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quinta-feira, 18 de março de 2010

NA JORDÂNIA, LULA ESBARRA NA LOUCURA PURA E SIMPLES

quarta-feira, 17 de março de 2010 21:14

Reinaldo Azevedo

Lula discursou na Jordânia. Voltou a defender a criação do estado palestino. Até aí, muito bem. Ninguém é contra — exceção, talvez, ao Hamas, para quem isso só é possível com o fim do Israel, o que não é… possível! O brasileiro também falou contra o muro da Cisjordânia em sua atuação como grande conciliador… anti-Israel.

Respondendo a uma questão, afirmou: “Quem sabe a divergência entre Estados Unidos e Israel seja a coisa mágica que faltava para se chegar a um acordo”. Em fala tão breve, boçalidade tão longa, que reafirma o que o pior do antiamericanismo pode produzir.

Fica parecendo que, ao longo do tempo, o apoio americano a Israel é que impediu a existência do estado palestino. Com muita boa vontade, poder-se-ia dizer que essa aliança assegurou a existência de Israel. Mas também isso seria inexato, errado. O país venceu sozinho as guerras para as quais foi convocado. No máximo, os Estados Unidos foram a garantia de que a “potência” então inimiga, a extinta URSS, não se meteria ali. Não mais do que isso.

Lula não tem idéia da enormidade que disse — porque “ter idéia”, nesse caso, demandaria mais do que voluntarismo, mais do que sua lógica de sindicalista acostumado a explorar a divisão dos “adversários” para triunfar. Um dos erros fatais — e põe “fatal” nisso! — que alguém pode cometer no Oriente Médio é supor que, sob uma ameaça iminente, Israel pediria licença para os EUA para agir.

Não o faria. Porque isso seria pedir licença para existir. Qualquer pessoa minimamente responsável tem de ver com preocupação a tensão entre EUA e Israel, não como uma janela de oportunidades.

Não, Lula não tem idéia! Mas Celso Amorim tem. E ele próprio já havia espalhado essa tese delinqüente entre os jornalistas que cobrem a visita de Lula a Israel e à Jordânia.

Acreditar que um Israel isolado aumenta as chances de paz no Oriente Médio está entre as maiores tolices ditas por Lula nestes mais de sete anos de poder. Não sei se é “a” maior. Mas é, sem dúvida, a mais perigosa.

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