COMENTÁRIOS AO "A CRISE INTERNACIONAL E O BRASIL" A REALIDADE É TAL QUEM O MODELO ATUAL NÃO SE SUSTENTA E NECESSITAMOS AVISAR O MANTEGA DISSO.
Por Rivadávia Rosas
Excelente análise dos fatores geradores da crise.
Agrego:
O papel do Estado - se define fundamentalmente por sua capacidade institucional de garantir a LIBERDADE e o respeito aos
direitos e garantias individuais, sobretudo a vida e a dignidade das pessoas. Isso é a essência do Estado moderno.
Na concepção liberal o Estado deve ser “mínimo”, porque não deve
interferir nas relações de propriedade existentes;
a autoridade política não está em discussão, na medida em que promove o
cumprimento das funções institucionais do Estado.
Assim, o ‘Estado mínimo’, não deve ser
confundido como ‘Estado frágil’, pois seu limite - do Estado - deve ser em sua ação, mesmo como meio para garantir o espaço de liberdade
ao “indivíduo”, ou seja, radicalmente contra a “apoteose” hegeliana e
“filisteia” do Estado.
No Estado constitucional - a soberania popular, ou seja, “Nós,
o Povo”, em seu poder constituinte
cuja expressão máxima está na Lei Maior
– a Carta Magna não é conferido
nenhum ‘direito’ que permita ao Estado o cometimento de abusos e ilegalidades.
MEMÓRIA de quando um ‘fantasma’ rondava a Europa:
NIETZSCHE (Friedrich Wilhelm Nietzsche,
filósofo alemão – 1844-1900) assim se manifesta contra o estatismo socialista, com a palavra de ordem: “Quanto menos Estado
Melhor”, convocando à luta contra “a cabeça da hidra internacional”
(recentemente tinha sido consumada a sangrenta repressão da Comuna de Paris), subscrevendo a palavra
de ordem que exigia o esmagamento da Internacional operária (socialista e
estatista). In Humano, demasiado humano, um livro pra Espíritos Livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie
Geister, primeira parte originalmente publicada em 1878, versão final
publicada em 1886); complementada com Opiniões e Máximas (Vermischte
Meinungen und Sprüche, 1879) e com O Andarilho e sua Sombra ou O
Viajante e sua Sombra (Der Wanderer und sein Schatten, 1880). —
Primeiro de estilo aforismático do autor.
Buenas, e aí? A gênese da tragédia está justamente
no estatismo.
O que se passa em nosso rincão – com a hegemonia esquerdista na América Latina – é o regresso à ilusão
estatista, a fé no Estado como protagonista da atividade econômica, cuja tônica
anticapitalista é evidenciada pelo que denominam de ‘neoliberalismo’,
‘fundamentalismo de mercado’, ‘liberação comercial’, ‘transnacionais’,
‘oligarquias’, ‘globalização neoliberal’, configurando um ambiente hostil aos empresários/investidores/empreendedores
(excetuado os “amigos do rei”), cujas características contrárias ao desenvolvimento sociopolítico e econômico
são evidentes:
1) falta de segurança jurídica, desrespeito
e ameaça à propriedade privada permanente e como ‘política de Estado’, através
dos movimentos (anti) sociais;
2) baixos níveis de crédito e
juros elevados (maior taxa do mundo) para que a propensão ao
risco possa ser estimulada, recentemente estimulada, mas paradoxalmente para o
consumo, não para a produção;
3) desordem social e insegurança decorrente da
violência e da criminalidade, além da ameaça permanente
de rompimento de contratos, morosidade e relativismo jurídico da própria
Justiça, cujo resultado da leniência
é insegurança, medo, impotência das autoridades públicas e crescente
ousadia dos criminosos, que hoje matam, sequestram, roubam, invadem
propriedades privadas e órgãos públicos, destroem bens, afrontam as
autoridades, paralisam cidades e
bloqueiam rodovias, amanhã poderão paralisar o próprio País.
4) "sistema" tributário
que se revela uma verdadeira derrama para não dizer extorsão,
como fator restritivo da produção, da livre concorrência/competitividade
interna e global;
5) baixo índice de investimentos em educação,
ciência e tecnologia, além do 'apagão' logístico, mental e
inercial, pela crônica falta de investimento em infraestrutura;
6) epidemia da corrupção facilitada pelo
estatismo e estimulada pela impunidade e pelo relativismo
jurídico;
7) fragilidade das instituições
políticas e jurídicas (essenciais para o desenvolvimento), o que possibilita e
abre a porta para o assalto aos cofres públicos (no Brasil – também pela
certeza da impunidade), além de funcionar como estímulo ao ‘mercado do crime’.
Esses
fatores, aliados à baixa qualidade das
instituições republicanas e a desordem institucional
permite o desrespeito à independência da Justiça e a (in) instituição do
populismo personalista e ‘hegemônico’ que atenta descaradamente contra o sistema político mediante cooptação
despudorada de parlamentares oposicionistas, seduzidos pelo ‘eficiente’ balcão
de negócios e pelas facilidades de concessões de favores, prebendas, cargos,
enveredando pelo “mensalão” generalizado, o que contribui irremediavelmente
para a deturpação da ideia democrática e
republicana na mente do cidadão.
Nessas condições ‘movimentos’
aliados ao governo contrário
ao agronegócio, são contra até a
instituição de um Código Florestal que estimule a produção agropecuária; defendem
a coletivização agrária e a planificação industrial movido pelo ódio visceral
como princípio contra o mercado, apostando
dissimuladamente numa grande crise
alimentar comumente utilizada como “política pública” nos regimes
comunistas (vide a ex-URSS e seus satélites, China, Coréia do Norte, Viet
Nam...).
Essa
‘política’ perversa, tornada ‘pública’ - limita na realidade, os que
efetivamente fazem a economia real, assim como a própria natureza
humana, e com isso elimina justamente as condições necessárias para o
desenvolvimento político, econômico, social e sustentável do País.
O certo é
que e convém lembrar: desde ADAM SMITH (A Riqueza das Nações – 1776) – só
progridem as economias livres. Os
países com maior liberdade são ricos
e estão progredindo, enquanto os de ‘menor’ liberdade estão na pobreza. NÃO HÁ EXCEÇÃO. Os indivíduos
mediante certas condições, é que são os produtores e maximizadores da renda,
riqueza ou bem-estar pessoal e social.
Assim, historicamente, e é de se reiterar à exaustão - todos os países DESENVOLVIDOS o foram pela via do capitalismo – ou seja, com o concurso
decisivo do capital privado, economia de mercado, liberdade, pluralismo,
respeito à propriedade privada, aos contratos e com os necessários limites ao
governo.
RESUMINDO: o que os estatistas de plantão
perseveram, descaradamente, depois de culpar o capitalismo (“culpa” sempre dos outros) pela crise que eles próprios
geraram, é o regresso a um ‘modelo’ que não teve e não tem sustentabilidade
técnica, política, jurídica, nem social...
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