18/09/2010
às 21:17
Eu fico realmente impressionado — e vou me dedicar com afinco a encontrar as causas do fenômeno, mais do que tenho feito até agora — que essa gente tenha se criado no governo e no país, mesmo sendo tão primitiva e previsível como é.
Ontem, como vocês devem ter lido, afirmei que estava na hora de Dilma sacar da algibeira a Desculpa nº 1 do Petista: “Eu não sabia”. Pois Dilma fez isso hoje.
Num texto publicado nesta manhã, afirmei também que Dilma poderia recorrer a outra desculpa dos petistas — “Fui traída!” —, celebrizada por Lula quando estourou o escândalo do mensalão.
Ela ainda não fez isso. Mas, ACREDITEM!, Erenice fez. Em entrevista à revista IstoÉ, ela diz que foi “traída” pelo jovem Vinícius Castro, aquele que, diante da bolada de R$ 200 mil, em dinheiro vivo, exclamou: “Caraca!” Até anteontem, o rapaz era amigo íntimo de Israel Guerra, o filhote da Mamãe Gansa. Mais do que isso: é seu compadre. Leiam trecho:
ISTOÉ - A sra. chegou a se encontrar com um representante da EDRB do Brasil, que teria tentado obter empréstimo no BNDES com a ajuda de seu filho?
Erenice - Eu nunca recebi. Ele foi recebido na Casa Civil pelo meu assessor, o chefe de gabinete à época. Foi lá apenas para fazer a demonstração de um projeto de energia alternativa. É tudo o que eu sei sobre esse assunto. Mas efetivamente a Casa Civil está investigando a conduta do ex-servidor Vinícius Castro e a possibilidade de ele ter praticado algum tráfico de influência nesse caso.
ISTOÉ - Esse servidor poderia se passar por um funcionário capaz de influir nas suas decisões?
Erenice - É. Poderia dizer “trabalho na Casa Civil, posso conseguir isso e aquilo…” Isso não é desarrazoado não. E, exatamente por isso, a Casa Civil está, a partir de hoje, investigando esse caso com bastante rigor.
ISTOÉ - Significou uma traição à sra.? Afinal, Vinícius era um funcionário muito próximo, além de ser sócio de seu filho.
Erenice - Foi uma traição. Uma completa traição
A indagação cínica
Pois é… Vinicius andou contando a interlocutores o que se passava na Casa Civil. De fato, uma traição…
Com toda a família pendurada no serviço público, a ex-ministra indaga:
“Meus filhos vão ter que viver todos à minha custa?”
Respondo, dona Erenice:
Claro que não! Eles não podem é viver À NOSSA CUSTA!
Por Reinaldo Azevedo
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