A VERGONHA DA INTERNET NO BRASIL

I

Tenho contratado a banda larga do Veloz através do OI Conta Total.

A promessa de serviço é que eu teria um megabit de velocidade de acesso.

Utilizando medidores de velocidade disponíveis minha velocidade de acesso gira em torno de 0,6 Mbps, ou seja, próximo da metade do prometido.

Quando você reclama recebe a seguinte justificativa: “Senhor nossa velocidade é ATÉ um megabit”, ou seja, se você contrata um megabit pode ter efetivamente uma velocidade muito menor e vai ter que reclamar para o Papa, mesmo porque a Justiça no nosso país é uma vergonha.

Essa canalhice não é exclusiva do Veloz e se estende por quase todas as empresas que vendem serviços de acesso à Internet e, na verdade, não cumprem com o que é vendido.

Como no Brasil existe uma reserva de mercado sub-reptícia a livre concorrência não é praticada em muitos lugares – como, por exemplo, Petrópolis – em que somos obrigados a ter a Veloz como a melhor – a melhor das piores – das alternativas, já que outras empresas que podem oferecer melhor serviço são impedidas de concorrer com a Veloz devido à corrupção e ao suborno.

Se esse desgoverno tivesse um mínimo de vergonha e a Anatel cumprisse o seu papel tomariam duas providências imediatas:

- as empresas não poderiam oferecer velocidades que não são capazes de cumprir,

- em todas as áreas do país não poderia haver “reservas de mercado” estimulando a concorrência e, por consequência, os investimentos em tecnologia pelas empresas privadas e,

 - multas elevadas para quem oferece serviços através de propaganda enganosa.

Mas como tudo no nosso país depende de quem paga mais para o poder público mais corrupto de nossa história, o consumidor é que acaba bancando o custo do absurdo atraso tecnológico em que se encontra a Internet no país.

Para qualquer morador de Petrópolis que você perguntar como é a conexão da Internet via Veloz recebe uma resposta simples e direta: É UMA BOSTA! Somente não reclama quem não tem qualquer necessidade de eficiência e eficácia de um serviço comprado, ou seja, um idiota que não reclama de seus direitos.

 

Geraldo Almendra

12/06/2012