Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Ao longo da História é extenso o rol de países que foram governados ou tiranizados por reconhecidos populistas e demagogos.
Em geral, com boa lábia e vocabulário popular, néscios foram capazes de enrolar grandes efetivos, que por curta cultura e sofrível conhecimento, facilmente se deixaram envolver por afirmativas que lhes soavam como verdades profundas. Com chistes, piadas, deboches e declarações que repercutiam como verdadeiras por falta de contestação, o demagogo sabe iludir e, provavelmente, é capaz de acreditar – se um predestinado, tal é a ovação que recebe do “ignaro proletariado” por suas falsas e ocas palavras.
Na atualidade, o fenômeno ainda ocorre, apesar dos avanços culturais e da difusão dos meios de comunicações. Em geral, as massas iludidas de ontem sofreram as mesmas limitações do que as de hoje, avultando a arraigada ignorância, que sublinha a sua incapacidade de autuar as informações recebidas.
No Brasil, a ocorrência não é nova, é atual e total.
A “massa proletária” sequiosa de ouvi – los, não raciocina (?) com o conteúdo das suas palavras, e entorpecida pelas benesses do assistencialismo inconseqüente, limita – se a assimilar, prazerosamente, o seu nefasto e rasteiro discurso.
Quando falamos na ditadura do proletariado, criamos uma fantasia, pois a imagem da classe é a de uma nuvem nebulosa, um conjunto sem face, um agrupamento acéfalo, situado ao rés do plano horizontal e não tem condições, nem meios, nem descortino para divisar todo um cenário. Por isso, através do voto, atua como principal agente para o estabelecimento de tiranias legalizadas seja de direita ou de esquerda.
Infelizmente, na atual quadra, mercê do alto nível de analfabetismo popular, inclusos, não apenas a ignorância da leitura e do rabiscar qualquer palavra, mas a impossibilidade de ler e compreender um texto, na América Latina prolifera, no bojo do retrógrado comunismo, os governos apoiados no populismo assistencialista.
No Brasil, a maioria dos componentes do “proletariado” está fora das relações de “analfabetos”, contudo, de acordo com o professor Gustavo Ioschpe apenas 25% dos alfabetizados estão em condições de entender um texto; quanto ao restante, sabe - se que a duras penas limitam - se a desenhar ou rabiscar seus nomes, e apesar de muitos lerem “com dificuldade”, certamente, eles não têm condições de interpretá - lo e, por conseguinte, de formar um juízo de valores.
Este contingente, colossal no Brasil, é o campo fértil para um embromador calejado como a “metamorfose ambulante”.
Triste para os demais, uma minoria, que inclusa no universo dos eleitores, ombreia – se com o dos incapazes de ler e processar uma breve notícia, mas aptos pela lei de escolher o mais demagogo entre os demais demagogos, sendo submetida aos seus desígnios, numa autêntica ditadura do proletariado ou sob a supremacia da ignorância.
Aquele vasto contingente, enrolado por afirmativas e promessas inverídicas, é o mentor das maiores barbaridades, pois não tendo qualquer comprometimento com o conjunto, apenas consigo e com as suas satisfações, e com as vantagens e promessas da hora, torna - se improvável que na sua curta visão, venha a preocupar - se com soberania nacional, e com ética e com valores. Em geral, a “massa”, para alegria de seus manipuladores, que nada fazem para o estabelecimento de políticas para retirá - la da permanente carência, se presta, na atualidade, ao papel de vaca de presépio, obediente e subordinada aos mandos e desmandos de seu guia, elegendo para a presidência a quem ele indicar, inclusive, um poste nominado de Dilma.
Assim, por mais que sejam públicas denúncias e apontadas provas irrefutáveis, por não lerem, ou se ao lerem não processam, eles continuarão, por décadas, presa fácil dos populistas e dos demagogos, e de fato ao invés da ditadura do proletariado vivemos sob a égide dos demagogos e pilantras verbais, seus reais mentores.
É triste, mas é vero.
Brasília, DF, 04 de julho de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
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