Valmir Fonseca Azevedo Pereira (*)
Depois de alimentar toda a espécie de animosidade entre os mais diversos segmentos de uma sociedade multiétnica, que vive em um rico país – continente e se ufana em falar uma só língua, o desgoverno se orgulha de instigar um novo cisma na coletividade nacional.
Relembramos que sociedade é a coletividade de grupos de indivíduos ligados entre si, considerados como uma unidade e participando todos de uma cultura comum.
No exercício de seu nefasto papel de desunir para dominar, a esquerda tem procurado e, é inegável admitir, tem descaracterizado a Nação Brasileira, pois uma Nação se distingue por ser uma entidade moral, uma comunidade de consciência, unida por um sentimento dominante, o Patriotismo.
Desde o início, numa clara demonstração de que um de seus objetivos era a instalação do dissídio entre diferentes grupos, foram criados os mais esdrúxulos Ministérios e Secretarias. Assim, sob a capa de atender a justos propósitos, brotaram como erva daninha, toda a sorte de entidades e agremiações, voltadas para o império dos direitos e para o aviltamento dos deveres, todos, sob a égide ou, no mínimo, sob os auspícios do desgoverno.
Pobres versus ricos, classe pobre versus classe média, héteros versus GLS, negros versus brancos, sem-terra versus proprietários rurais, sem-teto versus proprietários de imóveis, índios versus não–índios; sem contar as dúbias posições do desgoverno acerca de um sem-número de questões, como o aborto, o casamento entre homossexuais, reservas indígenas, cotas raciais nas universidades, anulação ou alteração na Lei da Anistia etc.
Na maioria dos casos, observamos que, muitas vezes, as pretensas dicotomias são agudizadas graças às posições matreiras, que ora apóiam um lado ora o outro. As verdadeiras intenções do desgoverno, somente podem ser visualizadas, quando a balança pende para um dos lados ou para aquele que redundar, para ele, em maiores ganhos.
Esta tem sido a história do PT. No passado, aniquilou com a Indústria Bélica Nacional, tanto a Estatal como a Privada. Hoje, sabemos que uma das peças de resistência do novo Plano de Defesa Nacional é a criação ou recuperação da Indústria de Defesa Privada.
Recordemos que seus correligionários já foram contra o Serviço Militar Obrigatório. Hoje, após conceder um aumento no soldo do recruta, apregoam a necessidade e a importância do Serviço Militar Social Obrigatório. Na prática, está montado o cenário para que as Forças Armadas assumam o controle desse novo tipo de soldado, o soldado–social, sem contestação o destinatário da bolsa–recruta.
São uns cretinos.
Hoje, apregoam a necessidade da criação de um Parque Bélico Nacional, assim como não sossegaram, enquanto não desativaram o Programa Nuclear Brasileiro. Relembremos, quando um dos maiores empenhos do PT era manter seus títeres na Prefeitura de Angra dos Reis, quando infernizavam as Usinas Nucleares lá instaladas. Hoje, sem um piscar de olhos, eles alardeiam como sua iniciativa, o renascimento do Programa Nuclear Brasileiro, inclusive com a parceria da Argentina.
Patrocinaram, descaradamente, as mais diferentes dissociações do povo, o desgoverno segue em frente e, sem dúvida, nunca foi tão feliz, pois com visível êxito desconstrói uma Nação, uma vez que ao promover dissensões, caminha na contra–mão do significado de Nação, que é o consentimento, o desejo claramente expresso de continuar uma vida comum.
Dizem que uma Nação é uma alma, um princípio espiritual resultante das implicações profundas da sua história.
No caso do Brasil, assistimos pesarosos e impotentes ao esvair-se de uma alma.
Sem líderes, com diferendos sociais que recrudescem dia após dia, com a patronagem de divisões territoriais, com a criação dos Mega-Latifúndios Indígenas, como os de Roraima e a exacerbação dos ânimos das partes oponentes, para o surgimento de conflitos, inclusive armados, como poderá ocorrer na hipótese de legitimação da continuidade da Reserva Raposa Serra do Sol, caminhamos a passos largos para a desnacionalização e desagregação social do País (vide os atuais exemplos em várias regiões do mundo e até aqui, com a nossa vizinha Bolívia), provavelmente, para dos seus escombros surgir uma nova fênix, segundo a moldagem da brava esquerda tupiniquim.
Um povo sem moral e sem ética, não merece ter uma Pátria para amar e honrar.
(*) General do Exército
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