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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CAPITALISMO X SOCIALISMO

Francisco Vianna

(TEXTO PARA ARQUIVAR E DIVULGAR AMPLAMENTE - APC)

"O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual da riqueza; o do socialismo é a distribuição, por igual, da miséria." Sir WINSTON CHURCHILL

Apesar da frase atribuida a Sir Winston Churchill espelhar uma realidade social (econômica e política) para a qual não existe exceção a ser citada, o erro maior que observo nela é a palavra DISTRIBUIÇÃO, associada ao maniqueísmo da igualdade e desigualdade.

Riqueza (e pobreza) não é algo que se "distuibua", mas sim que se crie, se conquiste e se acumule. Da mesma forma que não existe igualdade na natureza. Tudo é díspar, desigual, e o valor real a ser apreciado é o da 'semelhança'. Os males residem nas diversas maneiras espúrias de se "criar" e de se "acumular" riqueza, o que acaba contribuindo para o aprofundamento da pobreza e da miséria, como nas grandes fortunas construídas ilicitamente.

Quando o estado tenta "distribuir" riqueza, pratica, de fato, o uso de uma espécie de 'propinagem' (bolsas) com a finalidade de comprar o apoio político e eleitoral dos menos favorecidos, e, como no caso do Brasil, o clientelismo dos mais favorecidos, principalmente, e isso acaba financiando todo o 'perverso sistema'.

Espremida entre esses opostos "comprados" pelo estado, fica a sofrida classe média, a que realmente paga a maior parte da conta. A cooptação da classe média é o sonho dourado dos caudilhos e autoritários, dos que só sabem viver bem participando de gangues conhecidas como "politburos".

A segunda metade do século XX serviu para nos ensinar essas e muitas outras coisas sobre os regimes socialistas, sejam eles de que natureza forem (comunista, nazista, fascista, maoista, polpotista, peronista, bolivariana, etc.).

O Brasil, hoje, é uma país onde há um enorme contingente de pessoas que não trabalham, não geram riqueza ou renda, e que vivem à custa de um contingente menor que trabalha e gera riqueza, com tudo isso sendo mediado pelo estado, que aufere grandes ganhos em cima de toda essa distorção.

Algumas nações, a duras penas, conseguiram se livrar desses sistemas mas sofreram um atraso de quase um século em relação aos povos que nunca de deixaram enganar por essas ideologias. Mas, como no caso de algumas nações hegemônicas européias e asiáticas, à medida que contornavam ou se livravam das mazelas do socialismo e começavam a crescer politica e economicamente (socialmente, pois), continuaram a achar um "bom negócio" exportar esses regimes para a América latina, com a finalidade precípua de evitar que alguns países da região - como é o caso do Brasil ou do México, por exemplos - emergissem como as primeiras grandes potências capitalistas e democráticas latino-americanas do planeta.

Assim, por mais de duas décadas, esses países têm, de forma constante e nefasta, apoiado e financiado as esquerdas latinoamericanas, pois sabem muito bem - até por experiência própria - que o socialismo promove apenas o atraso e a estagnação.

E´ contra essa situação que devemos manter o foco de nossa luta. E, para isso, temos que codificar um ideário para servir de base a um partido político novo, destituído dos vícios comuns dessa república de fancaria em que vivemos, capaz de reunir os cidadãos de bem, principalmente da classe média, para que promova as reformas necessárias capazes de fortalecer a nossa ainda frágil democracia, tornando-a progressivamente MERITOCRÁTICA.

Um partido que lute por uma república onde o cidadão e eleitor tenha, pelo menos, o segundo grau da educação e do ensino básico de humanidades (o mínimo exigido, sarcasticamente, pelo próprio governo para ingresso no serviço público) e o estabelecimento de um CÓDIGO DE QUALIFICAÇÃO DOS CANDIDATOS A CARGOS ELETIVOS E DE CONFIANÇA, redigido por uma comissão de notáveis dos mais diversos setores da sociedade, e apenso à nossa Carta Magna como cláusula pétrea, além da exigência implícita de uma reputação social de pessoa de bem.

A reunião e defesa dessas idéias numa doutrina democrática meritocrática, e em defesa do capitalismo marcadamente privado, deve ser o nosso escopo, na minha humilde opinião, se quisermos seguir adiante em nossa vocação de BRASIL-POTÊNCIA.

São fundamentos que tornam a democracia muito mais robusta, representativa, e justa, além de instar o cidadão e o próprio estado a acelerar e aperfeiçoar o ensino profissionalizante e a educação não-tendenciosa e livre de lavagens cerebrais de seus dependentes, com o objetivo de torná-los cidadãos qualificados para o mercado de trabalho o mais rapidamente possível, para que participem, quer com seu bolso, quer com sua ação política, da manutençao e aprimoramento da nação, como nos ensina muito bem Thomas Jefferson.

Só imagino um governo rico quando o povo governado é rico, fora dessa condição, o que existe é autoritarismo e capitalismo-de-estado, este sim, o mais selvagem de todos, e o país caminha para eventualmente se tornar talvez grande, mas um gigante com pés de barro, como foi o caso da antiga e implodida de dentro para fora URSS e é ainda o caso da China.

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