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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

UMA IMAGINÁRIA, MAS POSSÍVEL COMPETIÇÃO.

UMA IMAGINÁRIA, MAS POSSÍVEL COMPETIÇÃO.

Na última década, tangidos tal qual gado pelos peões do petismo, já assistimos de tudo o que é possível no reino que chafurda na esbórnia.

Os três poderes que mandam e desmandam nessa insonsa nação, disputam uma primazia, nem sempre surda, pela autoria das maiores patifarias, dos mais soberbos golpes, das mais indigestas corrupções.

É uma ferrenha liça que só chega ao conhecimento do populacho, quando extravasa na mídia investigativa.

Executivo, Legislativo e Judiciário promovem com esmero seus principais competidores, em geral os mais cretinos que assumem as rédeas de suas agremiações. O “lobismo” é a palavra de ordem.

Escorados em leis que os acobertam, difícil ou impossivelmente (se isto é possível) são atingidos por qualquer falcatrua (nem o raio que os parta os atinge) que cometam. Assim, impunes fazem gato e sapato do apalermado auditório, que assiste a tudo impassível no camarote dos deficientes mentais, conforme deliberaram os competidores ao longo de décadas.

Na última década a competição atingiu o seu ápice.

Cada um dos poderes tem suas áreas cativas, pois de há muito concluíram que cada tem do bom e do melhor, portanto a competição não é por riqueza, mas por desempenho. Qual deles consegue sacanear mais a população sem qualquer arranhão? Ou com a menor mossa?

Nós que acompanhamos a cretinice praticada pelos contendores somos obrigados a admitir que a disputa é acirrada. Peluso, Sarney, “metamorfose”, e outros são insuperáveis, tanto que um passa o pé no outro e ocorrem os arrufos entre eles, mas logo, para tranquilidade geral da nação, os ânimos se acalmam.

Eventualmente, os atritos ocorrem, mas são questiúnculas internas, acusações por inveja, por despeito e outras de somenos, mas nada que abale a estrutura construída na base do rabo preso, ou seja, nenhum fala do outro, pois poderá ser falado por outro e o outro por um, e assim por diante. Portanto, para que seja mantido o equilíbrio da canalhice, sempre existe um limite nas acusações.

Podemos perceber, pela união entre os embusteiros, que os corruptos são solidários, pelo menos nas vantagens.

Podemos perceber que quando um companheiro de algum dos poderes cai em desgraça, pois foi tão cara - de - pau que o seu furo foi intapável, e por isso ele é afastado da corriola, a sua despedida é a de um ente queridíssimo, de um luminar atingido pela falsidade dos inimigos dele, ou mesmo do poder, que ele tão dignamente representava ou compartilhava.

No Judiciário, se juiz, por exemplo, inimaginável pensar em afastá - lo sem uma polpuda aposentadoria.

No Legislativo, a desgraça do companheiro poderia ser sinalizada quando o indigitado cai sob o julgamento de sua Comissão de Ética. Ledo engano, pois a Comissão, que prima pela falta de, em geral, conclui que o julgado foi vítima de alguma armação.

Quanto ao Executivo, este está acima, pelo menos dos homens, como os homens fazem as leis, ele esta acima de ambos. Por isso, o Executivo pode emprestar, doar, perdoar dívidas de outros países, decretar áreas a seu bel prazer, para índios, quilombolas, pode nomear heróis, pagar indenizações para terroristas, liberar criminosos estrangeiros de mesma ideologia, contratar obras sem licitação que não sofrerão fiscalização, criar comissões, desmoralizar instituições, ... Enfim, pode tudo.

Não somos pessimistas, mas como butins na surreal disputa, alguns temem que nada sobrará na terra arrasada, que é o campo do indigesto confronto.

Até o presente, os analistas avaliam que o Executivo está com vários corpos na frente, pouco faltando para a desmoralização dos demais, quando será proclamada a sua vitória, e decretado o início da tirania institucionalizada.

Finalmente, se o “lobismo” é flagrante em cada uma das equipes, ele é visível, e atende ao conjunto, pois mesmo caindo em desgraça, chegando a ser afastado qualquer membro, a regra básica é a de que nenhum será condenado. Em hipótese alguma.

Brasília, DF, 05 de outubro de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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