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sábado, 12 de maio de 2012

A RECEITA PARA O DESASTRE ESTÁ PRONTA E SENDO EXECUTADA

O Brasil em termos de competitividade industrial e/ou tecnológica deve estar uma ou duas décadas atrasado em relação às maiores economias do mundo.

Temos um sistema educacional de ensino básico falido caminhando a passos largos para fazer do ensino superior do país uma fábrica de diplomas desqualificados, em sua maioria, já que o mérito estudantil está sendo substituído pela aceitação forçada de alunos cotistas nas universidades, agredindo frontalmente o princípio constitucional que todos devem ser iguais perante as leis: para os vagabundos, preguiçosos e incompetentes um tratamento diferenciado e para aqueles que estudam com seriedade e tem muito mais condições de promover a revolução tecnológica e o empreendedorismo industrial restará apenas o caminho do filtro candidato/vaga, as vagas que sobrarem.

Neste cenário prévio de mais um estelionato eleitoral socialista, o crédito farto e barato irá impulsionar o consumo e os investimentos, mas que serão apenas de reposição da capacidade industrial, sem qualquer conotação de aumento da produtividade ou da qualidade dos produtos que fabrica.

Agravando perigosamente esta trilha para a decadência econômica, contrariamente aos discursos levianos e mentirosos associados a números manipulados, estão os gastos públicos que remuneram com a maior taxa de juros do mundo os financiadores de uma dívida pública criminosa e um crescimento econômico fundamentado em uma brutal transferência de renda assistencialista conjugada com um endividamento irresponsável da sociedade que já ultrapassou os limites economicamente aceitáveis.

Junte-se a tudo isso o desvio, nos últimos vinte anos, de mais de oitocentos bilhões de reais para o ralo da corrupção e do suborno impunes, um inaceitável custo funcionário público/ano – incluindo-se ai os custos dos mais caros poderes Republicanos do mundo –, tudo bancado com uma extorsão tributária sem precedentes para poder pagar um custo de carregamento de uma dívida pública genocida, porque provoca o esvaziamento dos investimentos em saúde, segurança, educação e saneamento básico, ou seja, para enriquecer investidores nacionais e internacionais sem a contrapartida na economia real, mas tão somente para consolidar os absurdos lucros de um sistema financeiro especulativo absolutamente calhorda para o qual o mundo bate palmas. 

O Brasil segue firme a mesma direção da crise que se abate sobre comunidade europeia, ou seja, da combinação, em breve, de uma estagnação da economia combinada com a elevação no custo do financiamento de uma dívida pública impagável sem ter feito as reformas estruturais necessárias na economia para aumentar a capacidade instalada, a produtividade, e a oferta de empregos, com custos de mão de obra compatíveis com a realidade econômica do país.

Qualquer economista de botequim sabe perfeitamente o resultado de toda essa sacanagem quando as bolhas começarem a explodir: superaquecimento, elevação do custo da mão de obra mais competente inibindo a manutenção do crescimento com qualidade, desaparecimento do crédito e uma postura dos investidores muito restritiva conjugada a disparada dos juros para combater inflação em descontrole conjugada com uma economia em processo de desaquecimento.

É claro que quando a crise chegar os esclarecidos canalhas corruptos ou corrompidos, subornados ou subornadores, e seus cúmplices, estarão todos ricos passando para o resto da sociedade a conta para ser paga, com a queda dos salários, com o desemprego e a com falência das obrigações sociais do Estado com a sociedade.

Este será o cenário ideal para o fascismo que já comanda o país colocar em prática uma ditadura para tentar evitar uma revolução que poderá colocar toda essa canalhada perfilada no paredão da vergonha.

Geraldo Almendra
12/maio/2012

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