"Foi precisamente o capitalismo 'selvagem' dos americanos, que fala mais em individualismo que em solidariedade, mais em competição que em compaixão, que se provou o mais 'includente', criando empregos não só para os nativos mas para milhões de 'excluídos' de outros continentes." (Roberto de Oliveira Campos)
Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade, para tal é fundamental que se tenha um governo em que o povo exerce a soberania, direta ou indiretamente.Mas o que não se pode aceitar é a relativização destes princípios, pois assim criamos aberrações onde a liberdade é colocada de lado, como o é de forma crescente no Brasil e Venezuela da atualidade, como o foi na antiga DDR, que foi entre nós conhecida como “República Democrática Alemã” (RDA), um estado onde se buscava criar um modelo socialista que pudesse servir de exemplo ao mundo, mas se construiu o que o socialismo é capaz: um estado policialesco, um estado onde a institucionalização da liberdade não podia ser vista, era um estado de delatores. A miséria era gritante, razão da construção do muro, pois todos que não contavam com privilégios queriam a liberdade do outro lado. Era uma ditadura e não república, não havia democracia e os alemães lá não tinham liberdade, quando muito uma parcela detinha privilégios por pertencerem ou se subjugarem ao partido, ao SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands (Partido de União Socialista da Alemanha). Tal qual aqui cresce com a emPTização e nePTismo.
O filme “A vida dos outros” do diretor Florian Henckel von Donnersmarck, que foi o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, é um suspense que retrata a vida de um funcionário da Stasi, a polícia secreta da “República Democrática Alemã” (RDA), responsável por investigar opositores do socialismo. Encarregado de vigiar o dramaturgo Georg Dreyman, acusado de ser contra o regime, o espião descobre que o único motivo para a perseguição política era o interesse de um oficial do governo na namorada do escritor. A descoberta abala sua confiança no governo socialista e passa a influenciar sua postura no trabalho. É um filma que retrata bem o dia-a-dia dos alemães presos pelo “democrático” socialismo.
Assista ao filme, ele está disponível nas melhores locadoras e pode ser legalmente adquirido em lojas especializadas, como as Americanas: http://www.americanas.com.br/produto/6763190/dvd-a-vida-dos-outros.
Eu estudei, testemunhei e soube viver os momentos que antecederam e se deram com a queda do Muro de Berlin, minha família vivia até então dividida pelo muro, marcou profundamente o nosso entendimento do que foi o socialismo e os resultados que produziu. Fazer a menção a “Teoria da Libertação”, fazendo uso a data da comemoração da queda do socialismo na DDR é algo que, para nós, entristece e muito, pois foi em busca da liberdade que vieram a falecer dois de meus primos: http://www.chronik-der-mauer.de/index.php/de/Start/Index/id/593792, um deles oficialmente consta nas estatísticas oficiais. Entristece ainda mais, pois tive parentes que estavam na Igreja (luterana) em Leipzig quando lá se refugiavam, para quem sabe sonhar com a liberdade que se aproximava.
Veja o vídeo que conta a história do Muro de Berlin, também chamado de Muro da vergonha, pois impedia a fuga de alemães, sob o jugo do socialismo, para a liberdade: http://www.youtube.com/watch?v=ovOFB76OuI
"Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo." (II Pedro 2:19)
Para quem conheceu a DDR pode testemunhar como a miséria é produzida, por conta do socialismo em ação, a conta-gotas e atinge a sua imensidão na medida em que a liberdade é retirada das pessoas. Tal qual muitos esperam que ocorra no Brasil. E é importante dizer que a DDR era tida como o melhor exemplo do socialismo posto em prática. E este processo, de produção da miséria, se verifica agora também na Venezuela e que por conta do Foro San Pablo e da tal da “Teoria da Libertação” querem nos impor a ele também.
Felizmente os antigos alemães orientais atualmente, quando muito, vivem a “nostalgia” daquela época, muitos guardam inclusive fotos, objetos e seguramente um pequeno pedaço do “Muro de Berlin”, para que possam contar aos seus filhos e netos que um dia aquilo foi real, um pesadelo vivido por milhões de alemães, e não apenas uma ilusão política que os muitos pregam, para que nunca mais venham a ser iludidos por políticos inescrupulosos e demagogos. Temos também significativa parcela de alemães orientais que guardam saudades do antigo regime, seguramente eram os que se beneficiavam, a começar pelos que faziam parte da Nomenklatura.
Estas quatro décadas (de 7 outubro 1949 às 24h de 2 Outubro 1990) não foram o pior período para os alemães, mesmo para aqueles que viveram sem a liberdade, sem perspectivas de realização profissional, sendo continuamente vigiados e que não poderiam transpor o “Muro de Berlin” ou a “Cortina de Ferro”.
O Muro de Berlin era também chamado de Muro da Vergonha, retirava a liberdade das pessoas para visitar parentes ou outros lugares do mundo, que não fosse Moscou e algumas capitais detrás da cortina de ferro, e mesmo assim com a autorização “governamental”.
Infelizmente os alemães tiveram algo pior, muitos viveram sob o regime nazista, sob o regime nacional-socialismo, doutrina e partido do movimento nacional-socialista alemão fundado e liderado por Adolph Hitler (1889-1945), este partido curiosamente denominava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP), viveram e sofreram o bombardeio de Dresden, um dos acontecimentos mais vergonhosos da 2ª Guerra realizado pelos ingleses e norte-americanos, sobre o qual ainda hoje se mente muito, em especial quanto a razão do mesmo e ao número de mortos e feridos, ele que foi responsável por um número de perdas humanas muito superior às duas bombas atômicas, a de Hiroshima e a de Nagasaki, que como lá ceifou e mutilou vidas na sua maioria de crianças, idosos e mulheres, incluindo alguns parentes meus. Outros mais antigos viveram o extremo da pobreza que se gerou com a 1ª Grande Guerra.
Desde 1989 comemora-se a vitória da liberdade, “den Fall der Mauer und die deutsche Wiedervereinigung”. A queda do "Muro da Vergonha". A maioria dos membros de minha família, depois da tragédia do nacional-socialismo, ficaram reféns de outro regime totalitário, o da DDR, comandada pelo seu SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands (Partido de União Socialista da Alemanha) o "partido" da DDR - Deutsche Demokratische Republik (República Democrática Alemã), que de democrático não tinha nada, era uma verdadeira ditadura, coisa própria dos socialistas que objetivam retirar a liberdade das pessoas, em especial a de empreender. Vivia-se, como se vive ainda hoje em Cuba e agora na Venezuela, em um estado policial e de delatores, cercado não por tubarões, mas por cercas e pelo famoso Muro da Vergonha.
Quanto a frase de Roberto Campos, hoje ainda atual, principalmente aos brasileiros que para lá estão indo para residir, agora não mais como participantes da diáspora econômica brasileira, mas também da diáspora que a cada ano cresce com os brasileiros que lá e em outros cantos do mundo buscam segurança, deixando o Brasil com sua escalada de violência para trás. Luciano Pires mencionava “Refugiados éticos”: Veja também: http://www.zdf.de/ZDFde/inhalt/3/0,1872,7894947,00.html E não deixe de ver o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ovOFB76OuIw
Abraços,
Gerhard Erich Boehme
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