A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Primavera Maranhense

Com gritos de “Ôh Roseana os maranhenses vão desempregar você” manifestantes exigem renúncia de Roseana

30/11/2011

Por John Cutrim

O primeiro ato do movimento denominado ‘Primavera Maranhense’ ficará para a história do Maranhão. Num vibrante e emocionante protesto, estudantes, jovens, líderes sindicais e membros de movimentos sociais realizaram, na tarde desta terça-feira (29), um grande ato na Assembleia Legislativa pedindo a saída de Roseana Sarney do comando do governo do Estado.

Depois de se concentraram na entrada da Assembleia, por volta das 16h uma multidão de pessoas seguiram em caminhada proferindo gritos de ordem como “Ôh Roseana pode tremer, os maranhenses vão desempregar você”, “Sarney, ladrão, devolve o Maranhão” e subiram a rampa até chegarem na frente das dependências da Casa. Lá, foram recebidos com muita festa por policiais e bombeiros em greve que abriram um corredor para recebê-los.

De caras pintadas, vestindo camisas e empunhando faixas, cartazes e bandeiras onde se lia explicitamente “Fora Roseana”, juventude e militares entoaram palavras de ordem contra o domínio da família Sarney no Maranhão e pediram o impeachment de Roseana Sarney. Na oportunidade foi lido um manifesto ao povo do Maranhão e cantado o hino nacional.

Com discursos inflamados, todos foram unânimes em exigir a renúncia da governadora do cargo, em razão da administração caótica e inoperante da filha do senador José Sarney. “Roseana que comece a fazer seu currículo porque nós vamos demitir ela do governo”, afirmou um manifestante. “Por estar vendo policiais de mais aqui nem sei pra quem eu peço para que faça a prisão de Roseana”, asseverou outro, mais exaltado. Uma militante de esquerda disse que com o surgimento da ‘Primavera Maranhense’ era hora de mandar a família Sarney para a “p… que p….”. Ao final, num clima de muita união todos se confraternizaram.

Veja abaixo algumas fotos do movimento, registradas por Sáride Maíta.

http://gd-ma.com/2011/11/30/com-gritos-de-oh-roseana-os-maranhenses-vao-desempregar-voce-manifestantes-exigem-renuncia-de-roseana/

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MAIS UMA CARTA CONTANDO A VERDADE

VAMOS MANDAR PARA A COMISSÃO DA VERDADE!. HEITOR DE PAOLA ESTEVE PRESO NO 23º BC E FOI MUITO BEM TRATADO.

A VERDADE VEM APARECENDO COM A JORNALISTA MIRIAN MACEDO E REUNIR VENTURA.

GRUPO GUARARAPES

CARTA DE EX-COMUNISTA 13/11

Heitor de Paola

O texto abaixo é uma carta que mandei para um debatedor de outro grupo de discussão que me parece um democrata autêntico e sincero, mas submetido ao encantamento gramcista da moda. Tudo começou quando ele escreveu: "Eu ainda prefiro a democracia petista do que os anos de chumbo da ditadura de 64". Apenas perguntei: "Você vivenciou os chamados "anos de chumbo" para poder afirmar isto"? E ele me respondeu que não precisava, pois nunca viveu em Cuba e pode dizer que não lhe serve.

Texto completo

Como eu já estava querendo escrever sobre isto, estou aproveitando para postar neste grupo também, onde alguém de fora há uns tempos se referiu aos "comunistas arrependidos" com desdém, se referindo a mim.


Caro R

Sabe por que você nunca viveu em Cuba? Porque os militares, a pedido da população, abortaram a tentativa de fazer do Brasil uma Cuba, pelos mesmos que hoje, na "democracia petista", estão no poder e vão tentar de novo, podes ter certeza. A frase do Olavo de que "a democracia leva à ditadura" é o que talvez venhamos a experimentar em breve e são as verdadeiras intenções dos "democratas" Zé Dirceu, Genoíno et caterva.

Pois eu vivi intensamente aqueles anos, em 64 eu já estava no segundo ano da Faculdade, era Vice-Presidente do Centro Acadêmico e, obviamente, como qualquer babaca daquela época, de esquerda, da AP (a mesma do Serra). Estive foragido alguns dias e dois meses preso. Perdi um ano de estudos. E me desencantei. Com as esquerdas, não com os militares.

Em 68, inicio do ano, foi oficialmente lançada a "luta armada". Eu participei das reuniões com gente vinda de Cuba, não é mentira não, eles estavam aqui fornecendo dinheiro e armas tchecas para tornar o Brasil uma outra Cuba a serviço de Moscou, como a original. Não era nada de democratas em luta contra uma ditadura como hoje dizem: eram comunistas querendo instalar uma verdadeira ditadura totalitária!

Eu estudei os textos, meu chapa, não ouvi falar nem li em livrecos idiotas escritos por ex-seqüestradores. Sabe o que nos era indicado para ler? Mao Tse Tung, Ho Chi Min, Nguyen Vo Giap, Lenin, Che, Fidel e, como não podia faltar um francês, Régis Debray, o tal da "Revolução na Revolução". Como descobri que eu era, autenticamente, um democrata - mas sem negar os riscos da democracia - pulei fora e acredite, meus "cumpanheiros democratas" me ameaçaram, a mim e à minha então namorada. Como eu sou um ávido leitor de livros policiais e de espionagem, inventei uma carta colocada no cofre de três advogados com todos os nomes e esquemas, para ser entregue no quartel mais próximo, caso algo ocorresse comigo ou com ela .... e me livrei das ameaças!


Eu frisei que isto ocorreu no início de 68 porque hoje é dito que a luta armada foi desencadeada contra o endurecimrnto da ditatura com o AI 5, quando foi justo o oposto: o AI 5 foi conseqüência do desencadeamento da luta armada! Você me diz, com toda a sapiência de historiador: "Heitor, história é história". E eu te respondo: história é um troço escrito por gente e, como tal, cada um puxa a brasa para a sua sardinha. Os reais vencedores de 64 foram os que escreveram estas mentiras que você, como tantos outros democratas sinceros, engole com facililidade!

Pois no Governo Castello Branco - que hoje reputo como o maior estadista brasileiro do Século XX (tenho engulhos quando ouço dizerem que este idiota pomposo do FHC é estadista!) - e também nos primeiros anos do Costa e Silva, o Brasil era uma efervescência cultural. No teatro surgiram grupos como o Opinião que atacava publicamente o regime. A peça "Liberdade, Liberdade" era um libelo contra a "ditadura". Surgiu "O Pasquim" que ironizava os "milicos" e o Stanislaw Ponte Preta ( Sérgio Porto) com seu FEBEAPÁ (Festival de Besterias que Assola o País - como faz falta hoje em dia!) que não poupava ninguém. Juca Chaves, ácido crítico dos militares (sua modinha "Brasil já vai à guerra" devia irritá-los profundamente) cantava à vontade. Aliás, ainda em 70 (Governo Médici) ele dizia o que bem entendia no Circo Irmãos Sdruws, no Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio - isto não é história, eu fui a três shows.

Ocorreram os Festivais da Canção, com as músicas antimilitaristas de Geraldo Vandré - hoje puxa-saco dos "milicos" da FAB - e as bobagens do Chico Buarque (até hoje não sei porque depois do AI 5 censuraram as músicas deste chato, só dando mais "charme" a elas).


O Caio Prado Jr, comunista de carteirinha, publicava em sua Editora o que bem queria, bem como a Ed Civilização Brasileira. A velha editora do PCB, a Editorial Vitória Ltda. editava e distribuía livros de Marx, Engels e Lenin. Sua sede ficava na antiga Rua das Marrecas (hoje voltou a se chamar assim), à época Rua Juan Pablo Duarte, Centro, Rio, num sobrado que tinha sido a sede do Partidão no Estado da Guanabara.

Isto, meu caro, não é história, fui à minha estante agora mesmo buscar um livro editado em 64 e que eu comprei livremente em livraria aberta, em 1970 (Médici): "A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado", do Engelsdo de quem Marx era gigolô . Em 1971 comprei da Editora Saga, também de orientação comunista, "A História da Revolução Russa" de Leon Trotski, em 3 volumes de lombada vermelha, como sói!

Se você não me chamar de mentiroso, ou como fez com a A. e o P., levar no sarcasmo hostil, vê se abre a tua cachola para algo que não seja a "história oficial".

Houve sim uma guerra revolucionária em que ambos os lados mataram. Por que raios só os de um lado hoje recebem comendas, indenizações e aposentadorias milionárias, status de pobres vítimas; e os do outro são desmoralizados, suas corporações são sucateadas - como se mante-las fosse só do interesse deles e não da defesa nacional, cáspite! - tem seus soldos achatados e suas aposentadorias ameaçadas de serem tungadas para sobrar dinheiro para o BNDES mandar para a Venezuela?

Adiantando-me a algumas idiotices que já ouvi: não, meu caro, não sou puxa-saco de milicos nem o Olavo de Carvalho é meu gurú. Estou numa situação curiosa na qual a tchurma da esquerda me chama disto aí e os nacionalistas de direita me chamam de entreguista porque não concordo com o antiamericanismo obssessivo reinante. Incrível, não?

Para terminar, um pouco só de teoria histórica.

Hanna Arendt - que já não deve ser lida, sequer conhecida dos modernos "historiadores" - fez uma diferenciação entre regimes autoritários e totalitários que as esquerdas execram, pois põe a nú suas mentiras. Os primeiros são regimes como o de 64 em que alguns são perseguidos, mas não se impões o pensamento único. Tanto que a esquerda venceu no terreno "intelectual" (sic). Os outros, são aqueles em que se impõe o pensamento único do qual não pode haver a mínima discordância senão, paredón! Nos primeiros a imprensa é censurada, o que ocorreu aqui, nos segundos a imprensa é totalmente destruída só sobrando o órgão do Partido condutor das massas - seja o Pravda, o Granma, o Vöelkischer Beobachter ou o Popolo d'Italia.

Leia algo mais dos que as cartilhas oficiais que você só tem a se beneficiar.


Atenciosamente, Heitor


REPASSE. AJUDE O BRASIL. A JORNALISTA DISSE A GRANDE VERDADE.

VERDADE: EU MENTI

Um Repórter à Solta (avant-première)

A UNGIDA


Pode uma ex-radical marxista conduzir o Brasil em seu ‘boom’ econômico?


Por Nicholas Lemann – Tradução de FRANCISCO VIANNA


(A ser publicado em 5 de dezembro de 2011 pela revista americana “The New Yorker’)


UM REPÓRTER À SOLTA escreveu sobre a presidente brasileira Dilma Rousseff.


Até hoje, o Brasil tem sido um dos países mais desequilibrados economica e educacionalmente do mundo. No entando, hoje, sua economia está crescendo muito mais rapidamente do que a dos EUA.


Alega-se que vinte e oito milhões de brasileiros saíram da situação de pobreza severa na última década, embora esse número seja fruto de análise que leva em conta ganhos mensais irreais com relaçâo à caracterização de classes sociais no país. O país tem conseguido manter um orçamento não muito desequilibrado, uma dívida nacional ainda inferior ao seu PIB anual, baixa inflação, e um desemprego em queda lenta mas progressiva. O país é caoticamente democrático e tem uma imprensa ainda com certo grau de liberdade, embora o governo esteja solidificando algo oposto a uma democracia meritocrática, onde o principal diploma é a carteirinha do partido dominante: o PT.


O Brasil opera por modos e maneiras que o mundo está condicionado a pensar serem incompatíveis com uma sociedade livre e bem sucedida. Não é justo que o Brasil seja governado por indesculpáveis ex-revolucionários marxistas, muitos dos quais – incluindo a Presidente – estiveram presos por períodos variáveis como terroristas ou implicados em diversos tipos de crimes contra pessoas e contra instituições, inclusive as Forças Armadas.


O governo central concentra muito mais poder e capacidade de intromissão na vida das pessoas do que jamais ocorreu, por exemplo, com Washington. É também extremamente mais corrupto e procura, ultimamente, institucionalizar tanto essa corrupção como a sua impunidade. O crime é alto, as escolas são fracas, as estradas são ruins, excetuando-se apenas as do sudeste mais desenvolvido por terem sua manutenção terceirizada e onde os usuários pagam os mais caros pedágios do universo. Seus portos são amplamente disfuncionais. E ainda, entre as maiores potências econômicas do mundo, o Brasil conseguiu montar um raro tripé: alto crescimento, liberdade política, e agravamento das disparidades sociais. A Presidente Dilma Rousseff é uma presença forçada, eleita graças à popularidade de seu padrinho Lula da Silva. Como ex-membro da Vanguarda Revolucionária Armada Palmares, ela passou algum tempo na prisão e alega ter sido vítima de tortura por parte do regime militar.


Sua primeira iniciativa governamental, que chamou de ‘Brasil Sem Miséria’, lançada em junho último, se propõe a ser um programa antipobreza 'devastadoramente' abrangente. Os EUA parecem constar com frequência das opiniões da Sra. Rousseff como exemplo de como não se deve lidar com a crise econômica global. A política no Brasil tem sido uma atividade caótica e imoral herdada do seu padrinho e predecessor Luis Inácio Lula da Silva, conhecido dos brasileiros e do resto do mundo simplesmente como ‘Lula’.


Durante cinco dos oito anos de sua administração, Dilma Roussef serviu como Ministra da Casa Civil. Lula a ungiu como sua sucessora em 2010.


O Brasil estará – a não ser que surjam condições impeditivas – sediando a Copa do Mundo da FIFA, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. Rousseff, hoje com 63 anos, estava na universidade em 1964 quando eclodiu o contragolpe militar no país, ao qual se sucedeu um regime autoritário direcionado aos marxistas e terroristas relacionados, mas que nunca se caracterizou propriamente como uma ditadura, uma vez que as pessoas praticamente não tiveram suas liberdades individuais restringidas ou foram forçadas a fazer o que não queriam. Bem diferente da maioria das ditaduras, o regime militar só matou quando houve confronto direto dos guerrilheiros - que vinham matando muito - com os militares. Casos de execução por policiais e grupos correlatos foram raros. Dilma Roussef, que era marxista radical acabou presa, mas sua vida nunca esteve ameaçada, como a da maioria dos seus colegas militantes que buscaram refúgio político na América do Sul, no Canadá, e na Europa.


No final da década de 1960, ela se casou com outro militante, Cláudio Galeno Linhares. Viviam escondidos, armazenando e transportando estoques de armas, bombas, e dinheiro roubado, planejando e executando “ações”. Mais tarde separou-se de Galeno e amasiou-se com Carlos Araújo, outro militante proeminente. No início da década de 1970, os militares capturaram-na e ela passou três anos na prisão, onde alega ter sido submetida a torturas extensas. Insiste em que nunca esteve pessoalmente envolvida em ações violentas durante seus dias de militância. Poucos acreditam nisso...


Após ter sido solta, ela alega ter se formado em economia e a partir de então ter trabalhado como uma formadora de opinião e assessoria econômica. Ingressou no PDT de Leonel Brizola e logo começou a trabalhar em cargos governamentais em Porto Alegre. Após ter conhecido Lula e ter se impressionado muito com ele, este a nomeou como Secretária de Energia de seu governo.


São inúmeros os escândalos de corrupção que não param de se suceder em sua administração. Diversos de seus ministros já foram afastados por envolvimentos em atos ilícitos e em corrupção ativa. Pouca gente crê que Dilma Rousseff seja corrupta, mas ela tem trabalhado por anos a fio com quase todos os que foram afastados por corrupção e, assim, não pode alegar que ‘não sabia de nada’, como fazia o seu antecessor quando um escândalo vinha à tona. É bem provável que ela tenha tomado parte da maioria deles, mesmo que por omissão, em função dos cargos que ocupou. Faz parte ainda do Conselho da Petrobrás, onde é remunerada com cerca de 80 mil reais mensais, apenas para fazer número no órgão diretor da maior estatal brasileira. Não é a toa que a carga tributária do brasileiro está próxima a 40% do PIB e o país é um dos que têm os piores índices de qualificação e eficiência de seus serviços públicos.


VIANNA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

25/11 -O Exército de ontem e o Exército de hoje - 2ª Parte

25/11 -O Exército de ontem e o Exército de hoje - 2ª Parte

Cel Refm Carlos Alberto Brilhante Ustra

www.averdadesufocada.com

Concluindo a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, ao final de 1969, fui transferido para São Paulo.

O Boletim Interno do II Exército, de 30 de setembro de 1970, publicou a meu respeito: “A 30 Set, foi publico ter sido designado para assumir as funções de Chefe do Destacamento de Operações de Informações do CODI/II Ex, a partir de 29 Set70”. Vários outros militares também foram designados para os DOI criados.

Cumprindo a ordem recebida, nesse dia, assumi o comando daquele Destacamento e lá permaneci até 23/01/74, quando fui transferido para Brasília.

A partir do dia que passamos a trabalhar nos DOI, as nossas vidas particulares e a nossas carreiras passaram a sofrer os mais variados testes.

Grandes pressões psicológicas pesaram sobre nós e nossos familiares.

Sobre nossos ombros iriam cair imensas responsabilidades. Vidas humanas passariam a depender das nossas decisões. Até aquele momento, estávamos acostumados a viver num Exército que apenas se preparava para o combate.

Iniciava-se, para nós e nossas famílias, uma total mudança de hábitos, que só viríamos sentir com o passar dos meses.

Era uma vida desgastante, cheia de riscos, sacrifícios e de privações.

As ameaças de seqüestros de nossas esposas e filhos eram constantes.

O general Humberto de Souza Mello, durante o período em que comandou o II Exército, sempre teve um especial atenção para com todos os membros do DOI/II Ex. As suas visitas inopinadas, normalmente, ocorriam horas depois de regressarmos de alguma operação de risco. Nessas ocasiões, nosso comandante elogiava a bravura de nossos homens, impulsionando-os, cada vez mais, para o cumprimento do dever. Isso elevava o moral e o espírito de corpo.

Quando algum outro chefe militar ia oficialmente ao II Exército, a visita ao DOI constava, invariavelmente, da programação oficial.

Assim , também, acontecia nos demais DOI do país.

Para nossa felicidade, tivemos como chefe da 2ª Seção do Estado-Maior do II Exército o coronel Mário de Souza Pinto.

Era um oficial de prestígio e competente. Em Santa Maria-RS, havia comandado o Regimento Mallet, onde se destacou como um dos melhores comandantes daquela unidade militar, a mais tradicional da Artilharia.

Tivemos a ventura de tê-lo como chefe, em pleno período de combate. Tinha todas as qualidades que um subordinado espera de seu comandante: justo, amigo, eficiente, companheiro, corajoso. Era um oficial sério e correto e não admitia deslizes, corrupção e falhas de caráter.

Se alguém cometesse uma falta dessas, sua mão era bastante pesada para punir.

É, portanto, com tristeza, que vejo a esquerda revanchista, baseada em seus próprios critérios de comportamento, inventar que nossos salários eram complementados com dinheiro de empresários; que dávamos proteção e cobertura a marginais; que nos apossávamos do dinheiro e de bens das pessoas que eram presas; que no DOI estuprávamos mulheres; que introduzíamos objetos em seus órgãos sexuais; que torturávamos e prendíamos, não só crianças, como pais, irmãos e parentes de presos que nada tinham a ver com a subversão e o terrorismo. Isso, jamais aconteceu!

Seguidamente sou apontado como chefe de homens que praticaram tais atos. Eu jamais os permitiria.

Combatíamos um inimigo que não usava uniformes, que se misturava no seio da população, de onde surgia, de surpresa, para o ataque.

Nossos inimigos, hoje chamados pelo atual governo de "resistentes", sabiam que lutavam não apenas para derrotar o regime militar, mas para estabelecer um regime comunista, uma "ditadura do proletariado". Isto, hoje, está mais do que provado e tem sido repetido por historiadores que pertenceram a organizações terroristas.

Não foi sincera a presidente Dilma quando afirmou que eles lutavam pela democracia. Não é isto o que está escrito nos progranas das organizações terroristas que ela pertenceu.

Nós, por outro lado, estávamos cientes de que lutávamos pela democracia.

Depois de 4 anos de lutas, nós os vencemos e é graças à democracia que soubemos defender que eles, hoje, estão no poder, e valendo-se dele para infringir a lei, praticar a corrupção e promover a desordem, a infração impune da lei, o revanchismo e o achicalhamento dos valores morais e éticos da sociedade.

Os vencemos, lamentando cerca de 500 mortes, de ambos os lados. Se eles tivessem sido vitoriosos, haveria um banho de sangue no Brasil, à semelhança do que aconteceu nos países onde eles assumiram o poder e, hoje, estariámos vivendo sob uma férrea ditadura comunista.

Todos nós, que combatemos a luta armada comunista, podemos bater no peito e gritar com orgulho de soldados: Missão cumprida!

Fomos elogiados por nossos chefes de então, recebemos medalhas, muitos a Medalha do Pacificador com Palma, a mais alta condecoração outorgada em tempo de paz, pelo Exército Brasileiro, fomos distinguidos com nomeações para funções de prestígio.

Passam-se os anos.

Eu já tenente-coronel, comandava o 16º Grupo de Artilharia de Campanha, em São Leopoldo, RS.

Uma noite, num jantar para comemorar o aniversário do Grupo, sentei ao lado do Comandante da 3ª Região Militar, Gen Serpa, conhecido carinhosamente como Serpa Louro, para diferenciá-lo de seu irmão, também general, que era moreno.

Disse-me ele: Coronel, estou muito preocupado com o seu futuro. O senhor, na luta contra os terroristas, ao comandar o maior DOI do Brasil, se expôs muito. O Exército tem que blindá-lo e protegê-lo.

Respondi: General, todos os combatentes dos DOI cumpriram com o seu dever, cumpriram a missão dada pelos seus chefes. Fui um dos condecorados com a Medalha do Pacificador com Palma. Sempre fomos elogiados e prestigiados pelos nossos chefes. Nunca fui chamado a atenção, nunca fui punido, nem cometi qualquer arbitrariedade. Tenho a certeza de que, se no futuro, os nossos inimigos tentarem nos atingir, o Exército ao qual servimos com tanta dedicação e com o risco, não só das nossa vidas, como a de nossas famílias, sairá em nosso favor e nos defenderá.

Ele então me disse: Coronel, o senhor é muito jovem e sem experência. Gostaria muito que isto acontecesse, mas, tenho minhas dúvidas.

Em abril de 2006, já reformado, recebi uma Notificação do Juiz da 23ª Vara Civel de São Paulo, a respeito de acusaçõs de tortura de Ana Maria Teles e outros. Deu-me o magistrado 15 dias para apresentar, a minha Contestação.

Como este foi o primeiro caso, onde um militar estava sendo processado por ter participadado do combate ao terrorismo, pedi ao Exército uma orientação, bem como para saber o que seria feito.

A resposta do comandante do Exército, General Francisco Albuquerque, foi clara e incisiva: " O Exército não vai fazer nada". Dias depois o General chefe de Comunicação Social, em entrevista à imprensa disse " O Exército não vai se pronunciar porque o caso está sub júdice".

E assim, vi que o General Serpa tinha razão.

Sempre tive a certeza de que, mesmo passados 40 anos, e tendo mudado as circunstâncias políticas, o Exército assumiria, publicamente, o seu envolvimento e a sua responsabilidade no combate ao terrorismo. Que não se omitiria e assumiria que nós como membros de uma unidade militar, como agentes do Estado, combatemos, cumprindo ordens de nossos chefes.

Pensava que os atuais chefes militares, hoje ocupando as mesmas funções daqueles que nos deram ordens, responderiam por eles e seriam solidários conosco.
Infelizmente, isto não aconteceu. Ficamos todos nós, os combatentes dos DOI - militares do Exército e da Aeronáutica, integrantes da Polícia Federal e das Polícias Civil e Militar - jogados à própria sorte, ignorados e abandonados pelo Exercito que nos designou para a missão. Missão, que para o bem do Brasil cumprimos com êxito inquestionável.

Aos Generais “Serpa” a minha reverência e o meu respeito, aos demais, o meu lamento...

Leia a primeita parte no link abaixo:

http://www.averdadesufocada.com/administrator/index2.php?option=com_content&sectionid=0&task=edit&hidemainmenu=1&id=6187

25/11 -O Exército de ontem e o Exército de hoje - 2ª Parte


Por Carlos Alberto Brilhante Ustra
Concluindo a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, ao final de 1969, fui transferido para São Paulo.
O Boletim Interno do II Exército, de 30 de setembro de 1970, publicou a meu respeito: “A 30 Set, foi publico ter sido designado para assumir as funções de Chefe do Destacamento de Operações de Informações do CODI/II Ex, a partir de 29 Set70”. Vários outros militares também foram designados para os DOI criados.
Cumprindo a ordem recebida, nesse dia, assumi o comando daquele Destacamento e lá permaneci até 23/01/74, quando fui transferido para Brasília.
A partir do dia que passamos a trabalhar nos DOI, as nossas vidas particulares e a nossas carreiras passaram a sofrer os mais variados testes.
Grandes pressões psicológicas pesaram sobre nós e nossos familiares.
Sobre nossos ombros iriam cair imensas responsabilidades. Vidas humanas passariam a depender das nossas decisões. Até aquele momento, estávamos acostumados a viver num Exército que apenas se preparava para o combate.
Iniciava-se, para nós e nossas famílias, uma total mudança de hábitos, que só viríamos sentir com o passar dos meses.
Era uma vida desgastante, cheia de riscos, sacrifícios e de privações.
As ameaças de seqüestros de nossas esposas e filhos eram constantes.
O general Humberto de Souza Mello, durante o período em que comandou o II Exército, sempre teve um especial atenção para com todos os membros do DOI/II Ex. As suas visitas inopinadas, normalmente, ocorriam horas depois de regressarmos de alguma operação de risco. Nessas ocasiões, nosso comandante elogiava a bravura de nossos homens, impulsionando-os, cada vez mais, para o cumprimento do dever. Isso elevava o moral e o espírito de corpo.
Quando algum outro chefe militar ia oficialmente ao II Exército, a visita ao DOI constava, invariavelmente, da programação oficial.
Assim , também, acontecia nos demais DOI do país.
Para nossa felicidade, tivemos como chefe da 2ª Seção do Estado-Maior do II Exército o coronel Mário de Souza Pinto.
Era um oficial de prestígio e competente. Em Santa Maria-RS, havia comandado o Regimento Mallet, onde se destacou como um dos melhores comandantes daquela unidade militar, a mais tradicional da Artilharia.
Tivemos a ventura de tê-lo como chefe, em pleno período de combate. Tinha todas as qualidades que um subordinado espera de seu comandante: justo, amigo, eficiente, companheiro, corajoso. Era um oficial sério e correto e não admitia deslizes, corrupção e falhas de caráter.
Se alguém cometesse uma falta dessas, sua mão era bastante pesada para punir.
É, portanto, com tristeza, que vejo a esquerda revanchista, baseada em seus próprios critérios de comportamento, inventar que nossos salários eram complementados com dinheiro de empresários; que dávamos proteção e cobertura a marginais; que nos apossávamos do dinheiro e de bens das pessoas que eram presas; que no DOI estuprávamos mulheres; que introduzíamos objetos em seus órgãos sexuais; que torturávamos e prendíamos, não só crianças, como pais, irmãos e parentes de presos que nada tinham a ver com a subversão e o terrorismo. Isso, jamais aconteceu!
Seguidamente sou apontado como chefe de homens que praticaram tais atos. Eu jamais os permitiria.
Combatíamos um inimigo que não usava uniformes, que se misturava no seio da população, de onde surgia, de surpresa, para o ataque.
Nossos inimigos, hoje chamados pelo atual governo de "resistentes", sabiam que lutavam não apenas para derrotar o regime militar, mas para estabelecer um regime comunista, uma "ditadura do proletariado". Isto, hoje, está mais do que provado e tem sido repetido por historiadores que pertenceram a organizações terroristas.
Não foi sincera a presidente Dilma quando afirmou que eles lutavam pela democracia. Não é isto o que está escrito nos progranas das organizações terroristas que ela pertenceu.
Nós, por outro lado, estávamos cientes de que lutávamos pela democracia.
Depois de 4 anos de lutas, nós os vencemos e é graças à democracia que soubemos defender que eles, hoje, estão no poder, e valendo-se dele para infringir a lei, praticar a corrupção e promover a desordem, a infração impune da lei, o revanchismo e o achicalhamento dos valores morais e éticos da sociedade.
Os vencemos, lamentando cerca de 500 mortes, de ambos os lados. Se eles tivessem sido vitoriosos, haveria um banho de sangue no Brasil, à semelhança do que aconteceu nos países onde eles assumiram o poder e, hoje, estariámos vivendo sob uma férrea ditadura comunista.
Todos nós, que combatemos a luta armada comunista, podemos bater no peito e gritar com orgulho de soldados: Missão cumprida!
Fomos elogiados por nossos chefes de então, recebemos medalhas, muitos a Medalha do Pacificador com Palma, a mais alta condecoração outorgada em tempo de paz, pelo Exército Brasileiro, fomos distinguidos com nomeações para funções de prestígio.
Passam-se os anos.
Eu já tenente-coronel, comandava o 16º Grupo de Artilharia de Campanha, em São Leopoldo, RS.
Uma noite, num jantar para comemorar o aniversário do Grupo, sentei ao lado do Comandante da 3ª Região Militar, Gen Serpa, conhecido carinhosamente como Serpa Louro, para diferenciá-lo de seu irmão, também general, que era moreno.
Disse-me ele: Coronel, estou muito preocupado com o seu futuro. O senhor, na luta contra os terroristas, ao comandar o maior DOI do Brasil, se expôs muito. O Exército tem que blindá-lo e protegê-lo.
Respondi: General, todos os combatentes dos DOI cumpriram com o seu dever, cumpriram a missão dada pelos seus chefes. Fui um dos condecorados com a Medalha do Pacificador com Palma. Sempre fomos elogiados e prestigiados pelos nossos chefes. Nunca fui chamado a atenção, nunca fui punido, nem cometi qualquer arbitrariedade. Tenho a certeza de que, se no futuro, os nossos inimigos tentarem nos atingir, o Exército ao qual servimos com tanta dedicação e com o risco, não só das nossa vidas, como a de nossas famílias, sairá em nosso favor e nos defenderá.
Ele então me disse: Coronel, o senhor é muito jovem e sem experência. Gostaria muito que isto acontecesse, mas, tenho minhas dúvidas.
Em abril de 2006, já reformado, recebi uma Notificação do Juiz da 23ª Vara Civel de São Paulo, a respeito de acusaçõs de tortura de Ana Maria Teles e outros. Deu-me o magistrado 15 dias para apresentar, a minha Contestação.
Como este foi o primeiro caso, onde um militar estava sendo processado por ter participadado do combate ao terrorismo, pedi ao Exército uma orientação, bem como para saber o que seria feito.
A resposta do comandante do Exército, General Francisco Albuquerque, foi clara e incisiva: " O Exército não vai fazer nada". Dias depois o General chefe de Comunicação Social, em entrevista à imprensa disse " O Exército não vai se pronunciar porque o caso está sub júdice".
E assim, vi que o General Serpa tinha razão.
Sempre tive a certeza de que, mesmo passados 40 anos, e tendo mudado as circunstâncias políticas, o Exército assumiria, publicamente, o seu envolvimento e a sua responsabilidade no combate ao terrorismo. Que não se omitiria e assumiria que nós como membros de uma unidade militar, como agentes do Estado, combatemos, cumprindo ordens de nossos chefes.
Pensava que os atuais chefes militares, hoje ocupando as mesmas funções daqueles que nos deram ordens, responderiam por eles e seriam solidários conosco.
Infelizmente, isto não aconteceu. Ficamos todos nós, os combatentes dos DOI - militares do Exército e da Aeronáutica, integrantes da Polícia Federal e das Polícias Civil e Militar - jogados à própria sorte, ignorados e abandonados pelo Exercito que nos designou para a missão. Missão, que para o bem do Brasil cumprimos com êxito inquestionável.
Aos Generais “Serpa” a minha reverência e o meu respeito, aos demais, o meu lamento...

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