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sábado, 21 de abril de 2012

Geraldo Almendra 20/abril/2012

UMA SOCIEDADE REPRIMIDA

PELA OMISSÃO E PELA COVARDIA

II

O segundo mandato de FHC apesar do seu relativo sucesso no plano econômico, no plano político e no plano social, pela forma com que foi conduzido, pode ser considerado como o grande incentivador da deterioração moral final nas relações institucionais entre os podres Poderes da República e seus criminosos reflexos nas relações entre os agentes públicos e privados.

A absoluta incompetência dos desgovernos civis anteriores em governar visando a promoção do desenvolvimento autossustentado com bem estar social, associado às suas competências de promover os caminhos da corrupção e da prostituição da política em larga escala, visando favorecer e fortalecer as minorias – oligarquias e burguesias –detentoras do poder político e econômico, já vinham sinalizando para a esquerda a definição dos caminhos a serem seguidos para a tomada estelionatária do poder através da eleição do seu candidato, o Retirante Pinóquiotalvez o mais sórdido político da história do país –, detentor de um discurso repetitivo, e quase convincente, do resgate moral do papel do Estado na administração econômica e social do país.

No plano econômico a esquerda recebeu a receita do bolo definida durante os mandatos de FHC para conduzir a economia em uma segunda etapa de relativo sucesso e, no plano político, a espúria chave para o domínio do Poder Legislativo, para torná-lo, junto com o Poder Judiciário, em definitivos, lacaios do Poder Executivo.

No plano social o desgoverno FHC plantou o assistencialismo comprador de votos, método leninista herdado integralmente pelo PT que soube utilizar e ampliar sem limites esse instrumento espúrio para cometer impunimente os estelionatos eleitorais que o vem mantendo no poder.

A banda boa do Poder Judiciário já no início da administração petista se apresentava dominada por um submundo controlado pelos “agentes” de togados vestidos de bandidos ou bandidos vestidos de togados, com a quase sistemática impunidade dos figurões da corrupção desvairada e de seus cúmplices, sendo esta a tônica da Justiça no país depois que o poder foi entregue aos civis.

Durante a luta para a chegada do Retirante Pinóquio ao poder, os discursos de combate à pobreza e as contundentes e justificadas críticas à picaretagem política dentro do Congresso Nacional tiveram plena aceitação da sociedade, já vitimada pela falência da educação e da cultura que a tornaram incapaz de enxergar que os ovos da serpente estavam sendo confundidos com descaradas e falsas promessas do resgate moral do poder público e com intenções “socialistas puras” de beneficiar os deserdados do crescimento econômico e do bem estar social distribuídos em milhares de guetos residenciais por todo o país, principalmente nas grandes metrópoles.

As poucas virtudes do Parlamento antes da era petista foram praticamente anuladas pela postura absolutamente destrutiva da bancada da esquerda que se aliou para dizer não a toda e qualquer iniciativa desse mesmo Parlamento visando equacionar nossos graves problemas econômicos e sociais.

Na verdade o que estava sendo planejado era um criminoso projeto de ocupação do poder Executivo para obter o domínio absolutista do poder público com o seu aparelhamento em larga escala pelos militantes meliantes, tendo como resultante principal a implantação de uma “corruptocracia democrática” sob o manto sem disfarce de um Regime Fascista Civil comandado pelo poder Executivo.

A “adaptabilidade” das Forças Armadas aos novos tempos da “corruptocracia democrática”, com seus novos comandantes aceitando pacificamente toda a sorte de humilhações e acusações durante os primeiros desgovernos civis, especialmente durante os dois mandatos de FHC, foi o sinal definitivo de que os caminhos para a tomada do poder pelos “descendentes” do submundo revolucionário e comuno sindical estavam praticamente definidos, bastando que o poder fosse tomado através de um estelionato eleitoral de primeira linha. A caserna da ativa tirou o “time de campo” deixando a “caserna” da reserva e a sociedade civil entregue à própria sorte, mesmo diante de contundentes e indiscutíveis cenários de transformação do poder público em um Covil de Bandidos, e o país em um Paraíso de Patifes.

A nova postura das Forças Armadas ficou absolutamente clara com seu covarde, inexplicável e injustificado silêncio “diante” de generais e outros oficiais da reserva sendo insultados e humilhados em público, com requintes de crueldades, espelhados em cusparadas em suas faces pela juventude fascista a serviço do PT, tudo sendo assistido de perto por um canalha comunista da primeira linha do Regime Fascista Civil que já controla o país.

Com a vitória do Retirante Pinóquio se inicia a segunda fase da Fraude da Abertura Democrática.

Nesse ponto podemos resumir o que efetivamente significou para o país até o início da era petista no poder o processo fraudulento da “Abertura Democrática”:

- Liberdade dos grupos detentores dos poderes político e econômico para roubar o dinheiro do contribuinte e sonegar impostos com a impunidade sendo o instrumento de proteção aos atores e cúmplices da tragédia da corrupção e do suborno em larga escala no país;

- Liberdade para promover uma hedionda inversão de valores morais ou éticos, educacionais, culturais e familiares nas relações sociais;

- Liberdade para que os alunos do ensino básico agredissem verbalmente e muitas vezes fisicamente seus professores sem consequências policiais ou punitivo-disciplinares fazendo da carreira de licenciatura uma atividade cada vez mais rejeitada;

- Liberdade inicial e depois plena para promover um hediondo divisionismo social através de movimentos assistencialistas criadores de tensões e preconceitos entre brancos, negros, índios, ricos e pobres, principalmente, devido a um sistema de cotas que agride frontalmente os direitos iguais para todos garantidos pela Constituição, promovendo a falência do mérito por um descarado sistema aliciamento civil através da compra de votos;

- Liberdade inicial e depois plena para invasão e destruição de propriedades privadas sem a devida punição dos responsáveis;

- Liberdade para criticar o sistema de poder sem que houvesse efetivas consequências em termos de mudanças em um ambiente social no qual as bandas podres da academia, do meio artístico, das polícias federal, civil e militar, do jornalismo e do meio empresarial, que simplesmente faziam parecer história esquecida no dia seguinte qualquer fato social denunciador da deterioração moral do país em larga escala e,

- Liberdade para exercer uma cidadania de mentirinha por força da incapacidade da sociedade em se agregar em torno de movimentos que realmente espelhassem sua vontade na busca da verdadeira democracia.

Essas são as principais “liberdades” conquistadas durante esta primeira fase da Fraude da Abertura Democrática.

E assim chegamos ao início da era do Retirante Pinóquio, comentada na nossa próxima crônica, uma fase que consolida o poder público como um Covil de Bandidos e o país em um Paraíso de Patifes, trazendo à tona o que realmente significou para o país o projeto de Abertura Democrática: uma das maiores fraudes da história da política do mundo ocidental.

Importante enfatizar que esta fase da história política do país se caracterizou desde o seu início com os papeis exercidos pelas elites dos canalhas esclarecidos e seus cúmplices, partidários ou apartidários, públicos e privados, usufruindo de uma criminosa associação de interesses através de todos os tipos de aceitação e promoção sem limites, da corrupção e do suborno, tudo sendo regiamente pago pelos contribuintes.

Geraldo Almendra

20/abril/2012

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