Quarta-feira, 7 de Julho de 2010 1:18
O ministro das Relações Institucionais (as relações não-institucionais são exercidas por Lula, pessoalmente), Alexandre Padilha, tentou negar a pantomima óbvia protagonizada ontem pelo PT, que entregou ao TSE um programa de governo ultra-radical — o verdadeiro —, substituindo-o, depois, por um mais ameno, o falso. Por que escrevo assim?
Como demonstrei no post da madrugada, o texto que relativiza o direito de propriedade e que prega o controle dos meios de comunicação traz a rubrica da candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff. O outro, nota-se, é um arranjo feito às pressas, sem a chancela de Dilma. Reportagem da Folha apurou que a entrega do primeiro documento foi deliberada — tanto é assim que dirigentes do partido defenderam aquele texto.
E o que diz Padilha agora?
“Se tivesse a intenção de entregar outro [programa], não estaria pronto o programa correto”.
E quem disse que ele estava pronto? Não estava. Teve de ser “aprontado” às pressas quando os petistas se deram conta da reação negativa. Eu os imagino a dizer algo como: “Vejam aí o que dá falar a verdade!”
E Padilha continuou:
“No programa apresentado, está explícito que é uma versão inicial. Vamos ter um debate com os partidos e a sociedade para, no momento adequado, apresentar o programa.”
A qual programa ele se refere? Sim, sabemos, trata-se de uma versão inicial. Isso significa que o PT queria “iniciar” o debate, COM A RUBRICA DE DILMA NO DOCUMENTO, mandando às favas o direito de propriedade e a liberdade de expressão. No novo texto, arranjado no joelho, resolveu esconder tais intenções
Enviado po Gracias
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Postado por LILICARABINA no LILICARABINA em 7/06/2010 08:29:00 PM
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