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terça-feira, 15 de junho de 2010

O antissemitismo é novamente politicamente correto

A flotilha de Gaza foi uma peça de teatro islâmica perfeita, revelando um antigo ódio europeu.

Por: Leon de Winter*

É um fenômeno fascinante: Por que as pessoas e organizações que se apresentam como progressistas se unem a muçulmanos reacionários?

O grupo “Free Gaza” se mostra apenas como uma aliança de esquerda islâmica. Bem, Gaza já está livre. Israel retirou-se da estreita faixa há cinco anos. E também não há necessidade de qualquer ajuda humanitária. Mais de um milhão de toneladas de suprimentos humanitários entrou em Gaza proveniente de Israel nos últimos 18 meses, o equivalente a quase uma tonelada de ajuda para cada homem, mulher e criança na região.

Mas a população de Gaza votou em eleições democráticas para serem governados por um partido cujo ódio aos judeus é a pedra fundamental da sua existência. Qualquer um que duvide disso deve ler o manifesto do Hamas na Internet. O fato de que Gaza está completamente "livre de judeus" não é suficiente para o Hamas. Eles querem que Israel também seja "livre de judeus". O bloqueio de Israel para "produtos estratégicos" não foi concebido para punir o povo palestino, mas para impedir o Hamas de obter armas pesadas e construir abrigos subterrâneos. Uma idéia simples de entender.

Por exemplo, ao contrário de Gaza, a Chechênia não é livre. Os russos esmagaram a luta pela independência dos chechenos com o bombardeamento intensivo de sua capital. E o que dizer de um estado curdo? Os turcos e iraquianos infligiram horrores inimagináveis contra os curdos. No entanto, apesar disso, não há a “Flotilha Livre do Curdistão” indo em direção a Turquia, e as autoridades russas não têm medo de serem presas em capitais européias por crimes de guerra.

Aqui estão mais alguns fatos. Vamos observar a taxa de mortalidade infantil em Gaza. Este é um número chave, que diz muito sobre as condições de higiene, nutrição e cuidados com a saúde. Em Israel, a taxa de mortalidade infantil é de 4,17 por 1.000 nascimentos, o que é aproximadamente o mesmo que nos países ocidentais. No Sudão a taxa é de 78,1, ou seja, uma em cada 13 crianças morrem ao nascer. Em Gaza, a mortalidade infantil, por 1.000 nascimentos é 17,71. Sim, este número é maior do que em Israel, mas muito menor do que no Sudão. E a taxa de mortalidade infantil da Turquia? Bem, isso é 24,84. Sim, mais crianças morrem ao nascer na Turquia do que em Gaza.

Aqui está outro fato. A expectativa de vida é 73,68 anos em Gaza. E na Turquia, novo protetor de Gaza, a expectativa de vida é de apenas 72,23 anos. Se os israelenses realmente queriam tornar a vida dos palestinos curta e desagradável, então eles estão obviamente fazendo algo errado.

Os progressistas não ligam para qualquer outro grupo de muçulmanos pobres ou oprimidos. Eles só clamam pelas "vítimas" dos judeus. Por que isso acontece?

Uma das razões é Yasser Arafat, cujo gênio foi redefinir a causa palestina na retórica neo-marxista e antiimperialista. Ele criou um novo contexto para o seu povo: a luta contra o colonialismo e o racismo. Ele era um líder corrupto clássico com um talento incrível para jogar com a mídia e os políticos ocidentais. Os progressistas adotaram os palestinos como seus favoritos, a vítima quintessência do imperialismo e do colonialismo, como resumido pelo estado sionista.

Mas há outra razão pela qual os progressistas ocidentais odeiam Israel, mas são indiferentes para as violações dos direitos humanos na Turquia, Irã ou Rússia. Isto por causa do Holocausto.

Os europeus, que representam muito do que vai para a opinião pública mundial, se cansaram de carregar a culpa pela destruição dos judeus do continente. Eles começaram a sonhar com alguma forma de libertação histórica. Isso está vindo na forma de resposta militar de Israel aos ataques islâmicos e terroristas. Os europeus não poderiam perder a oportunidade de difamar os judeus e redefinir as medidas de defesa de Israel como “desproporcional” ou total agressão - em outras palavras, crimes de guerra.

Na visão dos progressistas europeus, o conflito Israel-Palestina tornou-se um conflito sem comparação, um fenômeno único de vítimas européias gerando vítimas palestinas, que parecia diminuir o peso dos europeus sobre o massacre do povo judeu.

Assistindo a demonização de Israel, o ataque ao seu direito de defesa, como disse o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, torna-se claro que existe uma necessidade profunda entre os europeus em chamar os judeus de assassinos. É por isso que os palestinos, como "vítimas" dos judeus, são mais importantes que as numerosas vítimas muçulmanas dos extremistas também muçulmanos. É por isso que milhões de outros muçulmanos que vivem em piores condições do que os palestinos dificilmente recebem qualquer menção na mídia. É por isso que Gaza é comparada com o Gueto de Varsóvia e Auschwitz. Ao chamar os israelenses de nazistas, os verdadeiros nazistas foram legitimados. É como se os europeus, liderados pelos progressistas, desejassem que os árabes terminassem o trabalho. Chega com os judeus. Isto é o que é: A libertação da Europa do legado do Holocausto.

Por décadas, os nossos progressistas, ativistas pacifistas ocidentais, foram enganados e manipulados por árabes tiranos e agora por turcos e iranianos islamitas. Eles estão ajudando nos esforços para destruir um dos maiores sucessos dos tempos modernos: a criação do Estado de Israel.

O que temos assistido com a frota de Gaza é a execução perfeita de uma obra magistral de teatro islâmico. A indignação selvagem da mídia, um orgasmo de hipocrisia, marca o próximo capítulo da longa história do ódio dos europeus contra os judeus. É politicamente correto, novamente, ser um antissemita.

*Leon de Winter é um romancista holandês. Seu último livro é "O Direito de Retorno" (2008).

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