Mensagem enviada pela internet traz telefones e e-mails dos parlamentares.
Prorrogação da CPMF foi aprovada nesta quarta na CCJ da Câmara.
O telefone passou a ser um dos instrumentos de pressão contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foram bombardeados por ligações e mensagens contrárias ao tributo. A prorrogação da CPMF foi aprovada nesta quarta-feira (15) na CCJ. Agora, ela seguirá para uma comissão especial e, de lá, para o plenário da Casa.
Os números de telefones celulares dos integrantes da comissão foram divulgados por e-mail pelo site "Xô CPMF", idealizado pelo deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC). Desde então, alguns deputados passaram a reclamar do assédio telefônico. Outros, no entanto, encaram com naturalidade.
Irritado, o relator da proposta de prorrogação da CPMF, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou "absurda" a divulgação dos números de telefones celulares dos deputados. "Recebi várias ligações. Isso é um absurdo. Estão confundindo as coisas. Uma coisa é o direito legítimo de pressionar, a outra é a pressão encomendada", afirmou. Cunha, no entanto, diz que não pretende mudar o número do seu telefone. "Sempre foi o mesmo".
'Não é spam'
Bornhausen, por sua vez, defende-se. "Não é spam. Foi o site que divulgou, porque algumas pessoas ligavam para os gabinetes pedindo os telefones dos deputados. Não é invasão, porque quem paga a conta desses telefones é o próprio contribuinte", disse.
O presidente da CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), por exemplo, ficou por algumas horas sem atender seu celular por conta da disparada de telefonemas e mensagens de texto que passou a receber.
Aliado de Cunha e do governo, Picciani também criticou esse tipo de manifestação. "Não tenho problema em atender. Mas quem vazou os números, vazou com intenção. Há um excesso, sem a autorização dos deputados. Nem sabia da existência dessa lista de telefones antes de começar a receber ligação", disse.
Mensagem de texto
Uma das mensagens enviadas ao celular de Picciani pedia a não prorrogação da CPMF. "Pelo amor de Deus, vote contra a prorrogação", dizia o texto, de um telefone de São Paulo.
O G1 telefonou para esse número. Uma pessoa se identificou como Henri Algrante, 32, engenheiro, que confirmou ter enviado a mensagem ao deputado. "Enviei para ele e para outros 14 que recebi por email. Tentei ligar e não atenderam, então mandei mensagem. A CPMF não pode ser prorrogada", afirmou.
Menos irritado, o deputado José Genoino (PT-SP) encarou com naturalidade a "pressão telefônica". "Se a pessoa se identifica, eu atendo e converso. Numa ligação, eu ouvi o que a mulher tinha a dizer, e expliquei minhas razões a favor da prorrogação da CPMF. Não vejo problemas", afirmou. O petista é outro que não pensa em mudar o número do celular.
Já Roberto Magalhães (DEM-PE) também minimizou a enxurrada de telefonemas. "Somos homens públicos. É um direito de qualquer um ligar". Vai mudar o número? "Vou nada."
Fonte: G1
Prorrogação da CPMF foi aprovada nesta quarta na CCJ da Câmara.
O telefone passou a ser um dos instrumentos de pressão contra a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foram bombardeados por ligações e mensagens contrárias ao tributo. A prorrogação da CPMF foi aprovada nesta quarta-feira (15) na CCJ. Agora, ela seguirá para uma comissão especial e, de lá, para o plenário da Casa.
Os números de telefones celulares dos integrantes da comissão foram divulgados por e-mail pelo site "Xô CPMF", idealizado pelo deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC). Desde então, alguns deputados passaram a reclamar do assédio telefônico. Outros, no entanto, encaram com naturalidade.
Irritado, o relator da proposta de prorrogação da CPMF, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou "absurda" a divulgação dos números de telefones celulares dos deputados. "Recebi várias ligações. Isso é um absurdo. Estão confundindo as coisas. Uma coisa é o direito legítimo de pressionar, a outra é a pressão encomendada", afirmou. Cunha, no entanto, diz que não pretende mudar o número do seu telefone. "Sempre foi o mesmo".
'Não é spam'
Bornhausen, por sua vez, defende-se. "Não é spam. Foi o site que divulgou, porque algumas pessoas ligavam para os gabinetes pedindo os telefones dos deputados. Não é invasão, porque quem paga a conta desses telefones é o próprio contribuinte", disse.
O presidente da CCJ, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), por exemplo, ficou por algumas horas sem atender seu celular por conta da disparada de telefonemas e mensagens de texto que passou a receber.
Aliado de Cunha e do governo, Picciani também criticou esse tipo de manifestação. "Não tenho problema em atender. Mas quem vazou os números, vazou com intenção. Há um excesso, sem a autorização dos deputados. Nem sabia da existência dessa lista de telefones antes de começar a receber ligação", disse.
Mensagem de texto
Uma das mensagens enviadas ao celular de Picciani pedia a não prorrogação da CPMF. "Pelo amor de Deus, vote contra a prorrogação", dizia o texto, de um telefone de São Paulo.
O G1 telefonou para esse número. Uma pessoa se identificou como Henri Algrante, 32, engenheiro, que confirmou ter enviado a mensagem ao deputado. "Enviei para ele e para outros 14 que recebi por email. Tentei ligar e não atenderam, então mandei mensagem. A CPMF não pode ser prorrogada", afirmou.
Menos irritado, o deputado José Genoino (PT-SP) encarou com naturalidade a "pressão telefônica". "Se a pessoa se identifica, eu atendo e converso. Numa ligação, eu ouvi o que a mulher tinha a dizer, e expliquei minhas razões a favor da prorrogação da CPMF. Não vejo problemas", afirmou. O petista é outro que não pensa em mudar o número do celular.
Já Roberto Magalhães (DEM-PE) também minimizou a enxurrada de telefonemas. "Somos homens públicos. É um direito de qualquer um ligar". Vai mudar o número? "Vou nada."
Fonte: G1
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