VENTOS DE MUDANÇA
Segunda feira, 28 de maio de 2012
:: FRANCISCO VIANNA
De
tanto se indignar, ao que parece, o brasileiro vem perdendo essa
capacidade. Na verdade, a indignação parece apenas ser um apanágio de
uma reduzida elite de intelectuais misturados a pessoas que a manifestam
de forma profissional porque querem recuperar privilégios políticos
perdidos.
O
que parece fora de dúvida é o fato de que temos sido um povo de
conformados, de acomodados, de desinteressados pelos rumos que uma
minoria militante tenta imprimir ao país, rumos esses tão sinistros quão
possam ser, e que, certamente, nos remeterão a dias sombrios como os já
vividos pela estupidez de quem, no mundo, já experimentou qualquer tipo
de socialismo existente.
Temos
sido apenas espectadores da atividade de uma escória organizada que
tomou conta do Brasil através do voto incauto e irresponsável de uma
ainda vasta parcela do eleitorado que é mal politizada, ignorante e mal
educada e colocou o estado a trabalhar em proveito próprio.
Os
líderes das duas últimas décadas ou sucederam a si próprios no poder
ou, simplesmente, criaram clones para fazê-lo. Atualmente, o conluio
PT-PMDB e sua “base alugada”, com um PSDB apenas fingindo se opor, se
apropriaram do estado brasileiro e o puseram a seu serviço em todas as
frentes. E, enquanto essa extirpe de político, proveniente da escória do
clientelismo e da decadência política em adiantado estado de
putrefação, rouba e explora o cidadão, este, com a alegria fútil dos
imbecis, grita “gol!”.
Estamos
substituindo a capacidade de nos indignarmos e de possivelmente
reagirmos civicamente a esta república de fancarias, por outra espécie
de habilidade, canhestra, autodestrutiva e alienante, de fazer glosa e
piadas com a nossa própria desdita.
Aí
surgem as tiradas, muitas a primeira vista cômicas, mas que, no fundo
denotam uma espécie de desistência moral em termos uma nação melhor,
mais civilizada, e desenvolvida. Diz-se, por exemplo, que “os políticos
são como as fraldas e devem ser trocados com frequência e pelos mesmos
motivos”! Mas, os políticos não elegem a si próprios, somos nós que os
colocamos onde estão com o nosso voto.
A
atividade política é, por definição, uma das principais atividades do
cidadão numa democracia, onde, quer com sua bolsa ou com sua presença e
atuação, deve manter e aperfeiçoar o país em que vive, como nos bem
ensinava Thomas Jefferson. Se isso não ocorre no Brasil atual – e
possivelmente nunca ocorreu na história da república – o fato se deve a
pouca clarividência da débil e despreparada cidadania brasileira.
Vivemos hoje uma escoriocracia, ao invés de uma meritocracia, pelo
simples fato de termos ainda uma imensa maioria do eleitorado brasileiro
mal politizado e pouco informado sobre como levar este país a ser uma
das maiores potências do mundo, como é consenso mundial atual, menos
aqui, em nosso país. O mundo olha o nosso país com admiração enquanto
nós mesmos o vemos com escárnio e desprezo.
Somos
vítimas de sucessivos governos de viés socialista, que, como é
característico de tal ideologia, tratam as pessoas como se fossem
crianças ou débeis mentais e, de certo modo parecem ter razão, pois os
socialistas constituem hoje grande parte da nossa classe política, com
raras exceções.
Na
onda negativista e autodestrutiva, vemos frases que surgem a título de
pilhéria, tais como, “este maço de cigarros adverte: o governo faz mal à
saúde”, ou ainda, “não roube; o governo detesta concorrência”, ou
ainda, “errar é humano, mas insistir no erro e defendê-lo é política”.
Ora,
isso é indigno e não deveria ser assim... Usando uma dessas frases,
digo que “o maior castigo para quem não se interessa pela política é que
será sempre governado pelos que se interessam” e que “o pior não é o
grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
Certamente,
se as autoridades sanitárias fossem fiscalizar o Congresso Nacional,
teriam que decretar o seu fechamento a bem da saúde pública, pois
forçosamente constatariam que todos os seus membros estão comendo no
mesmo tacho... E comendo muito!
Há
quem diga, por exemplo, jocosamente, que “os políticos eleitos e os
ocupantes de cargos de confiança do governo são profundamente católicos,
pois não assinam nada sem levar consigo um terço”... Mas não há graça nenhuma nisso, ao contrário, só desgraça.
Os
gramscistas, destarte, seguem sua linha de desmoralizar a democracia a
partir de dentro, seja pela subversão de nossos valores morais e
civilizacionais, seja cooptando o Judiciário e o Congresso à vontade do
Executivo, gerando corrupção rampante garantida por uma impunidade que
lhe é proporcional, causando assim o seu desmonte institucional no médio
e no longo prazo, até que se sintam seguros em instaurar seu trágico
modelo socialista que nunca deu certo em lugar nenhum do mundo.
De
fato, tal implosão silenciosa do sistema democrático não se faz sem
dinheiro. E o dinheiro não parece faltar, pois o modelo político do
Brasil drena para o politiburo de Brasília mais de 70 por cento de toda a
arrecadação tributária e de contribuições outras sem que um mínimo
decente retorne em benefício do contribuinte. Com tanto dinheiro
acumulado nas mãos de poucas pessoas – em detrimento dos estados e dos
municípios – a coisa não poderia resultar diferente do que é.
Há
erro de pessoas, mas, principalmente, de modelo político, numa economia
que não vai lá muito bem das pernas tampouco e com a inflação a
bater-lhe novamente com vigor às portas.
Devemos
experimentar outro modelo? A maioria das pessoas acha que sim, mas essa
maioria não tem muita noção de como deveria ser o novo modelo a
substituir o atual e isso favorece ainda mais os socialistas. Eles sabem
bem o que querem...
O
brasileiro parece rejeitar as experiências europeias e vê com uma ponta
de admiração o que ocorreu com países como os EUA, a Austrália, o
Canadá, a Nova Zelândia, a Coréia do Sul, e outros países que, com a
mesma idade do nosso ou até bem mais novos, transformaram-se em ilhas de
excelência e países altamente desenvolvidos.
Qual
então o modelo capaz de reverter a situação trágica em que nos
encontramos sob o ponto de vista político administrativo? Para terem uma
resposta nova e ousada a essa questão crucial, recomendo que leiam o
conteúdo dos websites abaixo:
O
nosso país tem o nome de REPÚBLICA “FEDERALISTA” DO BRASIL, mas esse
nome é mais um embuste, uma enganação que nos é empurrada goela abaixo,
diuturnamente. Lendo o conteúdo das páginas da Internet acima, o leitor
verá que o verdadeiro federalismo não tem nada a ver com o modelo
político praticado no Brasil atualmente.
Não
precisamos que o país mude de nome, mas que apenas faça com que o nome
que ostenta seja autêntico e que o modelo de federalismo que venha a
praticar seja legítimo e verdadeiro.
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