A RECEITA PARA O DESASTRE ESTÁ PRONTA E SENDO
EXECUTADA
O Brasil em termos de competitividade
industrial e/ou tecnológica deve estar uma ou duas décadas atrasado em relação às
maiores economias do mundo.
Temos um sistema educacional de
ensino básico falido caminhando a passos largos para fazer do ensino superior do
país uma fábrica de diplomas desqualificados, em sua maioria, já que o mérito
estudantil está sendo substituído pela aceitação forçada de alunos cotistas nas
universidades, agredindo frontalmente o princípio constitucional que todos devem
ser iguais perante as leis: para os vagabundos, preguiçosos e incompetentes um
tratamento diferenciado e para aqueles que estudam com seriedade e tem muito
mais condições de promover a revolução tecnológica e o empreendedorismo
industrial restará apenas o caminho do filtro candidato/vaga, as vagas que
sobrarem.
Neste cenário prévio de mais um
estelionato eleitoral socialista, o crédito farto e barato irá impulsionar o
consumo e os investimentos, mas que serão apenas de reposição da capacidade
industrial, sem qualquer conotação de aumento da produtividade ou da qualidade
dos produtos que fabrica.
Agravando perigosamente esta trilha
para a decadência econômica, contrariamente aos discursos levianos e mentirosos
associados a números manipulados, estão os gastos públicos que remuneram com a
maior taxa de juros do mundo os financiadores de uma dívida pública criminosa e
um crescimento econômico fundamentado em uma brutal transferência de renda
assistencialista conjugada com um endividamento irresponsável da sociedade que
já ultrapassou os limites economicamente aceitáveis.
Junte-se a tudo isso o desvio, nos
últimos vinte anos, de mais de oitocentos bilhões de reais para o ralo da
corrupção e do suborno impunes, um inaceitável custo funcionário público/ano –
incluindo-se ai os custos dos mais caros poderes Republicanos do mundo –, tudo
bancado com uma extorsão tributária sem precedentes para poder pagar um custo de
carregamento de uma dívida pública genocida, porque provoca o esvaziamento dos
investimentos em saúde, segurança, educação e saneamento básico, ou seja, para
enriquecer investidores nacionais e internacionais sem a contrapartida na
economia real, mas tão somente para consolidar os absurdos lucros de um sistema
financeiro especulativo absolutamente calhorda para o qual o mundo bate palmas.
O Brasil segue firme a mesma direção
da crise que se abate sobre comunidade europeia, ou seja, da combinação, em
breve, de uma estagnação da economia combinada com a elevação no custo do
financiamento de uma dívida pública impagável sem ter feito as reformas
estruturais necessárias na economia para aumentar a capacidade instalada, a
produtividade, e a oferta de empregos, com custos de mão de obra compatíveis com
a realidade econômica do país.
Qualquer economista de botequim sabe
perfeitamente o resultado de toda essa sacanagem quando as bolhas começarem a
explodir: superaquecimento, elevação do custo da mão de obra mais competente
inibindo a manutenção do crescimento com qualidade, desaparecimento do crédito e
uma postura dos investidores muito restritiva conjugada a disparada dos juros
para combater inflação em descontrole conjugada com uma economia em processo de
desaquecimento.
É claro que quando a crise chegar os
esclarecidos canalhas corruptos ou corrompidos, subornados ou subornadores, e
seus cúmplices, estarão todos ricos passando para o resto da sociedade a conta
para ser paga, com a queda dos salários, com o desemprego e a com falência das
obrigações sociais do Estado com a sociedade.
Este será o cenário ideal para o
fascismo que já comanda o país colocar em prática uma ditadura para tentar
evitar uma revolução que poderá colocar toda essa canalhada perfilada no paredão
da vergonha.
Geraldo Almendra
12/maio/2012
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