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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Carta aberta ao senhor Cristovam Buarque

Recife, 28 de novembro de 2007

Senhor “Senador”

O Brasil foi transformado em um imenso mercado onde, descarada e desavergonhadamente se vende uma coisa que não poderia ser negociada, que não poderia ser transformada em mercadoria.

O Brasil é o local onde se compram e vendem votos com uma desfaçatez que faria corar os piores vigaristas da história.

E é a História que vai registrar a “Era da Barganha Brasileira”, a era em que todos os valores éticos e morais podem ser convertidos em valores monetários e negociados. A era em que não só a vontade, mas também a honra e a dignidade do povo brasileiro são expostas em balcões e leiloadas

O Brasil é o país em que o representante transforma o representado em uma massa disforme e acéfala imaginando-o como algo a ser usado apenas como escada, e uma escada descartável, como se isto existisse.

Para chegarem ao governo foi fácil. Precisaram só usar a Bolsa-Esmola, também conhecida por Bolsa-Vagabundagem ou Bolsa- Cabresto. A mais descarada e aberta compra de votos. Agora já vamos instituir a Bolsa-Primeiro-Voto. Antigamente éramos muito mais discretos.

Para manter o descalabro, a gastança desenfreada, o empaturramento oficial, compram-se e vendem-se os votos necessários a aprovar os meios para oficializar a farra.

O Brasil não precisa de mais dinheiro para a educação, senhor senador, precisa de um ministro que entenda de educação e queira consertar esta baderna. Mas, pensando bem, se o povo tiver uma boa educação, quantos dos que estão no poder não perderão a boquinha?

Vai o senhor também se sacrificar como o fará seu colega gaúcho?

Esperamos, sinceramente que todos os senhores tenham feito um bom “seguro contra derrota eleitoral” porque o Brasil não perdoará quem aprovar a CPMF.

Já temos guardadas, para cobrança nas urnas, vários desapontamentos e traições de nossos representantes que se recusam a nos representar quando aí chegam.

A campanha de NÃO VOTE EM QUEM APROVOU A CPMF já começou.

Nós, os brasileiros conscientes, estamos de olho.

Ester Azoubel

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