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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Preocupações; Relações exteriores; Indianismo e Família Presidencial

Por: Gélio Fregapani

Véspera de eleições -O incerto futuro

Enquanto acompanhamos as notícias do futebol, atropelamentos, crimes comuns e rivalidades políticas seguem intocados os principais problemas do País. Debate-se firulas: varizes e proteção das árvores, mas qual a posição dos candidatos sobre os assuntos importantes? Sobre a manobra anglo-americana para a secessão das áreas indígenas? Sobre a desindustrialização? Sobre a compra de grandes extensões de terras por firmas estrangeiras? Sobre a preparação revolucionária do MST? Sobre o efeito dos juros altos? – sobre as nossas relações exteriores? É hora de falar sério

Vivemos em um quadro de instabilidade mundial: A crise financeira ainda não terminou e os EUA estão buscando de volta as indústrias de suas multinacionais. Sairão também as instaladas no Brasil? Anunciado o final da intervenção dos EUA no Iraque. Para onde irão os 140 mil soldados profissionais de lá retirados? Serão simplesmente dispensados? Irão para a Colômbia? Ou para o Irã? Como isto afetará o nosso País? Está realmente havendo um aquecimento global ou é um jogo para colocar a Amazônia sob controle internacional? O relatório da Abin sobre as ONGs e a independência das áreas indígenas deixou claro o perigo real, e imediato. Sobre isto nenhum candidato fala.

O sistema financeiro internacional continua a eleger e derrubar presidentes em quase todo mundo, inclusive os nossos, ao longo da Historia . Verificamos, com pesar, que os futuros dirigentes não proporcionam perspectiva de melhora. Contudo teremos que apoiar (até certo ponto) quem for eleito, pois obviamente o estrangeiro se aproveitará de nossa divisão.

Ainda seria possível resgatar a soberania e o desenvolvimento da Pátria. Bastaria reduzir o incrível número de parlamentares; investir em infra-estrutura; reforçar o ensino fundamental e o técnico; punir os corruptos quando apanhados; prestigiar os costumes familiares dignos de nossos antepassados e principalmente de incentivar a coragem para resistir aos bandidos de dentro e de fora.

O acovardamento de nossa gente- A manobra parece coordenada

O impedimento ao uso de armas pelas pessoas de bem e o incentivo a não reação, imposição de um verdadeiro culto à covardia e submissão ao arbítrio do malfeitor não foi efetivo para diminuir a criminalidade. Ao contrario, tem incentivado os bandidos pela certeza que não encontrarão reação.

Comprovado estatisticamente a ineficiência do desarmamento e da não reação para diminuir a violência injustificada, por que são mantidas e ampliadas essas medidas nefastas? Há quem pense ser uma operação psicológica adversa para quebrar a vontade do povo brasileiro de defender o que é seu, acostumando- o a ceder face as ameaças; até o ator Stallone verificou que “no Brasil se pode até explodir coisas”, significando que não haverá reação. “Até agradecem”, disse ele. E provavelmente tem razão, mas nem sempre foi assim.

Face a conhecida ambição norte-americana sobre as jazidas de petróleo e de minerais estratégicos, é razoável pensar na probabilidade de ser realmente uma ação pensada, visando o amolecimento moral do nosso povo. Não sendo uma ação pensada, certamente será aproveitada. Veremos.. .....

As Farc, a Venezuela e o Irã

As Farc, grupo guerrilheiro de origem comunista, há muito descambou para o banditismo e proteção (ou extorsão) ao narcotráfico. Neste item não difere muito de seu oponente, os Paramilitares. É evidente que usa o terrorismo, como todas as guerrilhas e todos os exércitos em guerra o que não classifica nenhum deles como grupo terrorista. Entretanto nos dias de hoje parecem mais bandoleiros do que guerrilheiros. Há uma certa semelhança com o antigo bando do Lampião, bandidos cantados em prosa e verso.

Mesmo após a saída do Uribe, inegavelmente sopram os ventos de guerra entre a Colômbia e a Venezuela. Um apoiando os interesses norte-americanos, outro se apoiando na Rússia. Por mais que queira negar, é claro que o Chávez apóia as Farc – Em uma disputa entre duas nações, qualquer dirigente buscará ligar-se com a oposição interna ao governo adversário, mesmo que sejam malfeitores. Em lugar de nos indignarmos com isto melhor faríamos se visássemos o interesse nacional, que seria evitar a expansão dos EUA na Amazônia, e provavelmente o Chávez seja a principal barreira.

O fato é não termos motivos para hostilizar as Farc como desejariam os EUA, nem tampouco de nos aproximarmos delas, como os vermelhos aloprados querem por viés ideológico. O correto é sermos neutros. O problema não é nosso, ou é?

Da mesma forma, os meus melhores amigos esbravejam (com justiça) contra os horríveis métodos de punição do Irã, mas não falam da idêntica crueldade de demais islâmicos quando aliados dos EUA. Seria do interesse nacional do nosso País que a ONU/EUA consiga impedir o desenvolvimento nuclear dos demais, inclusive o nosso?

Face ao desejo islâmico de nos impor sua sharía, pode ser que um dia tenhamos que ressuscitar as cruzadas, mas por enquanto o cerceamento ao desenvolvimento do Irã é o caminho para cercear o nosso. Neste caso valeu a pena o nosso engajamento.

Indianismo – a maior ameaça

Paramentados para a guerra, cerca de 300 índios invadiram, em 24 de julho, o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Dardanelos em Arupuanã MT. Fizeram mais de 100 reféns entre os trabalhadores. Exigiram 10 milhões, alegando que a área da usina teria sido utilizada como cemitério por seus antepassados e que a qualidade da água poderá piorar no Rio Aripuanã. Caso não fossem atendidos, convocariam mais 800 índios e incendiariam o canteiro de obras. A construção da usina estava respaldada por estudos de impacto ambiental, mas claro, o governo cedeu.

Existe algo pior que as chantagens desse tipo. Os relatórios da ABIN revelam preocupação com a criação de um Estado indígena independente na Raposa-Serra do Sol, com apoio de governos estrangeiros e ONGs. Mais grave ainda é na área ianomâmi, onde já são independentes de fato. Os mentores do indigenismo exigem a autonomia política, administrativa e judiciária dos indígenas. Breve terão o apoio de tropas de fora e o governo manda que a imprensa trate do assunto sem emoção e nem destaque e os militares mantenham –se em silencio. Acovardou-se ou traiu?

A primeira Dama

Gostem ou não os ultra liberais, algumas funções são melhor exercidas por um casal. Um embaixador sem a embaixatriz não é um embaixador completo. Até pouco tempo atrás o próprio Exército, sabiamente, evitava designar para um comando isolado no interior quem não tivesse a família bem constituída.

No caso da presidência avulta a necessidades de uma primeira dama atuante.

Seria preferível se uma primeira dama não fosse estrangeira. A menos que tenha aderido ao Brasil de corpo e alma.

Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani

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