A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015


Nota publicada na página do Clube Militar, assinada por seu Presidente, General Roberto Rodrigues Pimentel é de uma dureza sem precedentes. Beira o rompimento! Afirma, de forma objetiva que O GOVERNO ACABOU! Que não tem mais credibilidade e que os responsáveis pelo caos devem ser afastados do poder. Exorta, porém que a saída tem que se dar, necessariamente, pelas vias institucionais.
Eis a nota:
O Brasil está sem comando, acho que isso já ficou claro para todos os brasileiros com um mínimo de discernimento. E sem comandante, como bem sabemos, não há perspectivas de nos livrarmos da tragédia a que o lulopetismo levou o País. Essa é a realidade nua e crua. O governo acabou. Não tem mais credibilidade. Precisam ser afastados os responsáveis para que possam ser adotadas as medidas, certamente dolorosas, que se fazem necessárias e impedir que o Brasil naufrague de vez. Os integrantes dos demais poderes da República precisam compreender isso e buscar uma solução antes que seja tarde demais.
A saída tem que se dar, necessariamente, pelas vias institucionais. Aplicando a legislação vigente. O que nos causa espanto é que, apesar dessa catastrófica situação, os ocupantes do governo ainda conseguem controlar boa parte das instâncias superiores dos poderes.
É um absurdo assistirmos renomadas personalidades – políticos e juristas sobretudo – declararem que não existem motivos ou elementos que justifiquem a instauração de um processo de impeachment. Como se toda a população brasileira fosse constituída de iletrados e imbecis para aceitarem tamanho disparate.
A situação é delicada porque a corrupção atingiu toda a cúpula dos poderes da República e fica um jogo de empurra e conchavos, uns buscando encobrir as responsabilidades de outros, numa tentativa desesperada de se salvarem todos de uma cassação e condenação criminal.
Sequer se vislumbra um movimento de pessoas decentes, com peso e capacidade política para liderarem um movimento de expurgo desses agentes nocivos à administração pública.
O que existe são movimentos incipientes criados pelas redes sociais, que apesar de já terem obtido significativos resultados com danos para a imagem do governo, pouco conseguiu com relação ao seu impedimento.
O aspecto menos ruim, ainda assim perverso, disso tudo é que quanto mais a economia se deteriora, mais se acentua a rejeição ao petismo e a esses partidos de esquerda que anarquizaram o país.
Mas é notório que o povo brasileiro tem memória curta.
E a pergunta que não quer calar é: será que esse caos terá ensinado o suficiente aos eleitores brasileiros?
Gilberto Rodrigues Pimentel é Presidente do Clube Militar.
04 de setembro de 2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A minha explicação didática ao professor Olavo de Carvalho

Caros amigos
Pouco antes de sair de casa, hoje pela manhã (08/09/15), deparei-me com um hangout, promovido por Beatriz Kicis, do qual participavam além dela, o professor Olavo de Carvalho, o Colunista Percival Puggina e o jovem e brilhante Deputado Marcel van Hattem.
Não tive tempo para assistir a toda a troca de informações e idéias, mas assisti o suficiente para tomar conhecimento de que, pelo fato de  não temer o Decreto 8515, não sou mais merecedor da consideração do destemido professor Olavo de Carvalho.
Dei, de imediato, graças a Deus por ter tido na vida apenas um contato com o Professor, em um agradável hangout promovido também pela Beatriz. Dei graças porque, embora agradável, o encontro não foi suficiente para tornar-me um dependente da consideração do afamado professor, o que me livra de sentir falta do que nunca precisei!
Outra coisa importante que me veio à cabeça foi o fato de que ele havia merecido o meu prestígio, pois comprei e li o livro cujo título põe  em evidência uma característica marcante da personalidade do nosso professor e filósofo, qual seja a pouca modéstia, porquanto afirma ao leitor que se trata de “o mínimo que se precisa saber para não ser um idiota”.
Eu poderia ser chamado de analfabeto funcional? Certamente que não. Poderia ser chamado de ingênuo? Talvez, pois acreditei no rótulo e estive, intimamente, até agora, iludido de que me livrara da possibilidade de ser considerado um idiota. A qualidade que atribuí à atitude do meu companheiro de um único contato, pôs por terra a ilusão de ter sido imunizado do mal. Continuo vulnerável, mas aprendi que não devo acreditar em rótulos!
Não sou dono da verdade como, parece, quer ser o nosso professor, mas conheço muito bem a Instituição por intermédio da qual jurei dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria e, se preciso, dar a ela até a vida.
Sobre este assunto, o meu companheiro de um único encontro, infelizmente, não tem o mesmo nível de conhecimento que eu tenho, por mais que a sua veleidade lhe diga o contrário. Digo infelizmente porque se assim não fosse, graças à extensão do seu “networking”, ele poderia ser muito mais útil ao Brasil.
Não tenho dúvidas quanto à cultura do professor Olavo, nem tampouco quanto à vida atribulada que, entre aulas, cursos e palestras, o seu auto exílio lhe impõe. A esta atribulação credito a sua equivocada interpretação da minha opinião sobre o Decreto 8515.
Não pretendo recuperar a consideração do professor Olavo, porque não me faz falta, mas procurarei aliviar a sua apreensão sobre o fato de que “não vejo razão para temer o decreto 8515”.
Começo por dizer-lhe que não vejo razão para que EU venha a temer as consequências do decreto e que jamais pensei em interferir ou desqualificar o SEU temor por ele.
Aliás, eu não temo mais nada que vem do PT ou do  governo da Sra Dilma Rousseff, porque ambos estão desmoralizados e cambaleantes pela repulsa que lhes dedica a opinião pública, graças ao desassombro de brasileiros residentes no Brasil, como a nossa admirável Beatriz Kicis e os nossos “Snipers da Justiça”, integrantes do Foro de Brasília.
No texto que lhe causou tanta aversão e que me livrou de tornar-me mais um “olavoholic”, não me coloquei a favor do decreto; não disse que não deveria ser combatido e, se possível, anulado ou modificado;  não disse que não se trata de uma ameaça; não disse que não se trata de uma tentativa de interferir e de adentrar ao “círculo fechado” dos militares; não disse que é legal ou que não fere outros dispositivos legais.
Disse, contudo, o que  não consta da elevada erudição do professor Olavo, visto que não tem, nem poderia ter, o conhecimento que EU TENHO da minha profissão e dos homens que a escolheram como modo de vida!
 Aliás, colho o ensejo para convidá-lo a satisfazer sua curiosidade e constatar, quando de sua próxima visita ao Brasil, pessoalmente, o que eles têm dentro das calças, além das cuecas!
Assim, justifiquei aos que, como o professor Olavo, me deram a honra da leitura, o meu desprezo pela pretensão do decreto, dizendo, isto sim, que confio no discernimento, na coragem e na determinação dos meus camaradas em função de comando nas Forças Armadas que, como o Gen Dietrich von Saucken, saberão dignificar os seus comandos e não se dobrarão ou se deixarão dominar, jamais, por um decreto dos que nunca foram, e “nunca serão”, melhores do que eles!
Simples assim, amigos! Obviamente, não precisarei desenhar para que um professor e filósofo como Olavo de Carvalho venha a entender.
Não sou correspondente do professor e, agora que não gozo mais da sua consideração,  jamais serei, mas espero que algum “olavoholic” dê-lhe conhecimento deste meu esforço didático para explicar-lhe o “espírito da coisa”!
Não espero resposta, mas mantenho meu convite para que ele venha a conhecer o que mais os militares têm dentro das calças, além das cuecas!
Gen Bda Paulo Chagas