A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


sábado, 31 de março de 2012

Por: Mr X

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mídia do bem, armas do mal?

Quase não assisto televisão. Nos últimos dois anos, nem tinha um aparelho que funcionasse em casa. Decidi consertá-lo por falta do que fazer, mas descobri que não perco muito. Dei-me conta que não suporto a propaganda televisiva, seja durante os comerciais, seja durante os programas jornalísticos. Melhor é informar-se pela Internet. Filmes e séries também podem ser assistidos online.

No entanto, parece que grande parte da população mundial ainda se informa através dessa mídia ultrapassada e demoníaca. E poucos percebem que não passa de um sistema de replicação de inverdades, de incultura e de incentivo ao consumismo mais calhorda.

Além de tudo, a grande mídia demonstra uma incrível falta de imaginação. Repete os mesmos temas uma e outra vez. O caso Zimmerman-Trayvon, por exemplo, já aconteceu.

Em 1984, um jovem branco e franzino, Bernhard Goetz, foi abordado no metrô de New York por 4 rapazes negros que o cercaram e lhe pediram (com atitude ameaçadora) dinheiro. Goetz respondeu a bala, ferindo gravemente seus atacantes. Os jovens estavam desarmados e a mídia fez um grande escarcéu. Goetz terminou acusado de ser um assassino racista, foi apelidado de Vingador do Metrô e seu ato inspirou o filme Desejo de Matar, com Charles Bronson. (Curiosidade: tanto Goetz como Zimmerman têm sobrenomes de origem judaica, Zimmerman devido ao pai adotivo judeu, mas é católico, e Goetz de pais judeus mas convertidos ao cristianismo).

No fim, após grande carnaval midiático e protestos populares, foi absolvido. Os quatro rapazes negros tinham carreira no crime, e um deles, meros dois meses após o tiroteio, sequestrou uma jovem grávida e apontou uma arma para a cabeça dela enquanto um companheiro a estuprava. Num subsequente processo civil, Cabey, a única das vítimas de Goetz que ficou paralítica e não pôde mais dedicar-se ao crime, ganhou 43 milhões de dólares. Os outros continuaram roubando e assaltando. (E o Vingador do Metrô? Ainda está vivo e em NY, virou vegetariano e protetor de esquilos desamparados.)

Existem dezenas ou centenas ou milhares de casos de gente que morre em tiroteio, mas é claro que à mídia interessa apenas o caso do vigilante branco (ou "branco") armado que mata minorias inocentes (ou "inocentes"). Por quê? Parte do motivo é a própria raridade de tal tipo de evento. Assaltantes ferindo ou matando suas vítimas não é notícia, o que é notícia é a reação. Parte também é a obsessão com o controle de armas, que foi afinal parte da discussão no caso Goetz e também no caso Zimmerman. E parte, naturalmente, é o aspecto racial. Fossem vítima e atirador nos dois casos apenas brancas ou apenas negras, haveria tanto escarcéu? Não temos como saber ao certo, mas provavelmente não.

Mas esqueçamos da entediante questão racial. Os casos são polêmicos também por tratarem-se de pessoas armadas que mataram gente desarmada e, talvez, inocente, ao menos do momento do ataque. Naturalmente, surge a questão do porte de armas e da legítima defesa. Até que ponto esta é válida? Até quando se deve esperar para atirar?

Uma vez fui atacado na rua por um sujeito drogado que queria dinheiro. Evitei-o, tentei fugir, levei um soco nos dentes. Eu não estava armado, afinal jamais usei armas, mas, e se estivesse? Será que eu deveria ter atirado nele? E se ele estivesse armado? Eu esperaria ele atirar em mim? No fim, tudo acabou com a chegada da polícia e a fuga do infeliz. Uma arma provavelmente teria causado uma morte, fosse a dele ou a minha.

Sempre fui a favor do porte de arma por entender que a legítima defesa é um direito do cidadão e, quando segundos contam, a polícia está a poucos minutos. Por outro lado, entendo que ter um revólver à mão facilita certas mortes. Muitos crimes passionais e mortes por motivo fútil não aconteceriam se não houvesse uma pistola nas mãos de alguém. Os vários tiroteios nas escolas americanas, querendo ou não, também são um resultado da facilidade de se ter armas nos EUA. E os casos de Goetz e Zimmerman, também. Por outro lado, não pode-se negar que, muias vezes, armas salvam vidas.

A pergunta do dia é -- você é a favor ou contra o porte de arma? Acha que Zimmerman e Goetz erraram ao atirarem em gente desarmada? Deveriam ter sido mais prudentes e aguardado, ou reagido com socos, mas sem atirar? E quanto à mídia, acham que esta influi demais na nossa percepção dos fatos? (Pergunto por que não me parece sempre tão claro se é a mídia progressista que influi na cultura, ou se é a cultura progressista a que influi na mídia).

Discutam entre vocês enquanto eu vou lá consultar o preço da Smith & Wesson Magnum .44...


http://blogdomrx.blogspot.com.br/2012/03/midia-do-bem-armas-do-mal.html

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra

BATALHA

O Clube Militar não está sob a jurisdição do Exército pois é uma instituição de Direito Privado. Este um aspecto pacífico da questão. A reunião do dia 29 foi proposta pelos sócios com o direito legítimo de contestar a autoridade da presidente da República por vir descumprindo, sistematicamente, seus deveres constitucionais de comandante-em-chefe das FF AA, como ao permitir, entre outros atos que caracterizam falta de exação no cumprimento do dever, que membros do governo , como as ministras Maria do Rosário e Eleonora Menicuci, incitem ao descumprimento da Lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, sancionada pelo então presidente da República e referendada pelo STF ao votar contra uma ADIN proposta pela OAB.

Se o EB interviesse, estaria, por sua vez, descumprindo preceito constitucional pois a segurança pública é atribuição do governo do Estado. A intervenção do EB no Morro do Alemão se fez por requisição do governador do Estado, prevista na CR. Mas, é de se prever que em algum momento, em futuro próximo, o EB terá que intervir, moto proprio, pois a situação está se agravando em todos os campos do poder nacional. Nesse momento, caso venha a ocorrer reunião do Clube Militar como esta última, os tanques virão para as ruas em um sinal de ruptura com o poder (mal)instituído.

Finalmente, repito: É questão de justiça elogiar a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar e dos Guardas Civis, que agiram com energia e serenidade na manutenção da ordem pública afrontada nesse triste episódio. E também a atuação do coronel Seixas Marques, responsável pela segurança do evento e pelo perfeito e adequado planejamento das ações. Afinal de contas, ninguém se feriu, exceto alguns manifestantes que resistiram à ação policial.

BATALHA

P S – participei do encontro e falo do que vi e senti. Encarei alguns dos manifestantes e não em nenhum deles senti nem coragem moral nem coragem física. O objetivo era mesmo provocar os militares com a finalidade de reverter o quadro das pesquisas de opinião.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Por Lino Tavares

PARABÉNS, PRESIDENTE DILMA!
Por Lino Tavares *

Presidente Dilma !

Inicialmente, minhas desculpas por tratá-la de Presidente e não de Presidenta, de acordo com a sua manifesta vontade. Faço-o, porque não compactuo com qualquer forma de desobediência a leis e tratados que tenham entre os signatários o meu país, como é o caso do acordo firmado entre o Brasil e os países de Língua Portuguesa, à luz do qual esse vocábulo não possui flexão de gênero por ser um substantivo comum de dois, possuindo, portanto, uma grafia única para os gêneros masculino e feminino.

Mas o objetivo primordial dessa carta aberta não é levantar a questão relacionado a esse pequeno desvio de conduta de natureza linguística. A finalidade desse documento de cunho jornalístico é cumprimentá-la pela forma corajosa como adentrou a propaganda partidária do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), levada ao ar na TV, na noite de 28/03/2012, para revelar de forma cristalina sua REAL IDENTIDADE DOUTRINÁRIA.

Pessoalmente, eu me considero beneficiado por essa sua atitude arrojada, haja vista que, graças a ela, vejo resgatar-se junto a milhares de leitores minha credibilidade um tanto abalada, por haver afirmado na mídia, repetidas vezes, que a sua MILITÂNCIA POLÍTICA NA JUVENTUDE tinha dupla finalidade: destruir o regime de governo vigente e substituí-lo pela ditadura do proletariado, liderada na época pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Até escrevi isso no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, sendo contestado por leitores que não acreditavam nessa versão.

Saiba que, EM FUNÇÃO DA DECLARAÇÃO FEITA NA PROPAGANDA DO PCdoB, enfatizando que o partido simbolizado PELA FOICE-E-MARTELO pulsa-lhe forte no lado esquerdo peito, a Senhora demonstrou ser uma pessoa transparente, que não vê por que esconder QUE SEMPRE APROVOU, EM GRAU, GÊNERO E NÚMERO, COISAS COMO O “MURO DE BERLIM”, O REGIME FECHADO DE CUBA, com seu tenebroso Pelotão de Fuzilamento, OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO DA SIBÉRIA, da Era Stalinista, a AÇÃO DO GOVERNO CHINÉS CONTRA OS PROTESTOS DE ESTUDANTES, que ficou conhecido como “MASSACRE DA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL”, além de outras DITADURAS de mesma coloração doutrinária, hoje em PROCESSO DE DISSOLUÇÃO frente às ações populares que CLAMAM POR LIBERDADE. Por sua atitude franca e decidida, que DEIXA NAS ENTRELINHAS a certeza de que o seu “SONHO DE JUVENTUDE” não acabou, ficam aqui registrados, Presidente Dilma Roussef, os meus sinceros cumprimentos.

jornalino@gmail.com * jornalista

Por Reinaldo Azevedo - 30/03/2012

Os fascistoides estão nas ruas. Ou: Dilma saiu da VAR-Palmares; precisa agora deixar claro que a VAR-Palmares saiu de Dilma

Fogo no estado de direito: embora se queiram a encarnação do bem, eles é que estão desrespeitando a democracia e o estado de direito (Foto: Fábio Motta/AE)

Fogo no estado de direito: embora se queiram a encarnação do bem, eles é que estão desrespeitando a democracia e o estado de direito (Foto: Fábio Motta/AE)

Ontem, o PC do B, que tem um ministério no governo Dilma Rousseff — e sou justo: Aldo Rebello (Esportes) fez um excelente trabalho quando relator do Código Florestal na Câmara —, levou ao ar trechos do seu programa no horário político gratuito. É uma peça patética, que não resistiria a uma abordagem minimamente objetiva. O programa inteiro vai ao ar hoje. Segundo a versão tornada pública, o partido está, desde sempre, comprometido com a democracia. Explorou-se até a figura de Luiz Carlos Prestes. Não sei se houve algum entendimento com a família do líder comunista. O fato é que o PC do B que está aí hoje deriva justamente da linha que havia rompido com… Prestes! Assistiu-se a uma soma formidável de mentiras, de retórica oca, de vigarices intelectuais. O pior momento, certamente, é aquele em que o PC do B tenta afetar sua pureza e rigidez ideológicas. Se estivesse agarrado a seu credo original, seria péssimo. Mas isso também é mentira. É hoje um partido fisiológico de esquerda, como qualquer outro, que vai se alimentando de carguinhos e de dinheiro público. O escândalo das ONGs, no ano passado, ilustra bem o que quero dizer. Mas não vou me me perder nesse particular porque o objeto deste texto é outro.

Lembrei o caso do PC do B porque foi o partido que protagonizou a guerrilha do Araguaia. Jamais teve compromisso com a democracia. É de tal sorte admirador da ditadura comunista que, atenção!, até hoje não reconhece o processo de desestalinização da União Soviética. Krushev segue sendo, para eles, um algoz do socialismo. Gostam mesmo é de Stálin e seus métodos. Nota: a URSS acabou, como vocês sabem, mas o amor do PC do B pela tirania permanece. Não obstante, O PARTIDO É LIVRE PARA RECONSTITUIR A HISTÓRIA COMO QUISER. Como o comunismo perdeu a batalha no país, temos democracia e liberdade.

A própria presidente Dilma Rousseff é beneficiária desses valores. Ex-membro de dois grupos terroristas, o Colina (Comando de Libertação Nacional) e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), também ela, aqui e ali, em seus discursos, reconta o passado como lhe dá na telha e exalta aquela juventude — qual mesmo??? — que teria lutado por democracia. Falso! Tão falso quanto afirmar que ela cumpriu a promessa de construir 1.700 creches em 2011. No livro “Combate nas Trevas”, o historiador comunista Jacob Gorender cita justamente o Colina como um grupo que assumia claramente uma perspectiva terrorista. E o mesmo se diga da VAR-Palmares, que surgiu justamente da fusão daquela primeira organização a que pertenceu Dilma com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), de Carlos Lamarca. Juntos e em associação com outros, os três grupos mataram dezenas de pessoas que nem sequer tinham ligação com a luta política. Consta que Dilma, pessoalmente, não matou ninguém. Mas pertencia ao comando — inclusive cuidando de parte da grana — de grupos que mataram. Isso é inequívoco. Como é inequívoco que Colina, VPR ou VAR-Palmares jamais quiseram democracia.

Não obstante, Dilma tem a liberdade, que ela não ajudou a construir, de contar a história como lhe dá na telha. Mais: deu força à criação de uma tal Comissão da Verdade que, vejam vocês!, para escândalo de qualquer acadêmico honesto da área (ainda que crítico ferrenho do regime militar), vai definir uma “verdade histórica oficial”, uma verdade de estado. Isso é autoritário em sua própria natureza. Dilma não só mistifica o próprio passado como nomeia pessoas que seguem a sua trilha, a exemplo de Eleonora Menicucci, ministra das Mulheres. Ex-membro do POC (Partido Operário Comunista), também ela — assaltante confessa, no passado, para financiar “a revolução” — afirmou no discurso de posse ter sido uma jovem empenhada na construção da democracia.

A democracia, no Brasil, virou a água benta do pecador compulsivo que entra numa igreja. Todo mundo pode meter a mão lá e se persignar, o que não quer dizer que esteja com a alma e com o passado limpos. Não mesmo! Mas a democracia permite a Dilma, a Eleonora e ao PC do B contar a sua própria versão da história. Não deveria permitir, mas está sendo feito, que essa história distorcida virasse história oficial. Então vamos ao ponto.

Por que o Clube Militar não pode fazer um seminário sobre 1964? O objetivo não era exatamente “comemorar” o golpe, como se está dizendo por aí, mas abordar o período segundo uma ótica, estou certo, que não é exatamente a da esquerda. O Clube Militar é, como o nome diz, um clube, uma entidade associativa. Mais ainda: já vimos que a lei garante aos militares da reserva o direito de se posicionar sobre temas políticos. Não há qualquer restrição. Ademais, ninguém estava lá incentivando o golpismo.

Mas quê… Desde o governo Lula, MAS DE FORMA MAIS ACENTUADA SOB A GESTÃO DILMA, os revanchistas estão tentando criar confusão e trazer o passado a valor presente, mas com uma particularidade: UM DOS LADOS, A ESQUERDA, PODE DIZER DE SEUS ADVERSÁRIOS O QUE BEM ENTENDER, MAS SEUS ADVERSÁRIOS ESTARIAM PROIBIDOS DE DAR A SUA VERSÃO ATÉ SOBRE SI MESMOS. Entenderam qual é o busílis? Não só a “verdade” se tornou monopólio de um dos lados como o próprio direito de se manifestar.

“Ah, mas onde já se viu falar sobre 1964???” Ora… Onde já se viu Dilma e o PC do B afirmarem que queriam democracia? O tema debatido lá nesta quinta, de todo modo, é irrelevante. Sei do que falo. Esse mesmo Clube Militar promoveu, em setembro de 2010, um debate sobre, pasmem!, “Liberdade de expressão”. Os convidados a falar éramos eu, Merval Pereira, Paulo Uebel (Instituto Millenium) e Rodolgo Machado Moura, representante da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Ninguém nem sequer tocou em 1964 ou coisa parecida. Atenção! Ao mesmo tempo em que debatíamos ali liberdade de expressão, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo abria suas portas para uma manifestação das centrais sindicais, que pediam “controle da mídia”. Isto mesmo: no Clube Militar, falávamos de liberdade de expressão; no Sindicato dos Jornalistas, defendiam a censura. Pois bem: também naquele caso, adivinhem quem apareceu para protestar… A Juventude Socialista! Contei a história aqui.

Há três dias, hordas sob o comando do MST — evidência omitida pelos jornais — saíram perseguindo pessoas por aí e pichando suas casas e local de trabalho sob o pretexto de pedir a instalação da Comissão da Verdade. Isso é “justiça de rua”, é fascismo. Agora, um bando decide agredir e xingar os militares da reserva, que têm o direito legal de debater o que lhes der na telha. Ninguém estava lá conspirando contra a ordem e pregando golpe de estado. Tais ações estão sendo claramente incentivadas, instigadas e, na prática, apoiadas pelo governo federal. Consta que havia 350 baderneiros por lá. Não será difícil, a persistir esse estado de coisas, encontrar outras 350 dispostas a defender os que estão sendo caçados e cassados ao arrepio da lei.

O que quer Maria do Rosário?
O que quer Dilma Rousseff?
O confronto de rua?

Dilma já tem problemas demais para resolver e está, lentamente, dando comida para alguns monstrinhos que estavam guardados na gaveta. Uma intervenção militar hoje em dia seria, felizmente, impensável! Nem por isso as forças que odeiam a democracia hoje, como a odiavam no passado, estão livres para promover seus “justiçamentos” ao arrepio da lei. Se a instituições estiverem tão corroídas a ponto de não poderem reagir, não tenham dúvida de que a sociedade, um pedaço dela ao menos, reage.

A presidente tem de fazer a escolha entre a democracia e a guerra de todos contra todos. Ela já saiu da VAR-Palmares faz tempo — por isso não permito que seja chamada de “terrorista” aqui. Falta agora demonstrar que a VAR-Palmares também saiu de Dilma. Há hoje um claro incentivo à baderna que emana do Palácio do Planalto. E isso tem de acabar. Em nome da lei e da Constituição!

É com elas que Dilma governa, não com seu passado supostamente glorioso. Até porque ele é controverso. Os familiares das vítimas do Colina e da VAR-Palmares sabem disso muito bem.

Texto publicado originamente às 20h15 desta quinta
Por Reinaldo Azevedo

O PERIGO MORA AO LADO !!!

A SOCIEDADE PRECISA SABER!!!

PEÇO QUE DIVULGUE.

Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.

Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.

As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do País.

As faculdades cubanas, a mais conhecida é a - Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam

não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos.

Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Entre 2007 e 2008, organizações indígenas enviaram para lá 36 jovens índios.

Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não teriam condições de exercer a medicina no País.

As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.

Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira.

Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.

Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa.

No marketing político cubano, os médicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, não se preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".

Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalência automática dos diplomas de medicina expedidos nos dois países, mas os líderes governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana,

o ex-presidente Lula pediu uma "solução" para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde.

E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades.

Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias – pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover ajustes".

As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.

Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.