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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Posse vira ato em defesa de corregedora


Juízes dizem que Eliana Calmon é referência

SALVADOR. A solenidade de posse dos juízes Paulo Pimenta e Mônica
SALVADOR. A solenidade de posse dos juízes Paulo Pimenta e Mônica Aguiar no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) se transformou ontem em uma homenagem à corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, pivô de uma crise no Judiciário. Presente no evento, a ministra - que em uma entrevista afirmou existir no Judiciário "bandidos que se escondem atrás de togas" - recebeu o apoio de colegas.

Recém-empossada no TRE-BA, a juíza Mônica Aguiar disse ser Eliana - que é baiana - uma de suas principais referências e destacou a trajetória da magistrada como primeira mulher a integrar o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, há 25 anos, e a ser empossada no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

- A senhora é um paradigma como magistrada e orgulha esta terra com a sua coragem - afirmou a juíza durante a posse.

O vice-presidente do TRE-BA, desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, saiu em defesa da ministra e afirmou que Eliana Calmon é uma das principais reservas morais do Judiciário brasileiro.

- Sabemos que as suas manifestações são no sentido de trazer o bem para a magistratura - pontuou.

Procurador regional eleitoral, Sidney Madruga também manifestou em discurso o seu apoio à corregedora, destacando o comprometimento da magistrada com o trabalho.

- Suas palavras representam o que o povo brasileiro pensa e quer dizer - destacou Madruga.

Corregedora defende combate à impunidade

A ministra Eliana Calmon deu origem a uma crise na cúpula do Judiciário ao fazer críticas ao poder durante uma entrevista. Ela defendeu que é preciso combater a impunidade de "bandidos" que atuariam dentro do Judiciário.

Em resposta, o Conselho Nacional de Justiça divulgou nota classificando como levianas as declarações da corregedora, que não voltou atrás. O presidente do STF, Cezar Peluso, e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) se manifestaram contrários às críticas feitas pela ministra. Por meio de sua assessoria, a corregedora afirmou que não iria comentar suas críticas e nem a homenagem feita pelos juízes.

Da Agência A Tarde
O GLOBO - 04/10/2011

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