General Torres de Melo responde a um comunista
A entrevista que eu e o Rodolfo Oliveira fizemos com o general Torres de Melo incomodou os comunistas. Um deles, Messias Pontes, jornalista filiado ao PC do B, mandou para o jornal O Estado o artigo "General, a guerra fria acabou!" em resposta. Hoje, 28, saiu a tréplica do general:
Elogios
Há dias em que o sol, ao nascer, vem com uma luz mais brilhante, indicando felicidades. Hoje, começou bem para mim. No dia 24 de janeiro de 2011 saiu uma entrevista nossa no Jornal “O ESTADO”, de Fortaleza, CE. Hoje, dia 26 do mesmo mês, vem um artigo do jornalista Messias Pontes, que procurou mostrar que sou de direita e fez elogios à minha pessoa, que não mereço.
Afirma que fui um dos golpistas de 1964. Quem sou eu para merecer esta afirmativa? Eu era um simples major e comandava a Polícia Militar do Piauí. Vibrei, naturalmente, quando os civis governadores Magalhães Pinto, Ademar de Barros, Carlos Lacerda, Ney Braga e outros civis de renome se declararam contra o governo golpista de João Goulart. Quem falou em golpe foi o governador Miguel Arraes, numa entrevista em Recife, respondendo a pergunta de um jornalista: “Que vai haver golpe, vai. Não sei quem dará primeiro. Se nós ou eles”. Foi o povo, na rua, que pediu para que as Forças Armadas salvassem o Brasil. Era a nação desesperada. Eu, apenas, era um torcedor apaixonado pela vitória da Democracia.
Conheci o Messias quando vereador de Fortaleza. Nunca perguntei se era de direita ou de esquerda. Passei a gostar dele, pois o seu irmão era e é um homem digno e eu fico orgulhoso de ter conhecido o dr. José Maria Pontes. O Messias, parece, me admirava. Fez minha campanha para que fosse escolhido o melhor vereador do ano, pelo que sempre lhe serei grato.
Depois, fui saber que ele era de esquerda. Não me abalou a minha admiração por ele. Deve ser coisa da juventude e vibrei quando um amigo comum me informou que o Messias tinha comprado uma fazenda. Agora ele vai entender o que é ser um produtor e o sofrimento do homem do campo. Teremos, penso eu, mais um lutador contra o MST, pois ficarei ao lado dele se invadirem as suas terras.
No seu artigo –“General, a guerra fria acabou” – afirma que “esse general, que ainda chama a quartelada de 1º de abril de revolução”. Fiquei admirado dessa sua afirmativa. Nunca defendi revolução nenhuma. Defendi a contra-revolução de 1964 e que Graças ao Bom Deus saiu vitoriosa. Quem queria fazer revolução era a esquerda e quem diz não sou eu e sim o Dr. Aarão Reis, que revolucionário e jovem impulsivo escreveu: “Não compartilho da lenda segundo a qual fomos o braço armado de uma resistência democrática. Não existe um só documento dessas organizações que optaram pela luta armada que as apresente como instrumento da resistência democrática”. Não acredito que o professor esteja falseando a verdade.
Obrigado, Messias Pontes, por suas palavras. Respeito suas idéias. Graças a Deus você hoje é como um KULAK (o fazendeiro russo tão massacrado pela revolução de Lênin). O amigo sabe mais que eu que LENIN “acreditava na concentração máxima possível do poder nas mãos do partido único que controlava o Estado”. E para terminar este artigo, escrito por um democrata, vou transcrever o que disse o russo e crítico da revolução comunista russa, no seu livro – “PROPAGANDA MONUMENTAL” – Vlademir Voinóvitch. – “na União Visão de Mundo Cientifico tinha duas correntes. Uma era marxista-leninista; a outra, stalinista. Os marxistas-leninistas queriam estabelecer na terra uma vida boa para as pessoas boas e uma ruim para as ruins, e tudo isso obrigatoriamente de acordo com a Visão do Mundo. E por isso matavam as pessoas ruins, e as boas, na medida do possível, deixavam entre os vivos. Os stalinistas, por outro lado, eram essencialmente “democratas” – matavam todos sem distinção e consideravam a Visão do Mundo não um dogma, mas uma orientação para a ação”.
Messias, graças à Contra-revolução de 1964 escapamos por pouco das duas teorias acima e, ainda, estamos vivos!
Torres de Melo - General
A entrevista que eu e o Rodolfo Oliveira fizemos com o general Torres de Melo incomodou os comunistas. Um deles, Messias Pontes, jornalista filiado ao PC do B, mandou para o jornal O Estado o artigo "General, a guerra fria acabou!" em resposta. Hoje, 28, saiu a tréplica do general:
Elogios
Há dias em que o sol, ao nascer, vem com uma luz mais brilhante, indicando felicidades. Hoje, começou bem para mim. No dia 24 de janeiro de 2011 saiu uma entrevista nossa no Jornal “O ESTADO”, de Fortaleza, CE. Hoje, dia 26 do mesmo mês, vem um artigo do jornalista Messias Pontes, que procurou mostrar que sou de direita e fez elogios à minha pessoa, que não mereço.
Afirma que fui um dos golpistas de 1964. Quem sou eu para merecer esta afirmativa? Eu era um simples major e comandava a Polícia Militar do Piauí. Vibrei, naturalmente, quando os civis governadores Magalhães Pinto, Ademar de Barros, Carlos Lacerda, Ney Braga e outros civis de renome se declararam contra o governo golpista de João Goulart. Quem falou em golpe foi o governador Miguel Arraes, numa entrevista em Recife, respondendo a pergunta de um jornalista: “Que vai haver golpe, vai. Não sei quem dará primeiro. Se nós ou eles”. Foi o povo, na rua, que pediu para que as Forças Armadas salvassem o Brasil. Era a nação desesperada. Eu, apenas, era um torcedor apaixonado pela vitória da Democracia.
Conheci o Messias quando vereador de Fortaleza. Nunca perguntei se era de direita ou de esquerda. Passei a gostar dele, pois o seu irmão era e é um homem digno e eu fico orgulhoso de ter conhecido o dr. José Maria Pontes. O Messias, parece, me admirava. Fez minha campanha para que fosse escolhido o melhor vereador do ano, pelo que sempre lhe serei grato.
Depois, fui saber que ele era de esquerda. Não me abalou a minha admiração por ele. Deve ser coisa da juventude e vibrei quando um amigo comum me informou que o Messias tinha comprado uma fazenda. Agora ele vai entender o que é ser um produtor e o sofrimento do homem do campo. Teremos, penso eu, mais um lutador contra o MST, pois ficarei ao lado dele se invadirem as suas terras.
No seu artigo –“General, a guerra fria acabou” – afirma que “esse general, que ainda chama a quartelada de 1º de abril de revolução”. Fiquei admirado dessa sua afirmativa. Nunca defendi revolução nenhuma. Defendi a contra-revolução de 1964 e que Graças ao Bom Deus saiu vitoriosa. Quem queria fazer revolução era a esquerda e quem diz não sou eu e sim o Dr. Aarão Reis, que revolucionário e jovem impulsivo escreveu: “Não compartilho da lenda segundo a qual fomos o braço armado de uma resistência democrática. Não existe um só documento dessas organizações que optaram pela luta armada que as apresente como instrumento da resistência democrática”. Não acredito que o professor esteja falseando a verdade.
Obrigado, Messias Pontes, por suas palavras. Respeito suas idéias. Graças a Deus você hoje é como um KULAK (o fazendeiro russo tão massacrado pela revolução de Lênin). O amigo sabe mais que eu que LENIN “acreditava na concentração máxima possível do poder nas mãos do partido único que controlava o Estado”. E para terminar este artigo, escrito por um democrata, vou transcrever o que disse o russo e crítico da revolução comunista russa, no seu livro – “PROPAGANDA MONUMENTAL” – Vlademir Voinóvitch. – “na União Visão de Mundo Cientifico tinha duas correntes. Uma era marxista-leninista; a outra, stalinista. Os marxistas-leninistas queriam estabelecer na terra uma vida boa para as pessoas boas e uma ruim para as ruins, e tudo isso obrigatoriamente de acordo com a Visão do Mundo. E por isso matavam as pessoas ruins, e as boas, na medida do possível, deixavam entre os vivos. Os stalinistas, por outro lado, eram essencialmente “democratas” – matavam todos sem distinção e consideravam a Visão do Mundo não um dogma, mas uma orientação para a ação”.
Messias, graças à Contra-revolução de 1964 escapamos por pouco das duas teorias acima e, ainda, estamos vivos!
Torres de Melo - General
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