Por Rivadavia Rosa
Parafraseando o marketeiro norteamericano:
‘é a ideologia, estúpido!
(“É a economia, estúpido!” – JAMES CARVILLE)
Ademais, o que se poderia esperar de um Partido de formação marxista-leninista inspirado nos modelos genocidas da extinta URSS, de Cuba, China, Albânia, Coréia do Norte e outro regimes regressistas totalitários e sanguinários.
É o bolchevismo em sua configuração pura de Partido-máfia – organização criminosa no poder que sob a concepção derivada do marxismo-leninismo (os fins justificam os meios) de que a corrupção é o caminho mais rápido para fazer uma revolução econômica, promove o maior roubo/estelionato dos cofres públicos como nunca se fez antes (desde 1500 - como diz o líder máximo delles).
Assim, por meio desse processo criminoso de apropriação/redistribuição de renda alega pretender realizar a mudança social (o marxismo visa essencialmente transformar o mundo), quando na verdade enche é as próprias burras e vai dormir o sono dos justos, consciente de que realizou sua missão histórica.
No socialismo, vulgarmente conhecido como comunismo, o Estado prescreve o que deve ser a sociedade – usurpa a função da sociedade civil (vide a fúria legislativa, desde a abrangência total do PNDH, às leis/projeto da ‘palmadas’, ‘anti-fumo’, salvo o charuto cubano), ‘cadeirinha’ ...), degrada as instituições, destrói as classes, formando a ‘nomenklatura, e, por fim funde de uma vez só as instâncias executiva, legislativa, judiciária, policial e administrativa, tornando-se um mesmo ator onisciente e onipotente, ou seja, o ‘Deus-Estado-partido’, representado pelo ditador de plantão e enquanto se mantém no poder, sob o culto da personalidade.
Na flamante reconfiguração do experimento comunista através do petismo-lulismo os brasileiros são as cobaias da vez, assim como os demais países bolivarianos (Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Paraguaia, Venezuela), sob a direção oculta do Foro de São Paulo, cujo método marxista-leninista é a violência política, o crime e, por último, o terror permanente que já avança pela via do Estado policialesco.
Assim, é o totalitarismo - que muitos confundem com regimes tirânico, autoritário ou ditatorial, o qual, porém esconde a ‘cara’, mas que se esclarece à luz do prolongamento e na inversão que ele inflige no imaginário da democracia, através de técnicas gramscistas de manipulação, controle e domínio das mentes.
O regime totalitário insere-se insidiosamente pelo imaginário da abolição da pluralidade, da divisão e do conflito, promessa/esperança de um mundo social (um outro mundo é possível) sem separação e sem mediação, do engendramento de um homem/hombre novo/nuevo (agora, também no siglo XXI) e ainda regenerado.
Nele (totalitarismo) o Estado prescreve o que deve ser a sociedade: substitui a sociedade civil, aniquila as classes sociais e os poderes (republicanos), confundindo de uma vez só as instâncias executiva, legislativa, judiciária, policial e administrativa em um mesmo protagonista, onisciente e onipotente.
Com o apoio ideológico dos profetas da barbárie buscam a totalização integral no seu interior e exterior do domínio do poder, do saber e da lei em uma rede de identificações em que o Povo é o Partido, o Partido é o Estado e o Estado é o ‘Egocrata’ – guia supremo que encarna fantasticamente a totalidade do poder e da sociedade (sem mais nenhuma intermediação, sobretudo do respeitável e distinto povo), numa reconfiguração sem precedentes na história das tiranias e dos déspotas da Antiguidade, avançando para além da relação de representação e da crítica da opinião, cuja palavra infalível e a imagem gloriosa que imaginam ser o infinito, ocupa o espaço coletivo.
Da infalibilidade tirânica, uma vez adquiridas as ‘condições objetivas e hegemônicas’ ninguém pode divergir. O que prevalece não é o coletivo, o bem-comum, mas o do Estado-partido, sob a figura do ditador de plantão.
O Estado total na concepção dos profetas:
“Não existe para o Estado senão uma única e inviolável lei: a sobrevivência do Estado.” Karl Marx;
"Tudo no Estado. Nada contra o Estado. Nada fora do Estado." Benito Mussolini;
“Não preciso de pai nem de mãe; só preciso do Estado”. Mao Tse Tung (Zedong)),
Enfim - o domínio total – sem medida de comparação histórica senão pelo duplo processo novilingüístico (George Orwell, 1984) em que de um lado, a encenação do espetáculo virtual da ‘boa democracia’, dotada de uma Constituição, de um Parlamento e demais poderes da República; de outro, sob a perversa hegemonia do poder Executivo apoiado por toda sorte de movimentos 'sociais', ONGs, organismos burocráticos, sindicais e associativos e, partidos aliados, todos instrumentalizados para facilitar o desvio dos recursos públicos, além de um 'exército marginal da reserva', financiado com dinheiro público para promover invasões, esbulhos, terrorismo político, mantidos inicialmente de forma subliminar e, mais tarde de forma descarada a sociedade e o sistema produtivo como refém.
E, todos os militantes devidamente articulados, com o apoio de artistas, intelectuais ‘orgânicos’ e em parceria com a imprensa, quando não estão no silêncio devoto e obsequioso, promovem a difusão de todas as mentiras contra o capitalismo, e a favor do socialismo e da revolução comunista (os quais parecem desconhecer que nos regimes comunistas são os primeiros a serem eliminados, na menor ou mesmo imaginada dissidência), e, atualmente como não podem mais esconder a barbárie e continuar mentindo sobre o socialismo soviético, chinês, cubano, albanês, coreano apegam-se a apologia dos direitos humanos (curiosamente sempre os dos bandidos), e ações contra o sistema político, o capitalismo, a economia mercado, o liberalismo (pasme!, o liberalismo, que por si só elimina qualquer idéia totalitária, mas sob o jargão pejorativo ‘neoliberalismo’ é satanizado), a democracia (sim, até a democracia que alegam defender, mas que uma vez no poder já não serve mais) e contra todos os valores, princípios e instituições da civilização ocidental (judaico-cristã).
Também não se pode esquecer alguns vigários (‘orgânicos’?) católicos romanos, episcopais anglicanos e metodistas, pastores sinodais luteranos, cuja posição sobre a realidade agrária brasileira - é de expresso apoio à luta de classes no meio rural, num claro e aberrante equívoco sobre o amor e fraternidades cristãos que deveriam nortear suas ações.
Essa tentativa de conciliar o amor e a fraternidade cristã com luta de (sem) classes por si só nega qualquer tipo de religião, é o maior estelionato religioso, sem precedentes na história da humanidade. Onde o messianismo comunista foi imposto foram abolidos os direitos e liberdades fundamentais, de expressão, de informação, de religião (ópio do povo) com perseguição dos religiosos e destruição das Igrejas, a propriedade privada, enquanto que os 'intelectuais' que perceberam a barbárie e não ficaram em silêncio foram silenciados definitivamente.
Até a extrema violência e o terror revolucionário – são ‘justificados’ ‘histórica e filosoficamente’ pela convicção dos ditadores comunistas e seus adeptos que pensam terem compreendido o sentido do ‘processo histórico mundial’(materialismo ‘científico’), que lhes conferiria uma consciência ‘tranqüila’ e o ‘sono dos justos’, uma vez que se autojustificam na crença da absolvição pela dogmática da história de todas as ponderações de ordem moral, com a expressão sociopatológica ‘a história me absolverá’.
Nessa linha de conduta perversa - promovem um grande espetáculo midiático (‘pão e circo’) e intensa propaganda com dinheiro público (é claro) - simulam a racionalidade e a 'defesa da democracia e da Constituição'; a eficácia onde reina a negligência econômica; a feliz sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada e o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação, o histrionismo símio, a demagogia, o neopopulismo, o assistencialismo, o arbítrio, a repressão e toda sorte de mistificação e fraude.
Na América Latina temos a agregação do famigerado realismo mágico que oculta o verdadeiro mal que é o ESTATISMO que possibilita a corrupção, o populismo, o assistencialismo, a miséria, o atraso e a barbárie.
Por isso e, justamente por isso, não podemos olvidar a advertência de quem viveu e sobreviveu ao totalitarismo:
“Para combater o totalitarismo, basta compreender uma única coisa: o totalitarismo é a negação mais radical da liberdade. No entanto, essa negação da liberdade é comum a todas as tiranias e não é de importância fundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo. Contudo, quem não se mobiliza quando a liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará por coisa alguma.” ARENDT, Hannah. Compreender – formação, exílio e totalitarismo (Ensaios – 1930-1954). Belo Horizonte/MG: Editora UFMG/CIA. LETRAS, 2008, p. 347.
“O totalitarismo é uma máquina de tremenda eficácia. A ideologia comunista propõe a imagem de uma sociedade melhor e nos incita a desejá-la: não faz parte da identidade humana o desejo de transformar o mundo em nome de um ideal? (...) Além do mais, a sociedade comunista priva o indivíduo de suas responsabilidades: são sempre ‘eles’ que decidem. Ora, a responsabilidade é frequentemente um fardo pesado a ser carregado (...) A atração pelo sistema totalitário, experimentado inconscientemente por numerosos indivíduos, provém de um certo medo da liberdade e da responsabilidade – o que explica a popularidade de todos os regimes autoritários”. Tzvetan Todorov, filósofo e lingüista búlgaro, radicado em Paris desde 1963 (1939 – Sofia/Bulgária)
“Caçaram os judeus e eu nada fiz porque não era judeu; depois prearam os protestantes e eu nada fiz porque não era protestante; o mesmo foi feito com os católicos e eu nada fiz porque não era católico; até que chegou a minha vez e eu não tinha com quem fazer alguma coisa, porque não havia mais com quem agrupar-me”.
“Cuando vinieron a buscar a los judíos, callé: yo no era judío. Cuando vinieron a buscar a los comunistas, callé: yo no era comunista. Cuando vinieron a buscar a los sindicalistas, callé: yo no era sindicalista. Cuando vinieron por mí, ya no había nadie para protestar”. Monólogo de Martin Niemöller, 1933, pastor protestante, apoiador inicial do nacional-socialismo (assim como as Igrejas alemãs) e posterior vítima do Holocausto.
“Ela era, sob certos aspectos, muito mais sutil do que Winston e muito menos permeável à propaganda do Partido. Um dia, tendo ele, por acaso, feito uma alusão qualquer à Guerra..., ela surpreendeu-o dizendo com desenvoltura que em sua opinião não havia guerra e que era muito provável que as bombas e mísseis, que diariamente caíam sobre Londres, fossem lançados pelo próprio governo só para manter a população num estado de terror'. Esta era uma idéia na qual ele literalmente nunca havia pensado ...” GEORGE Orwell, in 1984
"A ideologia! Ela fornece a desejada justificação para a maldade, para a firmeza necessária e constante do malfeitor. Ela constitui a teoria social que o ajuda, perante si mesmo e perante os outros, a desculpar os seus atos e não escutar censuras ou maldições, mas sim elogios e testemunhos de respeito. Era assim que os inquisidores se apoiavam no cristianismo, os conquistadores no enfraquecimento da pátria, os colonizadores na civilização, os nazis na raça, os jacobinos (de ontem e de hoje) na igualdade, na fraternidade e na felicidade das gerações futuras". - Alexandre Soljenítsen, in ARQUIPÉLAGO GULAG (1918-1956). São Paulo: Círculo do Livro S.A. p. 176.
Abs RR
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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