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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GERALDO ALMENDRA

UMA CORRUPTOCRACIA

DE RABO PRESO

Aquilo que escrevemos no final do primeiro mandato do chefe das gangs da corrupção aconteceu. Na verdade já havia um senso comum de que o Covil de Bandidos, construído pela gang dos quarenta e um, dificilmente seria desfeito, principalmente pelo fato do país não ter mais uma “Justiça” que mereça esse nome levando seus Tribunais Superiores a se comportarem como lacaios dos que indicam seus togados.

O estelionato eleitoral que elegeu a presidente Dilma, com quase todos os ministros escolhidos pelo seu antecessor, entre outras centenas de cargos de confiança, foi uma comprovação final de que o Covil de Bandidos da política prostituída tem um chefe maior, um hábil controlador do jogo de forças para agradar a gregos, bandidos e troianos.

É evidente que a divisão do roubo dos contribuintes está ficando cada vez mais difícil e perigosa fazendo com que essa gente sórdida comece a andar no pântano da desmoralização total dos podres Poderes da República com o aval da “Justiça”.

O caso do Ministro do Trabalho consolida um entendimento, para quem ainda tinha alguma dúvida, de que uma complexa teia de corrupção tomou conta do poder público e das relações público-privadas. Somente a presença desse desqualificado no quadro ministerial já define o poder público como algo que não tenha que ser levado a sério, não fosse o poder de polícia fascista que controla a sociedade, além do suborno, do assistencialismo e da cumplicidade de milhares de esclarecidos canalhas públicos e privados serem os pilares de sustentação de um projeto de destruição do país.

As declarações do ministro bola da vez, e seus discursos eivados de mentiras, leviandades e patifarias – publicamente comprovadas –, sem que o mesmo tenha ainda sido demitido pela presidente – o que não vai acontecer–, mostra como os políticos bandidos sobrevivem e ficam ricos com o usufruto da apodrecida máquina do Estado ao longo de suas carreiras sórdidas.

Como todos os outros, o ministro denunciado pela jornalismo ainda não subornado pelo PT vai acabar pedindo demissão, assim que seus crimes puderem ser postos para debaixo do tapete do esquecimento de uma sociedade feita de idiota e imbecil todos os dias.

Se as ameaças de botar a boca no trombone forem muito latentes sua saída se dará apenas com a reforma ministerial, livrando a presidente de pagar um preço muito alto por desagradar o chefe geral do Covil de Bandidos e provocar um risco de desabamento do castelo de cartas da corrupção petista.

O aparelhamento dos podres Poderes da República do Retirante Pinóquio pelos partidos da base aliada, fundamentado na troca corrupta de favores corporativistas, construiu uma estrutura de poder em que todos protegem todos para que o país não entre em convulsão no momento em que a parcela da sociedade ainda não vendida, não subornada e não corrompida, acordar para o cerne criminoso-genocida do projeto petista de desgoverno.

A rigor a presidente Dilma não demitiu ninguém e foi sempre obrigada a deixar o submundo corrupto-corporativista decidir a hora dos ministros denunciados pedirem afastamento de seus cargos, contando ainda com a manutenção do respeito da presidente sempre publicamente verbalizada a cada queda consumada.

A herança maldita – uma estrutura de ministérios afundados em esquemas de corrupção – que a presidente recebeu por imposição do seu antecessor também a fez de refém da mesma teia de corrupção e tráfico de influência que limita suas supostas ações de moralização do poder público, se é que alguma vez, de fato, essa vontade política existiu.

O jogo ficou difícil, pois a bandidagem da corrupção impera no poder público fazendo com que o controle das ambições ilícitas fique cada vez mais difícil e vai acabar faltando dinheiro roubado dos contribuintes para distribuir para tantos canalhas, provocando o início de um motim no navio dos corruptos com seu capitão tendo um sério risco de ser jogado aos tubarões.

Geraldo

17/11/2011

Um comentário:

luiz villela disse...

Muito bem descrito e esclarecedor.
A passividade doravante deve ser entendida como cumplicidade ou como atestado de ignorância, e no meu entender, o voto obrigatório é o que mantém as chances de perpetuar essa patifaria e seus artífices com as benesses das esmolas estatais. A postura pró-ativa dos esclarecidos é mister perante a obscena falta de uma oposição que mereça ter esse rótulo em sua carteira partidária. Portanto, acho que todos nós devemos nos julgar responsáveis.
Abs e saudações ruralistas