A farta e escabrosa distribuição de plumas e paetês
Uma das mais degradantes
medidas que presenciamos nos últimos anos é a visão distorcida seja por defeito
físico seja por escandaloso puxa - saquismo de determinadas
autoridades.
Sem pejo, elas distribuem
honrarias e distinções.
O ato sempre ocorre com
pompa e muita circunstancia.
A apoteose é do interesse
do agraciador e, logicamente, do agraciado.
Assim, sem pedir (?), mas
extremamente gratificado com tanta honra, o honorável aceita a comenda, a
medalha, o diploma, a distinção.
São as plumas e os paetês
que enfeitam a sua vaidade. As plumas no vasta rabo, e os paetês em torno da
face, resplandecendo a risonha cara - de – pau. Um espanto de
bonito.
As autoridades concedentes,
escandalosamente, jogam no lixo, normas, tradições, e o respeito à sua entidade
ou instituição e, principalmente, com desrespeito aos antigos amedalhados e
diplomados, que com tanto sacrifício, esforço, dedicação e às vezes árduo estudo
alcançaram a distinção e, sem o menor pudor, concedem mimos de alto valor
simbólico para qualquer um.
Infelizmente, esta farta
distribuição deve ser conseqüência da orgia de barbaridades a que assistimos, em
todos os níveis da desavergonhada sociedade brasileira, pois os agraciadores
gozam de altas posições, devendo (ou deveriam) ter um mínimo de
recato.
A pilantragem ocorre como
uma praga, disseminada por cotas inconcebíveis que se espraiam por cotas de
homenagens indevidas a qualquer energúmeno.
Assim, como o fabuloso
Ronaldinho gaúcho, que por realizações desconhecidas pelos reles mortais, foi
agraciado pela vetusta Academia Brasileira de Letras, que prêmio ou exaltação
deverá esperar no futuro, a madrinha da recente
“melhoria ” do vernáculo
português?
Ultimamente, não sabemos se
para provocar o homenageado, uma vez que todos sabem que o dito nunca foi
chegado às lides estudantis, diversas universidades e outros templos do ensino,
entronizando a imbecilidade, em massa, distribuíram diplomas de Doutor
Honoris Causa.
E com alarde, e com
magnificência, e com trombetas em claro e descarado desrespeito a tudo o que de
honrado a entidade preservava até àquela data. Impressionantemente
degradante.
No Brasil, assistimos não
apenas à assunção da impunidade, ao enterro da meritocracia, testemunhamos muito
mais, a degradação dos indivíduos, a edificação de um templo à hipocrisia,
portanto, quando falam em instituir um memorial, um monumento a um grande
cretino, só nos resta rezar para que um dia, uma hecatombe caia sobre esta terra
e apague da nossa história, homenangeantes e homenageados.
Bons tempos em que os
nativos adoravam o sol, as estrelas, o mar, pois depois de anos de lavagem
cerebral, esquecemos das maravilhas da natureza, e cá estamos prestes a adorar
um mal cheiroso monte de esterco.
A maldade, a inépcia, a
falta de caráter, a patifaria e uma gama de atributos que ornam os patifes
sempre existiram, contudo, tristemente, testemunhamos a glorificação da
calhordice, e, inclusive, a sua premiação.
É como se volta – e – meia
tivéssemos a distribuição do Oscar da patifaria, o Oscar de melhor Diretor do
escárnio nacional, e todos, aplaudindo de pé, delirantemente, e aos gritos de
“ELE merece” , chorássemos de
alegria.
Breve, ELE será
entronizado Doutor Honoris Causa pela Universidade do Comando Vermelho
por decisão unânime de seus Reitores.
Brasília, DF, 07 de maio
de 2012
Gen. Bda Valmir Fonseca
Azevedo Pereira
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