21/07/2010
às 17:49 \ Direto ao Ponto Por Augusto Nunes
Em março, a blogueira Yoani Sánchez mandou ao presidente Lula uma carta com um apelo: queria visitar o Brasil em 23 de julho, para assistir ao lançamento do documentário Conexão Cuba Honduras, em que aparece como entrevistada. O destinatário poderia facilitar as coisas se pedisse ao governo da ilha que autorizasse a viagem.
Há uma hora, Yoani divulgou pelo twitter a seguinte informação:
“Pedi a Lula que interceda por mi viaje ante autoridades cubanas, pero carta de invitacion hecha en consulado de cuba en Brasil no aparece”.
O documentário será exibido nesta sexta-feira. Pela quinta vez em três anos, Yoani será impedida de sair do país. E saberá que pediu socorro a um comparsa da ditadura dos irmãos Castro. O governo brasileiro faz todas as vontades do amigo Fidel, como souberam tarde demais os pugilistas Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, presos pela Polícia Federal e deportados para Cuba, durante os Jogos Panamericanos de 2007, por ordem do ministro Tarso Genro.
Quem acha que Orlando Zapata procurou a morte na cadeia jamais se comoverá com uma jornalista que procura a vida fora da ilha-prisão
quinta-feira, 22 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
“LULA É UM FALSO DEMOCRATA”; O “MITO LULA” PASSA POR UMA INCRÍVEL DESVALORIZAÇÃO NO MUNDO
17/07/2010
às 6:43
Por Reinaldo Azevedo
Alejandro Aguirre, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa, que reúne 1300 jornais, fez ontem uma crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vocês já devem ter visto em algum lugar… Segundo Aguirre, ele integra aquele batalhão de governantes que usam os mecanismos da democracia para solapar a própria democracia. Acusou ainda o brasileiro de proximidade com ditadores. Para Aguirre, o governo Lula está entre aqueles que “usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial e atos judiciais sumamente arbitrários” para atacar a liberdade de imprensa.
Não sei qual será a duração do “Mito Lula” no ambiente interno. No externo, sua figura passou por uma fabulosa desvalorização. Chegou a ser visto como um príncipe. Mas já voltou a ser um sapo — de tanto beijar a mão suja de sangue de facínoras. E o mundo democrático também se escandaliza com a sem-cerimônia com que ele decidiu fazer da política brasileira um assunto privado, quase pessoal. Leiam o texto do Estadão:
Por Denise Chrispim Marin, no Estadão:
O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Alejandro Aguirre, qualificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos “falsos democratas” da região. Ao fim de uma reunião do comitê executivo da SIP, que agrega 1.300 meios de comunicação, ele argumentou que Lula se omitiu diante da censura ao Estado.
A censura foi imposta ao jornal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) e está em vigor desde 31 de julho do ano passado. A proibição de veiculação de notícias sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, foi motivada por um pedido do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PDMP-AP). “(A censura ao jornal) não foi denunciada pelo governante”, acusou Aguirre, que também representa na SIP o Diário Las Américas, de Miami.
Vínculos. Aguirre afirmou que o caráter de “falso democrata” de Lula não se limita a esse episódio. Essa condição, argumentou, tornou-se evidente com a estreita relação do presidente brasileiro com os irmãos Fidel e Raúl Castro, de Cuba. Também é justificada pelos vínculos de Lula com líderes eleitos democraticamente, mas que “estão se beneficiando da fé e do poder que o povo neles depositou para destruir as instituições democráticas”.
“Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos. O voto é componente sumamente importante na democracia, assim como a atuação dos governantes”, afirmou. “Eu vi governantes com uma grande delicadeza com o presidente Castro, o que representa um grande apoio moral a esse governo, que violou os direitos humanos por meio século”, completou Aguirre, ao ser questionado especificamente sobre sua avaliação de Lula.
O presidente da SIP ainda incluiu o governo Lula na lista dos que “atacam” os meios de comunicação, composta originalmente pelas administrações de Hugo Chávez, da Venezuela; de Cristina Kirchner, da Argentina; de Rafael Correa, do Equador; de Evo Morales, da Bolívia; de Daniel Ortega, da Nicarágua, e de Porfírio Lobo, de Honduras. “Esses governos usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial, atos judiciais sumamente arbitrários. Esses fatos são públicos”, declarou. Até o fechamento deste edição, o governo brasileiro não tinha se manifestado sobre as declarações de Aguirre.
Argentina. Em seu relatório trimestral, divulgado ontem, a SIP condenou a “campanha sistemática” movida por setores próximos ao governo Kirchner para desmoralizar o jornal Clarín e seus profissionais. Também assinalou como preocupantes a iniciativa do governo equatoriano de lançar uma campanha agressiva contra os meios de comunicação independentes, durante a Copa do Mundo, e a recente denúncia do governo da Guatemala de que reportagens publicadas pela imprensa seriam um atentado contra a segurança do país.
Na quinta-feira, em encontro com representantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, a SIP reclamou da “incompreensível” decisão judicial que censura o Estado. Também renovou suas denúncias contra atitudes do governo Chávez.
Especificamente Aguirre, tratou de dois casos recentes - a decretação da prisão preventiva do presidente da emissora de televisão venezuelana Globovisión, Guillermo Zuloaga, e a condenação à prisão do colunista do jornal El Carabobeño, Francisco Pérez, sob a acusação de ofensa e injúria a um funcionário público.
Por Reinaldo Azevedo
às 6:43
Por Reinaldo Azevedo
Alejandro Aguirre, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa, que reúne 1300 jornais, fez ontem uma crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vocês já devem ter visto em algum lugar… Segundo Aguirre, ele integra aquele batalhão de governantes que usam os mecanismos da democracia para solapar a própria democracia. Acusou ainda o brasileiro de proximidade com ditadores. Para Aguirre, o governo Lula está entre aqueles que “usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial e atos judiciais sumamente arbitrários” para atacar a liberdade de imprensa.
Não sei qual será a duração do “Mito Lula” no ambiente interno. No externo, sua figura passou por uma fabulosa desvalorização. Chegou a ser visto como um príncipe. Mas já voltou a ser um sapo — de tanto beijar a mão suja de sangue de facínoras. E o mundo democrático também se escandaliza com a sem-cerimônia com que ele decidiu fazer da política brasileira um assunto privado, quase pessoal. Leiam o texto do Estadão:
Por Denise Chrispim Marin, no Estadão:
O presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Alejandro Aguirre, qualificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos “falsos democratas” da região. Ao fim de uma reunião do comitê executivo da SIP, que agrega 1.300 meios de comunicação, ele argumentou que Lula se omitiu diante da censura ao Estado.
A censura foi imposta ao jornal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) e está em vigor desde 31 de julho do ano passado. A proibição de veiculação de notícias sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, foi motivada por um pedido do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PDMP-AP). “(A censura ao jornal) não foi denunciada pelo governante”, acusou Aguirre, que também representa na SIP o Diário Las Américas, de Miami.
Vínculos. Aguirre afirmou que o caráter de “falso democrata” de Lula não se limita a esse episódio. Essa condição, argumentou, tornou-se evidente com a estreita relação do presidente brasileiro com os irmãos Fidel e Raúl Castro, de Cuba. Também é justificada pelos vínculos de Lula com líderes eleitos democraticamente, mas que “estão se beneficiando da fé e do poder que o povo neles depositou para destruir as instituições democráticas”.
“Esses governos não podem continuar a se chamar de democráticos. O voto é componente sumamente importante na democracia, assim como a atuação dos governantes”, afirmou. “Eu vi governantes com uma grande delicadeza com o presidente Castro, o que representa um grande apoio moral a esse governo, que violou os direitos humanos por meio século”, completou Aguirre, ao ser questionado especificamente sobre sua avaliação de Lula.
O presidente da SIP ainda incluiu o governo Lula na lista dos que “atacam” os meios de comunicação, composta originalmente pelas administrações de Hugo Chávez, da Venezuela; de Cristina Kirchner, da Argentina; de Rafael Correa, do Equador; de Evo Morales, da Bolívia; de Daniel Ortega, da Nicarágua, e de Porfírio Lobo, de Honduras. “Esses governos usaram leis no Congresso, ameaças, subornos, publicidade oficial, atos judiciais sumamente arbitrários. Esses fatos são públicos”, declarou. Até o fechamento deste edição, o governo brasileiro não tinha se manifestado sobre as declarações de Aguirre.
Argentina. Em seu relatório trimestral, divulgado ontem, a SIP condenou a “campanha sistemática” movida por setores próximos ao governo Kirchner para desmoralizar o jornal Clarín e seus profissionais. Também assinalou como preocupantes a iniciativa do governo equatoriano de lançar uma campanha agressiva contra os meios de comunicação independentes, durante a Copa do Mundo, e a recente denúncia do governo da Guatemala de que reportagens publicadas pela imprensa seriam um atentado contra a segurança do país.
Na quinta-feira, em encontro com representantes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, a SIP reclamou da “incompreensível” decisão judicial que censura o Estado. Também renovou suas denúncias contra atitudes do governo Chávez.
Especificamente Aguirre, tratou de dois casos recentes - a decretação da prisão preventiva do presidente da emissora de televisão venezuelana Globovisión, Guillermo Zuloaga, e a condenação à prisão do colunista do jornal El Carabobeño, Francisco Pérez, sob a acusação de ofensa e injúria a um funcionário público.
Por Reinaldo Azevedo
MESMO COM LULA E ILEGALIDADES, PRIMEIRO “GRANDE COMÍCIO” DE DILMA É UM VEXAME: QUERIAM REUNIR 100 MIL; CANDIDATA DISCURSOU PARA…MIL!!!
Reinaldo Azevedo
17/07/2010
às 6:47
As máquinas do governo do Rio e da prefeitura da Capital foram mobilizadas para o “grande comício de Dilma Rousseff”. Como vocês viram, uma Kombi “a serviço da Prefeitura” foi flagrada lotada de panfletos. Prefeitos de outras cidades puseram ônibus à disposição da população e pressionaram os servidores. A presença de Lula era alardeada: “Deus” apareceria pessoalmente no palanque para exaltar a sua Criatura Eleitoral. Os petistas falavam em reunir 100 mil pessoas. Era para ser aquele mar vermelho. No fim das contas, quase havia mais gente em cima do palanque do que na platéia. Dilma discursou para não mais do que mil gatos pingados e molhados. Um vexame!
A concentração estava marcada para a Candelária. Dali seguiu uma passeata — que se esperava gigantesca — até a Cinelândia, onde deveria acontecer, então, a apoteose. Que nada! Entre 6 mil e 15 mil pessoas (duas estimativas da PM) participaram dessa primeira parte do evento. Já era um fiasco! Aí veio a chuva, e o povo se pirulitou. Dilma, por enquanto, parece não valer uma chuva.
Mil pessoas, é? No lançamento de O País dos Petralhas, no Rio, consegui reunir 600. E olhem que eu não usava aquele paletó de moço alegre boliviano, que Lula deve ter ganhado de Evo Morales… Nem o governo nem a Prefeitura do Rio mobilizaram a máquina para levar meus leitores, hehe…
Brincadeira à parte, o fato é que o troço foi vexaminoso. E não por falta de empenho ou de ilegalidades. O governo Federal, o governo do Estado e a Prefeitura se encarregaram de garantir os dois. É que Dilma, por enquanto, não chega a incendiar as massas, né? Especialmente em dia chuvoso… Ela bem que se esforça, mas não sabe brincar. No palanque, num ambiente já bem desanimado, mandou ver:
“Aqui nesta praça, no dia 10 de abril de 1984, houve a grande manifestação das Diretas Já…”
Pois é… Não foi no dia 10, mas no dia 18; não foi na Cinelândia, onde ela discursava, mas na Candelária…
Lula também discursou:
“Há uma premeditação de me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma a ser a presidenta deste país. (…) Na verdade, o que eles querem é me inibir, para fingir que não conheço a Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, ter uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço. Mas eu não sou homem de duas caras. Passo perto dela e digo para vocês: é a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil, e está preparada para a Presidência da República deste país.”
É impressionante que a autoridade máxima da República se refira a uma outra autoridade, que só faz o seu trabalho, nesses termos. Abaixo, vocês verão que o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa afirma que Lula, no fim das contas e sob muitos aspectos, não é muito diferente de Hugo Chávez. E ele tem razão.
Por Reinaldo Azevedo
17/07/2010
às 6:47
As máquinas do governo do Rio e da prefeitura da Capital foram mobilizadas para o “grande comício de Dilma Rousseff”. Como vocês viram, uma Kombi “a serviço da Prefeitura” foi flagrada lotada de panfletos. Prefeitos de outras cidades puseram ônibus à disposição da população e pressionaram os servidores. A presença de Lula era alardeada: “Deus” apareceria pessoalmente no palanque para exaltar a sua Criatura Eleitoral. Os petistas falavam em reunir 100 mil pessoas. Era para ser aquele mar vermelho. No fim das contas, quase havia mais gente em cima do palanque do que na platéia. Dilma discursou para não mais do que mil gatos pingados e molhados. Um vexame!
A concentração estava marcada para a Candelária. Dali seguiu uma passeata — que se esperava gigantesca — até a Cinelândia, onde deveria acontecer, então, a apoteose. Que nada! Entre 6 mil e 15 mil pessoas (duas estimativas da PM) participaram dessa primeira parte do evento. Já era um fiasco! Aí veio a chuva, e o povo se pirulitou. Dilma, por enquanto, parece não valer uma chuva.
Mil pessoas, é? No lançamento de O País dos Petralhas, no Rio, consegui reunir 600. E olhem que eu não usava aquele paletó de moço alegre boliviano, que Lula deve ter ganhado de Evo Morales… Nem o governo nem a Prefeitura do Rio mobilizaram a máquina para levar meus leitores, hehe…
Brincadeira à parte, o fato é que o troço foi vexaminoso. E não por falta de empenho ou de ilegalidades. O governo Federal, o governo do Estado e a Prefeitura se encarregaram de garantir os dois. É que Dilma, por enquanto, não chega a incendiar as massas, né? Especialmente em dia chuvoso… Ela bem que se esforça, mas não sabe brincar. No palanque, num ambiente já bem desanimado, mandou ver:
“Aqui nesta praça, no dia 10 de abril de 1984, houve a grande manifestação das Diretas Já…”
Pois é… Não foi no dia 10, mas no dia 18; não foi na Cinelândia, onde ela discursava, mas na Candelária…
Lula também discursou:
“Há uma premeditação de me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma a ser a presidenta deste país. (…) Na verdade, o que eles querem é me inibir, para fingir que não conheço a Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, ter uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço. Mas eu não sou homem de duas caras. Passo perto dela e digo para vocês: é a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil, e está preparada para a Presidência da República deste país.”
É impressionante que a autoridade máxima da República se refira a uma outra autoridade, que só faz o seu trabalho, nesses termos. Abaixo, vocês verão que o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa afirma que Lula, no fim das contas e sob muitos aspectos, não é muito diferente de Hugo Chávez. E ele tem razão.
Por Reinaldo Azevedo
Chávez, Lula e Gurdjieff
Por Olavo de Carvalho
MSM
Os comunistas deram uso amplo a essa técnica, extorquindo do seu público a aprovação a crimes hediondos em nome dos sentimentos mais altos e sublimes.
Na opinião do sr. Hugo Chávez, que com leves diferenças de nuance é a mesma do nosso governo e da nossa mídia, as Farc, que assaltam, sequestram e matam a granel, não são uma organização terrorista de maneira alguma; terrorista é a TFP, que nunca matou um mosquito nem sugeriu o roubo de uma azeitona.
Quando lhes digo que o traço essencial e permanente da mentalidade revolucionária é a inversão psicótica, não estou brincando, nem exagerando, nem fazendo figura de retórica: estou apontando um dos fatos mais bem documentados da história cultural dos últimos séculos - e que pode ser verificado tanto nas estruturas gerais do pensamento revolucionário quanto nas atitudes práticas e até nos detalhes de linguagem de seus representantes mais notórios.
Quando o sr. Luís Inácio Lula da Silva se recusa a dizer uma palavrinha em favor de um preso político cubano em greve de fome, alegando escrúpulos de interferir nos assuntos internos de uma nação estrangeira - ao mesmo tempo em que ajuda a reintroduzir no território hondurenho um presidente banido e se gaba de ter metido gostosamente o bedelho do Foro de São Paulo nos plebiscitos venezuelanos -, ele ultrapassa os limites da mentira política normal, que no mínimo respeita um pouco o senso do verossímil:
ele entra com as quatro patas no campo da inversão psicótica, chocando a plateia ao ponto de idiotizá-la, dessensibilizando- a para o absurdo do que está ouvindo.
Embora esse modo de falar possa se consolidar como vício ao ponto de seu próprio usuário se tornar insensível à maldade que pratica quando o emprega, na verdade ele se originou como uma técnica psicológica muito bem elaborada.
Denomino-a "impressão paradoxal", embora na bibliografia seja citada também com outros nomes, como "dissonância cognitiva" ou "psicose informática".
Georges Ivanovitch Gurdjieff, o maior gênio do charlatanismo esotérico, usava esse tipo de discurso para estontear seus discípulos e reduzi-los a uma obediência canina.
Por exemplo, mobilizava todo o arsenal lógico do materialismo científico para persuadi-los de que eram apenas máquinas, de que não tinham alma alguma, e em seguida dizia, com a maior seriedade, que poderiam adquirir uma alma... mediante certa quantia em dinheiro.
O sujeito que ouvia uma coisa dessas caía imediatamente numa zona nebulosa entre a piada e a realidade, sem saber como reagir ante a impressão paradoxal.
Reaplicada a técnica um certo número de vezes, o infeliz perdia todo interesse em compreender racionalmente a situação e daí por diante se deixava conduzir pelo mestre como uma vaca puxada pela argola do nariz.
Quando Gurdjieff introduziu essa técnica no Ocidente, talvez nem ele próprio imaginasse a velocidade com que ela se disseminaria entre os políticos e os intelectuais ativistas, como um instrumento perfeito para tornar as massas incapazes de diferenciar entre a percepção humana normal e a inversão psicótica.
Adolf Hitler, que consta ter recebido a influência de um discípulo de Gurdjieff (Klaus Haushoffer), criou uma técnica oratória inteiramente baseada na impressão paradoxal, articulando o grotesco e o temível de modo que a plateia sentisse ao mesmo tempo o desejo de rir dele e o medo de ser punida por isso.
Que fazer então, senão jogar fora o próprio cérebro e trocá-lo por uma recompensadora aceitação passiva do que desse e viesse?
(Mutatis mutandis, foi por esse mesmo artifício que o sr. Lula transmutou, no coração do seu público, a piedade em admiração fingida, e a admiração fingida em bajulação compulsiva.)
Os comunistas deram um uso muito mais amplo a essa técnica, extorquindo do público a aprovação a crimes hediondos em nome dos sentimentos mais altos e sublimes, forçando a elasticidade moral até o último limite do humanamente suportável.
A contradição internalizada acumulava-se no inconsciente até o ponto em que as vítimas estourariam se não descarregassem seus sentimentos de culpa sobre algum bode expiatório, acusando-o de toda sorte de delitos imaginários.
Daí a facilidade com que o público - não só o exército dos militantes, mas a vasta massa dos intoxicados pela "onipresença invisível" da cultura revolucionária - perde todo senso de verossimilhanç a e acaba aceitando como razoável a conversa idiota de que a TFP é uma organização de alta periculosidade ou de que o sr. Alejandro Peña Esclusa, malgrado seu diploma de engenheiro, guardava em casa, ao lado do quarto onde dormiam suas três filhas pequenas, explosivos suficientes para fazer seu prédio voar em cacos.
Artigos - Movimento Revolucionário
20 Julho 2010
MSM
Os comunistas deram uso amplo a essa técnica, extorquindo do seu público a aprovação a crimes hediondos em nome dos sentimentos mais altos e sublimes.
Na opinião do sr. Hugo Chávez, que com leves diferenças de nuance é a mesma do nosso governo e da nossa mídia, as Farc, que assaltam, sequestram e matam a granel, não são uma organização terrorista de maneira alguma; terrorista é a TFP, que nunca matou um mosquito nem sugeriu o roubo de uma azeitona.
Quando lhes digo que o traço essencial e permanente da mentalidade revolucionária é a inversão psicótica, não estou brincando, nem exagerando, nem fazendo figura de retórica: estou apontando um dos fatos mais bem documentados da história cultural dos últimos séculos - e que pode ser verificado tanto nas estruturas gerais do pensamento revolucionário quanto nas atitudes práticas e até nos detalhes de linguagem de seus representantes mais notórios.
Quando o sr. Luís Inácio Lula da Silva se recusa a dizer uma palavrinha em favor de um preso político cubano em greve de fome, alegando escrúpulos de interferir nos assuntos internos de uma nação estrangeira - ao mesmo tempo em que ajuda a reintroduzir no território hondurenho um presidente banido e se gaba de ter metido gostosamente o bedelho do Foro de São Paulo nos plebiscitos venezuelanos -, ele ultrapassa os limites da mentira política normal, que no mínimo respeita um pouco o senso do verossímil:
ele entra com as quatro patas no campo da inversão psicótica, chocando a plateia ao ponto de idiotizá-la, dessensibilizando- a para o absurdo do que está ouvindo.
Embora esse modo de falar possa se consolidar como vício ao ponto de seu próprio usuário se tornar insensível à maldade que pratica quando o emprega, na verdade ele se originou como uma técnica psicológica muito bem elaborada.
Denomino-a "impressão paradoxal", embora na bibliografia seja citada também com outros nomes, como "dissonância cognitiva" ou "psicose informática".
Georges Ivanovitch Gurdjieff, o maior gênio do charlatanismo esotérico, usava esse tipo de discurso para estontear seus discípulos e reduzi-los a uma obediência canina.
Por exemplo, mobilizava todo o arsenal lógico do materialismo científico para persuadi-los de que eram apenas máquinas, de que não tinham alma alguma, e em seguida dizia, com a maior seriedade, que poderiam adquirir uma alma... mediante certa quantia em dinheiro.
O sujeito que ouvia uma coisa dessas caía imediatamente numa zona nebulosa entre a piada e a realidade, sem saber como reagir ante a impressão paradoxal.
Reaplicada a técnica um certo número de vezes, o infeliz perdia todo interesse em compreender racionalmente a situação e daí por diante se deixava conduzir pelo mestre como uma vaca puxada pela argola do nariz.
Quando Gurdjieff introduziu essa técnica no Ocidente, talvez nem ele próprio imaginasse a velocidade com que ela se disseminaria entre os políticos e os intelectuais ativistas, como um instrumento perfeito para tornar as massas incapazes de diferenciar entre a percepção humana normal e a inversão psicótica.
Adolf Hitler, que consta ter recebido a influência de um discípulo de Gurdjieff (Klaus Haushoffer), criou uma técnica oratória inteiramente baseada na impressão paradoxal, articulando o grotesco e o temível de modo que a plateia sentisse ao mesmo tempo o desejo de rir dele e o medo de ser punida por isso.
Que fazer então, senão jogar fora o próprio cérebro e trocá-lo por uma recompensadora aceitação passiva do que desse e viesse?
(Mutatis mutandis, foi por esse mesmo artifício que o sr. Lula transmutou, no coração do seu público, a piedade em admiração fingida, e a admiração fingida em bajulação compulsiva.)
Os comunistas deram um uso muito mais amplo a essa técnica, extorquindo do público a aprovação a crimes hediondos em nome dos sentimentos mais altos e sublimes, forçando a elasticidade moral até o último limite do humanamente suportável.
A contradição internalizada acumulava-se no inconsciente até o ponto em que as vítimas estourariam se não descarregassem seus sentimentos de culpa sobre algum bode expiatório, acusando-o de toda sorte de delitos imaginários.
Daí a facilidade com que o público - não só o exército dos militantes, mas a vasta massa dos intoxicados pela "onipresença invisível" da cultura revolucionária - perde todo senso de verossimilhanç a e acaba aceitando como razoável a conversa idiota de que a TFP é uma organização de alta periculosidade ou de que o sr. Alejandro Peña Esclusa, malgrado seu diploma de engenheiro, guardava em casa, ao lado do quarto onde dormiam suas três filhas pequenas, explosivos suficientes para fazer seu prédio voar em cacos.
Artigos - Movimento Revolucionário
20 Julho 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
O som perturbador do neurônio em ebulição
Augusto Nunes
A imensa maioria dos eleitores de Taquaritinga não estudou em Harvard, não fala como personagem de livro de Machado de Assis, não é fluente em outros idiomas ─ não apresenta, enfim, nenhum dos sintomas que permitem à companheirada identificar integrantes da elite.
Mas nem os doidos de pedra da cidade onde nasci votam em quem não diz coisa com coisa.
Não chegaria a 100 votos, por exemplo, um candidato a prefeito que prometesse melhorar o sistema de atendimento à saúde com a seguinte discurseira:
“É necessário tê clínica especializada.
Porque as pessoas não podem recorrê ao… o hospital quando se trata de… de fazê exames especializados.
Não pode i pro hospital porque lá no hospital a média e alta complexidade… uma pessoa que precisa de tratamento de urgência.
Então eu acredito que todas as experiências de policlínicas especializadas são fundamentais.
Por que?
Porque u.. aí na policlínica ocê teria toda a possibilidade do tratamento especializado… de estômago, de pulmão, enfim… é…da…da… de todas as chamadas… tratamento de ouvido, garganta, e etc…
laringe, enfim, cê teria um tratamento especializado pá avaliá se seu caso é de… né?… é… é… ocê vai tê uma medicação, vai ficá em casa, vai tê um acompanhamento médico, aí seria a policlínica especializada”.
Parece mentira?
Pois é exatamente isso o que diz Dilma Rousseff em seu site oficial.
Pela pergunta que abre o palavrório, pode-se deduzir que ela está querendo dizer que a salvação da saúde está em algo que chama de “clínica especializada”.
Mas não consegue explicar o que é isso.
Só consegue ampliar a montanha de evidências de que a candidata que não tem ideias próprias não consegue sequer declamar as que lhe são sopradas.
Como todo sinal de alarme, o som de um neurônio em ebulição é perturbador, mas muito útil.
Quem tem juízo entenderá que Dilma Rousseff não é uma candidata em campanha.
É uma ameaça a caminho.
--
Postado por Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática em 7/20/2010 05:50:00 PM
__._,_.___
A imensa maioria dos eleitores de Taquaritinga não estudou em Harvard, não fala como personagem de livro de Machado de Assis, não é fluente em outros idiomas ─ não apresenta, enfim, nenhum dos sintomas que permitem à companheirada identificar integrantes da elite.
Mas nem os doidos de pedra da cidade onde nasci votam em quem não diz coisa com coisa.
Não chegaria a 100 votos, por exemplo, um candidato a prefeito que prometesse melhorar o sistema de atendimento à saúde com a seguinte discurseira:
“É necessário tê clínica especializada.
Porque as pessoas não podem recorrê ao… o hospital quando se trata de… de fazê exames especializados.
Não pode i pro hospital porque lá no hospital a média e alta complexidade… uma pessoa que precisa de tratamento de urgência.
Então eu acredito que todas as experiências de policlínicas especializadas são fundamentais.
Por que?
Porque u.. aí na policlínica ocê teria toda a possibilidade do tratamento especializado… de estômago, de pulmão, enfim… é…da…da… de todas as chamadas… tratamento de ouvido, garganta, e etc…
laringe, enfim, cê teria um tratamento especializado pá avaliá se seu caso é de… né?… é… é… ocê vai tê uma medicação, vai ficá em casa, vai tê um acompanhamento médico, aí seria a policlínica especializada”.
Parece mentira?
Pois é exatamente isso o que diz Dilma Rousseff em seu site oficial.
Pela pergunta que abre o palavrório, pode-se deduzir que ela está querendo dizer que a salvação da saúde está em algo que chama de “clínica especializada”.
Mas não consegue explicar o que é isso.
Só consegue ampliar a montanha de evidências de que a candidata que não tem ideias próprias não consegue sequer declamar as que lhe são sopradas.
Como todo sinal de alarme, o som de um neurônio em ebulição é perturbador, mas muito útil.
Quem tem juízo entenderá que Dilma Rousseff não é uma candidata em campanha.
É uma ameaça a caminho.
--
Postado por Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática em 7/20/2010 05:50:00 PM
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