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A campanha começou oficialmente e Dilma Rousseff segue sendo uma figura obscura, sem transparência e sem clareza alguma sobre seus propósitos, suas formas de pensar a realidade e propor soluções para os graves problemas nacionais. Sem biografia na área política - jamais foi vereadora, prefeita, deputada, senadora ou governadora - sua vida pública resume-se ao posto de assessora de governos petistas, ou seja, jamais esteve no leme ou no controle de coisa alguma.
O comportamento da candidata é assustador. Se tem escândalo no comitê petista e seus principais assessores são flagrados tentando grampear ilegalmente telefones de adversários, Dilma Rousseff diz que não sabe de nada, não viu nada. E quando seu programa de governo prega o fim do direito de propriedade, além da censura à imprensa? Ela alega que foi erro dos assesores.
Ocorre que o país descobre, no passo seguinte, que ela assinou todas as páginas do texto radical, ou seja, o programa era dela mesmo, não há engano. Bem, e agora? Ela tem a cara de pau de insinuar que assinou sem ler. Ora, ora, vamos ser honestos: assinou sem ler ou está mentindo? Melhor esperar os debates e sabatinas para esclarecer, certo? Errado. É mais fácil entregar crucifixo a vampiro do que levar a candidata petista a qualquer encontro onde ela tenha de falar por ela mesma.
Sem "telepronter", ou ilha de edição, a candidata petista não existe. Assim, ela só se apresenta como boneca de ventríloquo, repetindo o que os marqueteiros mandam repetir. Como disse o candidato José Serra: se hoje ela fala mal da invasão de terras, amanhã ela põe na cabeça o boné do MST". Vale dizer: Dilma Rousseff parece uma doidivanas que não sabe se vai para lá ou se vem para cá.
O que importa agora é o seu programa de governo. Depois de afirmar que assinou sem ler a versão original entregue ao TSE, ela enviou uma segunda versão que não assinou. E, como se não bastasse, anuncia uma terceira versão, que ninguém sabe se irá ler ou assinar. Nesse jogo, a candidata pensa que todo mundo é trouxa e que ela vai impor o projeto dos sectários militantes petistas. Não vai não.
O povo brasileiro não aceita que o país possa ser conduzido no rumo do autoritarismo. O Brasil não é a Venezuela. O programa de Dilma Roussef, seja na primeira, na segunda ou na terceira versão, não interessa ao conjunto da sociedade por representar ameaça à democracia, aos direitos humanos, ao direito de propriedade e ao Estado de Direito.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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