IRÃ CULTUA O
ANTIJUDAÍSMO
A teocracia iraniana promove uma história deturpada do
povo judeu.
BEATRIZ W. DE
RITTIGSTEIN para o jornal
venezuelano ‘EL UNIVERSAL’
Tradução de FRANCISCO
VIANNA
Terça feira, 21 de agosto de 2012
Além das tensões e independentemente da
inimizade entre o Irã e Israel, devemos ter claro que existe um ódio antijudeu
que anima as cabeças iranianas, transcende o renascimento do estado judeu no
meio do mundo árabe e vai muito além de suas políticas.
Os motivos se atêm à interpretação radical
do fundamentalismo da fé islâmica. No Corão se repete que os judeus são “macacos
e veados”. Numa das suas ‘suras’ se lê: "malditos sejam os hereges filhos de
Israel... Que a ira de Alá caia sobre eles"...
Após assumir a presidência em 2005,
Muhammad Ahmadinejad disse que Israel "devia ser varrido do mapa", lema
constante em suas arengas. Pouco depois exclamou: "Eles inventaram um mito no
qual os judeus foram massacrados"...
Em fevereiro de 2006, o Hamshahri,
um jornal iraniano, convocou um concurso de caricaturas para satirizar o
Holocausto. Esses eventos têm continuado; este ano, a agência oficial de
notícias FARS saudou a caricatura ganhadora do concurso, onde aparecem judeus
adorando a Bolsa de Nova York. Em fins de 2006, em Teerã foi levada a cabo a
Conferência para a Revisão da Visão Global do Holocausto, com a participação de
diversos grupos neonazistas.
Em seu discurso na ONU, em 2008, usando a
teoria da conspiração, Ahmadinejad afirmou que os judeus dominam os EUA e a
Europa.
Há dois meses, o vice-presidente Rahimi
acusou os "sionistas de incitarem o tráfico de drogas e o vício para aniquilar
os que não são judeus, conforme o prescrito no Talmud".
Há uma maioria de muçulmanos que entende
que estas escrituras são de outros tempos, nos quais o Islã pretendeu erigir sua
primazia sobre o judaísmo. De fato, na atualidade, a teocracia iraniana promove
uma história distorcida do povo judeu que se baseia na sua
demonização.
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