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segunda-feira, 18 de abril de 2011

COMO A IMPRENSA TRATAVA JOÃO GOULART


ABAIXO, A PESQUISA DA JORNALISTA CRISTIANE COSTA, SOBRE QUAIS FORAM OS COMENTÁRIOS

DA IMPRENSA NOS IDOS DE 64!

AS FORÇAS ARMADAS TIVERAM O APOIO DO POVO E DA IMPRENSA!!

BOM RELEMBRAR A VERDADE, JÁ QUE AS MENTIRAS SÃO A TÔNICA DO MOMENTO, NESSA TERRA DE NINGUÉM!!

BEIJOS E BOA SEMANA,

ANITA

Carlos Newton
Muito tem se discutido neste blog sobre o governo João Goulart e o golpe militar de 31 de março. Quem não viveu aquela época não tem uma real noção do que aconteceu. Por isso, vale a pena publicar a pesquisa da jornalista Cristiane Costa, postada originalmente no blog BrHistória.
O levantamento mostra que a imprensa, praticamente sem exceção, apoiou a derrubada do presidente João Goulart, em função dos desatinos cometidos ao propor uma reforma agrária demagógica, que atingiria todas as grandes fazendas produtivas, num país onde não faltam extensas áreas improdutivas a serem cultivadas.
Além disso, Jango queria derrubar a lei da oferta e procura, ao tabelar, também demagogicamente, todos os aluguéis nas áreas urbanas. Sem falar na quebra da hierarquia nas Forças Armadas. Estas foram as principais razões da queda, que teve expressivo apoio da classe média, como os jornais registraram. É só conferir:
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O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!” – (Do editorial “BASTA”, 31 de março de 1964 – Correio da Manhã – Rio de Janeiro)
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“Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!” – (Do editorial “FORA!”, 1° de abril de 1964 – Correio da Manhã)
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“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade … Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas” - (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 1º de Abril de 1964)
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“Golpe? É crime só punível pela deposição pura e simples do Presidente. Atentar contra a Federação é crime de lesa-pátria. Aqui acusamos o Sr. João Goulart de crime de lesa-pátria. Jogou-nos na luta fratricida, desordem social e corrupção generalizada.” – (Jornal do Brasil, edição de 1º de abril de 1964.)
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“Minas desta vez está conosco”(…) “Dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições.” – (Estado de S. Paulo – 1º de abril de 1964)
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“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade. Ovacionados o governador do estado e chefes militares. O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (…), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade” - (O Estado de Minas – Belo Horizonte – 2 de abril de 1964)
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A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento – (O Dia – Rio de Janeiro – 2 de Abril de 1964)
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“Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas” – (Tribuna da Imprensa – Rio de Janeiro – 2 de Abril de 1964)
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“Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada”… “atendendo aos anseios nacionais de paz, tranqüilidade e progresso… as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal”. – (O Globo, 2 de abril de 1964)
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“Lacerda anuncia volta do país à democracia.” – (Correio da Manhã, 2 de abril de 1964)
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“A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil” – (Editorial de O Povo – Fortaleza – 3 de Abril de 1964)
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Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem.
Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.
Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada …”
- (O Globo – Rio de Janeiro – 4 de Abril de 1964)
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“Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos”(…) “Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria.” – (Estado de Minas, 5 de abril de 1964)
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“A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista”. – (O Globo, 5 de abril de 1964)
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Pontes de Miranda diz que Forças Armadas violaram a Constituição para poder salvá-la!” - (Jornal do Brasil, 6 de abril de 1964)
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“Congresso concorda em aprovar Ato Institucional”. – (Jornal do Brasil, 9 de abril de 1964)
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Milhares de pessoas compareceram, ontem, às solenidades que marcaram a posse do marechal Humberto Castelo Branco na Presidência da República …O ato de posse do presidente Castelo Branco revestiu-se do mais alto sentido democrático, tal o apoio que obteve” – (Correio Braziliense – Brasília – 16 de Abril de 1964)
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“Vibrante manifestação sem precedentes na história de Santa Maria para homenagear as Forças Armadas. Cinquenta mil pessoas na Marcha Cívica do Agradecimento” - (A Razão – Santa Maria – RS – 17 de Abril de 1964)
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Nota de Redação – Seis dias depois da derrubada de Goulart, a Tribuna da Imprensa de Helio Fernandes foi o primeiro jornal a se posicionar contra o regime militar. Depois, o Correio da Manhã de Paulo Bittencourt também foi para a oposição. Mas todos os outros destacados órgãos da chamada grande imprensa seguiram apoiando indefinidamente a ditadura, como fica demonstrado nesses dois editoriais que seguem abaixo, também pesquisados pela jornalista Cristiane Costa:
Vive o País, há nove anos, um desses períodos férteis em programas e inspirações, graças à transposição do desejo para a vontade de crescer e afirmar-se. Negue-se tudo a essa revolução brasileira, menos que ela não moveu o País, com o apoio de todas as classes representativas, numa direção que já a destaca entre as nações com parcela maior de responsabilidades”. – (Editorial do Jornal do Brasil – Rio de Janeiro – 31 de Março de 1973)


Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”. – (Editorial assinado por Roberto Marinho, publicado no jornal” O Globo”, 7 de outubro de 1984, sob o título “Julgamento da Revolução”)



Anita Driemeier

email: anitadriemeier@gmail.com


Comentário de Ester Azoubel

Eu votei em João Goulart para vice presidente e trabalhei muito para a eleição de Miguel Arraes.

Em 1964 FESTEJEI a Contra Revolução que encerrou o período mais tumultuado, mais bagunçado, mais desordeiro da História deste país. Começamos então, com o Governo Militar, de saudosa memória, a viver uma época de paz, tramqüilidade, desenvolvimento e liberdade. Só os terroristas tiveram problemas, mas eram uns gatos pingados apátridas, a serviço de Cuba e da União Soviética.

Só porque um governante foi eleito pelo povo não se diz que o povo foi traído se ele é deposto. No caso do Brasil, foram os governantes eleitos que traíram o povo. Ninguém votou naqueles farsantes para trazerem o comunismo para cá.

Comentário de Sueli Guerra

"Eu estava lá também e pedi pela saída dessa corja comunista. Não houve golpe dos militares e sim um contra golpe aos comunistas. Fala-se em ditadura militar, aquilo foi uma ditamole, onde eu podia escolher em quem votar sem ser intimada, brincar carnaval livremente, ir ao maracanã, festas sem ser espionada ou seguida e tem mais, sem ser assaltada nas ruas como hoje. O Brasil nas mãos dos civis se tornou uma bagunça. Roubalheira e corrupção nas barbas do povo e ninguém reage a nada. Temos instalados em todos os órgãos publicos federais, estaduais e municipais verdadeiras quadrilhas de ladrões. Leiam a matéria da Revista Época dessa semana sobre a Caixa Economica Federal, Leiam na Veja sobre o Ministro escolhido por Lula para o STF que desistiu e vejam porque.

Vejamos o filho de Lula, funcionario de bosta do Zoologico se tornou milionário enquanto o diabo esfregou o olho. A troco de que a Telemar deu-lhe de presente R$5.000.000,00 pra ele se tornar um dos sócios da empresa?
Quem está ganhando com os lucros milionários dos bancos? Claro, o caixa 2 do PT.

Vê se tem algum general ex-presidente milionário e veja de lá pra cá quem dos civis ficou mais rico. Todos, a começar por Sarney, Jucá, Jader etc. esses do PMDB, agora veja os petistas históricos. Todos milionários em 8 anos do governo petista.

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