A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Brados retumbantes

Brados retumbantes
NELSON MOTTA
O Globo - 28/10/2011

A cada ministro que cai ainda ecoam vozes do Planalto repetindo o bordão que a presidente não será pautada pela imprensa, não irá a reboque da mídia, não decidirá sob pressão. Embora todos os escândalos que levaram a quedas de ministros tenham sido levantados justamente pela imprensa. Nunca na história desse governo a mídia e a opinião pública foram surpreendidas com algum ministro demitido por malfeitos flagrados e revelados pelo próprio governo e seus órgãos de controle. Se a imprensa não gritasse, o ministério inicial de Dilma/Lula estaria intacto e, como dizia o ministro Orlando Silva, seria indestrutível. É por isso que o Zé Dirceu e seus colunistas militantes gritam tanto contra a "mídia golpista". Por ser legalista demais.

Daí a obsessão de controlar os meios de comunicação através de conselhos a serem aparelhados por partidos e sindicatos. Inspirada no modelo venezuelano e argentino, uma das bandeiras dessa "democratização da mídia" é a limitação da "propriedade cruzada": quem tem televisão não pode ter rádio, jornal, portal de internet ou canal de TV paga ao mesmo tempo. Apesar da competição acirrada no bilionário mercado publicitário brasileiro, eles querem nos proteger de monopólios imaginários, ignorando que a interação entre várias mídias é hoje uma exigência dos grupos de comunicação independentes, que os viabiliza economicamente. A produção de informação e entretenimento custa, e vale, cada vez mais.

Para manter a TV Globo, seus acionistas teriam que vender suas revistas, rádios e canais pagos. A "Folha de S.Paulo" teria que se desfazer do UOL. A Band teria que escolher entre suas rádios ou TVs. A RBS perderia o "Zero Hora". Coitado do Sarney, teria que abrir mão de sua rede Mirante ou da "Tribuna do Maranhão".

O sonho dirceuzista é ver empresários "progressistas" comprando a CBN, a "Época", o UOL e a Band News, financiados pelo BNDES por supuesto, para "democratizar" as comunicações brasileiras. Como jamais conseguiram criar, mesmo com rios de dinheiro público, um veículo de sucesso e credibilidade, desistiram de tentar fazer, agora querem comprar feito.


domingo, 30 de outubro de 2011

AINDA A CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DOS ESPORTES

Agora as provas são contundentes - Mistério da Corrupção dos Esportes

Em um ambiente podre, quanto mais se mexe, mais o cheiro fétido se acentua.
Celso Brasil

Nesta página você vê os documentos e todos
os detalhes surpreendentes após o vídeo!

O esquema de Agnelo

Em vídeo, testemunha-chave conta bastidores da teia de corrupção montada no Ministério do Esporte pelo

ex-ministro Agnelo Queiroz. Aparecem nomes e funções dos envolvidos na rede que desviou recursos públicos para ONGs de fachada e empresas fantasmas

Claudio Dantas Sequeira
chamada.jpg
DESVIOS MILIONÁRIOS
Como ministro do Esporte, o governador do DF
promoveu uma série de acordos ilegais

IstoE_Agnelo_255.jpgNa semana passada, ISTOÉ obteve com exclusividade o inteiro teor de um explosivo depoimento gravado em vídeo por Geraldo Nascimento de Andrade, testemunha-chave das denúncias sobre o esquema de desvio de verbas com ONGS do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Como motorista, arrecadador e até como laranja para empresas fantasmas, Andrade serviu por mais de quatro anos a essa rede de corrupção. Ele é um homem simples, de 25 anos, que na maior parte do tempo esteve preocupado em garantir uma subsistência modesta. Numa gravação de quase duas horas, Andrade conta tudo o que testemunhou e executou para o grupo. Seu relato, nunca revelado na íntegra, impressiona pela riqueza de detalhes e foi repetido por ele à Polícia Civil e ao Ministério Público. As declarações de Andrade foram checadas pelas autoridades, cruzadas com documentos e ofícios internos do Ministério, aos quais ISTOÉ também teve acesso exclusivo. O material embasou duas denúncias já acolhidas pela Justiça Federal e que correm sob segredo de Justiça. Com esse conjunto é possível traçar pela primeira vez um organograma de quando foi instalado, como atuavam, como era feita a distribuição da propina e o papel de cada operador no complexo esquema de dreno de recursos públicos montado no Esporte (leia quadro na pag. ao lado). A gravação deixa evidente que a teia de falcatruas que irrigou o caixa do PCdoB foi iniciada e bem azeitada pelo ex-ministro do Esporte e antecessor de Orlando Silva, Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal. O depoimento de Andrade ajuda a demonstrar, com minúcias, como Agnelo organizou esse propinoduto para sugar dinheiro no Ministério do Esporte – operação que se manteve sob administração do PCdoB com Orlando Silva.
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"O cabeça dessa quadrilha era o Agnelo, porque ele
liberava o dinheiro para o esquema. Ele liberava o
dinheiro, o João Dias pegava e fazia os contatos. O Miguel
abria as empresas e arranjava pessoas. O esquema
foi até 2009 (...) A gente fazia 20 saques por semana"
Geraldo Nascimento de Andrade, funcionário das ONGs beneficiadas,
laranja em empresas fornecedoras e encarregado de repassar as propinas
Ofícios internos do Ministério do Esporte e dados do processo sigiloso que corre na 10ª Vara Criminal da Justiça Federal em Brasília, obtidos por ISTOÉ, dão ainda mais substância à denúncia de Andrade e confirmam que o policial militar João Dias Ferreira tem motivos de sobra para poupar Agnelo das denúncias que acabaram derrubando Orlando Silva. Esses documentos atestam que a Federação Brasileira de Kung-Fu (Febrak), de João Dias, foi a primeira ONG do esquema a entrar no Ministério, ainda na gestão Agnelo, em 2005. E os convênios assinados em 2006, após sua saída, com a Associação João Dias de Kung Fu, o Instituto Novo Horizonte e a Associação Gomes de Matos – todas elas ligadas ao PM – levam a chancela de um intrigante personagem: Rafael Barbosa. Médico por formação, homem da mais inteira confiança de Agnelo, Barbosa era, na época, secretário Nacional de Esporte Educacional. A ligação entre os dois é tão estreita que o ex-ministro, depois de deixar a pasta, nomeou Rafael Barbosa como seu adjunto na diretoria da Anvisa. Mais tarde, eleito governador do DF, Agnelo entregou-lhe a Secretaria de Saúde, cargo que ele ocupa até hoje.
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"Estou gravando isso aqui porque, se alguma coisa acontecer comigo,
foi Agnelo, o Miguel (Santos de Souza, empresário que operacionalizou
o esquema) e o João Dias (Ferreira, o PM que denunciou as fraudes).
A atual esposa do Miguel já me falou que tinham dois ou três carros
me procurando...Vou gravar isso aqui, deixar para todo mundo ver.
Vou falar a verdade de tudo o que aconteceu"
Uma análise mais detalhada do contrato com a Febrak, de João Dias, com o ministério dá um exemplo bastante preciso de como funcionou o conluio. A proposta do convênio de R$ 2,5 milhões para atender dez mil crianças, pelo Segundo Tempo, teve tramitação acelerada. Ganhou carimbo de “urgente” e, em apenas três dias, chegou à mesa de Rafael Barbosa. Em 12 de abril, ele assinou ato de autorização, atestando a “proficiência” da Febrak e dando prazo de dois dias para que a comissão constituída pelo ministro concluísse sua análise. O ato de Barbosa desconsiderou o despacho do coordenador técnico do Ministério, Marcos Roberto dos Santos. O analista, em 22 de março, registrou que vinha se manifestando “diversas vezes em reuniões e documentos à diretoria” sobre a necessidade de averiguação in loco das “atividades inerentes ao desenvolvimento do programa”. O próprio Orlando Silva, então secretário-executivo, alertou para a recomendação de “vistoria prévia das instalações”, antes que se assinasse o contrato.

Diante da pressão interna, a secretária-adjunta de Barbosa, Luciana Homrich, determinou a vistoria e recomendou o nome de Santos, o coordenador técnico, “por ter sido ele mesmo a proceder a análise técnica”. Mas, misteriosamente, isso não aconteceu. A vistoria acabou nas mãos de dois companheiros partidários, o técnico Denizar Dourado e a assessora internacional do Ministério, Flaurizia Rodrigues. A dupla assinou a declaração, datada de 3 de maio, obtida por ISTOÉ, atestando “as boas condições” para a execução do projeto Segundo Tempo nas instalações da Febrak. Um ano depois, no entanto, uma auditoria do próprio ministério constataria o oposto. Registre-se que Dourado é membro da diretoria estadual do PCdoB e Flaurizia, além de integrar as fileiras do partido, ganhou cargo comissionado no governo de Agnelo no DF. Além de não ter estrutura física para prestar o serviço encomendado, a Febrak, conforme um relatório com balanço patrimonial de dezembro de 2004, consultado por ISTOÉ, detinha patrimônio de apenas R$ 90 mil. Ou seja, não possuía recursos para arcar com a contrapartida de R$ 462 mil exigida pelo governo.
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“Vi o rosto do Agnelo (quando entregou o dinheiro), vi o rosto do rapaz
que trabalha com ele, um homem forte e calvo. Eles me conhecem, não têm
como mentir. Bota esses caras no detector de mentiras! Eu provo que
saquei o dinheiro. Tem filmagem minha e do Eduardo (Tomaz, o tesoureiro
do esquema), tem filmagem minha e do João Dias, tem filmagem minha
e do Miguel entrando no banco, sacando dinheiro”
No tempo em que trabalhou para o esquema, Geraldo Nascimento de Andrade pôde testemunhar a desenvoltura de outras empresas e ONGs de fachada. O procedimento era sempre o mesmo. “O cabeça dessa quadrilha era o Agnelo, porque ele liberava o dinheiro”, afirma a testemunha. Numa tentativa de tentar abafar o caso, Agnelo chegou a mover um processo, também obtido pela reportagem, contra o delegado da Polícia Civil Giancarlos Zuliani, responsável pela operação que prendeu João Dias e mais quatro pessoas envolvidas na corrupção do Ministério do Esporte. Sem prerrogativa para investigar o ex-ministro, o delegado concentrou-se nas atividades do PM e em seu círculo de relações. Obteve, com autorização judicial, a quebra do sigilo telefônico dessas pessoas e comprovou a ligação umbilical entre Agnelo e o policial militar. “João Dias é quase um filho para Agnelo”, confirma Andrade. Segundo ele, o PM e o ex-ministro lucraram juntos nas fraudes. “O ministro Agnelo ganhou bastante dinheiro. Dá para ver o roubo, tá na cara de todo mundo! Se o João Dias tem R$ 2 milhões em imóveis e tem duas academias, cada uma no valor de R$ 1 milhão, quanto é que o Agnelo não tem?”, ironiza.

As acusações de Andrade são fortes, e ele pagou por elas com limites à sua liberdade. Há um ano, quando gravou o vídeo, ele foi ameaçado de morte por João Dias e acabou entrando para o Programa de Proteção a Testemunhas. Hoje vive escondido. Em vários trechos do DVD, explica que gravou o depoimento como garantia de vida. Temia ser morto pelo PM, a quem acusa de chefiar uma milícia na cidade-satélite de Sobradinho, sede da maior parte das ONGs. “Havia um esquema para me matar. O João Dias tem uma miliciazinha. Eles queriam me apagar por queima de arquivo, só para proteger o Agnelo e toda essa corja aí”, diz. Durante a campanha eleitoral de 2010, assessores do candidato Joaquim Roriz (PSC) tentaram usar pequena parte do depoimento de Geraldo Nascimento Andrade contra Agnelo Queiroz. No trecho, ele confessava ter entregue pessoalmente a Agnelo, quando ministro, a quantia de R$ 256 mil, fruto do esquema de corrupção. A campanha petista recorreu à Justiça Eleitoral e conseguiu proibir a veiculação da denúncia na campanha de Welian Roriz, candidata ao governo do DF. Partes do relato, no entanto, foram parar no Youtube. Somente a íntegra do depoimento agora revelado por ISTOÉ, no entanto, permite que, com o cruzamento dos dados disponíveis em processos judiciais, se chegue aos nomes e papel de cada membro dos esquema.
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"Os saques eram feitos em dinheiro vivo. Sempre. A distribuição era
quase na hora. Às vezes, eles ficavam na porta do banco esperando a gente
em carros diferentes. Todas as empresas tinham a mesma conta. Todas as
empresas tinham o mesmo endereço: na 711 Norte e na 303. O Miguel colocou
algumas das empresas que tinha num apartamento lá, que usava para outros fins”
A importância do testemunho de Andrade é indiscutível. Ele trabalhava para o empresário Miguel Santos Souza, responsável por criar empresas de fachada e recrutar ONGs interessadas em participar do esquema. Antes de desaparecer do mapa, Andrade apontou pessoas que poderiam confirmar sua versão. “Se um dia acontecer alguma coisa comigo, podem procurar o Carlos Eduardo Chuquer, o Murilo Quirino, o George Paul Wright. Eles vão falar o que acontecia nas empresas, porque eles também vão estar em risco”, afirmou. Ele explica, ao longo da fita, que essas pessoas também foram contratadas como laranjas do esquema. Miguel, por exemplo, ficou incumbido de criar empresas de fachada em nome dessas pessoas. A partir daí, emitia notas fiscais frias para forjar gastos das ONGs que recebiam o dinheiro do Ministério dos Esportes. Chuquer era o representante da empresa Transnutri Distribuidora de Alimentos Ltda., com sede no Rio de Janeiro, e cujo diretor é Wright. Quirino, por sua vez, era da Infinita Comércio. O motorista acrescenta que fez pagamentos em cash a ONGs no Rio, em Santa Catarina e Goiás. As fraudes também atingiram convênios do Ministério do Trabalho e do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Documentos obtidos por ISTOÉ comprovam a versão. A empresa JG Comércio, que tinha o motorista Andrade como sócio e que emitia notas frias, foi contratada por mais de R$ 1 milhão pela Fundação Oscar Rudge, do Rio, num convênio do Programa Primeiro Emprego. Já o MCT firmou com o Instituto Novo Horizonte três convênios fraudados e hoje cobra ressarcimento de R$ 3,6 milhões.
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"Está no meu nome a JG (empresa que fornecia alimentos para
as ONGs). Mas não tenho os 100 mil que estão no contrato.
Dos 5 milhões que passaram na JG, não tenho nenhum real na
minha conta. O que eu fazia? Minha função era sacar dinheiro
e entregar para o pessoal, os donos das ONGs"
Outra prova irrefutável do tratamento privilegiado dado a João Dias na gestão Agnelo é que a Febrak recebeu do Ministério do Esporte, um mês após a assinatura do contrato, todo o material prometido: dez mil camisetas “Segundo Tempo”, 2,5 mil bolas para práticas esportivas e 80 mil pares de redes de vôlei, futebol de campo, futsal e basquete. Os ofícios de liberação de material esportivo, obtidos com exclusividade por ISTOÉ, trazem a assinatura de próprio punho de Agnelo Queiroz. Da mesma forma, o secretário Rafael Barbosa – sempre ele, o amigo fiel – assina o pedido de liberação da segunda parcela do convênio com a Febrak, no valor de R$ 730 mil, sem que a entidade tivesse entregado a prestação de contas parcial – como exige a norma. Em apenas cinco dias, o pagamento foi feito, com autorização do subsecretário de Orçamento do Ministério, Cláudio Monteiro, que acompanha Agnelo desde os tempos de deputado federal. Ressalte-se que, durante a gestão de Agnelo no Esporte também foram firmados convênios fraudulentos de mais de R$ 5 milhões com três entidades ligadas ao PCdoB e a Agnelo: a Federação dos Trabalhadores no Comércio (Fetracom), a Liga de Futebol Society do DF e o Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras do Lazer (Sinlazer). A Fetracom, por exempo, é dirigida por Geralda Godinho, nomeada pelo governador como administradora do Riacho Fundo II, uma cidade-satélite da capital.

http://palaciodamariajoana.blogspot.com/2011/10/contra-o-petista-agnelo-as-provas-sao.html?mid=517

A terra não é redonda, deve ser obtusa.

Para a grande maioria das pessoas a terra é redonda. Da mesma forma, na atualidade, é crença predominante de que a terra não é o centro do universo.

Estes foram mitos ou crenças que dominaram a compreensão das pessoas por séculos.

De repente, uma descoberta, uma comprovação e diante do óbvio (?), os incrédulos mesmo a contragosto, tiveram que admitir que estavam ou eram enganados com falsas informações.

Em 1989, caiu o muro de Berlim. Alguns julgam que foi por ação da natureza, um terremoto, um vento forte. E apesar de tudo, muitos (?) ainda acreditam nesta versão.

Para um bando de adeptos do comunismo a queda não ocorreu pelos motivos alegados pelos democratas e foi iniciativa do governo da URSS, que decidiu que a sua derrubada era uma boa, pois os miseráveis alemães que padeciam no seu paraíso social acorreriam para o lado rico que ficaria numa situação econômica catastrófica nas décadas futuras. O que de fato aconteceu.

Até hoje a Alemanha sente o drama da herança maldita do comunismo.

Para outros, como os seus filhotes no Brasil, o PCB, o PPS, o PC do B, e o PSOL e “caterva”, era o sinal para a adoção de novas posturas, recorrentes com o jeitinho brasileiro de ser cretino, para a montagem de novas estruturas e manter firme o codinome de comunistas, pois demonstravam se não coragem, pelo menos uma cara - de - pau digna de respeito (?).

Esta última versão, ao contrário daqueles que mudaram suas opiniões a respeito da terra ser ou não redonda, e ser ou não o centro do universo, assustadoramente, se apega na crença de que o comunismo está vivo e forte, e em seu nome fazem qualquer coisa, inclusive, roubar.

De certa forma, para eles é cômodo ser comunista, e bradar a sua ideologia aos quatro ventos, pois na sua boçalidade aproximam - se de seus coirmãos, os socialistas - oportunistas, aproveitando - se de uma fraude, que afanou da direita, o direito de bradar que ela também deseja o bem - estar das populações, e que é favorável aos direitos humanos, e coisas similares.

Com este discurso destrutivo, propagado pela mídia cooptada, nada restou para a direita, a não ser uma combalida democracia.

Se a esquerda é favorável às minorias, o outro lado, não. Se as esquerdas são favoráveis à eliminação ou diminuição das desigualdades sociais, para a passiva direita sobrou a pecha de ser favorável às dicotomias, de ser contra a melhoria de vida dos cidadãos em geral, e assim por diante.

Nada sobrou para a pobre e miserável direita. É medonho ser democrata. É bom ser socialista ou comunista. Dá ibope.

As recentes descobertas de falcatruas, conduzidas com fervor revolucionário pelos comunistas empedernidos, demonstram que seus ideólogos são apenas de oportunidade, pois adquiriram os péssimos hábitos que marcaram o regime comunista nos países que o adotaram desde 1917, e esta praga alastrou - se pelo globo, sempre com polpudas vantagens para os privilegiados ocupantes de sua cúpula.

Entretanto, quanto ao proletariado continuava a comer o seu minguado pão, manietado pelo domínio do estado em todos os setores, com os seus postos de mando ocupados por cumpanheiros, o que decretava na ausência de meritocracia (já vimos este filme), a falência das empresas e dos setores sob o comando do poderoso e intocável Estado. Nações que desabaram como a destroçada Cuba.

Mas não adianta, é comum aparecerem na mídia estes ladinos comunistas afirmando que a terra não é redonda (obtusa?), e que o comunismo ainda será o regime do futuro, deles.

Brasília, DF, 30 de outubro de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

DEMOCRACIA

"Foi precisamente o capitalismo 'selvagem' dos americanos, que fala mais em individualismo que em solidariedade, mais em competição que em compaixão, que se provou o mais 'includente', criando empregos não só para os nativos mas para milhões de 'excluídos' de outros continentes." (Roberto de Oliveira Campos)

Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade, para tal é fundamental que se tenha um governo em que o povo exerce a soberania, direta ou indiretamente.

Mas o que não se pode aceitar é a relativização destes princípios, pois assim criamos aberrações onde a liberdade é colocada de lado, como o é de forma crescente no Brasil e Venezuela da atualidade, como o foi na antiga DDR, que foi entre nós conhecida como “República Democrática Alemã” (RDA), um estado onde se buscava criar um modelo socialista que pudesse servir de exemplo ao mundo, mas se construiu o que o socialismo é capaz: um estado policialesco, um estado onde a institucionalização da liberdade não podia ser vista, era um estado de delatores. A miséria era gritante, razão da construção do muro, pois todos que não contavam com privilégios queriam a liberdade do outro lado. Era uma ditadura e não república, não havia democracia e os alemães lá não tinham liberdade, quando muito uma parcela detinha privilégios por pertencerem ou se subjugarem ao partido, ao SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands (Partido de União Socialista da Alemanha). Tal qual aqui cresce com a emPTização e nePTismo.


O filme “A vida dos outros” do diretor Florian Henckel von Donnersmarck, que foi o vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, é um suspense que retrata a vida de um funcionário da Stasi, a polícia secreta da “República Democrática Alemã” (RDA), responsável por investigar opositores do socialismo. Encarregado de vigiar o dramaturgo Georg Dreyman, acusado de ser contra o regime, o espião descobre que o único motivo para a perseguição política era o interesse de um oficial do governo na namorada do escritor. A descoberta abala sua confiança no governo socialista e passa a influenciar sua postura no trabalho. É um filma que retrata bem o dia-a-dia dos alemães presos pelo “democrático” socialismo.


Assista ao filme, ele está disponível nas melhores locadoras e pode ser legalmente adquirido em lojas especializadas, como as Americanas: http://www.americanas.com.br/produto/6763190/dvd-a-vida-dos-outros.


Eu estudei, testemunhei e soube viver os momentos que antecederam e se deram com a queda do Muro de Berlin, minha família vivia até então dividida pelo muro, marcou profundamente o nosso entendimento do que foi o socialismo e os resultados que produziu. Fazer a menção a “Teoria da Libertação”, fazendo uso a data da comemoração da queda do socialismo na DDR é algo que, para nós, entristece e muito, pois foi em busca da liberdade que vieram a falecer dois de meus primos: http://www.chronik-der-mauer.de/index.php/de/Start/Index/id/593792, um deles oficialmente consta nas estatísticas oficiais. Entristece ainda mais, pois tive parentes que estavam na Igreja (luterana) em Leipzig quando lá se refugiavam, para quem sabe sonhar com a liberdade que se aproximava.

Veja o vídeo que conta a história do Muro de Berlin, também chamado de Muro da vergonha, pois impedia a fuga de alemães, sob o jugo do socialismo, para a liberdade: http://www.youtube.com/watch?v=ovOFB76OuI


"Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo." (II Pedro 2:19)


Para quem conheceu a DDR pode testemunhar como a miséria é produzida, por conta do socialismo em ação, a conta-gotas e atinge a sua imensidão na medida em que a liberdade é retirada das pessoas. Tal qual muitos esperam que ocorra no Brasil. E é importante dizer que a DDR era tida como o melhor exemplo do socialismo posto em prática. E este processo, de produção da miséria, se verifica agora também na Venezuela e que por conta do Foro San Pablo e da tal da “Teoria da Libertação” querem nos impor a ele também.


Felizmente os antigos alemães orientais atualmente, quando muito, vivem a “nostalgia” daquela época, muitos guardam inclusive fotos, objetos e seguramente um pequeno pedaço do “Muro de Berlin”, para que possam contar aos seus filhos e netos que um dia aquilo foi real, um pesadelo vivido por milhões de alemães, e não apenas uma ilusão política que os muitos pregam, para que nunca mais venham a ser iludidos por políticos inescrupulosos e demagogos. Temos também significativa parcela de alemães orientais que guardam saudades do antigo regime, seguramente eram os que se beneficiavam, a começar pelos que faziam parte da Nomenklatura.


Estas quatro décadas (de 7 outubro 1949 às 24h de 2 Outubro 1990) não foram o pior período para os alemães, mesmo para aqueles que viveram sem a liberdade, sem perspectivas de realização profissional, sendo continuamente vigiados e que não poderiam transpor o “Muro de Berlin” ou a “Cortina de Ferro”.


O Muro de Berlin era também chamado de Muro da Vergonha, retirava a liberdade das pessoas para visitar parentes ou outros lugares do mundo, que não fosse Moscou e algumas capitais detrás da cortina de ferro, e mesmo assim com a autorização “governamental”.


Infelizmente os alemães tiveram algo pior, muitos viveram sob o regime nazista, sob o regime nacional-socialismo, doutrina e partido do movimento nacional-socialista alemão fundado e liderado por Adolph Hitler (1889-1945), este partido curiosamente denominava-se Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP), viveram e sofreram o bombardeio de Dresden, um dos acontecimentos mais vergonhosos da 2ª Guerra realizado pelos ingleses e norte-americanos, sobre o qual ainda hoje se mente muito, em especial quanto a razão do mesmo e ao número de mortos e feridos, ele que foi responsável por um número de perdas humanas muito superior às duas bombas atômicas, a de Hiroshima e a de Nagasaki, que como lá ceifou e mutilou vidas na sua maioria de crianças, idosos e mulheres, incluindo alguns parentes meus. Outros mais antigos viveram o extremo da pobreza que se gerou com a 1ª Grande Guerra.


Desde 1989 comemora-se a vitória da liberdade, “den Fall der Mauer und die deutsche Wiedervereinigung”. A queda do "Muro da Vergonha". A maioria dos membros de minha família, depois da tragédia do nacional-socialismo, ficaram reféns de outro regime totalitário, o da DDR, comandada pelo seu SED - Sozialistische Einheitspartei Deutschlands (Partido de União Socialista da Alemanha) o "partido" da DDR - Deutsche Demokratische Republik (República Democrática Alemã), que de democrático não tinha nada, era uma verdadeira ditadura, coisa própria dos socialistas que objetivam retirar a liberdade das pessoas, em especial a de empreender. Vivia-se, como se vive ainda hoje em Cuba e agora na Venezuela, em um estado policial e de delatores, cercado não por tubarões, mas por cercas e pelo famoso Muro da Vergonha.


Quanto a frase de Roberto Campos, hoje ainda atual, principalmente aos brasileiros que para lá estão indo para residir, agora não mais como participantes da diáspora econômica brasileira, mas também da diáspora que a cada ano cresce com os brasileiros que lá e em outros cantos do mundo buscam segurança, deixando o Brasil com sua escalada de violência para trás. Luciano Pires mencionava “Refugiados éticos”:
Veja também: http://www.zdf.de/ZDFde/inhalt/3/0,1872,7894947,00.html E não deixe de ver o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ovOFB76OuIw

Abraços,

Gerhard Erich Boehme

sábado, 29 de outubro de 2011

Orlando, ocupe Wall Street!

Orlando, ocupe Wall Street!
GUILHERME FIUZA
O GLOBO - 29/10/11

Orlando Silva é inocente. Ou, pelo menos, quase inocente. Estava apenas cumprindo o script preparado por seus caciques - aqueles que apareceram de cocar em Manaus, inaugurando uma ponte de R$1 bilhão. Pode-se imaginar a perplexidade do ex-ministro dos Esportes, em suas conversas privadas com Dilma e Lula sobre a crise no seu ministério: "Ué, não pode mais pegar do Estado pra engordar o partido? Ninguém me avisou nada."

Provavelmente Orlando Silva não usou essas palavras. No dialeto da tribo, as coisas têm nomes mais sonoros: cidadania, capacitação, implementação, inclusão, vontade política, espírito republicano, contrapartida social. Os quase R$50 milhões desviados de convênios com o Ministério dos Esportes - para ficar só no que a Controladoria Geral da União enxergou - também não devem ter entrado nas conversas do ex-ministro com os caciques. Todos ali sabem que a vontade política dos companheiros é grande, e a carne é fraca.

O fato é que Orlando Silva tinha razão. Estava seguindo à risca o programa de governo de Dilma Rousseff, isto é, colonizando o Estado brasileiro em benefício político e pessoal dos companheiros. Por que seus chefes iriam questioná-lo agora?

Como se sabe, a tecnologia do mensalão foi testada e aprovada no primeiro mandato de Lula. O duto entre os cofres públicos e a tesouraria do PT funcionou bem e saiu barato: o presidente foi reeleito, Delúbio voltou ao partido com festa, João Paulo Cunha assumiu a principal comissão da Câmara dos Deputados. Abre-alas de Marcos Valério na magia dos contratos publicitários com o governo, Luiz Gushiken continua mandando e desmandando à sombra, e nem julgado será. Seu nome sumiu do processo do mensalão - aquele que, em sono profundo no Supremo Tribunal Federal, proporcionou aos mensaleiros a preservação da espécie.

O PCdoB não fez nada de mais. Apenas reproduziu no Ministério dos Esportes a tecnologia consagrada pela Justiça, pelo Congresso e pelo povo na cúpula do governo popular. Orlando Silva teria todo o direito de perguntar aos caciques: a implementação do processo de inclusão dos companheiros vai acabar logo na minha vez, cara-pálida?

Mas não foi preciso. Diante dos milhões de reais vazando a céu aberto no festival de convênios, capacitações e farta distribuição de cidadania, Dilma Rousseff tomou uma decisão de estadista: chamou Lula. E este, do alto de seu espírito republicano, não hesitou: mandou Orlando Silva e o PCdoB resistirem. Tratava-se evidentemente de denuncismo da mídia, fenômeno que o ex-presidente diagnostica muito bem.

Foi Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência (e da ex-Presidência), quem explicou por que Dilma decidira apoiar o ministro dos Esportes: "O governo não quis entrar no clima de histeria."

De fato, o clima de histeria é o grande inimigo do governo popular. E, para piorar, o Supremo Tribunal Federal, histérico, decidiu investigar Orlando Silva. O que essa gente aflita tem contra os convênios, as ONGs e a cidadania esportiva?

É preciso acabar com esse clima de histeria, antes que ele acabe com o governo. Os ministros dos Transportes, da agricultura, da Casa Civil e do Turismo foram vítimas da mesma onda histérica. Todos foram publicamente apoiados por Dilma antes de cair, e elogiados por ela após a descida da guilhotina. Também tinha sido assim com Erenice Guerra, que privatizara o Gabinete Civil com seus entes queridos e caiu de pé, efusivamente abraçada por Dilma em sua posse na Presidência. Em todos os casos, a mensagem foi clara: os métodos da turma estavam OK, o problema foi a tal da histeria.

Ao mandar Orlando Silva resistir, Lula estava exigindo o cumprimento de sua ordem unida após a degola dos outros ministros: "O político tem que ter casco duro."

Faz sentido. Os superfaturamentos no Dnit, os convênios piratas no Turismo, o tráfico de influência na agricultura, a consultoria milionária de Palocci, os desvios na Bolsa Pesca, o ralo não governamental nos Esportes e outras peripécias da aliança progressista de esquerda que manda no Brasil são irrelevantes. Ou melhor: são a alma do negócio, mas isso é assunto deles. O importante é neutralizar as manchetes e manter o cabide. Com casco duro.

A imprensa burguesa atrapalha um pouco, criando o clima de histeria, mas isso não vai longe. No escândalo dos Esportes, como sempre, a opinião pública vai consumir o caso do comunista degenerado e virar a página. Nem se dará conta de que Orlando Silva é a enésima confirmação de um projeto parasitário instalado no Estado brasileiro - essa mãe gentil dos companheiros de casco duro e cara idem.

Aliás, a farra das ONGs de Orlando teria continuado intacta se dependesse do bravo Movimento Brasil contra a Corrupção. Não se viu uma só vassourinha nas ruas. Deviam estar ocupando Wall Street.

GUILHERME FIUZA é jornalista.

CUBA - AINFÂMIA

Na semana que passou três acontecimentos graves relacionados a Cuba merecem ser analisados, sobretudo porque as notícias veiculadas foram apenas informações, com exceção ao fato ocorrido na Venezuela. Antes, porém, quero informar aos meus leitores que na próxima semana o Notalatina vai estrear uma nova modalidade de publicação, com uma entrevista em áudio feita por mim ao Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido, meu dileto amigo do glorioso Exército Colombiano, de quem sou tradutora oficial no Brasil, graças aos bons ofícios informáticos do Alex Brum Machado, meu amigo “Cavaleiro do Templo”, que teve a idéia do pod cast e me assessora neste mister.

No princípio da noite da sexta-feira 14 de outubro, faleceu em Havana a líder e fundadora do grupo “Damas de Branco”, Laura Pollán, uma mulher valente, destemida e que levou grande parte de sua vida a defender a liberdade em Cuba. Laura era esposa do ex-preso político Héctor Maseda, um dos 75 do que ficou conhecido como “A Primavera Negra” de Cuba, em 2003, quando decidiu fundar este movimento pacífico pedindo a liberdade dos seus maridos, irmãos e pais.


A última manifestação a que Laura participou foi no dia 24 de setembro, quando uma turba da polícia política do regime castro-comunista agrediu várias destas senhoras, e muito particularmente a Laura em sua própria casa. Os verdadeiros opositores ao regime contam que até esse momento Laura, apesar de ser diabética, estava bem de saúde. Horas depois começou a passar mal quando foi levada ao Hospital Calixto García, vindo a falecer às 7:50 da noite do dia 14 de outubro.

Chama a atenção alguns fatos denunciados pela jornalista cubana Angélica Mora em seu artigo “Antecedentes”, onde ela relata que outras mulheres pertencentes às Damas de Branco afirmam terem sido “injetadas” nas manifestações por agentes da polícia política, com alguma substância que as teria feito passar mal em seguida. No artigo “Desperta inquietudes o caso de Laura Pollán”, Angélica nos conta que durante o ataque sofrido para impedi-las de ir à igreja no dia de Virgen de la Merced no dia 24 de setembro, Laura foi arranhada. Teriam os agentes castristas nessa ocasião inoculado algum vírus na pacífica guerreira e que levou-a ao óbito? No hospital Laura foi diagnosticada com o Vírus Respiratório Sincitial (VRS), entretanto, esse diagnóstico veio tarde demais e apenas a deixaram no soro e oxigênio, sendo feita uma traqueostomia um dia antes de seu falecimento mas absolutamente NADA de medicação para combater o tal vírus lhe foi ministrado.

Quem conhece bem o regime cubano sabe que em matéria de virologia eles estão bem avançados, inclusive criam vírus para uma provável guerra bacteriológica contra os Estados Unidos. Então, aí fica a pergunta que não quer calar: se a medicina cubana é este “assombro” que se propaga, por que não identificaram o mal que a afetava e a trataram devidamente, em vez de deixá-la morrer aos poucos sem medicação adequada? Se ela foi inoculada com um vírus letal JAMAIS se saberá, posto que, mesmo que algum médico tenha descoberto o crime que se cometia, com certeza esse será um segredo que ele levará para o túmulo, pois é a sua própria vida que está em jogo. Ademais, em quem confiar para fazer uma necrópsia fidedigna se tudo está sob o controle férreo dos ditadores? O que podemos fazer, nós que a admirávamos de longe, é rogar a Deus que a acolha em Seu Reino e que um dia toda a verdade destes crimes comunistas seja julgado com o peso da Sua Justiça. Que em paz descanse, Laura!

Quando em julho passado escrevi o artigo “Cubazuela ou Venecuba, uma amarga realidade”, já demonstrava ali que os verdadeiros donos do poder na Venezuela não eram o seu povo mas sim os cubanos, comandados pelos ditadores Castro. Na semana passada outro fato impensável, demonstrando o domínio e controle desta gente em todos os seguimentos da vida nacional venezuelana, escandalizou mesmo aqueles que estão fartos de saber e denunciar a ingerência dos ditadores na soberania de seu país.
Desde a segunda-feira passada pôde-se ver na parte interna das instalações do Forte Paramacay, subordinado à 41ª Brigada Blindada, no estado Carabobo, a bandeira de Cuba içada ao lado da bandeira venezuelana. Segundo denunciou o secretário da Universidade de Carabobo, Pablo Aure, ele recebeu a informação de que a bandeira cubana era içada às 6 h. da manhã, ANTES de ser içada a venezuelana. “Hastear a bandeira de um país estrangeiro em instalações militares não pode ter uma interpretação distinta à da submissão militar aos desígnios desse país. Poderíamos dizer que os chefes militares venezuelanos estão a mercê de Cuba e depois da Venezuela”, afirmou Aure, acrescentando que “desde há algum tempo se vem afirmando que os cubanos dão ordens em nossos quartéis”.

Agora, a gravidade deste fato absurdo se amplia quando se toma conhecimento de que um forte desta natureza proíbe, em muitas ocasiões, a entrada de civis venezuelanos, por ser considerado “zona de segurança”, inclusive restringe-se a presença de estrangeiros. Como, então, a bandeira cubana tremulava impávida ao lado da venezuelana, sem que isto se considere uma ingerência ou uma insolência e cumplicidade do Estado venezuelano na perda de sua soberania nacional? Para o vice-almirante (r) Rafael Huizi Clavier, presidente da “Frente Institucional Militar”, “isto só pode ser uma espécie de provocação para que os que não estão de acordo reajam, e assim fazer uma nova ‘purificação’ do corpo castrense, onde ficarão os mais leais, porque isto é inaceitável!”.

Então, aí está a foto para quem duvide da aberração. Muitos leitores da matéria comentaram ter testemunhado o fato e, diante das críticas dos jornais, cobrando uma explicação, a bandeira foi retirada na sexta-feira com a desculpa patética do General/D Clíver Alcalá Cordones, comandante da IV Divisão Blindada e Guarnição de Maracay, a quem o forte está subordinado, alegando que a bandeira fora içada como “gesto de cortesia” com militares cubanos que visitavam o forte. Ora, mas como os cubanos podem e os próprios venezuelanos não podem sequer visitar essas instalações? Lembro que há alguns anos (não quantos, com exatidão), três soldados que se encontravam presos no Forte Tiuna, onde também funciona o Ministério de Defesa da Venezuela, foram incendiados por um militar cubano que tinha um alto posto ali, onde dois deles faleceram e o sobrevivente foi silenciado, com a promessa de aumento substancial no soldo, viagens, casa, etc. O Notalatina denunciou isto na ocasião, e quem quiser se aventurar a pesquisar, vai encontrar aqui.

E, finalmente, o fato mais asqueroso e indignante foi protagonizado pelo Vice-presidente da Colômbia, o sindicalista Angelino Garzón, que esteve por dois dias em Cuba firmando acordos comerciais. O governo de Juan Manuel Santos já havia dado mostras de seu esquerdismo desde a posse, quando um dia apenas de haver-se tornado presidente da Colômbia, já estava aos beijos e abraços com Chávez, a quem passou a chamar de “meu mais novo melhor amigo”. Desta vez, entretanto, Santos e seu repugnante vice escancaram suas preferências, fazendo rapapés a tiranos assassinos que são responsáveis pelas mortes de milhares de seus compatriotas, através do apoio que dão às FARC, ao ELN e a quanto narco-terrorista exista naquele país.

Segundo leio no site “La Hora de la Verdad”, da parte do mandatário Juan Manuel Santos, Garzón enviou uma saudação fraternal ao Governo e povo de Cuba, e de maneira especial ao presidente Raúl Castro e também nossa saudação a quem consideramos um grande amigo da causa da paz na Colômbia, o comandante Fidel Castro. E no site semi-oficial da ditadura castrista, outra pérola: “Admiramos como ponto de referência de Cuba a importância que se lhe concede aos seres humanos”, expressou Garzón.

O que me chamou a atenção e envergonhou, foi um fato dessa magnitude e crueldade para com a memória das milhares de vítimas desses bandos terroristas homiziados e apadrinhados pelos assassinos ditadores cubanos, é que na grande imprensa colombiana nem uma mísera palavra de repúdio tenha sido pronunciada! Nada se disse, nada se comentou, ninguém se sentiu aviltado nem com o mais leve incômodo. Somente - como sempre e que ocorre também no Brasil - os jornalistas e escritores independentes, geralmente de blogs e sites, condenaram tais aberrantes afirmações.

Então, ouso enviar um recado a Santos e a Garzón: a “causa da paz” que os ditadores cubanos defendem, é aquela dos cemitérios, sobretudo com os defuntos sepultados sem nome, para que nunca mais seus parentes possam encontrá-los e pranteá-los dignamente! A “importância” que este velho abutre assassino “concede aos seres humanos”, seu Angelino, é ainda pior àquela que se dispensa a um cão sarnento de rua, pois se assim não fosse, não teria fuzilado tantos inocentes, nem teria calado o grito daqueles que reclamam por direito à dignidade humana, ou matado de fome e desnutrição a tantos inocentes, com a falsa desculpa do “bloqueio” norte-americano. Tampouco teria adotado como norma de Estado o aborto de cem mil bebês por nascer ao ano, para que a substância negra fetal sirva de medicamento para curar os males dos “capitalistas burgueses” que enchem suas arcas pessoais com dólares e euros, que é sistematicamente negado aos cubanos a pé!

Santos e Garzón “se esquecem”, muito providencialmente, que estes abutres velhos treinaram, apoiaram e acoitaram na Ilha terroristas das FARC. Ou já se esqueceram para onde foi levado “Rodrigo Granda”, depois da lamentável falha de Uribe para atender o pedido do presidente Sarkozy? Já esqueceram também que as FARC, que dizima com requintes de violência milhares de seus compatriotas, é sócia dos inumanos ditadores Castro no Foro de São Paulo?

Não, não é possível calar diante de tanta ignomínia, de tanta traição à Pátria em troca de “acordos” que não vão beneficiar o pobre povo cubano, tampouco o colombiano, mas apenas enriquecer ainda mais os verdugos Castro.

Onde está a dignidade dos colombianos que não se levanta em bloco e condena tamanho escárnio e traição à pátria? Fiquem com Deus e até a próxima!

Comentário: G. Salgueiro

CACIQUE” LULA E SEU COMUNISTA

“CACIQUE” LULA E SEU COMUNISTA

Maria Lucia Victor Barbosa

28/10/2011

Na emblemática foto publicada pelo O Estado de S. Paulo (25/10/2011), um Lula eufórico, de cocar azul, se dirige à presidente- figurante, também de cocar, que ri com expressão de indizível felicidade diante do “cacique”. Afinal, Lula é superstar, sua política é a egopolítica e o resto é coadjuvante no espetáculo do poder.

Em pleno terceiro mandato e em campanha desenfreada para voltar em 2014, Lula foi inaugurar uma ponte sobre o Rio Negro e na viagem até Manaus, onde a foto foi tirada, decretou o bota-fora de Orlando Silva do PCdoB, então, ministro do Esporte, a quem chamava de “meu comunista”. Orlando foi triturado com “casco duro” e tudo.

Admirador dos piores déspotas mundiais Lula chegou a defender a permanência do ministro. Prontamente, Rousseff chamou o comunista crivado de denúncias de corrupção ao Palácio fazendo conhecer através da imprensa sua confiança no mesmo.

Semelhante comportamento foi dado aos cinco ministros que caíram, quatro por graves indícios de corrupção. Portanto, que se cuidem os ministros que continuam quando a presidente-figurante lhes hipotecar solidariedade.

Ressalve-se que apenas o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, foi defenestrado por Rousseff, o que lhe valeu a admiração popular e a alcunha de faxineira. Os demais, com exceção do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, foram demitidos por pressão da imprensa que apresentou documentação, declarações entrevistas indicando corrupção e outros crimes cometidos nos ministérios da Casa Civil, Agricultura, Turismo, então chefiados respectivamente por Antonio Palocci, Wagner Rossi e Pedro Novais.

Em países civilizados a queda de tantos ministros por motivos nada edificantes no mínimo causaria perplexidade ou desconfiança da população com relação ao governo. No Brasil, quando o sexto ministro segue para o olho da rua a presidente-figurante provavelmente será louvada por sua postura ética com ajuda, é claro, do marketing e da predisposição das pessoas para serem enganadas.

O mais estranho nessa queda constante de ministros é que todos estiveram nas gestões de Lula e por ordem dele continuaram no governo da sucessora. Não é possível, portanto, que depois de tanto tempo Lula não soubesse das falcatruas dos companheiros. Seria ele omisso, negligente moralmente ou sócio de seus principais auxiliares?

Quanto a presidente Rousseff, cujo trabalho anterior na Casa Civil era o de coordenar o trabalho dos demais ministérios, como Lula devia estar ciente do que se passava. Desse modo, se aceitou continuar com tais ministros foi também omissa, conivente ou completamente submissa ao “cacique”. Compete, então, aos brasileiros perguntar: Quem governa o país? Estamos sendo submetidos a uma farsa eleitoral?

Nas gestões de Lula ministros que tiveram de abandonar poder e privilégios não o fizeram porque o país é sério, mas para que a corrupção não respingasse no presidente superstar. Isso parece continuar. Com a diferença de que agora se preserva não um presidente, mas, dois: Lula e Rousseff.

E se não fosse a imprensa, que os petistas sempre quiseram censurar e que dá azia em Lula, a poderosa esquerda, que veio com a pretensão de não mais sair, continuaria a gozar as delícias da burguesia e se locupletar cada vez mais através de práticas que fariam corar os mais selvagens capitalistas.

Orlando Silva, enredado no cipoal de corrupção das ONGs ligadas a seu partido, parentes e agregados, não tem do que se queixar ou lamuriar. Todos os ministros e demais autoridades que perderam os cargos logo encontraram outros, sem o glamour da política, mas muitíssimos bem remunerados. E nenhuma investigação contra eles prosperou, pois todas foram arquivadas no país da impunidade.

De todo modo, mais esse episódio degradante do governo petista e dos seus seguidores mostrou que o PCdoB, que mantém o feudo do esporte com Aldo Rebelo, hoje se destaca por uma avassaladora sede de enriquecimento pessoal custe o que custar, um fazer politiqueiro que percorre de alto a baixo o partido que se dizia ideológico. Ideologia que cultuada pela esquerda brasileira imprimiu o terror, a opressão, o atraso, o crime aonde foi implantada.

Degradam-se, assim, os partidos políticos, as instituições, a economia, a vida nacional. Indiferente o povo aplaude os governantes corruptos que lhe surrupiam bilhões, os impostos escorchantes, os demagogos e seus discursos enganosos.

Com cocares azuis o “cacique” Lula e sua sombra presidencial morrem de rir. Será que continuarão rindo quando os benefícios trazidos pelo Plano Real, que acabou com a inflação, começarem a se esvair? O dragão da inflação está de volta e na medida em que o povo se der conta de que acabou o crédito fácil, o acesso desenfreado ao consumo, perceber que o salário não chega ao fim do mês e que nossas indústrias estão se deslocando para outros países levando daqui os empregos, não serão heroicos mil, dez mil, vinte cinco mil que sairão às ruas em passeata para protestar. Chegará a hora que mais gente irá gritar: “fora corruptos”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

Breve, só faltará um. Amém!

Breve, só faltará um. Amém!

Aos poucos os cumpanheiros do idolatrado mestre estão caindo.

É a pura verdade. Entronizados por ele, apadrinhados por ele, abençoados por ele, mas quando levantada a pontinha do tapete, eis que emergem grandes e descarados patifes.

Aos poucos, talvez por excesso de confiança, as quadrilhas de malfeitores que sugaram o País nos últimos nove anos vão se desmantelando.

Ledo engano, não as gangues, que com codinomes de partidos políticos, prosseguem incólumes, mas pelo menos rolam as cabeças de seus “capos”. O novo corifeu designado pela alta cúpula do partido e endossado pelo desgoverno, sempre demora um pouco para se enturmar e, assim, a Nação perde menos dinheiro... por algum tempo.

O roubo institucionalizado pela ocupação de membros de um partido aliado em todos os níveis, este permanece, pois a substituição de alguns nomes, não estancará a patifaria; pois com novas experiências, novas artimanhas, os ladravazes ficarão mais cuidadosos.

A malandragem acontece em todos os níveis, por exemplo, vejamos aquele simples funcionário (que é do partido), e que engaveta a liberação de um pagamento, que segura no fundo de sua gaveta um processo que depende de despacho de superiores, até que os prejudicados, em desespero o procuram, pedindo pelo amor dos céus que libere os seus processos para o devido andamento, e o ladino funcionário, mediante módica propina atende. E isto acontece em vários patamares.

É logico que diante de tantas constatações, de que corre solta uma penca de maracutaias, provavelmente, em cada ministério ou autarquia, o mínimo que o povinho pode, é ficar cabreiro. Quer dizer que esta tchurma vem dando golpe há tanto tempo?

Uma cruenta realidade é a que a roubalheira naquele período corria solta, e se não aparecia, é por que havia uma cabeça - mor que, matreiramente (não vi, não sei, não estava), acobertava os deslizes sociais de seus “capôs” (aloprados) subordinados. Acresça - se ao desfortúnio dos celerados, que uma parcela da mídia, aquela mais consciente e não cooptada, resolveu fazer o que os órgãos para tanto destinados não fazem, isto é, investigar.

Acumulam - se no período pós - cretinice institucionalizada, além das constatações citadas, o destempero dos larápios ideológicos, que imunizados contra a possibilidade de serem descobertos e acusados, provavelmente, abriram a guarda, e roubaram tanto e com tal descaramento, que fingir não ver, e negar a roubalheira, não foi mais o suficiente para esconder tanto descalabro.

No andor da carruagem, breve todos os ministros endossados pelo antigo presidente estarão definitivamente expurgados do desgoverno.

Orlando é o sexto a cair em dez meses do desgoverno Dilma, depois de Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo). Com exceção de Jobim, que criticou o governo diversas vezes, todos os titulares deixaram o cargo após acusações de corrupção. Sem esquecer a Erenice.

A dúvida é se um dia, teremos o chefe da quadrilha devidamente reconhecido como meliante número um. O “capo” de todos os “capos”.

Nós sabemos que o homem é vaidoso, e poderá num futuro próximo vangloriar – se de ser o maior patife que já apareceu na face deste imenso Brasil.

Sim, o título não é para qualquer um. Só mesmo um portentoso e imbatível cretino poderá atingir os píncaros desta glória. Ele poderá ser galardoado como Doutor Honoris Causa em Demagogia e Populismo no mais proeminente grau. Uma espécie de Macunaíma falastrão.

Não custa sonhar de que breve a realidade se esborrachará na cara desta Nação, e o fabuloso embromador será acusado de ter institucionalizado a mentira, a desonestidade e a impunidade, e mergulhado este País numa formidável falta de vergonha.

Brasília, DF, 29 de outubro de 2011.

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A CONFISSÃO:

20/01/2010 - às 4:49

A CONFISSÃO: SEM O GOVERNO DO PT, QUE OS FINANCIA, ELES TERIAM DE FECHAR AS PORTAS

Caros, um texto longo, de mais de 10 mil toques. Mas leiam até o fim. É importante para entender este tempo e entender como “eles” pensam. E pode até ser divertido.
*
Em outubro, uma turma do PC do B promoveu um encontro preparatório para a Confecom — a tal Conferência de Comunicação de Franklin Martins. O vídeo abaixo reproduz alguns minutos do evento. Como vocês sabem, o governo costuma afirmar que suas conferências são antecedidas de um intenso debate. Debate? Digamos que os iguais se reúnem para aparar algumas arestas. Vejam o filme abaixo antes de ler o que segue ou deixem o vídeo carregando, leiam o artigo e voltem a ele depois.


Este senhor que fala primeiro é o empresário Joaquim Ernesto Palhares, dono do site esquerdista Agência Carta Maior. Anunciantes oficiais se sucedem na página. O da hora é o Ministério do Desenvolvimento Agrário!!! Palhares não é o único: as publicações de esquerda e uma penca de blogs governistas recebem dinheiro público. Para repassar, por exemplo, recursos a blogueiros amigos, há até uma rubrica no governo federal chamada, acreditem, “Democratização do Acesso à Informação Jornalística, Educacional e Cultural”. Sigamos.

Vamos ver o que diz o Palhares - e não deixo aqui de dar um risinho de canto de boca. Como não lembrar de um dos famosos tipos de Nelson Rodrigues, né? Palhares, o do Nelson, não o da Carta Maior, era o “canalha que não respeitava nem a cunhada”. Uma coisa é certa sobre este outro Palhares: ele não respeita a nossa inteligência. Transcrevo um trecho de sua fala naquele encontro:
“Num governo tucano, eu tenho a impressão que Carta Maior, os blogs [ele se refere aos blogs que prestam serviços ao governo] e Carta Capital estão fadados ao fechamento. (…) Na minha visão de empresário, não na minha visão de militante político, mas na minha visão de empresário, O IMPORTANTE SERIA METER A MÃO NO BOLSO DELES [ele se refere ao bolso dos grandes empresários da comunicação] para fortalecer o campo da mídia popular e progressista, para dar emprego aos estudantes de comunicação que, neste país, é um número absurdo e, hoje, não têm onde trabalhar, e nós estaríamos com isso fortalecendo o próprio debate. Porque, se nós tivermos várias pequenas empresas, várias pequenas iniciativas, individuais ou coletivas, COM RECURSOS PARA PODER FAZER UM TRABALHO ADEQUADO, eu tenho a impressão que o debate principal começa a tomar corpo. Este debate que só começa no sétimo ano do governo Lula. Se a Dilma for eleita, talvez a gente possa fazê-lo nos próximos oito anos e, aí sim, chegar a alguma conclusão”

Graaande Palhares! Pena Nelson não ter vivido tanto!…

Como se vê, sem o dinheiro público, o jornalismo “independente” que eles fazem (não sei se consegui ser espirituoso) não teria lugar. Eu até tranqüilizo o Palhares: o PSDB é tão viciado em entender o adversário, meu senhor, que, caso vença a eleição, o mais provável é que os sem-leitores recebam ainda mais verba. Só para provar que não há preconceitos…

Palhares atinge o sublime quando decide fazer uma sugestão “COMO EMPRESÁRIO”. E, como empresário, ele acha que o “O IMPORTANTE SERIA METER A MÃO NO BOLSO” dos outros empresários, os grandes. Segundo entendi, o dinheiro que seria roubado dos grandes — uso “roubado” porque me parece um sinônimo denotativo para “meter a mão no bolso” — seria passado aos pequenos. E Palhares, COMO EMPRESÁRIO, NÃO enquanto um sujeito bem pançudo, é um dos pequenos… O curioso é que ele reclama, numa passagem que nem transcrevi, mas que está ali no vídeo, que os grandes tenham decidido se retirar da Confecom… Vai ver estavam protegendo o bolso da sede expropriadora do Palhares…

E por que ele quer tirar dos grandes para dar aos Palhares? Ah, porque o debate principal tomaria corpo. O “DEBATE PRINCIPAL”, se não sabem, é justamente como acabar com os grandes… SE DILMA GANHAR, ELES ESPERAM REALIZAR A SUA GRANDE ARTE. Dilma? Sim, é aquela senhora que vai disputar a Presidência pelo PT e que é a principal responsável por aquele decreto dos supostos direitos humanos que pretende instituir a censura à imprensa. Viram como as coisas fecham?

Pequenas diferenças
Na seqüência de fala de Palhares, há alguns encaminhamentos da mesa etc, e a palavra passa para um sujeito chamado Venicio Artur de Lima, do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília. Sempre a gloriosa UnB, onde também há bons e valentes. Ele tenta explicar a um dos presentes o que quer dizer “controle social da mídia”. Pensador ousado, pesquisador profundo, ele logo remete a pessoa que fez a pergunta a uma definição dada pelo… MEC!!! O doutor consegue — e a platéia deu-se por satisfeita e até aplaudiu — destroçar o conceito de “accountability“, para ele sinônimo de “controle social”, expressão usada pelos esquerdistas do calcanhar sujo para tentar submeter a sociedade ao controle da militância política.

Homens que exercem cargos públicos devem prestar contas, numa democracia, às instâncias que o regime democrático estabelece como competentes para tanto — e todas eles nascem de um forma legítima E LEGAL de representação. Os ditos movimentos sociais e ONGs — no Brasil, nada menos do que braços de um partido políticos e seus satélites (como todos que compunham aquela mesa) — não têm legitimidade para ditar, como pretendem, o rumo das políticas públicas. Como aquela porcaria de suposto Programa de Direitos Humanos deixa claro, para essa gente, “accountability” compreende do monitoramento editorial dos veículos à cassação de concessões. Desafio este senhor a escrever um texto teórico — em vez de falar para ser aplaudido por pessoas mais ignorantes do que ele próprio — desenvolvendo o conceito que ele enunciou.

Mas nem todo mundo no PT e assemelhados, infelizmente, é idiota. Há também os inteligentes — errados, mas inteligentes. É o caso de Bernardo Kucinski, que está na ponta da mesa e fala por último nesse vídeo. Militante de esquerda de velha cepa, professor de jornalismo da USP, responsável pelo “monitoramento da mídia” na campanha de Lula à Presidência em 2002 e depois uma espécie de ombudsman do governo por algum tempo, não se deve cometer o erro de achar que ele queira uma sociedade muito diferente daqueles que estão ali. Ocorre que é muito mais perspicaz do que todos os outros somados e elevados ao quadrado. E o que diz Kucinski?

“Eu levantei a crítica a essas expressãoes como ‘controle social’ e ‘democratização da mídia’ porque, em primeiro lugar, eu acho que elas refletem uma visão defeituosa do problema, na origem, uma fuga do problema, que é a nossa própria incapacidade de criar comunicação. É evidente pra mim que essas duas expressões não são adequadas, independentemente disso. A expressão “democratização da comunicação” não permite o foco correto. Primeiro, a comunicação já está democratizada por essa revolução digital. Segundo, ela não distingue veículos impressos de meios eletrônicos, e essa é a distinção fundamental”.

Comento
Se não soubesse qual é a dele, até poria sua fala em azul… Pobre Bernardo! Se os que dão as cartas hoje nesse debate chegassem ao poder, ele iria para o paredão, acusado de traição e falta de convicção socialista, embora seja um autoritário mais consistente do que os outros porque sabe pensar — ainda que do lado que considero essencialmente errado. O ambiente foi tomado por chicaneiros, como resta evidente, que estão interessados em bater a carteira do dinheiro público. ESQUERDISTA MESMO É KUCINSKI. Os outros são oportunistas. É claro que, no particular, ele está certo: a revolução digital pôs a informação ao alcance de praticamente todo mundo que seja alfabetizado.

No trecho do debate que não postei, Kucinski expõe a diferença entre veículos impressos, que não dependem de concessão, e os eletrônicos, que dependem etc. De todo modo, ele rejeita a expressão “controle social” porque sente, de antemão, o cheiro de carne queimada. Mas os radicalóides, que devem matar o velho militante de tédio, transformaram a expressão num fetiche. E, com sua retórica cheia de bazófia, anulam a voz da experiência. O que eu digo? Felizmente, eles são burros o bastante para não dar bola para Bernardo Kucinski. Os chicaneiros não deixam de ser úteis…

Voltando
Quero voltar ao Palhares, aquele que quer “METER A MÃO NO BOLSO DELES”. Segundo o pançudo, tudo precisa ser feito para “fortalecer o campo da mídia popular e progressista”. Pergunto: se é popular e progressista, onde estão o povo leitor, o povo telespectador, o povo ouvinte? Hoje, as esquerdas dispõem de meios e dinheiro como jamais. Cadê o público??? O diabo é que eles são chatos, são cafonas, são ignorantes, são mistificadores, são trapaceiros, são embusteiros, muitos são vigaristas, verdadeiros batedores de carteira. Eles padecem de uma congênita “incapacidade de produzir comunicação”, como
diria Kucinski. Não lhes falta nada, a não ser talento!

Ora, diabos! Façam a sua TV Globo, façam a sua VEJA, façam o seu Estadão, o seu O Globo, a sua Folha… Franklin Martins pediu uma TV de presente. Ganhou, junto com quase R$ 700 milhões por ano. Conseguiram reduzir à metade aquele pontinho no Ibope que tinha a antiga TVE. Por quê? Porque não sabem a diferença entre notícia e doutrinação, entre entretenimento e doutrinação, entre programa infantil e doutrinação… Embora se digam amigos do povo, têm por ele um solene desprezo e estão sempre prontos a educá-lo, a livrá-lo de sua falsa consciência. A maioria de seus sequazes escreve mal, pensa mal, é de uma espantosa ignorância. É por isso que reivindicam com tanta energia um cartório, que tentam censurar os “adversários”, que resolvem tachá-los de reacionários ou sei lá o quê.

Disfarçam, com sua linguagem virulenta, seu complexo de inferioridade. Vejam o caso da tal Carta Maior, aquela ora financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Uma de suas peças de resistência é Emir Sader, do planeta mental Emirados Sáderes. O sujeito não sabe estabelecer a paz entre o sujeito e seu predicado sem que, freqüentemente, vírgulas alcoviteiras se metam na relação, isso quando o subjuntivo, coitado!, não é expulso da folia gramatical, ficando do lado de lá da cerca, só observando aquela celebração de indicativos em desalinho.

Mas Palhares quer “METER A MÃO NO BOLSO DELES”. Não é dinheiro que falta ao Palhares. O que falta ao Palhares é ter o que dizer. O que falta ao Palhares é LEITOR!!! Eu, “impopular” como sou, se quiser, loto um estádio. Ele, “popular” como é, não lota uma Kombi.

E existe ainda outra diferença. Não quero meter a mão no bolso de ninguém.

Por Reinaldo Azevedo