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sábado, 7 de agosto de 2010

AS ÓPERAS BUFAS INTERPRETADAS PELOS BOBOS DA CORTE INTERNACIONAL

Por: Francisco Vianna – 7 de agosto de 2010

O Irã assinalou, na terça feira passada, que é provável que a oferta do presidente brasileiro, de dar refúgio a uma mulher iraniana condenada pela ‘justiça’ do país a morrer por apedrejamento, seria rejeitada. E foi.

O caso da mulher de 43 anos, Sakineh Mohammadi Ashtiani, desencadeou uma repulsa internacional que acabou fazendo com que o Irã, pelo menos por enquanto, retirasse da sentença a parte do apedrejamento. A mulher, no entanto – que é mãe de dois filhos – poderá ainda ser enforcada.

"Até onde sabemos, Lula da Silva é uma pessoa ‘muito humana e emocional’, mas que, provavelmente, não recebeu suficiente informação sobre o caso", disse o porta-voz do ministro da justiça persa, Ramin Mehmanparast. “Maiores informações serão passadas ao presidente Lula para esclarecer a situação sobre uma pessoa que é uma ofensora condenada", acrescentou ele. O Irã diz que a mulher foi também condenada por assassinato. (Será uma tendência – se for verdade - de Lula e de seu governo em proteger bandidos e assassinos? Ou apenas uma diretriz ideológica?)

De qualquer forma, o ultraje manifesto pela maioria dos países pela sentença de morte da mulher, de forma cruel e desumana, é o mais recente espinho cravado no relacionamento do Irã com a comunidade internacional, numa época em que, em todo o mundo, o adultério é cada vez menos visto como um crime e mais como apenas um sinal de que o casamento acabou. E nem é o caso dessa mulher, que é viúva. Quanto à acusação de assassinato, pouco se sabe sobre isso. Será que matou o marido? Aí a coisa poderia ser diferente, sob a ótica islâmica, onde a mulher é um zero à esquerda e o homem pode tudo em relação a ela.

Espinhos no relacionamento internacional do Irã, como os com os Estados Unidos, a Inglaterra, e com grupos internacionais defensores dos direitos humanos instaram Teerã a suspender a execução da condenada até agora.

Lula, repetindo como papagaio o que lhe manda dizer o seu lamentável ministro das relações exteriores, Celso Amorim (uma de suas ‘eminências pardas’ ideológicas), disse no sábado passado que o Brasil poderia dar a ela asilo político a ela, mesmo sabendo que isso seria algo improvável de ser aceito pelo governo iraniano, mas que, afinal, causaria uma “boa repercussão no seio da população brasileira com vistas às eleições de outubro próximo”. Puro jogo de cena de inspiração populista e demagoga.

O governo Lula vem cultivando relações mais íntimas com o governo de Ahmadinejad nos últimos anos e colaborou com a Turquia para redigir uma ‘proposta’ direcionada a ‘resolver’ a disputa do Irã com o Ocidente sobre seu programa nuclear. Tal proposta foi apenas usada por Teerã para tentar ganhar mais tempo na ONU, e não mereceu qualquer atenção ou consideração por parte do Conselho de Segurança da ONU, que, horas depois, votou e aprovou um novo pacote de sanções bem mais severas ao governo iraniano.

Na última terça feira, em resposta ao comentário do porta-voz iraniano, Lula disse: "Aprendi, como chefe de estado, a respeitar as ‘leis’ de todas as nações. Caso o presidente do Irã, ou seu preposto, queira discutir esse assunto, teremos grande prazer em conversar sobre esse caso dessa mulher condenada". Lula falou isso aos repórteres num encontro econômico na conturbada e empobrecida Argentina. E acrescentou: "cada país tem suas leis, sua religião, e nós temos, quer concordemos ou não, que aprender a respeitar isso".

Mas ele mesmo não parece respeitar as leis do seu próprio país e é condescendente com todos os tiranos e com a bandidagem internacional.

Os americanos e seus aliados acusam o Irã de usar seu programa nuclear ‘civil’ como um disfarce para desenvolver ogivas atômicas. O Irã segue negando tal acusação e dizendo que seu programa é direcionado unicamente para fins pacíficos, como a geração nuclear de eletricidade e de isótopos de uso em medicina.

Quem quiser acreditar em contos da carochinha, que o faça. Enquanto isso, bobos da corte internacional, como Lula, Chávez, et caterva, continuarão a interpretar suas óperas bufas até que ninguém mais lhes dê atenção e que retornem à obscuridade de onde nunca deveriam ter saído.

Saudações,

Francisco Vianna

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