morto por ataque cardíaco, o general Perisic comandante do Exército iugoslavo, subordinado a Milosevic, condenado a 27 anos de prisão e outro general herói da guerra da Bósnia e mais dois coronéis, todos responsáveis por massacres de civis. A comparação com torturas chega a ser torpe. Por esses abusos os exércitos alemães (Gestapo), francês (pára-quedistas na luta de descolonização da Argélia) e os americanos, no Iraque seriam considerados crimes hediondos. No Brasil os queixosos esquecem que praticaram crime pior como atentados terroristas e assassinatos seletivos, crimes contra a humanidade, o que a OEA não viu ao conceder apoio solidário aos reclamantes. A última tentativa na mais recente reunião com o então Ministro da Defesa Nelson Jobim, parecia dar uma solução de comum acordo, reconhecendo equivalentes os dois tipos de crime, que a Constituição assim escreve como incapazes de ser anistiados. A ministra do PC do B, presente à reunião, segundo a mídia, concordou que a Comissão da Verdade averiguasse também os abusos dos guerrilheiros, selecionando o atentado terrorista no aeroporto do Recife e os assassinatos seletivos de vítimas civis e militares até por engano de pessoa.

José Genoíno, ex-deputado federal pelo PT, hoje assessor do Ministro da Defesa, é encarregado de coordenar o texto do projeto, que dormia na Câmara há dois anos.

Não prosseguia segundo o processo legislativo respeitando a pública declaração da presidente da República, à mídia, do desinteresse da maoria gela votação de matéria traumática. A presidente Dilma, por motivo que só a ela cabe julgar, mudou recentemente de posição e o projeto transformou-se em urgente.

Pela primeira vez a tramitação do projeto conta com o beneplácito dos três comandantes da Forças singulares, que aprovaram o esforço do seu assessor, no sentido de dar urgência à composição da comissão prevista de sete notáveis para o estudo preliminar do texto do projeto que "investigará torturas na ditadura militar". A mais recente reunião de que fez parte o ex. Ministro Nelson Jobim, presente e concordante a ministra Maria do Rosário, incluía a investigação dos atos terroristas na luta, citando nominalmente o atentado no Aeroporto dos Guararapes, no Recife e assassínios seletivos.

A escolha do assessor com tanta autoridade é uma oportunidade rara de julgar a tortura, que teria sofrido, e conhecer o bárbaro assassinato de um adolescente, para servir de escarmento, pelo seu próprio grupo de guerrilheiros. A pequena tropa de combate aos guerrilheiros comandada pelo capitão Lício Maciel (Livro Guerrilha do Araguaia, p.40 e seguintes), prendeu José Genoíno, de codinome Geraldo que foi retirado da frente de combate sem sofrer qualquer violência. O Capitão Licio gravemente ferido, num encontro com o Grupo Militar da guerrilha, em que houve mortes, foi também evacuado. Recuada a tropa, após o ferimento do seu comandante, os guerrilheiros camaradas de Genoíno, informados de que João Pereira, adolescente de 17 anos de idade, filho de um pequeno fazendeiro, fora o guia dos poucos militares até localiza-los na mata. Na frente dos pais, fatiaram seu corpo em partes e concluíram por facadas no coração. Deixaram claro que era uma represália para servir de escarmento a quem auxiliasse a tropa que os perseguiam

Discurso de comandante!!!!

Discurso de comandante!!!!


ORDEM DO DIA DO Cmt INTERINO DA 3ª Bda CMec - Bagé-RS

Cel Mário Luiz de Oliveira, Ch EM da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada!

Seu discurso não poderia ser mais verdadeiro, direto e oportuno.

Parabéns pela sua coragem!!!!

REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA DE 31 DE MARÇO DE 1964

Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada !

Há 46 anos atrás, o presidente da República, João Goulart, era deposto.

Uns chamam esse acontecimento de golpe militar, outros, de tomada do poder. Para nós, brasileiros, ocorreu a Revolução Democrática de 1964, que afastou nosso querido país de uma ditadura comunista, cruel e sanguinária, que só os irresponsáveis, por opção ou por descuido, não querem enxergar.

A grande maioria de vocês, principalmente os mais jovens, foram cansativamente expostos à idéia transmitida pela propaganda política, inserida nas salas de aula, nos ditos livros didáticos, nos jornais, programas de rádio e de TV, que os militares tomaram o poder dos civis para impedir que reformas moralizantes fossem feitas; que para combater os "generais que usurparam o poder" os jovens da época uniram-se e lutaram contra a ditadura militar e que muitos deles morreram, foram mutilados, presos e torturados na luta pela redemocratização do país; que jovens estudantes, idealistas, embrenharam-se nas matas do Araguaia para lutar contra a ditadura. Erro! O nome de arquivo não foi especificado.

Mas qual é a verdade sobre o Movimento de 31 de março ?

Para responder a esta pergunta, basta tão simplesmente voltarmos nossas vistas para aquela conturbada época da vida nacional. O país vivia no caos. Greves políticas paralisavam os transportes, as escolas, os bancos etc. Filas eram feitas para comprar alimentos. A indisciplina nas Forças Armadas era incentivada pelo governo. João Goulart queria implantar suas reformas de base à revelia do Congresso Nacional. Os principais jornais da época exigiam a saída do presidente, em nome da manutenção da democracia. Pediam para que os militares entrassem em ação, a fim de evitar que o Brasil se tornasse mais uma país dominado pelos comunistas. O povo foi às ruas pedindo o fim daquele desgoverno, antes que fosse tarde demais.

E, assim, aconteceu o 31 de março !

Naqueles dias seguintes, editoriais e mais editoriais exaltando a atitude patriótica dos militares eram publicados, nos mesmos jornais que, hoje, caluniam a Revolução...

Os comunistas que pleiteavam a tomada do poder não desanimaram e passaram a insuflar os jovens, para que entrassem numa luta contra seus irmãos, pensando que estariam lutando contra a ditadura. E mentiram tão bem que muitos acreditam nisso até hoje.

E foi com essa propaganda mentirosa que eles iludiram muitos jovens e os cooptaram para as suas organizações terroristas. A luta armada havia começado.

Foram vários atos terroristas: atentados a bomba no aeroporto de Recife, em quartéis do Exército, em instalações diplomáticas de outros países; seqüestros e assassinatos de civis, militares e autoridades estrangeiras em solo brasileiro.

A violência revolucionária havia se instalado.

Naquela época, os terroristas introduziram no Brasil a maneira de roubar dinheiro com assaltos a bancos, a carros fortes e a estabelecimentos comerciais. Foram eles os mestres que ensinaram tais táticas aos bandidos de hoje. Tudo treinado nos cursos de guerrilha em Cuba e na China.

As polícias civil e militar sofriam pesadas baixas e não conseguiam, sozinhas, impor a lei e a ordem.

Para não perder o controle da situação, o governo decretou medidas de exceção, pelas quais várias liberdades individuais foram suspensas. Foi um ato arbitrário, mas necessário. A frágil democracia que vivíamos não se podia deixar destruir.

Graças ao Bom Deus e Senhor dos Exércitos, vencemos a besta-fera !

Os senhores sabiam disso ? Com quantas inverdades fizeram "a cabeça de vocês" ! Foi a maneira que os comunistas encontraram para tentar justificar a sua luta para implantar um regime do modelo soviético, cubano ou chinês no Brasil.

Por intermédio da mentira, eles deturparam a História e conseguiram o seu intento. Alguns de vocês que não nasceram naquela época, chegam mesmo a acreditar no que eles dizem...

E por que essas mentiras são repetidas até hoje ?

Por que passado quase meio século, ainda continuam a nos caluniar? Qual será o motivo desse medo e dessa inveja?

Esta resposta também é simples:

É porque eles sabem que nós, militares, não nos deixamos abater pelas acusações contra as Forças Armadas, porque, na verdade, apenas cumprimos o dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista, perigo esse que já anda ao derredor do nosso Brasil, só que com outra maquiagem.

É porque eles sabem que nós, militares, levamos uma vida austera e cultivamos valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois temos consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que realizar orgias com o dinheiro público.

É porque eles sabem que nós, militares, temos como norma a grandeza do patriotismo e o respeito sincero aos símbolos nacionais, principalmente a nossa bandeira, invicta nos campos de batalha, e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma e o conteúdo.

É porque eles sabem que nós, militares, temos orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos.

É porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos governos militares, ela foi pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter a contaminar por inteiro um ideal.

É porque eles sabem que nós, militares, somos disciplinados e respeitamos a hierarquia, ainda que tenhamos divergências com nossos chefes, pois entendemos que eles são responsáveis e dignos de nossa confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas.

É porque eles sabem que nós, militares, não nos dobramos à mesquinha ação da distorção de fatos que há mais de 40 anos os maus brasileiros vem impondo à sociedade, com a clara intenção de impor-lhe a idéia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutaram pela democracia, quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos,' sempre foi - e continua sendo – o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido.

É porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui a nós, militares, e às Forças Armadas - por maiores que sejam os nossos defeitos e limitações - não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.

Soldados da Brigada Patrício Corrêa da Câmara ! Pertencemos ao Exército Brasileiro, brasileiro igual a todos nós e com muito orgulho no coração.

Exército invicto nos campos de batalha, onde derrotamos comunistas, nazi-fascistas, baderneiros, guerrilheiros, sabotadores, traidores da Pátria, conspiradores, predadores do patrimônio público, bandidos e terroristas.

Mas retornemos agora nossas vistas para o presente... O momento é decisivo para o Brasil, e por conseguinte, para todos nós, brasileiros. Mas será que estamos realmente conscientes disso ?

Parece que não ! O País vive em um clima de oba-oba, tipo "deixa a vida me levar, vida leva eu"... O dinheiro público é distribuído em alguns tipos de bolsas, umas de indisfarçável cunho ideológico revanchista e, outras, voltadas ao assistencialismo, nunca na história desse País visto em tão larga escala... A mídia satura a grande massa, "coincidentemente" o grande colégio eleitoral, com programas televisivos de baixíssima qualidade cultural, de cunho nitidamente apelativo, fabricando falsos heróis, que corroem os valores cristãos do nosso povo... como que distraindo-o, a fim de impedi-lo de enxergar o que anda acontecendo por aqui e ao nosso redor : situações idênticas ocorridas no Brasil e em outros países são tratadas de formas diferenciadas, conforme a simpatia ideológica; a palavra empenhada, as posições firmadas e documentos estratégicos são trocados ou modificados conforme a intensidade da reação da opinião pública, tornando transparente a falta de seriedade no trato dos destinos do Brasil, ou pior, revelando as verdadeiras intenções, ocultas e hediondas. Senão bastasse, serviçais de plantão vem à mídia tentar explicar o inexplicável, isso quando não jogam a culpa na opinião pública, dizendo que foi ela quem entendeu de forma errada ou procuram fazer-se de vítimas face à suposta campanha difamatória, quando na verdade os fatos estão aí, as claras …

No entanto, parece que as pessoas encontram-se anestesiadas, apenas "vivendo a vida", discutindo qual a melhor cerveja, ou quem deve ser eliminado da casa, se tal jogador deve ser convocado...

O que vemos hoje já era utilizado nos tempos do antigo Império Romano, a estratégia do "pão e circo: dê ao povo comida e diversão de graça e ele esquecerá seus problemas..."

Porém, ao longo da História da civilização, diversas personalidades já apontavam para os perigos desses momentos de desesperança, destacamos : Martin Luther King - "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons..." ; Burke - "Para o mal triunfar, basta os homens de bem não fazerem nada..." ; Mario Quintana - "O que mata um jardim não é o abandono ! O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem passa indiferente por ele" ; e Rui Barbosa - "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto" .

Não ! Não deixaremos que os inimigos da Pátria venham manchar sua honra ou deturpar seus valores cristãos. Não envergonharemos nossos antecessores, os quais nos legaram esse Brasil-Continente, livre e soberano !

Soldados da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, estaremos sempre atentos e, se o Bom Deus e Senhor dos Exércitos assim o desejar, cumpriremos nossa sagrada missão de defender a Pátria. Que seja isso, ou que o sol, sem eflúvio, sem luz e sem calor, nos encontre no chão a morrer do que vivo sem te defender...


ASSINA, MARIO LUIZ DE OLIVEIRA Cmt INTERINO DA 3ª BDA CMEC

O FALECIMENTO DA DEMOCRACIA

O FALECIMENTO DA DEMOCRACIA

“A diferença entre uma democracia e uma ditadura consiste em que numa democracia se pode votar tes de obedecer as ordens.”

Charles Bukowski

Waldo Luís Viana*

A monumental crise econômica que se instala no mundo, filha dileta da anterior, que começou em outubro de 2008, demonstra que os países desenvolvidos, todos democráticos, não conseguiram pôr cobro à desordem crônica de suas economias, sendo instados, na prática, a enfrentar as turbulências sem planejamento de longo prazo.

As estratégias econômicas, administrativas e financeiras, à disposição das empresas corporativas, jamais se refletiram nos sistemas de governo, completamente sufocados por uma estrutura multilateral defasada, que não corresponde mais às necessidades do século XXI.

Além de sabermos, na prática, que as guerras são muito caras – e as duas com que se ocuparam os norte-americanos, com gastos de mais de 4 trilhões de dólares, os levaram a atual recessão – os bancos centrais que deveriam ser reguladores das economias pautaram-se por condutas paternalistas de salvação de grandes bancos domésticos e de seus anônimos acionistas, sepultando para sempre a encardida noção liberal de risco capitalista.

Por conseguinte, a partir de certo tamanho, os negócios ao falirem tiveram de ser hipocritamente suportados pelas coletividades, que, por serem soberanas, por definição não poderiam entrar em crise nem sofrer de fato uma quebradeira geral.

Ocorre que é isso mesmo que ocorreu e está acontecendo! Os mecanismos democráticos, cingidos por estruturas conservadoras de condução econômica internacional, são impotentes para solucionar as crises, porque não há acordo para deter a jogatina com capitais especulativos, distribuir mais equitativamente os recursos naturais planetários, nem promover uma reforma importante no welfare state dos rentistas internacionais e de seus bancos, o único regime não escrito que parece sobreviver com verdadeira energia mafiosa.

Não há governos no mundo hoje capazes de encaminhar soluções verdadeiras – mesmo que legitimados pelo voto de seus respectivos povos, vez que predominam as leis do egoísmo e da desconfiança num planeta completamente sem Deus.

Faz-se o possível para manter a ordem de Bretton Woods (de 1944), com o dólar como moeda de retorno e reserva, obrigando várias potências à tentativa de salvamento a qualquer preço da economia norte-americana. Por sua vez, a zona do Euro, que congrega 27 países, encontra-se abalada pela inadimplência de diversas nações, o que sensibiliza as bolsas globais, que vêm tendo graves e continuados prejuízos.

Diante de tal quadro, vislumbramos nuvens negras para a manutenção de regras democráticas. Afinal, foi em crise semelhante que Hitler subiu ao poder, em 1933, prometendo calote geral às dívidas de guerra que afundavam a Alemanha.

Hoje, os radicalismos são pós-modernos, fragmentários, mas não menos perigosos e importantes. Não adianta combater terrorismo, se o pior terrorismo é representado pela virtualidade das economias capitalistas ocidentais: basta comparar as economias reais, o que realmente produzem na prática, com os papéis sem lastro, inclusive papel-moeda, que fazem circular ao redor do mundo! A China, por exemplo, que tem reservas de trilhões de dólares, não quer que seus haveres se transformem, repentinamente em papel pintado...

A especulação financeira sem peias gerou o estiolamento dos mecanismos de contenção democráticos, que só produzem falação, sem qualquer objetividade, como vimos recentemente nos discursos monocórdios e sem qualquer ideia inovadora na Assembléia-Geral da ONU, em 2011.

A democracia mundial tornou-se mero cansaço. Ninguém acredita em mais nada, muito menos os governantes que estão atarantados, diante da realidade de que tudo tem que permanecer como está.

Enquanto isso, o planeta gira, mal-humorado, com a fome crônica de parte da humanidade, terremotos, efeitos-estufa, desmatamentos irrefreáveis, falta d’água potável e derretimento das calotas polares, prenunciando, inclusive, a proximidade de nova glaciação.

Sobre tais temas, a democracia não tem soluções, ficando o seu vazio criativo sendo ocupado por propostas autoritárias, que vão convencendo os povos aflitos. Aliás, os extremismos sempre se apresentam quando assistimos aos fracassos de programas econômicos. É o bolso vazio que faz nascer os fascismos...

Parece-nos, infelizmente, que a utopia democrática dos gregos, que faziam funcionar suas cidades antigas com as elites, excluindo a plebe e os escravos, vai se repetindo à força, durante o protagonismo irremovível das sociedades de massas. Os povos, mal-informados, são conduzidos por seus dirigentes para o abismo e vão contentes, desde que alienados por um pouco de pão e circo.

Nesse cenário, o voto é supérfluo, porque direita e esquerda se aburguesaram no centro, aqui um estado amorfo de quietude, em que os dirigentes mundiais – e as máfias financeiras de seus respectivos países – não tomam qualquer medida concreta para a salvação de suas economias, como se o capitalismo fosse indestrutível e não pudesse ser superado por inoperância, incompetência de gestão ou pela própria natureza.

Estamos na 25ª hora de uma transformação civilizatória, mas os banqueiros internacionais acham que basta manter contas numeradas na Suíça e em outros paraísos fiscais que tudo estará salvo. Esquecem-se de que o mundo se tornou um lugar só, não existindo mais qualquer remanso para onde possam fugir.

A democracia ao falecer levará com ela as esperanças da humanidade e todo esse falatório inútil e decadente será substituído por novos e perigosos bárbaros, que cortarão com a espada e armas poderosas o fio do argumento...

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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e perscruta o panorama do jardim de sua casa.

Teresópolis, 24 de setembro de 2011.

Um Estado Palestino?

ABBAS SOLICITA INCLUSÃO DA PALESTINA COMO ESTADO-MEMBRO DA ONU

O PRESIDENTE DA ‘AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA’ PEDE À ONU QUE CONSIDERE A PALESTINA UM ESTADO SOBERANO E O ACEITE COMO MEMBRO PLENO DA ORGANIZAÇÃO.

::FRANCISCO VIANNA

Sábado, 24 de setembro de 2011

Com um emotivo discurso, Abbas desafiou Israel e Estados Unidos, na ONU, apelando à “consciência do mundo para com um povo que sofre uma humilhação de décadas e que resolveu dar um ‘basta’ nesta situação” a começar por seu apelo às Nações Unidas para que aceite a Palestina como um estado soberano e membro pleno da organização internacional.

Abbas exibe cópia da carta que entregou a Ban Ki-Mon. Foto: Reuters

Bradando que "a primavera palestina chegou!", Abbas confirmou sua promessa de pedir sua inclusão na ONU, com uma expressão que remete à “onda democrática” que varre o mundo árabe. Como poucas vezes se viu em plenário, o líder palestino foi entusiasticamente aplaudido por uma audiência que lotava o recinto, mostrando que provavelmente os votos para que consiga ser incluído estão assegurados.

A jogada diplomática de Abbas desafia Israel e põe em cheque a diplomacia de Washington que, após a votação, provavelmente terá que vetar o ingresso dos Palestinos. O Conselho de Segurança, do qual deverá vir o veto dos Estados Unidos, vai avaliar, depois de amanhã, o pedido da ANP, muito embora isso não signifique que ele seja votado nesse dia. De qualquer forma, trata-se de uma pressa inusitada em apreciar uma proposta, o que pode ser sinal de que novos ventos de entusiasmo na burocracia da organização mundial.

Em sua fala, o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse: “venho dizer aqui a verdade num recinto no qual muitas vezes se ouvem mentiras e nem sempre de faz uma boa imagem de Israel". A seguir o representante israelense pediu que a Assembléia desconsiderasse e não votasse o pedido de Abbas. “Faço esse pedido convencido de que o contrário será dar aval a uma reedição das políticas de limpeza étnica que alimentaram a matança de judeus, e persuadido de que a recusa que solicito é necessária para garantir a segurança de Israel", que descreveu como "um pequeno país, amante da paz, e que necessita ser protegido".

Abbas incluiu em seu pedido a soberania sobre um território com a cidade de Jerusalém como capital e limitado "pelas fronteiras de 1967", o que inclui a Cisjordânia, Jerusalém leste – onde vivem, em ambos os lugares, 500.000 colonos israelenses – e a Faixa de Gaza. Afirmou, também, que "este é apenas 22% do território que a Palestina ocupava quando a região se encontrava sob controle militar britânico e quando todo isto começou".

As potencias ocidentais, paralelamente, se esforçaram para desencalhar o mecanismo de negociação direta e bilateral entre israelenses e a representação palestina, ainda que, pela primeira vez em muitos anos, tal fato possa ocorrer a partir de uma ‘posição de força’ por parte da ANP. A secretária de estado americana, Hillary Clinton, tratou de "urgir ambas as partes em aproveitar esta ocasião para retomar o diálogo". Era tido como certo que ambos os lados diriam que sim.

O chamado ‘quarteto da paz’ (EUA, Rússia, China e UE) destaca que "uma coisa não excluí a outra", enfatizando a urgência, e pedindo que as negociações consigam definições ainda este ano.

A novidade, na verdade, é a apelação ao Conselho de Segurança (CS). Aí os palestinos necessitam de pelo menos nove votos e que não haja nenhum veto dos cinco países que, como membros permanentes, têm o poder de impô-lo. Os palestinos contam já com os avais da China, da Rússia, do Brasil, do Líbano e da África do Sul (os três últimos sendo membros não permanentes do CS). Sabem, também, que paira sobre sua pretensão a ameaça explícita do veto estadunidense, muito embora haja indícios de que Washington gostaria de não usá-lo. Parece haver a consciência, no Departamento de Estado, de que, com o veto, os EUA se arriscam a sofrer uma debacle de sua política externa no Oriente Médio.

Todos esses aspectos pairavam no ar ao início dos discursos, quando Abbas, de 76 anos, sucessor do carismático Yasser Arafat, executou sua melhor cartada política tentando, ao mesmo tempo, evitar o ‘choque total’ com Israel e sensibilizar o mundo quando a sua pretensão.

Abbas aceitou a possibilidade do diálogo, sob a única condição expressa de que fossem interrompidos os assentamentos israelenses. Em troca de tal ‘flexibilidade’, aceitou discutir outras questões, como a volta dos refugiados palestinos caso Israel admita a existência da Palestina como Estado, o que por sua vez, depende do mesmo reconhecimento dos palestinos do estado judeu. Acrescentou que “a ANP não quer isolar Israel nem deslegitimá-lo, mas apenas legitimar a nação palestina, que estende a mão a Israel para que aproveite esta ocasião, pois está disposta a voltar imediatamente à mesa de negociações".

É claro que tais declarações podem conter mais um conteúdo retórico do que real, mas o certo é que tal exercício de dialética terminou com uma ovação intensa por parte do plenário da Assembléia Geral, principalmente quando ele brandiu da tribuna uma cópia da solicitação que fez à secretaria geral da ONU, e gritou que “a paciência dos palestinos se esgotou e que chegou a hora de dizer basta".

Por sua vez, Netanyahu rechaçou a proposta de Abbas por considerá-la uma "ameaça" para Israel. Deixou também clara a sua convicção quanto à inviabilidade da Palestina como estado regular e soberano, uma vez que parte de seu território está nas mãos de perigosos extremistas que recebem mísseis do Irã e de outros poucos países antijudeus".

Na verdade, foi através de uma resolução da ONU que se criou o estado de Israel e se demarcou o território para a criação de um futuro estado palestino, interesse manifesto, por diversas vezes pelos próprios israelenses. Todavia, os palestinos jamais tiveram a capacidade de montar tal estado e a própria ANP sobrevive graças aos recursos financeiros mensais enviados pelas potências ocidentais e pelo próprio estado de Israel.

Quanto ao território na época fixado pela ONU para os palestinos, há que se considerar a intercorrência de duas guerras – a dos Seis Dias e a do Yom Kipur – não iniciadas por Israel, e que não podem ser ignoradas como se jamais tivessem ocorrido.

Até sobre o aspecto territorial, o estado palestino encontra um dificuldade que o inviabiliza: como imaginar um país composto de duas áreas sem continuidade entre elas (Faixa de Gaza e Cisjordânia)?

Os possíveis desdobramentos da iniciativa da ANP de Abbas que estão sendo considerados são os seguintes, variando do mais provável para o menos provável:

1. ACEITAÇÃO CONDICIONADA – os diplomatas ocidentais podem conseguir um acordo submetendo a aceitação do ‘estado palestino’ ao fato da retomada ativa das negociações bilaterais que culminaria com um tratado de aceitação mútua e de demarcação de territórios a serem ratificados pelo CS. A suspensão dessas conversações ou seu impasse anulariam em si a aceitação condicionada e a situação retornaria à estaca zero.

2. NÃO ACEITAÇÃO POR DERROTA NA VOTAÇÃO OU POR VETO – Segundo uns esse é o caminho mai provável a ser seguido, e que Abbas estaria, afinal, mais interessado, pois poria, em tese, toda a região contra o país vetante, no caso os EUA.

3. INDEFINIÇÃO DA ONU – o pedido palestino ficaria mantido por tempo indefinido sob estudos de viabilidade da ONU e sendo progressivamente submetido a diversas condicionantes, entre elas a principal de que o problema seja resolvido apenas entre as partes envolvidas: palestinos e israelenses. Nesse caso a pretensão palestina acabaria confinada numa espécie de limbo e se perderia numa série interminável de conversações paralelas.

4. O RETORNO DA VIOLÊNCIA – é o que menos interessa a Abbas, mas é o que mais interessa aos grupos militantes do Hamas, na Faixa de Gaza ou do Hezbollah, no sul do Líbano. Segundo o ex-primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, “esse é o pior dos casos, pois poderá inviabilizar qualquer acordo e, em último caso, obrigar Israel a outra guerra de auto-defesa – como as duas anteriores – que leve à ocupação definitivamente os territórios pretendidos pela ANP, com provável alto custo humano.

Se a jogada política de Abbas foi apenas para conseguir uma maior influência sobre Israel, de uma forma política e pacífica, ela é bem vinda pelos judeus, desde que os israelenses possam sentir que há, pelo menos, uma intenção palestina de se acomodar com o estado de Israel e construírem uma coexistência que possa proporcionar condições de desenvolvimento para populações que, há menos de meio século, não passavam de tribos nômades do deserto da Palestina. Caso contrário, trata-se apenas de um número de prestidigitação, numa tentativa de tapar o sol com a peneira.

Deve ser por isso que o governo do Brasil o apóia...