Senhor Presidente:
Acredito que as viagens dentro do aerolula são longas e enfadonhas. Faz a pessoa ficar divagando, imaginando coisas. Acredito que, na monotonia do longo percurso, já que não irá se ocupar em ler, a mente começa a criar situações inusitadas.
Coisas assim: Se eu quisesse fazer uma grande molecagem com meu país o que eu faria?
Já sei! Eu prorrogaria a CPMF. Desse modo poderia ter mais dinheiro para aumentar a bolsa esmola e garantir mais votos para minha próxima eleição. Quanto mais o povão ganhar sem trabalhar, mais feliz vai ficar. E eu posso socorrer a militância que ainda está desempregada.
Outra idéia: Vou trazer uma empresa estrangeira para cobrar pedágio a estes brasileiros metidos a bestas. Não querem ter carro? Que paguem o pedágio.
E a maior de todas. Quem não estiver conseguindo acertar suas contas com o leão, que venda tudo o que tem, mas pague. Sempre tem uma vaguinha em baixo das pontes e dos viadutos. Do contrário, a Serasa inglesa vai tomar conhecimento e eu vou me divertir com o sigilo fiscal que continua fiscal, mas perdeu o sigilo.
É ilegal? Que se dane a lei.
Eu quero arrecadar, arrecadar, arrecadar.
É isso, senhor presidente.
Aquelas pessoas que lhe deram o voto acreditavam, de verdade, que a sua preocupação era com o bem estar deste povo, com a honra e a dignidade do povo brasileiro.
Nunca antes, na história deste país um presidente pisou tão forte no amor próprio do brasileiro, nunca antes havíamos sentido um descaso tão cruel com relação aos valores éticos e morais, Nunca antes a sensação de orfandade foi tão sentida pelo povo que trabalha e produz e que sustenta este país, quase que à força, pois, sendo a classe média o maior sustentáculo do país, é perseguida e abandonada em suas necessidades.
Pagamos duas vezes cada imposto neste país.
Nossos altos impostos não nos servem para a educação. As escolas públicas nada ensinam. Nossos filhos têm que freqüentar escolas particulares.
Para saúde também não. O atendimento público para ser péssimo ainda precisa melhorar um pouco. Então pagamos planos de saúde, cada vez mais caros, se quisermos um atendimento médico adequado.
Para segurança também não. Enchemos nossas portas e janelas de grades e nos transformamos em presidiário em nossas casas, porque os bandidos estão soltos na rua.
Nossas fronteiras estão desguarnecidas, as Forças armadas sucateadas.
E a Amazônia? Ainda a Temos? É nosso ainda o orgulho de possuirmos a maior e mais rica floresta do planeta, mesmo que ainda não tivemos um governo que lhe desse um tratamento digno, desde que Cabral aqui veio? O Brasil continua com a mesma extensão territorial que constava há quatro anos?
O Brasil está se transformando em uma piada de mau gosto com a firme promessa de que talvez venha a ser um circo de horrores no estilo de Cuba e Venezuela onde reinam, sem oposição, na primeira o monstro, na segunda o palhaço.
Será que o ódio de V. Excia pelo povo brasileiro não tem trégua? Veremos destruídos todos os valores morais e éticos, as liberdades, os direitos, a justiça em nome de uma filosofia bizarra e falida?
Todos sabemos que os dirigentes de países comunistas vivem muito bem. O genocida Fidel é um dos homens mais ricos do mundo. E o povo, senhor presidente? Como é que fica?
Vamos desenvolver este país, vamos fazer o país crescer para que, com liberdade e democracia, haja iguais oportunidades para todos e possamos acabar a fome, a miséria e o desemprego, não com esmolas, mas com trabalho produtivo, para que o Brasil saia do Terceiro mundo e possa entrar, de cabeça erguida, no rol das grandes nações.
Na esperança de um dia ainda ver meu Brasil melhor
Ester
sábado, 27 de outubro de 2007
Carta aberta ao presidente do Brasil:
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