Ataque a escola judaica na França deixa 4 mortos
Três crianças (de 3, 6 e 10 anos) e um adulto foram mortos a tiros em um ataque à escola judaica Ozar Hatorah localizada em Toulouse, no sul da França - país que tem a maior comunidade judaica da Europa, estimada em 500 mil judeus. Três vítimas são da mesma família: um pai de 30 anos e seus dois filhos. O autor dos disparos, que conseguiu fugir, estava em uma moto e utilizou duas armas.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que visitou o local, afirmou que todas as escolas francesas farão um minuto de silêncio amanhã (dia 20 de março) para homenagear as vítimas. "Podemos dizer que toda a França foi atingida por essa tragédia. A barbárie, a selvageria, a crueldade não podem vencer. Nossa nação é muito mais forte".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou "o assassinato odioso de judeus, incluindo pequenas crianças. É muito cedo para saber exatamente quais são as circunstâncias desses assassinatos, mas não podemos descartar a possibilidade de que tenha sido motivado por um antissemitismo violento e sangrento", declarou. Por sua vez, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yigal Palmor, assim se pronunciou: "Estamos horrorizados com esse ataque e esperamos que as autoridades francesas investiguem esse drama e levem os responsáveis pelos assassinatos à Justiça”.
O Vaticano também manifestou sua "profunda indignação, seu horror e sua condenação mais firme. O atentado de Toulouse contra uma escola e três crianças judias é um ato horrível e desprezível, que se junta a outros recentes de violência absurda que feriram a França", enfatizou o porta-voz, padre Federico Lombardi. Já o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, classificou o ataque de "crime odioso. Não há nada mais intolerável que o assassinato de crianças inocentes".
A Confederação Israelita do Brasil/Conib condenou o atentado terrorista: “É inadmissível que testemunhemos um ato de tamanha violência e covardia”, afirmou Claudio Lottenberg, presidente da entidade. “E, para nossa preocupação, observamos que mesmo uma sociedade democrática como a França encontra-se vulnerável a tais explosões de ódio e que têm como alvo prioritário crianças”. A Conib enviou mensagem de condolências às instituições da comunidade judaica francesa e à Embaixada da França em Brasília.
Fonte: Jornal Alef
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