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quarta-feira, 20 de abril de 2011

DORA KRAMER

Foi mal. A senadora Gleisi Hoffmann (PT) tentou desqualificar cobrança do senador Álvaro Dias (PSDB) para que o Ministério Público investigue a oferta de propina que teria provocado o recuo na indicação do ministro Cesar Asfor Rocha para o Supremo, dizendo que o tucano é especialista em repercutir denúncias feitas por jornais e revistas. No caso específico, a Veja.
Sempre diligente em seu ofício, desta feita a senadora tropeçou ao esquecer que ninguém esquece que o PT, quando oposição, não só fazia da imprensa sua caixa de ressonância como municiava jornais e revistas com dados muitas vezes sigilosos de comissões parlamentares de inquérito para produzir suas denúncias.
O desdém com o papel dos meios de comunicação pode ser um atalho quando se precisa de um instrumento de defesa. Mas também é um indicativo de que não se dispõe de nenhum outro mais convincente.
Inflação. Há um cálculo político por trás da resistência do governo em agir com mais rigor no combate à inflação: o receio de que uma "pancada" muito forte derrube o crescimento e com ele os índices de popularidade da presidente da República.
Petistas se arrepiam só de pensar na possibilidade de que o governo Dilma enfrente as consequências que enfrentou o governo Fernando Henrique a partir da crise do câmbio de 1999.
Mano a mano. Uma hipotética disputa eleitoral entre Lula e FH teria necessariamente de obedecer a uma preliminar: que nenhum dos dois nem os respectivos grupos tivessem acesso às ferramentas do poder.

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