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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Geraldo Almendra - 10/02/2012

O COLAPSO MORAL DE UMA SOCIEDADE

“A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores quem são consideradas essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salario mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve.” (Ex-presidente Lula em 2001 – Fonte: coluna Merval Pereira).
A intencional criminalização de qualquer movimento grevista pelo poder público demonstra que a relativização da Justiça sob o comando disfarçado do poder Executivo está chegando ao seu “estado da arte” no Regime Fascista que já domina o país.

Na prática já existe uma proibição “disfarçada” de greves como forma de reivindicação salarial ou outros direitos, e quando as mesmas acontecem começam a entrar em cena as forças cúmplices e opressoras do Estado Fascista para aniquilar com seus líderes.

As ordens são para humilhar e prender, se for necessário, todos os que recorrerem a greves para lutar por seus legítimos direitos, especialmente os líderes dos movimentos que serão tratados como bandidos.

Quem não se lembra da invasão de uma das dependências do Congresso com sua quase total destruição, entre centenas de exemplos que podem ser dados, especialmente, durante os desgovernos petistas, do reinado da impunidade para os cúmplices do petismo?

Ninguém foi punido e o líder da invasão, amigo do ex-presidente Lula se encontra ileso de qualquer tipo de enquadramento legal pelos atos de vandalismo do grupo que liderava na época. Seu processo deve se encontrar no fundo de uma gaveta de algum togado vestido de bandido ou de um bandido vestido de togado.

O caso do mensalão ficará na história do país de como uma gang conseguiu corromper todas as bases do poder público para se livrar da prisão.

As disparidades salariais no nosso país, se considerando apenas a remuneração do trabalho, são criminosas, com diversas classes de servidores públicos ganhando remunerações diretas e indiretas proibitivas, sem as necessárias contrapartidas de serviços públicos minimamente decentes para os que sustentam um poder público assemelhado, de forma quase sistemática, a um verdadeiro covil de bandidos, tendo em vista a quantidade de escândalos de corrupção que têm sido denunciados nos últimos anos e, com raríssimas exceções, com alguém sendo punido por uma justiça que não merece esse nome.

Há de se ressaltar que entre as classes privilegiadas certamente não estão as dos bombeiros, policiais civis e militares e, especialmente a dos professores públicos, que historicamente já aceitaram a humilhação salarial como normas de suas vidas graças ao sórdido corporativismo com o setor público que é praticado pelas suas associações de classes.

Enquanto líderes grevistas são presos tendo recusados seus pedidos de habeas corpus, milionários ladrões do dinheiro público tem tido o tratamento legal inverso e vivem com plena liberdade para atuar no submundo dos corredores dos podres poderes da República, para que seus processos sejam prescritos, as evidências e acusações sejam manipuladas, e seus crimes esquecidos pela sociedade, para que eles e seus cúmplices continuem roubando os contribuintes.

Mas o ponto mais importante a ressaltar é que são as Forças Armadas, humilhadas – qualificadas nos corredores petistas de “milicos de merda” – e depauperadas pelos desgovernos civis é que são agora chamadas para garantir a governabilidade de um país tomado pela degeneração moral nas relações públicas e privadas.

Por uma questão de disciplina militar que, incompreensivelmente, coloca em segundo plano o fato do ordenamento jurídico do país estar virando coisa de bandido, e sendo consumada a entrega do país a um regime socialista absolutamente corrupto disfarçado de neocapitalismo de Estado, as Forças Armadas estão demonstrando que estarão sempre a postos para coagir, reprimir, agredir, entre tantas outras possibilidades, até a de matar, se assim forem ordenadas, os que desafiarem de forma relevante o “status quo” de poder do Covil de Bandidos.

Queiram ou não, o comportamento médio da sociedade reflete a qualidade moral do seu poder público, pois é de lá que saem os exemplos dos desvios de conduta e da impunidade que são os maiores responsáveis pela contaminação das relações sociais no caminho da degeneração moral totalitária.

No momento em que o poder público se apresenta como um Covil de Bandidos, o resto da sociedade tende a imitá-lo, o que provoca a relativização do cumprimento dos códigos legais conforme os interesses mais sórdidos dos donos do poder.

Os mais fracos e com menos representatividade geralmente têm seus “desvios de conduta”, ou até de estrita obediência aos códigos legais, criminalizados por princípio, e os mais fortes – comunidades de esclarecidos canalhas que formam as burguesias e as oligarquias que dominam as relações públicas e privadas – devidamente protegidos pela associação espúria do poder Judiciário com a prostituição da política - fazem o que bem entendem, usufruindo, de forma vergonhosa, do império da impunidade, afiançada por um descarado fascismo que tem no poder Executivo seu ponto de referência para o projeto petista de domínio da sociedade.

No cenário em que estamos vivendo qualquer cidadão já tem o iminente risco de sofrer coações, ameaças e violências de constrangimentos dos seus atos de protesto, assim como de agressões físicas por nada menos do que “forças especiais” a serviço do Covil de Bandidos.

Ainda tem gente que acredita que vivemos em uma democracia sem se aperceber que, na realidade, estamos vivendo em uma corruptocracia comandada por um Regime Fascista.

Geraldo Almendra

10/02/2012

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