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domingo, 1 de abril de 2012

Por: Carlos Tanouss

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o mapa onde vivem as pessoas em situação de pobreza extrema no Brasil. Mesmo com programas sociais como o Bolsa Família ainda é muito alto o número de brasileiros que vivem com uma renda inferior a 70 reais por mês, um pouco mais de dois reais por dia. Os maiores índices de pobreza extrema estão no nordeste. Estados como o Maranhão, Piauí e Alagoas lideram os números que envergonham a nação.

O Maranhão apresenta o maior percentual, mais de 24% da população do Estado ganha até R$ 70 por mês, conforme linha da pobreza extrema estipulada pelo governo federal. No Piauí, o percentual é superior a 21% e, em Alagoas, 20,4%. A Bahia tem o maior número absoluto de miseráveis, mais de 2,4 milhões de pessoas.

Já Pernambuco se apresenta com uma população de 8,7 milhões de pessoas, sendo que deste total 1,4 milhão vivem na pobreza extrema. Esta na área urbana o maior percentual com 59% e na zona rural 49% dos pernambucanos vivem na pobreza absoluta.

Segundo dados do IBGE, em todo o Brasil, 16,2 milhões de brasileiros vivem na miséria, o equivalente a 8,5 % da população do país. Quase 60% deles estão no Nordeste, cerca de 9,6 milhões. A pesquisa aponta ainda que a maioria dessa população é preta ou parda e tem até 19 anos de idade.

Diante desse mapeamento o Governo Federal lançou o programa Brasil sem Miséria. Os principais pontos do programa são a ampliação do Bolsa Família, a criação do Bolsa Verde, a capacitação de trabalhadores e a construção de cisternas em áreas com falta d’água.

O programa pretende acabar com a extrema pobreza até 2014. Para o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, encontrar pessoas em extrema pobreza no Brasil é contraditório. ‘’Em um país tão rico como o Brasil ainda não pode encontrar 8% da população vivendo em extrema pobreza’’.

O Censo 2010 ainda constatou que as cidades de médio porte têm apresentado ritmo de crescimento maior do que o das grandes metrópoles. O crescimento está relacionado à oferta de oportunidades de emprego e estudo para os jovens, além do custo de vida mais baixo, o que possibilita uma melhor qualidade de vida para a população que está acima da linha da pobreza, são pessoas que mudaram a condição social e vivem em melhores condições de moradia.

A presidenta Dilma Rousseff pediu o apoio dos governadores e prefeitos para identificar as pessoas o perfil exigido pelo programa. O que se espera é que o programa não seja usado para fins eleitoreiros, considerando que estamos às vésperas de um ano eleitoral e que o dinheiro chegue realmente a quem precisa dele e que não sirva de moeda de troca por votos

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