M Ktisti disse: maio 31, 2010 às 7:12 pm
Abaixo a resposta do jornalista israelense Yossi Lapid para o escritor palestino Anton Shamas
(traduzido do Francês):
“Shamas, meu amigo,
Um Estado que exporta sistemas sofisticados de computação e ensina estados sul americanos a plantar melões. Um Estado que exporta todos os meses produtos no valor de um bilhão de dólares para a Europa, EUA e mesmo Japão.
Uma democracia exemplar onde os ministros temem os controles e a prestação de contas e onde os juízes só temem a Deus.
Um Estado que possui um dos melhores exércitos do mundo.
Um estado onde há poucos crimes de sangue mas muitos excelentes concertos.
Onde os fiéis de todas as religiões gozam de liberdade de culto e onde mesmo os leigos são bem-vindos.10% dos cidadãos do pais são imigrantes novos; 89% acham que apesar de todas as dificuldades (e a Agência Judaica) , é um bom país para se viver.
Eis um Estado onde um Anton Shamas é um homem livre, em um dia de festa nacional, é livre de publicar um ataque virulento contra tudo que é caro aos judeus que vivem neste país.Shamas, será talvez capaz de nos perdoar tudo isso. Mas o que ele não agüenta, é o fato que, apresentados à luz das realizações do sionismo, as falhas dos árabes parecem tão humilhantes e deprimentes.
Quantos Palestinos há, meu amigo? Um milhão, dois? Três?E quantos Estados árabes te cercam? Vinte? Vinte países com reis e ditadores de terror e derramamento de sangue.
Não há uma só democracia árabe com liberdade de expressão e direitos cívicos. Você nos fala de fracasso do Estado de Israel comparado com quem? A Argélia, o Egito? O Iraque? Quantos Árabes há entre o Atlântico e o Golfo pérsico? Cem milhões? Duzentos?E quantos muçulmanos há? Um bilhão! E eles rezam ao mesmo Alá, em nome do mesmo profeta Maomé. E todos, tantos são e não conseguem resolver o problema do esgoto em Gaza!
Há 47 anos vocês se preparam para a independência palestina, e ainda não conseguem recolher o lixo doméstico de Jericó.
Apesar de todo o petróleo do mundo, não conseguem mobilizar a fraternidade árabe para construir um hospital em Deir Balah.
E todas as torneiras de ouro puro da Arábia Saudita e todas as Jacuzzis do Kuwait não bastam para fornecer água potável em Jabalya.
Isto posto, amigo, você sabe muito bem não é?Se um milhão de judeus vivessem em Gaza, esta cidade se tornaria um paraíso terrestre. Neste momento operários palestinos fariam fila para lá trabalhar.
Se houvesse um bilhão de judeus, os Judeus de Gaza não precisariam de esmola da ONU. Os Judeus do mundo cuidariam dos judeus de Gaza e Gaza seria há muito a pérola do Mediterrâneo.
Vamos lá, Anton Shamas, tudo isso você já sabe, e é bem isso que te exaspera.
É a inveja que te devora e te perde.
Assim, veja, o momento chegou de concluir com total franqueza, sem sentimento de vergonha e sem baixar os olhos: aquilo que não funcionou é a aventura palestina que terminou em fracasso total.
Em meio século, partindo de quase zero, os sionistas forjaram um Estado que lança seus próprios satélites no espaço e fornece à marinha americana aviões espiões sem piloto.
A língua hebraica (uma das maravilhas do sionismo) uniu os sabras aos refugiados dos campos, os judeus sefaradim e os judeus do leste e do oeste.
O sionismo é a maior ’success story’ do século XX!50 anos após a derrota de Hitler e do Mufti de Jerusalém, o sionismo vive e prospera no coração do Oriente Médio, num Estado com 4 e ½ milhões de judeus de cuja sobrevivência em certo momento se poderia duvidar.
Yossi Lapid”
Enviado por Sérgio Varuzza Filho
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
LULA VOCÊ É UM VIGARISTA
e-mail protocolado
To: protocolo@planalto.gov.br
Sent: Thursday, March 11, 2010 4:57 PM
Subject: Lula, você é um vigarista!
LULA, não lhe dispensarei o tratamento de senhoria, muito menos de excelência, porque não reconheço em você autoridade intelectual nem moral,
para ser meu presidente.
Sou um cidadão simples, com 62 anos de idade, revoltado com as bandalheiras, desmandos e roubalheiras patrocinadas pelo seu governo e aliados. Não sou filiado a nenhum partido político nem tenho pretensões de concorrer a qualquer cargo público. Sou um brasileiro indignado que se rebela por perceber que este país não oferecerá aos meus filhos e netos um lugar decente para viver. Hoje, eu sinto vergonha de ser brasileiro por ver meu país ter um governo e aliados tão desonestos, tão sem escrúpulos, tão mentirosos e tão corruptos. Tenho certeza que, conhecendo os métodos praticados pela bandidagem que o cerca, estou colocando em risco minha integridade física, quem sabe minha vida. Mas só covardes aceitam se submeter a governos canalhas e corruptos como o seu.
Usarei o mesmo linguajar rasteiro que você sempre usou e que ainda utiliza hoje para se referir aos adversários políticos do presente, pois os do passado, de "bandidos" viraram "mocinhos". Dito isto, vamos ao que interessa. Tenho certeza que milhões de brasileiros gostariam de lhe
dizer a mesma coisa.
Quero dizer que não lhe devo nenhum respeito, pois um presidente que fala o que quer, ouve o que não quer. Um presidente que classifica de idiota quem discorda das suas políticas populistas que estão transformando o Brasil num país de vagabundos, que usa palavrões e termos chulos sem nenhum constrangimento, que se ufana de ter estudado pouco, não falar outro idioma e ter se tonado presidente e, com isto, indiretamente, induzir a população a crer que não é preciso estudar nem trabalhar para vencer na vida, não merece meu respeito.
Um presidente que rebaixou a instituição Presidência da República e as instituições políticas aos níveis mais baixos jamais vistos, não merece meu respeito. Quem se aliou à escória da política brasileira, de quem dizia cobras e lagartos no passado, não merece meu respeito. Um presidente que agride e desrespeita os políticos da oposição e, indiretamente, seus eleitores, como você tem desrespeitado sistematicamente, não merece meu respeito. Um presidente cujo partido tomou de assalto a máquina pública com o único objetivo de agradar os seus companheiros militantes, não merece meu respeito. Um presidente de um partido que passou 25 anos se vendendo como o paradigma e o paladino da moralidade e da ética na política e que, uma vez chegando ao poder, se mostrou o governo mais corrupto e mais mentiroso que o país já teve (além de dizer que no passado fazia bravatas), não merece meu respeito.
Um presidente que procura jogar brasileiros contra brasileiros, estimulando o ódio entre as pessoas, que menospreza e ofende aqueles que são mais bem sucedidos intelectualmente ou financeiramente como se fosse deles a culpa pelo infortúnio dos menos favorecidos, não merece meu respeito. Esquece que , na maioria das vezes, aqueles conquistaram seu lugar ao sol com muito estudo, trabalho e dedicação, enquanto os últimos, também na maioria das vezes, preferiram levar uma vida sem esforço ou ficaram parasitando os trabalhadores em algum sindicato.
1. Você é um demagogo, mentiroso, sem caráter, além de corrupto. Você não tem vergonha na cara. Dizer que nunca sabe nada sobre as maracutaias do seu governo e do seu partido, é a maior mentira já aplicada neste país. Não é José Dirceu o chefe da quadrilha, é você. Não sou eu que o acusa de ladrão. São ex-companheiros seus. Ou você nega as acusações que lhe fizeram fundadores do PT os ex-petistas Paulo de Tarso Venceslau - ex-secretário da Fazenda sobre a roubalheira na prefeitura de São José dos Campos, e Cezar Benjamim, coordenador das duas primeiras campanhas do PT à presidência da república, sobre o roubo de recursos do FAT? Você nega? Se fosse mentira, porque você não os processou? Por que você não processou Frei Beto que se afastou enojado do que viu?
2. Quando ocorreram as enchentes catastróficas em S. Catarina, você apareceu lá quantos dias depois? 10, 15? Todas as vítimas já receberam o auxílio que lhes foi prometido?
- Quando ocorreram os deslizamentos em Angra dos Reis você nem apareceu por lá. Ou apareceu? Quantos dias depois?
- Quando acorreu o acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, você apareceu lá?
Agora, para aparecer para mídia internacional, você se apressou e dois dias após o terremoto no Chile já estava lá.
3. Outras atitudes canalhas: enquanto muitos estados e municípios necessitam de ajuda financeira para resolver seus problemas, seu governo cria dificuldades para auxiliá-los pelo simples fato dos governantes serem de oposição. Levantamentos mostram que a maior parte dos recursos liberada pelo seu governo foi para prefeituras administradas pelo PT.
Além disto, há falta de hospitais, escolas, presídios, condições dignas de trabalho na área de saúde, a segurança é um caos, o tráfico de drogas nunca se expandiu tanto, e tantos outros desmandos e descasos. Os aposentados veem a cada ano o seu rendimento diminuir.
Entretanto, você ordena que o BNDES financie o genocida do Fidel, o cocaleiro do Morales, o louco do Chávez. Quantos bilhões de dólares foram emprestados?
1, 2 ou mais?
E o perdão das dívidas com o Brasil contraídas por republiquetas bananeiras governadas (a maioria) por ditadores, genocidas e corruptos? Foram quantos milhões de dólares? 800 milhões?
Tudo isto é um escárnio com a população brasileira.
E o que dizer sobre a declarada intenção da compra de 36 caças Rafale pelo mesmo preço que a Índia pagará por 126, conforme noticiado? Ou por preço bem superior aos oferecidos pelos Estados Unidos e Suécia? Dizer que é por questões estratégicas? Tenha dó! Não julgue todos os brasileiros idiotas como é a maioria dos seus eleitores.
4. E o aparelhamento do Estado por petistas? Não há nenhuma preocupação com o inchaço da máquina pública, desde que isto proporcione à "cumpanherada" um estilo de vida que sempre condenaram. Hoje, a maioria dos petistas aboletados em ministérios e estatais formam uma nova classe: a dos burgueses do capital alheio
5. Por que foi barrada a CPI da Petrobrás? Medo de que seja descoberto o maior desvio de dinheiro público jamais visto no país?
6. Quando os boxeadores cubanos requereram asilo político ao Brasil durante os jogos do Pan, você agiu rápido: mandou prendê-los e deportá-los no dia seguinte para Cuba num avião cedido por Chávez, para agradar seu ídolo Fidel. Diga-se que a concessão de asilo político é uma das mais dignas e respeitáveis ações internacionais que um governo democrático pode e deve exercer, principalmente quando o pleiteador do asilo quer fugir de uma ditadura.
Por outro lado, certamente, você concederá refúgio a um criminoso frio e cruel, numa afronta ao povo, ao Governo e ao Judiciário italianos.
E o que dizer sobre as frases pronunciadas por você a respeito do dissidente cubano? Que o infeliz morreu porque parou de comer!!. É um deboche! Ele preferiu morrer a viver sob uma ditadura, estúpido!! Afirmar que se tornou comum dizerem que lhe mandam cartas, mas que as guardam para si, e que é preciso protocolá-las, é de uma safadeza inaceitável. Pois eu estou protocolando esta minha manifestação de revolta e indignação. Quero ver se os seus assessores a farão chegar ao destino. Quem não quis receber os portadores da carta dos dissidentes cubanos foram funcionários do megalonanico Celso Amorim. Precisava carta, se a imprensa mundial noticiou repetidamente que o Zapatta estava há semanas em greve de fome? Precisava? Por que você não telefonou para seu amigo Fidel e intercedeu pela liberdade do infeliz? E o caso mais recente: você pergunta o que seria do Brasil se os bandidos de S. Paulo resolvessem fazer greve de fome para serem libertados. Comparar dissidentes cubanos, cujo "crime" é o de discordar da ditadura castrista, com bandidos e criminosos comuns do Brasil, é uma afronta. É julgar todos os brasileiros como se fossem imbecis. De forma cínica e desumana, o seu governo não votou a favor da condenação, na ONU, do genocida ditador do Sudão, que matou mais de 300.000 compatriotas em Darfur. Governantes que se dizem defensores da democracia, mas que se aliam a ditadores, genocidas e violadores dos direitos humanos, não passam de patifes e pessoas sem caráter. Dizem uma coisa e fazem outra.
7. E o circo promovido com relação a Honduras? Você e seus áulicos Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim envergonham o Brasil. Insistir que quem deu um golpe foram os militares hondurenhos, é de uma desonestidade monumental. A verdade é que o fanfarrão do Zelaya quis violar a Constituição daquele país. No Brasil, os seus capangas seguidamente tentam alterar a Constituição para amordaçar o Legislativo, o Judiciário e a imprensa.
8. Por que você não assume que o PT é sócio de traficantes de drogas? Ou o PT não é sócio das FARC na mesma organização narco-terrorista que é o Foro de São Paulo? Desminta que você e Marco Aurélio Garcia assinaram a ata de fundação do Foro de São Paulo, junto com as FARC e outras organizações esquerdistas, comunistas e terroristas, no início dos anos 1990, logo que caiu o Muro de Berlim.
9. E as mentiras escandalosas sobre o PAC. A farsa foi desmascarada há muito tempo pela oposição e num editorial do Estadão. Não bastasse incluir obras construídas e financiadas por estados, municípios e empresas privadas, agora, conforme denuncia a Folha, dados sobre as obras do PAC são fraudados.
Aliás, a dissimulação, a mentira, a calúnia, a injúria e a difamação, são os instrumentos preferidos pela maioria dos petistas para fazer política e atingir seus adversários. Veja o que fizeram contra o ex-presidente FHC, sua esposa Da. Ruth, contra o então candidato Serra (quando candidato ao governo de São Paulo), contra o Eduardo Jorge e tantos outros políticos.
Quando o governador José Serra apresenta uma maquete de uma obra que pretende licitar e construir (uma ponte ligando Santos à Guarujá) você, de forma mentirosa e canalha, diz nas TVs "que já estão inaugurando até maquete"! Que falta de caráter! Que vigarice!
Nem pessoas comuns escapam incólumes à fúria de calúnias e difamações, quando simplesmente se posicionam contra as bandalheiras de seu governo ou, - que pecado mortal! - não são petistas.
Explique todas estas canalhices, grande líder mundial. Líder só para gente como você ou desinformados, ou idiotas ou corruptos, que não sabem onde foram cair a partir de 2003: nas mãos de um bando de sindicalistas parasitas, ou oportunistas, guerrilheiros, assaltantes de bancos, comunistas recalcados e corruptos. O leque é bastante amplo para escolher em que categoria cada um se enquadra.
Líder para uma maioria absoluta de jornalistas cooptados sabe-se lá por quais motivos e meios.
Você está transformando o Brasil numa republiqueta vagabunda, em vez de um país em que a ética, a honestidade, o respeito à honra das pessoas e o amor à pátria, à verdade e à liberdade sejam os alicerces em que deve se sustentar uma grande Nação. Você está acabando com a dignidade das pessoas. Não basta que as pessoas tenham o que comer. Elas precisam também de um alimento para a sua alma, o seu espírito, para que possam realmente ter uma consciência de civismo, de patriotismo e de nacionalidade. E este alimento é a dignidade moral.
Se a comunidade internacional soubesse verdadeiramente o que é o governo Lula, jamais faria o juízo que faz a seu respeito.
Se Deus quiser, o povo brasileiro se dará conta do embuste que é o seu governo e dispensará para sempre esta corja que o cerca e que hoje está no poder. A não ser que a maioria seja de desinformados, idiotas, ignorantes ou corruptos.
Sem nenhum respeito e admiração.
Delmar Philippsen
To: protocolo@planalto.gov.br
Sent: Thursday, March 11, 2010 4:57 PM
Subject: Lula, você é um vigarista!
LULA, não lhe dispensarei o tratamento de senhoria, muito menos de excelência, porque não reconheço em você autoridade intelectual nem moral,
para ser meu presidente.
Sou um cidadão simples, com 62 anos de idade, revoltado com as bandalheiras, desmandos e roubalheiras patrocinadas pelo seu governo e aliados. Não sou filiado a nenhum partido político nem tenho pretensões de concorrer a qualquer cargo público. Sou um brasileiro indignado que se rebela por perceber que este país não oferecerá aos meus filhos e netos um lugar decente para viver. Hoje, eu sinto vergonha de ser brasileiro por ver meu país ter um governo e aliados tão desonestos, tão sem escrúpulos, tão mentirosos e tão corruptos. Tenho certeza que, conhecendo os métodos praticados pela bandidagem que o cerca, estou colocando em risco minha integridade física, quem sabe minha vida. Mas só covardes aceitam se submeter a governos canalhas e corruptos como o seu.
Usarei o mesmo linguajar rasteiro que você sempre usou e que ainda utiliza hoje para se referir aos adversários políticos do presente, pois os do passado, de "bandidos" viraram "mocinhos". Dito isto, vamos ao que interessa. Tenho certeza que milhões de brasileiros gostariam de lhe
dizer a mesma coisa.
Quero dizer que não lhe devo nenhum respeito, pois um presidente que fala o que quer, ouve o que não quer. Um presidente que classifica de idiota quem discorda das suas políticas populistas que estão transformando o Brasil num país de vagabundos, que usa palavrões e termos chulos sem nenhum constrangimento, que se ufana de ter estudado pouco, não falar outro idioma e ter se tonado presidente e, com isto, indiretamente, induzir a população a crer que não é preciso estudar nem trabalhar para vencer na vida, não merece meu respeito.
Um presidente que rebaixou a instituição Presidência da República e as instituições políticas aos níveis mais baixos jamais vistos, não merece meu respeito. Quem se aliou à escória da política brasileira, de quem dizia cobras e lagartos no passado, não merece meu respeito. Um presidente que agride e desrespeita os políticos da oposição e, indiretamente, seus eleitores, como você tem desrespeitado sistematicamente, não merece meu respeito. Um presidente cujo partido tomou de assalto a máquina pública com o único objetivo de agradar os seus companheiros militantes, não merece meu respeito. Um presidente de um partido que passou 25 anos se vendendo como o paradigma e o paladino da moralidade e da ética na política e que, uma vez chegando ao poder, se mostrou o governo mais corrupto e mais mentiroso que o país já teve (além de dizer que no passado fazia bravatas), não merece meu respeito.
Um presidente que procura jogar brasileiros contra brasileiros, estimulando o ódio entre as pessoas, que menospreza e ofende aqueles que são mais bem sucedidos intelectualmente ou financeiramente como se fosse deles a culpa pelo infortúnio dos menos favorecidos, não merece meu respeito. Esquece que , na maioria das vezes, aqueles conquistaram seu lugar ao sol com muito estudo, trabalho e dedicação, enquanto os últimos, também na maioria das vezes, preferiram levar uma vida sem esforço ou ficaram parasitando os trabalhadores em algum sindicato.
1. Você é um demagogo, mentiroso, sem caráter, além de corrupto. Você não tem vergonha na cara. Dizer que nunca sabe nada sobre as maracutaias do seu governo e do seu partido, é a maior mentira já aplicada neste país. Não é José Dirceu o chefe da quadrilha, é você. Não sou eu que o acusa de ladrão. São ex-companheiros seus. Ou você nega as acusações que lhe fizeram fundadores do PT os ex-petistas Paulo de Tarso Venceslau - ex-secretário da Fazenda sobre a roubalheira na prefeitura de São José dos Campos, e Cezar Benjamim, coordenador das duas primeiras campanhas do PT à presidência da república, sobre o roubo de recursos do FAT? Você nega? Se fosse mentira, porque você não os processou? Por que você não processou Frei Beto que se afastou enojado do que viu?
2. Quando ocorreram as enchentes catastróficas em S. Catarina, você apareceu lá quantos dias depois? 10, 15? Todas as vítimas já receberam o auxílio que lhes foi prometido?
- Quando ocorreram os deslizamentos em Angra dos Reis você nem apareceu por lá. Ou apareceu? Quantos dias depois?
- Quando acorreu o acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, você apareceu lá?
Agora, para aparecer para mídia internacional, você se apressou e dois dias após o terremoto no Chile já estava lá.
3. Outras atitudes canalhas: enquanto muitos estados e municípios necessitam de ajuda financeira para resolver seus problemas, seu governo cria dificuldades para auxiliá-los pelo simples fato dos governantes serem de oposição. Levantamentos mostram que a maior parte dos recursos liberada pelo seu governo foi para prefeituras administradas pelo PT.
Além disto, há falta de hospitais, escolas, presídios, condições dignas de trabalho na área de saúde, a segurança é um caos, o tráfico de drogas nunca se expandiu tanto, e tantos outros desmandos e descasos. Os aposentados veem a cada ano o seu rendimento diminuir.
Entretanto, você ordena que o BNDES financie o genocida do Fidel, o cocaleiro do Morales, o louco do Chávez. Quantos bilhões de dólares foram emprestados?
1, 2 ou mais?
E o perdão das dívidas com o Brasil contraídas por republiquetas bananeiras governadas (a maioria) por ditadores, genocidas e corruptos? Foram quantos milhões de dólares? 800 milhões?
Tudo isto é um escárnio com a população brasileira.
E o que dizer sobre a declarada intenção da compra de 36 caças Rafale pelo mesmo preço que a Índia pagará por 126, conforme noticiado? Ou por preço bem superior aos oferecidos pelos Estados Unidos e Suécia? Dizer que é por questões estratégicas? Tenha dó! Não julgue todos os brasileiros idiotas como é a maioria dos seus eleitores.
4. E o aparelhamento do Estado por petistas? Não há nenhuma preocupação com o inchaço da máquina pública, desde que isto proporcione à "cumpanherada" um estilo de vida que sempre condenaram. Hoje, a maioria dos petistas aboletados em ministérios e estatais formam uma nova classe: a dos burgueses do capital alheio
5. Por que foi barrada a CPI da Petrobrás? Medo de que seja descoberto o maior desvio de dinheiro público jamais visto no país?
6. Quando os boxeadores cubanos requereram asilo político ao Brasil durante os jogos do Pan, você agiu rápido: mandou prendê-los e deportá-los no dia seguinte para Cuba num avião cedido por Chávez, para agradar seu ídolo Fidel. Diga-se que a concessão de asilo político é uma das mais dignas e respeitáveis ações internacionais que um governo democrático pode e deve exercer, principalmente quando o pleiteador do asilo quer fugir de uma ditadura.
Por outro lado, certamente, você concederá refúgio a um criminoso frio e cruel, numa afronta ao povo, ao Governo e ao Judiciário italianos.
E o que dizer sobre as frases pronunciadas por você a respeito do dissidente cubano? Que o infeliz morreu porque parou de comer!!. É um deboche! Ele preferiu morrer a viver sob uma ditadura, estúpido!! Afirmar que se tornou comum dizerem que lhe mandam cartas, mas que as guardam para si, e que é preciso protocolá-las, é de uma safadeza inaceitável. Pois eu estou protocolando esta minha manifestação de revolta e indignação. Quero ver se os seus assessores a farão chegar ao destino. Quem não quis receber os portadores da carta dos dissidentes cubanos foram funcionários do megalonanico Celso Amorim. Precisava carta, se a imprensa mundial noticiou repetidamente que o Zapatta estava há semanas em greve de fome? Precisava? Por que você não telefonou para seu amigo Fidel e intercedeu pela liberdade do infeliz? E o caso mais recente: você pergunta o que seria do Brasil se os bandidos de S. Paulo resolvessem fazer greve de fome para serem libertados. Comparar dissidentes cubanos, cujo "crime" é o de discordar da ditadura castrista, com bandidos e criminosos comuns do Brasil, é uma afronta. É julgar todos os brasileiros como se fossem imbecis. De forma cínica e desumana, o seu governo não votou a favor da condenação, na ONU, do genocida ditador do Sudão, que matou mais de 300.000 compatriotas em Darfur. Governantes que se dizem defensores da democracia, mas que se aliam a ditadores, genocidas e violadores dos direitos humanos, não passam de patifes e pessoas sem caráter. Dizem uma coisa e fazem outra.
7. E o circo promovido com relação a Honduras? Você e seus áulicos Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim envergonham o Brasil. Insistir que quem deu um golpe foram os militares hondurenhos, é de uma desonestidade monumental. A verdade é que o fanfarrão do Zelaya quis violar a Constituição daquele país. No Brasil, os seus capangas seguidamente tentam alterar a Constituição para amordaçar o Legislativo, o Judiciário e a imprensa.
8. Por que você não assume que o PT é sócio de traficantes de drogas? Ou o PT não é sócio das FARC na mesma organização narco-terrorista que é o Foro de São Paulo? Desminta que você e Marco Aurélio Garcia assinaram a ata de fundação do Foro de São Paulo, junto com as FARC e outras organizações esquerdistas, comunistas e terroristas, no início dos anos 1990, logo que caiu o Muro de Berlim.
9. E as mentiras escandalosas sobre o PAC. A farsa foi desmascarada há muito tempo pela oposição e num editorial do Estadão. Não bastasse incluir obras construídas e financiadas por estados, municípios e empresas privadas, agora, conforme denuncia a Folha, dados sobre as obras do PAC são fraudados.
Aliás, a dissimulação, a mentira, a calúnia, a injúria e a difamação, são os instrumentos preferidos pela maioria dos petistas para fazer política e atingir seus adversários. Veja o que fizeram contra o ex-presidente FHC, sua esposa Da. Ruth, contra o então candidato Serra (quando candidato ao governo de São Paulo), contra o Eduardo Jorge e tantos outros políticos.
Quando o governador José Serra apresenta uma maquete de uma obra que pretende licitar e construir (uma ponte ligando Santos à Guarujá) você, de forma mentirosa e canalha, diz nas TVs "que já estão inaugurando até maquete"! Que falta de caráter! Que vigarice!
Nem pessoas comuns escapam incólumes à fúria de calúnias e difamações, quando simplesmente se posicionam contra as bandalheiras de seu governo ou, - que pecado mortal! - não são petistas.
Explique todas estas canalhices, grande líder mundial. Líder só para gente como você ou desinformados, ou idiotas ou corruptos, que não sabem onde foram cair a partir de 2003: nas mãos de um bando de sindicalistas parasitas, ou oportunistas, guerrilheiros, assaltantes de bancos, comunistas recalcados e corruptos. O leque é bastante amplo para escolher em que categoria cada um se enquadra.
Líder para uma maioria absoluta de jornalistas cooptados sabe-se lá por quais motivos e meios.
Você está transformando o Brasil numa republiqueta vagabunda, em vez de um país em que a ética, a honestidade, o respeito à honra das pessoas e o amor à pátria, à verdade e à liberdade sejam os alicerces em que deve se sustentar uma grande Nação. Você está acabando com a dignidade das pessoas. Não basta que as pessoas tenham o que comer. Elas precisam também de um alimento para a sua alma, o seu espírito, para que possam realmente ter uma consciência de civismo, de patriotismo e de nacionalidade. E este alimento é a dignidade moral.
Se a comunidade internacional soubesse verdadeiramente o que é o governo Lula, jamais faria o juízo que faz a seu respeito.
Se Deus quiser, o povo brasileiro se dará conta do embuste que é o seu governo e dispensará para sempre esta corja que o cerca e que hoje está no poder. A não ser que a maioria seja de desinformados, idiotas, ignorantes ou corruptos.
Sem nenhum respeito e admiração.
Delmar Philippsen
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Salvadores da pátria.
Por Haroldo P. Barboza
Praticamente não há mais o que se fazer em relação à provável fraude montada para as eleições. Mesmo um grupo coeso não terá meios de impugnar o processo. Ainda mais que o órgão (TSE) que define as regras do evento é quem julga as interpelações daqueles que se sentem prejudicados por alguma conduta falha dentro do processo! O cenário será mantido em estado de espera até que o fato esteja consumado e os jornais anunciem que a “democracia”(?) deu mais um passo à frente (rumo ao abismo?). Somente um milagre que pudesse detonar simultaneamente os explosivos contidos dentro de nossa indignação com esta caminhada em direção à moradia final poderia estancar o sangue que escorre de nossa dignidade pisoteada. Mas o interesse do povo é saber se o atleta X está com os salários em dia para jogar com seriedade na copa de futebol. O próprio salário (minguado e atrasado) não faz diferença para quem foi doutrinado a viver na lama.
O caixão é o Brasil. O cadáver é a nossa sociedade. E se Jesus tiver de voltar, não será aqui. Estão precisando dele com urgência lá no Oriente Médio. Se bem que agora um “zeroglota” (conversando com turco, chinês e russo) está intermediando acordo nuclear mundial, apesar de não entender nem de energia elétrica nacional.
Acontece que nossa sociedade está em estado terminal. Perdeu a capacidade de reação espontânea. Os mais velhos (acima de 60 anos) naturalmente se acomodam alegando que têm uma família para cuidar e não podem participar de aventuras sem um final claramente definido. Com sua experiência, vão conduzindo a vida apertando um furo do cinto a cada semestre. Cortam o lazer, alimentos de maior poder nutritivo, deixam de cuidar dos dentes, trocam o carro atual por um menos equipado a cada 8 anos, deixam de participar de cursos que possam melhorar seus conhecimentos profissionais e reduzem os presentes de Natal. Passam a comprar jornal somente aos domingos. Prolongam o tempo de vida das roupas em uso. A cada mês sorteiam qual prestação ficará em atraso. Ao receber o décimo terceiro não poderão realizar o sonho alimentado com a família. Quitarão suas dívidas pois são honestos e não desejam ser confundidos com os políticos profissionais.
Pelo menos isto.
Os jovens (entre 20 e 59 anos) com poder de perceber o negro manto que já nos envolve, estão angustiados pela quebra da unidade familiar, estão confusos com as atrocidades praticadas impunemente pelas autoridades (contrariando o aprendizado escolar que afirma que as leis são iguais para todos), estão dando topadas no escuro tentando encontrar a porta do primeiro sub-emprego e mal possuem resistência para combater as drogas que corrompem o caráter da mocidade. O pouco de entusiasmo que possuem pela força da idade, desperdiçam em brigas nos estádios de futebol e bailes noturnos. A turma da Rua Alzira que consegue agregar 30 mil pessoas para festejar a seleção de futebol, não canaliza este potencial para iniciar uma cruzada cívica a favor de nossa pátria. Jornais independentes como a Tribuna da Imprensa (RJ - já fechado) lutam com dificuldade para levantar a voz em nossa defesa, que é abafada pelas manchetes exibindo mulheres nuas e botinudos que fazem gol de canela.
A maior parte da população, sem cultura suficiente para perceber que é manobrada, esbraveja para acompanhar o líder comunitário, o radialista de boa penetração ou as vozes dos artistas das novelas que paulatinamente efetuam a lavagem cerebral que destrói os valores familiares que nossos avós tentam preservar numa luta inglória. Vibram de prazer quando um sujeito que balbucia 5 palavras no “Big Besta Brasil” é chamado de “gênio” pelo Pedro Bilal. Deliram se este elemento aparece de cueca em frente às câmeras.
A grandiosidade do nosso território também não contribui para um movimento unitário organizado numa cruzada cívica para exigir lisura do pleito. Se isto fosse possível, já se teria detonado movimentos no sentido de evitar que os administradores vendessem nossas empresas estratégicas e aprovassem leis em benefício dos estrangeiros que emprestam dinheiro a juros extorsivos, indecentes e impagáveis. Já se teria realizado um levante contra as medidas que massacram nosso povo e condenam os menos afortunados a morrerem de fome ou de doenças que já foram debeladas há mais de 100 anos em países do 6o. mundo. O único meio de congregar a sociedade numa direção única em defesa de seus símbolos é a mídia coordenada pela tv, com apoio do rádio e dos jornais. Ocorre que estes veículos estão nas mãos dos que patrocinam a estadia permanente dos abutres que preparam a cova profunda onde seremos jogados quando terminarem de sugar nosso já ralo sangue. Poucos jornalistas de credibilidade se arriscam a alfinetar o sistema eletrônico de votação. As entidades religiosas estão às voltas com seus pedófilos expostos para desacreditar as palavras dos que ainda honram a vocação. As entidades civis, perdendo adeptos a cada dia, mal suportam pagar as despesas mensais para se manterem ativas e então, se sujeitam a não protestar para não terem seus títulos dormindo nos cartórios de execução (caso da UNE). As forças militares estão exauridas por falta de alimentação de seus soldados, que procuram sobreviver desviando armas para quadrilhas da periferia onde residem em precárias condições. A família está destroçada em função da ação criminosa das falsas ongs que defendem direitos humanos (apenas de criminosos) e pela tv que exibe com repetição progressiva (com apresentadoras bonitinhas) os atos que deitam por terra os valores morais que poderiam manter elevado o orgulho de termos nascido nesta terra abençoada.
Basicamente não temos mais com quem absorver conselhos de conduta para limpar o caminho do futuro de nossos herdeiros. Já nos acomodamos e apenas torcemos que eles consigam prosseguir com poucos ferimentos na alma. Nossa última arma é o título de eleitor, que não sabemos usar. Nossa última bala é o voto NULO, que não sabemos perceber seu alto poder num momento de desespero. Nem temos certeza se eles os contabilizarão e exibirão o montante acumulado se o mesmo for motivo de vergonha para o país, demonstrando a insatisfação do povo com o elenco de pilantras que se rotulam de salvadores da pátria.
Pela força que tais elementos fazem para evitar que o projeto “ficha-limpa” tenha sucesso e pelo silêncio do povo em relação ao fato (na Argentina bateriam panelas), podemos concluir que se grupos criminosos inscreverem suas siglas no cenário político, certamente montarão grandes bancadas dentro das fétidas casas legislativas.
E a partir daí, não mais precisarão pular muros eletrificados para entrar em NOSSAS casas.
Praticamente não há mais o que se fazer em relação à provável fraude montada para as eleições. Mesmo um grupo coeso não terá meios de impugnar o processo. Ainda mais que o órgão (TSE) que define as regras do evento é quem julga as interpelações daqueles que se sentem prejudicados por alguma conduta falha dentro do processo! O cenário será mantido em estado de espera até que o fato esteja consumado e os jornais anunciem que a “democracia”(?) deu mais um passo à frente (rumo ao abismo?). Somente um milagre que pudesse detonar simultaneamente os explosivos contidos dentro de nossa indignação com esta caminhada em direção à moradia final poderia estancar o sangue que escorre de nossa dignidade pisoteada. Mas o interesse do povo é saber se o atleta X está com os salários em dia para jogar com seriedade na copa de futebol. O próprio salário (minguado e atrasado) não faz diferença para quem foi doutrinado a viver na lama.
O caixão é o Brasil. O cadáver é a nossa sociedade. E se Jesus tiver de voltar, não será aqui. Estão precisando dele com urgência lá no Oriente Médio. Se bem que agora um “zeroglota” (conversando com turco, chinês e russo) está intermediando acordo nuclear mundial, apesar de não entender nem de energia elétrica nacional.
Acontece que nossa sociedade está em estado terminal. Perdeu a capacidade de reação espontânea. Os mais velhos (acima de 60 anos) naturalmente se acomodam alegando que têm uma família para cuidar e não podem participar de aventuras sem um final claramente definido. Com sua experiência, vão conduzindo a vida apertando um furo do cinto a cada semestre. Cortam o lazer, alimentos de maior poder nutritivo, deixam de cuidar dos dentes, trocam o carro atual por um menos equipado a cada 8 anos, deixam de participar de cursos que possam melhorar seus conhecimentos profissionais e reduzem os presentes de Natal. Passam a comprar jornal somente aos domingos. Prolongam o tempo de vida das roupas em uso. A cada mês sorteiam qual prestação ficará em atraso. Ao receber o décimo terceiro não poderão realizar o sonho alimentado com a família. Quitarão suas dívidas pois são honestos e não desejam ser confundidos com os políticos profissionais.
Pelo menos isto.
Os jovens (entre 20 e 59 anos) com poder de perceber o negro manto que já nos envolve, estão angustiados pela quebra da unidade familiar, estão confusos com as atrocidades praticadas impunemente pelas autoridades (contrariando o aprendizado escolar que afirma que as leis são iguais para todos), estão dando topadas no escuro tentando encontrar a porta do primeiro sub-emprego e mal possuem resistência para combater as drogas que corrompem o caráter da mocidade. O pouco de entusiasmo que possuem pela força da idade, desperdiçam em brigas nos estádios de futebol e bailes noturnos. A turma da Rua Alzira que consegue agregar 30 mil pessoas para festejar a seleção de futebol, não canaliza este potencial para iniciar uma cruzada cívica a favor de nossa pátria. Jornais independentes como a Tribuna da Imprensa (RJ - já fechado) lutam com dificuldade para levantar a voz em nossa defesa, que é abafada pelas manchetes exibindo mulheres nuas e botinudos que fazem gol de canela.
A maior parte da população, sem cultura suficiente para perceber que é manobrada, esbraveja para acompanhar o líder comunitário, o radialista de boa penetração ou as vozes dos artistas das novelas que paulatinamente efetuam a lavagem cerebral que destrói os valores familiares que nossos avós tentam preservar numa luta inglória. Vibram de prazer quando um sujeito que balbucia 5 palavras no “Big Besta Brasil” é chamado de “gênio” pelo Pedro Bilal. Deliram se este elemento aparece de cueca em frente às câmeras.
A grandiosidade do nosso território também não contribui para um movimento unitário organizado numa cruzada cívica para exigir lisura do pleito. Se isto fosse possível, já se teria detonado movimentos no sentido de evitar que os administradores vendessem nossas empresas estratégicas e aprovassem leis em benefício dos estrangeiros que emprestam dinheiro a juros extorsivos, indecentes e impagáveis. Já se teria realizado um levante contra as medidas que massacram nosso povo e condenam os menos afortunados a morrerem de fome ou de doenças que já foram debeladas há mais de 100 anos em países do 6o. mundo. O único meio de congregar a sociedade numa direção única em defesa de seus símbolos é a mídia coordenada pela tv, com apoio do rádio e dos jornais. Ocorre que estes veículos estão nas mãos dos que patrocinam a estadia permanente dos abutres que preparam a cova profunda onde seremos jogados quando terminarem de sugar nosso já ralo sangue. Poucos jornalistas de credibilidade se arriscam a alfinetar o sistema eletrônico de votação. As entidades religiosas estão às voltas com seus pedófilos expostos para desacreditar as palavras dos que ainda honram a vocação. As entidades civis, perdendo adeptos a cada dia, mal suportam pagar as despesas mensais para se manterem ativas e então, se sujeitam a não protestar para não terem seus títulos dormindo nos cartórios de execução (caso da UNE). As forças militares estão exauridas por falta de alimentação de seus soldados, que procuram sobreviver desviando armas para quadrilhas da periferia onde residem em precárias condições. A família está destroçada em função da ação criminosa das falsas ongs que defendem direitos humanos (apenas de criminosos) e pela tv que exibe com repetição progressiva (com apresentadoras bonitinhas) os atos que deitam por terra os valores morais que poderiam manter elevado o orgulho de termos nascido nesta terra abençoada.
Basicamente não temos mais com quem absorver conselhos de conduta para limpar o caminho do futuro de nossos herdeiros. Já nos acomodamos e apenas torcemos que eles consigam prosseguir com poucos ferimentos na alma. Nossa última arma é o título de eleitor, que não sabemos usar. Nossa última bala é o voto NULO, que não sabemos perceber seu alto poder num momento de desespero. Nem temos certeza se eles os contabilizarão e exibirão o montante acumulado se o mesmo for motivo de vergonha para o país, demonstrando a insatisfação do povo com o elenco de pilantras que se rotulam de salvadores da pátria.
Pela força que tais elementos fazem para evitar que o projeto “ficha-limpa” tenha sucesso e pelo silêncio do povo em relação ao fato (na Argentina bateriam panelas), podemos concluir que se grupos criminosos inscreverem suas siglas no cenário político, certamente montarão grandes bancadas dentro das fétidas casas legislativas.
E a partir daí, não mais precisarão pular muros eletrificados para entrar em NOSSAS casas.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Hugo Chavez em franca implosão na Venezuela
Por FRANCISCO VIANNA em 27 de maio de 2010 – com base no artigo de Jackson Diehl para o jornal liberal americano “The Washington Post” e outras fontes da mídia internacional. Os links (em azul e sublinhados) levam a textos em inglês.
Hugo Chávez está se recolhendo com o rabo entre as pernas – não tem viajado, não tem vituperado suas diatribes em discursos na ONU. O tenente coronel parece, estranhamente, quieto.
A administração Obama, que chegou a prometer “enquadrar” o caudilho venezuelano, está, ao contrário, calmamente, o evitando. Há uma razão simples para isso: a implosão do “socialismo bolivariano do século XXI” de Chávez está se acelerando.
Os números divulgados nesta terça feira última pelo Banco Central da Venezuela, controlado pela ditadura já nem tanto disfarçada de Chávez, retratou uma economia que está completamente fora de sintonia com o resto da região – e talvez a única no mundo com tamanho grau de angústia e sofrimento para o seu povo. O PIB caiu 5,8 % no primeiro quadrimestre, enquanto a inflação permaneceu em 30% ao ano. O investimento privado despencou em 27,9 % e o capital que não está na mão do estado continua a fugir do país em ritmo acelerado.
Economistas não vinculados ao governo - é claro - suspeitam que a contração econômica seja ainda pior do que a indicada pelos números oficiais, que alegam serem manipuladas pelo Banco Central. Mas, presumamos que eles sejam corretos e fidedignos. O declínio vertiginoso da Venezuela contrasta com o crescimento no mesmo quadrimestre de 8 % ocorrido no Brasil, na Argentina e no México. Tal crescimento excede confortavelmente o colapso da Grécia, que encolheu 3 % no mesmo período.
A inflação em Caracas é o triplo da mais alta no resto da América latina (na Argentina) e é mais do dobro da mais próxima pior economia (Paquistão) entre as 56 nações monitoradas pelo website do jornal inglês ‘The Economist’. Até Zimbábue, que costuma ser considerada a lata de lixo da economia mundial, parece ter uma economia melhor que a da Venezuela: o enclave sul-africano espera crescer cerca de 6 % este ano, enquanto a inflação está abaixo de 5% ao ano. Em suma, a recuperação econômica está ocorrendo pelo mundo afora – menos na Venezuela de Hugo Chávez Frías.
Quando, desde o início do ano, comecei a notar e a dizer que a “revolução chavezista” estava indo para as cucúias, a blogueirada comuno-socialista me encheu de e-mails cheios de desaforos me chamando dos costumeiros adjetivos que atribuem a quem não pensa como eles: ‘reacionário’, ‘servo do capitalismo internacional’, e outras diatribes...
Os cães-de-guarda ideológicos da infecção socialista cansaram de querer me fazer crer que a Venezuela está na realidade tendo um resultado melhor que o do resto do mundo, graças (versão psicótica) ao fato de Chávez estar destruindo o ‘vil capitalismo’ em seu país e porque (versão levemente menos ‘zureta’) Venezuelaâs doesnât look so bad by some more or less irrelevant measures -- for example, its overall debt is not as high as Greeceâs! My less extrem" href="http://www.huffingtonpost.com/mark-weisbrot/venezuela-is-not-greece_b_567763.html%E2%80%9D%3EVenezuela%E2%80%99s%20doesn%E2%80%99t%20look%20so%20bad%20by%20some%20more%20or%20less%20irrelevant%20measures%3C/a%3E%20--%20for%20example,%20its%20overall%20debt%20is%20not%20as%20high%20as%20Greece%E2%80%99s%21%3Cbr%20/%3E%20%3Cbr%20/%3EMy%20less%20extreme%20critics%20adopted%20a%20move-along-nothing-to-see-here%20posture.%20Having%20exulted%20for%20years%20about%20the%20supposed%20demise%20of%20the%20%E2%80%9CWashington%20consensus%E2%80%9D%20in%20favor%20of%20free%20markets%20and%20liberal%20democracy%20in%20Latin%20America,%20they%20now%20argue%20that%20%3Ca%20href=" target=_blank rel=nofollow>a implosão da Venezuela é irrelevante para o resto da região.
Todavia, é claro, a Venezuela está realmente indo para o buraco – e as medidas desesperadas de Chávez para parar essa ‘queda livre’ estão apenas tornando tudo muito pior. Há algumas semanas, por exemplo, ele abruptamente resolveu agir no sentido de abolir o mercado privado no país, o qual supre os dólares para 30 a 40 % das importações venezuelanas. O câmbio do dólar apresenta taxas que estão disparando, e o governo confiscou um monte da moeda das casas de câmbio e anunciou que a venda de dólares de então em diante seria feita e controlada exclusivamente pelo Banco Central.
O resultado está na cara de todos – menos nas dos comunistas –, e certamente será outra drástica redução das importações, uma piora terrível da já existente carência e desabastecimento de quase tudo, principalmente de alimentos e mercadorias de consumo básico, e o florescimento de um novo mercado negro de dólares.
E, claro, a implosão do ‘socialismo enlatado’ de Chávez importa para o resto da América latina. Não se trata somente do fato de que o governo de Obama não dá mais muita atenção e não quer se apoquentar com o caudilho sul-americano, uma vez que o tenente coronel já está fazendo um excelente trabalho de autodestruição. Trata-se mais do fato de que os clientes da Venezuela e os que a querem imitar – especialmente a Bolívia e a Nicarágua – ficam sem receber tanto os subsídios prometidos nos arroubos populistas e demagógicos de Chávez, bem como sem a sustentação ideológica de Caracas. A tentativa de Chávez – que já dura uma década – de criar um bloco de países ideologicamente afinados com sua natimorta ideologia marxista na região, está despedaçada.
A popularidade do caudilho levantada em toda a América latina – onde ele não pode manipular as pesquisas – está agora abaixo de 40 %, e o mesmo índice na própria Venezuela já caiu abaixo de 50 %. Com uma eleição para a Assembléia Nacional batendo às portas ainda neste outono, ele tem recorrido à tática iraniana de desqualificar seus proeminentes opositores impedindo-os de serem votados. Ele tentará fraudar a eleição; caso isso não funcione ele tentará suprimir o poder da legislatura.
Não importa: Chávez parece sem forces para parar a embaraçada economia da Venezuela – e com ela, a sua “revolução”. Ele não terá alternativas: senão a de se render ao crescente descontentamento do seu povo ou passar a mandar inteiramente pelo uso da força.
NÃO VAMOS, EM OUTUBRO, INCORRER NO MESMO ERRO VENEZUELANO. NÃO VOTEM EM SOCIALISTAS, POIS ELES REPRESENTAM O RETROCESSO E O ATRASO.
Saudações,
Francisco Vianna
Hugo Chávez está se recolhendo com o rabo entre as pernas – não tem viajado, não tem vituperado suas diatribes em discursos na ONU. O tenente coronel parece, estranhamente, quieto.
A administração Obama, que chegou a prometer “enquadrar” o caudilho venezuelano, está, ao contrário, calmamente, o evitando. Há uma razão simples para isso: a implosão do “socialismo bolivariano do século XXI” de Chávez está se acelerando.
Os números divulgados nesta terça feira última pelo Banco Central da Venezuela, controlado pela ditadura já nem tanto disfarçada de Chávez, retratou uma economia que está completamente fora de sintonia com o resto da região – e talvez a única no mundo com tamanho grau de angústia e sofrimento para o seu povo. O PIB caiu 5,8 % no primeiro quadrimestre, enquanto a inflação permaneceu em 30% ao ano. O investimento privado despencou em 27,9 % e o capital que não está na mão do estado continua a fugir do país em ritmo acelerado.
Economistas não vinculados ao governo - é claro - suspeitam que a contração econômica seja ainda pior do que a indicada pelos números oficiais, que alegam serem manipuladas pelo Banco Central. Mas, presumamos que eles sejam corretos e fidedignos. O declínio vertiginoso da Venezuela contrasta com o crescimento no mesmo quadrimestre de 8 % ocorrido no Brasil, na Argentina e no México. Tal crescimento excede confortavelmente o colapso da Grécia, que encolheu 3 % no mesmo período.
A inflação em Caracas é o triplo da mais alta no resto da América latina (na Argentina) e é mais do dobro da mais próxima pior economia (Paquistão) entre as 56 nações monitoradas pelo website do jornal inglês ‘The Economist’. Até Zimbábue, que costuma ser considerada a lata de lixo da economia mundial, parece ter uma economia melhor que a da Venezuela: o enclave sul-africano espera crescer cerca de 6 % este ano, enquanto a inflação está abaixo de 5% ao ano. Em suma, a recuperação econômica está ocorrendo pelo mundo afora – menos na Venezuela de Hugo Chávez Frías.
Quando, desde o início do ano, comecei a notar e a dizer que a “revolução chavezista” estava indo para as cucúias, a blogueirada comuno-socialista me encheu de e-mails cheios de desaforos me chamando dos costumeiros adjetivos que atribuem a quem não pensa como eles: ‘reacionário’, ‘servo do capitalismo internacional’, e outras diatribes...
Os cães-de-guarda ideológicos da infecção socialista cansaram de querer me fazer crer que a Venezuela está na realidade tendo um resultado melhor que o do resto do mundo, graças (versão psicótica) ao fato de Chávez estar destruindo o ‘vil capitalismo’ em seu país e porque (versão levemente menos ‘zureta’) Venezuelaâs doesnât look so bad by some more or less irrelevant measures -- for example, its overall debt is not as high as Greeceâs! My less extrem" href="http://www.huffingtonpost.com/mark-weisbrot/venezuela-is-not-greece_b_567763.html%E2%80%9D%3EVenezuela%E2%80%99s%20doesn%E2%80%99t%20look%20so%20bad%20by%20some%20more%20or%20less%20irrelevant%20measures%3C/a%3E%20--%20for%20example,%20its%20overall%20debt%20is%20not%20as%20high%20as%20Greece%E2%80%99s%21%3Cbr%20/%3E%20%3Cbr%20/%3EMy%20less%20extreme%20critics%20adopted%20a%20move-along-nothing-to-see-here%20posture.%20Having%20exulted%20for%20years%20about%20the%20supposed%20demise%20of%20the%20%E2%80%9CWashington%20consensus%E2%80%9D%20in%20favor%20of%20free%20markets%20and%20liberal%20democracy%20in%20Latin%20America,%20they%20now%20argue%20that%20%3Ca%20href=" target=_blank rel=nofollow>a implosão da Venezuela é irrelevante para o resto da região.
Todavia, é claro, a Venezuela está realmente indo para o buraco – e as medidas desesperadas de Chávez para parar essa ‘queda livre’ estão apenas tornando tudo muito pior. Há algumas semanas, por exemplo, ele abruptamente resolveu agir no sentido de abolir o mercado privado no país, o qual supre os dólares para 30 a 40 % das importações venezuelanas. O câmbio do dólar apresenta taxas que estão disparando, e o governo confiscou um monte da moeda das casas de câmbio e anunciou que a venda de dólares de então em diante seria feita e controlada exclusivamente pelo Banco Central.
O resultado está na cara de todos – menos nas dos comunistas –, e certamente será outra drástica redução das importações, uma piora terrível da já existente carência e desabastecimento de quase tudo, principalmente de alimentos e mercadorias de consumo básico, e o florescimento de um novo mercado negro de dólares.
E, claro, a implosão do ‘socialismo enlatado’ de Chávez importa para o resto da América latina. Não se trata somente do fato de que o governo de Obama não dá mais muita atenção e não quer se apoquentar com o caudilho sul-americano, uma vez que o tenente coronel já está fazendo um excelente trabalho de autodestruição. Trata-se mais do fato de que os clientes da Venezuela e os que a querem imitar – especialmente a Bolívia e a Nicarágua – ficam sem receber tanto os subsídios prometidos nos arroubos populistas e demagógicos de Chávez, bem como sem a sustentação ideológica de Caracas. A tentativa de Chávez – que já dura uma década – de criar um bloco de países ideologicamente afinados com sua natimorta ideologia marxista na região, está despedaçada.
A popularidade do caudilho levantada em toda a América latina – onde ele não pode manipular as pesquisas – está agora abaixo de 40 %, e o mesmo índice na própria Venezuela já caiu abaixo de 50 %. Com uma eleição para a Assembléia Nacional batendo às portas ainda neste outono, ele tem recorrido à tática iraniana de desqualificar seus proeminentes opositores impedindo-os de serem votados. Ele tentará fraudar a eleição; caso isso não funcione ele tentará suprimir o poder da legislatura.
Não importa: Chávez parece sem forces para parar a embaraçada economia da Venezuela – e com ela, a sua “revolução”. Ele não terá alternativas: senão a de se render ao crescente descontentamento do seu povo ou passar a mandar inteiramente pelo uso da força.
NÃO VAMOS, EM OUTUBRO, INCORRER NO MESMO ERRO VENEZUELANO. NÃO VOTEM EM SOCIALISTAS, POIS ELES REPRESENTAM O RETROCESSO E O ATRASO.
Saudações,
Francisco Vianna
Carta do Gen Aureliano Pinto de Moura
INSTITUTO DE GEOGRAFIA E HISTORIA MILITAR DO BRASIL
Praça da República, 197 – Casa Histórica de Deodoro – Centro - Rio de Janeiro, RJ – CEP 20.211-350 - Brasil
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2.010
Prezados confrades e amigos
Há pouco tempo li no jornal O Globo que o Presidente da República está com a intenção de devolver ao Paraguai, o canhão Cristiano trazido para o Brasil, ao término da Guerra da Tríplice Aliança. No seu entender, um gesto de amabilidade para com o país vizinho. Em conseqüência escrevi duas cartas àquele jornal sem resultado algum As cartas nem se quer foram publicadas.
Tomei conhecimento pela imprensa que a Diretora do Museu Nacional, onde se encontra o canhão, protestou, em uma entrevista. Soube também que o presidente do IHGB, Prof. Arno havia se manifestado contrário a devolução.
Segundo consta, o Ministério da cultura já teria R$6.000.000 destinados a custear a entrega do referido troféus de guerra.
Em reunião do Conselho Deliberativo, do Clube Militar, em 4 de maio p.p. solicitei ao Gen Braga que apresentasse uma sugestão ao Gen Figueiredo, que como Presidente se manifestasse, publicamente, sobre essa absurda intenção do Sr. Lula. Uma vez que um pronunciamento do Presidente do Clube Militar teria um peso muito maior do que o do IGHMB.
Na reunião, do dia 11 de maio último, perguntei ao Gen Braga, Presidente do Conselho, se havia alguma resposta por parte do Gen Figueiredo. Não havia resposta. Nesse momento, vários conselheiros se manifestaram favorável a uma tomada de posição. O Clube Militar teria que se manifestar.
Como resposta, o Gen Figueiredo, alegando ter amigos no Paraguai e que colocava a Revista do Clube a minha disposição para um artigo a respeito. Amigos lá também os tenho.
A situação é critica. O Brasil já perdoou a indenização de guerra e já devolveu um sabre. Já se construiu a Ponte da Amizade e foi dada permissão para o uso do Porto de Paranaguá, pelo Paraguai. Amanhã vão querer um pedaço de Mato Grosso do Sul ou a Hidroelétrica de Itaipu.
Nada tenho contra o povo paraguaio, pelo contrário. Lá vivi 2 anos e 3 meses como membro da MMBIP, onde deixei amigos. Vejo com bons olhos qualquer ajuda que se possa dar ao Paraguai. Mas não podemos entregar um troféu de guerra que custou o sangue de muitos brasileiros. Acima dos meus amigos paraguaios, acima da República do Paraguai, está o nosso Brasil, o nosso Exército.
Hoje corremos o risco de vermos os troféus da FEB serem devolvidos à Alemanha. O Sr. Lula é apenas o atual Presidente do Brasil. Não é o dono. Hoje vai o canhão, amanhã a estátua do Gen Osório (de bronze dos canhões paraguaios) ou quem sabe El Guairá (região das Missões no oeste do Paraná).
O Clube Militar, a Casa da República de onde o Mal Deodoro da Fonseca soube defender os interesses Nacionais e Militares. Dentre os troféus de guerra que o Paraguai mantém, em “Vapor Cuê” está um navio brasileiro (Taquari). Poderiamos pedir que nos devolvam.
Devolvido esse canhão o que poderemos dizer, mesmo que seja em pensamento, àqueles que deram o seu sangue pelo País e que lá deixaram os seus corpos inertes. Que lá cumpriram o seu dever de soldado.
O Clube Militar tem que tomar uma atitude pública. Tem que protestar contra essa indignidade. Não vou escrever nada para Revista do Clube Militar. Como Presidente do IGHMB, se não houver uma manifestação, que nos lembre Deodoro da Fonseca, vou procurar outra via de acesso, em nome do nosso Instituto e dos militares que por certo me apoiaram nesta empreitada.
Aos prezados confrades e aos nossos amigos clamo pelos seus apoios. Seja no Clube Militar, seja no IGHMB, ou mesmo com a sua ajuda pessoal.
Estou contando com vocês.
Gen Aureliano Pinto de Moura
Presidente do IGHMB
Praça da República, 197 – Casa Histórica de Deodoro – Centro - Rio de Janeiro, RJ – CEP 20.211-350 - Brasil
Rio de Janeiro, 17 de maio de 2.010
Prezados confrades e amigos
Há pouco tempo li no jornal O Globo que o Presidente da República está com a intenção de devolver ao Paraguai, o canhão Cristiano trazido para o Brasil, ao término da Guerra da Tríplice Aliança. No seu entender, um gesto de amabilidade para com o país vizinho. Em conseqüência escrevi duas cartas àquele jornal sem resultado algum As cartas nem se quer foram publicadas.
Tomei conhecimento pela imprensa que a Diretora do Museu Nacional, onde se encontra o canhão, protestou, em uma entrevista. Soube também que o presidente do IHGB, Prof. Arno havia se manifestado contrário a devolução.
Segundo consta, o Ministério da cultura já teria R$6.000.000 destinados a custear a entrega do referido troféus de guerra.
Em reunião do Conselho Deliberativo, do Clube Militar, em 4 de maio p.p. solicitei ao Gen Braga que apresentasse uma sugestão ao Gen Figueiredo, que como Presidente se manifestasse, publicamente, sobre essa absurda intenção do Sr. Lula. Uma vez que um pronunciamento do Presidente do Clube Militar teria um peso muito maior do que o do IGHMB.
Na reunião, do dia 11 de maio último, perguntei ao Gen Braga, Presidente do Conselho, se havia alguma resposta por parte do Gen Figueiredo. Não havia resposta. Nesse momento, vários conselheiros se manifestaram favorável a uma tomada de posição. O Clube Militar teria que se manifestar.
Como resposta, o Gen Figueiredo, alegando ter amigos no Paraguai e que colocava a Revista do Clube a minha disposição para um artigo a respeito. Amigos lá também os tenho.
A situação é critica. O Brasil já perdoou a indenização de guerra e já devolveu um sabre. Já se construiu a Ponte da Amizade e foi dada permissão para o uso do Porto de Paranaguá, pelo Paraguai. Amanhã vão querer um pedaço de Mato Grosso do Sul ou a Hidroelétrica de Itaipu.
Nada tenho contra o povo paraguaio, pelo contrário. Lá vivi 2 anos e 3 meses como membro da MMBIP, onde deixei amigos. Vejo com bons olhos qualquer ajuda que se possa dar ao Paraguai. Mas não podemos entregar um troféu de guerra que custou o sangue de muitos brasileiros. Acima dos meus amigos paraguaios, acima da República do Paraguai, está o nosso Brasil, o nosso Exército.
Hoje corremos o risco de vermos os troféus da FEB serem devolvidos à Alemanha. O Sr. Lula é apenas o atual Presidente do Brasil. Não é o dono. Hoje vai o canhão, amanhã a estátua do Gen Osório (de bronze dos canhões paraguaios) ou quem sabe El Guairá (região das Missões no oeste do Paraná).
O Clube Militar, a Casa da República de onde o Mal Deodoro da Fonseca soube defender os interesses Nacionais e Militares. Dentre os troféus de guerra que o Paraguai mantém, em “Vapor Cuê” está um navio brasileiro (Taquari). Poderiamos pedir que nos devolvam.
Devolvido esse canhão o que poderemos dizer, mesmo que seja em pensamento, àqueles que deram o seu sangue pelo País e que lá deixaram os seus corpos inertes. Que lá cumpriram o seu dever de soldado.
O Clube Militar tem que tomar uma atitude pública. Tem que protestar contra essa indignidade. Não vou escrever nada para Revista do Clube Militar. Como Presidente do IGHMB, se não houver uma manifestação, que nos lembre Deodoro da Fonseca, vou procurar outra via de acesso, em nome do nosso Instituto e dos militares que por certo me apoiaram nesta empreitada.
Aos prezados confrades e aos nossos amigos clamo pelos seus apoios. Seja no Clube Militar, seja no IGHMB, ou mesmo com a sua ajuda pessoal.
Estou contando com vocês.
Gen Aureliano Pinto de Moura
Presidente do IGHMB
PATRIOTISMO DE BOLA NO PÉ
Ester Jaqueline Azoubel
O Brasil se veste de verde e amarelo. Acordou, finalmente, o patriotismo, o sentimento de brasilidade, tão esquecido e abandonado, até mesmo vilipendiado, durante quatro anos.
Mas é chagada a copa do mundo. Agora, sim, o sentimento de amor à camisa aparece. As pessoas se vestem de verde e amarelo. Os carros e as janelas exibem orgulhosamente a nossa bandeira. As lojas engalanadas de bandeirolas e faixas. Manequins exibindo nossas cores nos mais variados modelitos.
Recentemente, em uma enquete em uma comunidade política, encontrei uma pergunta: “Devemos homenagear o hino e a bandeira do Brasil?” Respostas de vários jovens: Claro que não. O hino é só uma musiquinha e a bandeira, só um pedaço de pano.
Mas agora é a copa do mundo. A bandeira tremula orgulhosamente e reabilitada. O hino, ao início de cada jogo, é uma vibração nacional. O Brasil se lembra que é brasileiro. O orgulho nacional desperta sublime e eufórico. As pernas cabeludas dos chutadores de bola são a esperança da nação.
Estamos nos preparando até para indenizar os ganhadores de taças nos anos do governo militar. Eles muito fizeram por este país (?) e não foram bastante recompensados. Nem ficaram multimilionários.
Mas fizeram mesmo o que? Em que alguma coisa aqui melhorou depois que os chutadores de bola trouxeram a taça para cá? Eles ganharam rios de dinheiro, mas o povão continuou na mesma vidinha.
Passado o tempo, a vidinha foi piorando. A educação nacional está em franco declínio sem esperança de melhora. A saúde quase perfeita não sai da UTI, em estado terminal. Segurança pública? É pé de cobra. Quem tentar ver pode morrer. Para onde se olhar, o serviço público está insatisfatório e super, superfaturado A sociedade brasileira dividida, agora, em castas, perdeu totalmente a compostura. Ética, honra, vergonha na cara são coisas para se ver em museus. Privilégios sendo criados para negros, gays, índios e quilombolas e o braço armado do PT, o MST, em detrimento dos que, aos poucos, estão sendo criminalizados pelo fato de existirem: brancos, héteros, trabalhadores e produtores.
O que é mesmo que esses homens trazem para o Brasil além de suas ricas bagagens, dispensadas de alfândega, e suas contas bancárias cada vez mais polpudas?
Há poucos dias li, aqui na internet, um comentário de um jogador europeu (não lembro a nacionalidade) sobre a supremacia do Brasil no futebol. Ele dizia que, enquanto os meninos brasileiros vivem nas ruas jogando bola, os europeus estão na escola estudando.
Agora, sim, fiquei sabendo o que é que fizeram por nós os chutadores de bola. Mostraram ao mundo inteiro o fracasso de nosso sistema educacional. Grande serviço prestado!
Já notaram, não? Detesto futebol e abomino os chutadores de bola.
Amo demais o meu Brasil para achar que esses moleques fazem algum bem ao país.
Há anos atrás, um noticiário na televisão me despertou um sentimento contra o futebol. O que antes era apenas indiferença tornou-se ojeriza.
Foi o seguinte: Primeiro disse que uma universidade nos Estados Unidos havia desenvolvido uma vacina contra câncer. Só isso. A notícia seguinte foi que a namorada de certo jogador famoso estava grávida. Aí foi o resto do noticiário sobre a gravidez da moça, se iriam casar, quando, onde, etc Várias entrevista com pai, mãe, tios e o escambau. Fiquei a pensar: Qual a Universidade que não disseram? Mas universidade, em si, não faz nada. São os pesquisadores que fazem. Eles têm nomes? Quais os seus nomes? Por que não foram apresentados como heróis se estão trabalhando para salvar vidas? Por que a gravidez de uma mocinha é mais importante do que uma vacina contra o câncer? Aí eu me dei conta de quanto o futebol é pernicioso ao mundo e principalmente ao Brasil.
Em minha casa não se liga televisão para ver ninguém chutar bola, seja qual for a cor da camisa. Mas gostei de uma coisa. Eles foram se despedir do pé frio antes de embarcar.
Recife, 27 de maio de 2010.
Ester Jaqueline Azoubel
O Brasil se veste de verde e amarelo. Acordou, finalmente, o patriotismo, o sentimento de brasilidade, tão esquecido e abandonado, até mesmo vilipendiado, durante quatro anos.
Mas é chagada a copa do mundo. Agora, sim, o sentimento de amor à camisa aparece. As pessoas se vestem de verde e amarelo. Os carros e as janelas exibem orgulhosamente a nossa bandeira. As lojas engalanadas de bandeirolas e faixas. Manequins exibindo nossas cores nos mais variados modelitos.
Recentemente, em uma enquete em uma comunidade política, encontrei uma pergunta: “Devemos homenagear o hino e a bandeira do Brasil?” Respostas de vários jovens: Claro que não. O hino é só uma musiquinha e a bandeira, só um pedaço de pano.
Mas agora é a copa do mundo. A bandeira tremula orgulhosamente e reabilitada. O hino, ao início de cada jogo, é uma vibração nacional. O Brasil se lembra que é brasileiro. O orgulho nacional desperta sublime e eufórico. As pernas cabeludas dos chutadores de bola são a esperança da nação.
Estamos nos preparando até para indenizar os ganhadores de taças nos anos do governo militar. Eles muito fizeram por este país (?) e não foram bastante recompensados. Nem ficaram multimilionários.
Mas fizeram mesmo o que? Em que alguma coisa aqui melhorou depois que os chutadores de bola trouxeram a taça para cá? Eles ganharam rios de dinheiro, mas o povão continuou na mesma vidinha.
Passado o tempo, a vidinha foi piorando. A educação nacional está em franco declínio sem esperança de melhora. A saúde quase perfeita não sai da UTI, em estado terminal. Segurança pública? É pé de cobra. Quem tentar ver pode morrer. Para onde se olhar, o serviço público está insatisfatório e super, superfaturado A sociedade brasileira dividida, agora, em castas, perdeu totalmente a compostura. Ética, honra, vergonha na cara são coisas para se ver em museus. Privilégios sendo criados para negros, gays, índios e quilombolas e o braço armado do PT, o MST, em detrimento dos que, aos poucos, estão sendo criminalizados pelo fato de existirem: brancos, héteros, trabalhadores e produtores.
O que é mesmo que esses homens trazem para o Brasil além de suas ricas bagagens, dispensadas de alfândega, e suas contas bancárias cada vez mais polpudas?
Há poucos dias li, aqui na internet, um comentário de um jogador europeu (não lembro a nacionalidade) sobre a supremacia do Brasil no futebol. Ele dizia que, enquanto os meninos brasileiros vivem nas ruas jogando bola, os europeus estão na escola estudando.
Agora, sim, fiquei sabendo o que é que fizeram por nós os chutadores de bola. Mostraram ao mundo inteiro o fracasso de nosso sistema educacional. Grande serviço prestado!
Já notaram, não? Detesto futebol e abomino os chutadores de bola.
Amo demais o meu Brasil para achar que esses moleques fazem algum bem ao país.
Há anos atrás, um noticiário na televisão me despertou um sentimento contra o futebol. O que antes era apenas indiferença tornou-se ojeriza.
Foi o seguinte: Primeiro disse que uma universidade nos Estados Unidos havia desenvolvido uma vacina contra câncer. Só isso. A notícia seguinte foi que a namorada de certo jogador famoso estava grávida. Aí foi o resto do noticiário sobre a gravidez da moça, se iriam casar, quando, onde, etc Várias entrevista com pai, mãe, tios e o escambau. Fiquei a pensar: Qual a Universidade que não disseram? Mas universidade, em si, não faz nada. São os pesquisadores que fazem. Eles têm nomes? Quais os seus nomes? Por que não foram apresentados como heróis se estão trabalhando para salvar vidas? Por que a gravidez de uma mocinha é mais importante do que uma vacina contra o câncer? Aí eu me dei conta de quanto o futebol é pernicioso ao mundo e principalmente ao Brasil.
Em minha casa não se liga televisão para ver ninguém chutar bola, seja qual for a cor da camisa. Mas gostei de uma coisa. Eles foram se despedir do pé frio antes de embarcar.
Recife, 27 de maio de 2010.
Ester Jaqueline Azoubel
Fidel Paredon Castro
OPINIÃO
Autor Ives Gandra Silva Martins
Advogado. Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIFMU, UNIFIEO, do CIEE/O Estado de São Paulo e das Escolas de Comando e Estado Maior do Exército-ECEME e Superior de Guerra-ESG, Presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio-SP e do Centro de Extensão Universitária - CEU.
Em 1958, eu era estudante de Direito. Nossa turma, formada por pessoas que viriam mais tarde a destacar-se - como Sydney Sanches, Márcio Tomás Bastos e Claudio Lembo - , no regime aberto e descontraído do Presidente Juscelino Kubitschek, ora se dedicava, fora os assuntos curriculares, à literatura, ora aos temas políticos . Entre nossos contemporâneos , estavam Lygia Fagundes Telles, Paulo Bonfim, Mário Chamie, Ivete Senise Ferreira, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Dalmo Florence, Dalmo Dallari e outros que participavam também das diversas vertentes de atividades acadêmicas , no Largo de São Francisco.
Lembro-me, também, de que o meu grupo em particular, prezando profundamente, como futuros advogados, a liberdade e o direito de defesa, sentia-se, naqueles tempos, violentado diariamente pelas notícias sobre o regime de Fidel Castro, especialmente os famosos "paredóns" , para os quais os adversários políticos do governo cubano eram enviados para fuzilamento, sem defesa.
Nós o apelidávamos de Fidel "Paredón" Castro e o tínhamos por genocida.
No último dia 21 de março, a Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre os "paredóns" . A dúvida colocada é se teriam sido apenas 3.820 os fuzilamentos (números oficiais) ou 17.000, segundo "O livro negro do Comunismo", escrito em 1998 por um colegiado de acadêmicos franceses, incluídos nesse número os que foram fuzilados depois de 1958.
Infelizmente, a perseguição a opositores e os 100.000 prisioneiros políticos mencionados no referido livro , ou os 20.000 mencionados por Fidel, em entrevista a revista "Playboy" americana , em 1967, demonstram que a tirania cubana é , ainda, uma das maiores máculas da política latino-americana, que bem ou mal, procura os caminhos da democracia.
Muito me impressiona , portanto, que se lance , no Brasil , um Plano Nacional de Direitos Humanos, inspirado nas idéias de alguns amigos de Fidel Castro que, para além de permanecerem fiéis e orgulhosos desta amizade , a ponto de se acotovelarem a cada oportunidade de serem ao lado dele fotografados , calam -se , inexplicavelmente, ante as contínuas violações a tais direitos perpetradas em Cuba, assim como na Venezuela de Chávez e no Irã de Ahmadinejad, dois outros amigos preferenciais do presidente Lula, nos últimos tempos. Estou convencido de que , se o Presidente Lula tivesse mantido sua independência e postura de magistrado assumida nos primeiros seis anos de presidência, seria hoje o nome mais cotado para o Prêmio Nobel da Paz. A desfiguração de sua imagem deveu-se, desde o episódio de Honduras, à defe sa intransigente de ditadores como Castro.
Democrata que sempre fui , em meus escritos, livros, conferências sempre ataquei todas as ditaduras de esquerda ou de direita, - principalmente as de Pinochet e de Fidel , embora Pinochet tenha feito do Chile uma nação desenvolvida e Fidel uma das mais atrasadas economias das Américas-, implantadas por Hitler ou Stálin, Mussolini ou Ceacescu, Franco ou Mao . Não posso, portanto, reconhecer como democratas aqueles que atacam os ditadores de direita, mas acariciam o ego dos ditadores da esquerda . Tal comportamento faccioso e contraditório denota que não passam de aprendizes de ditadores.
Cuba é uma ditadura. E se o Brasil interveio, sem razão, na democracia hondurenha, cuja Constituição impunha a destituição de Zelaya, por seu artigo 239, não há porquê, tanto nas ditaduras em gestação, como na Venezuela e no Irã , como na cinquentenária ditadura cubana, não apoiar os movimentos legítimos do povo destes países em prol da democracia e do efetivo respeito aos verdadeiros direitos humanos.
Autor Ives Gandra Silva Martins
Advogado. Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIFMU, UNIFIEO, do CIEE/O Estado de São Paulo e das Escolas de Comando e Estado Maior do Exército-ECEME e Superior de Guerra-ESG, Presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio-SP e do Centro de Extensão Universitária - CEU.
Em 1958, eu era estudante de Direito. Nossa turma, formada por pessoas que viriam mais tarde a destacar-se - como Sydney Sanches, Márcio Tomás Bastos e Claudio Lembo - , no regime aberto e descontraído do Presidente Juscelino Kubitschek, ora se dedicava, fora os assuntos curriculares, à literatura, ora aos temas políticos . Entre nossos contemporâneos , estavam Lygia Fagundes Telles, Paulo Bonfim, Mário Chamie, Ivete Senise Ferreira, Manoel Gonçalves Ferreira Filho, Dalmo Florence, Dalmo Dallari e outros que participavam também das diversas vertentes de atividades acadêmicas , no Largo de São Francisco.
Lembro-me, também, de que o meu grupo em particular, prezando profundamente, como futuros advogados, a liberdade e o direito de defesa, sentia-se, naqueles tempos, violentado diariamente pelas notícias sobre o regime de Fidel Castro, especialmente os famosos "paredóns" , para os quais os adversários políticos do governo cubano eram enviados para fuzilamento, sem defesa.
Nós o apelidávamos de Fidel "Paredón" Castro e o tínhamos por genocida.
No último dia 21 de março, a Folha de São Paulo publicou uma matéria sobre os "paredóns" . A dúvida colocada é se teriam sido apenas 3.820 os fuzilamentos (números oficiais) ou 17.000, segundo "O livro negro do Comunismo", escrito em 1998 por um colegiado de acadêmicos franceses, incluídos nesse número os que foram fuzilados depois de 1958.
Infelizmente, a perseguição a opositores e os 100.000 prisioneiros políticos mencionados no referido livro , ou os 20.000 mencionados por Fidel, em entrevista a revista "Playboy" americana , em 1967, demonstram que a tirania cubana é , ainda, uma das maiores máculas da política latino-americana, que bem ou mal, procura os caminhos da democracia.
Muito me impressiona , portanto, que se lance , no Brasil , um Plano Nacional de Direitos Humanos, inspirado nas idéias de alguns amigos de Fidel Castro que, para além de permanecerem fiéis e orgulhosos desta amizade , a ponto de se acotovelarem a cada oportunidade de serem ao lado dele fotografados , calam -se , inexplicavelmente, ante as contínuas violações a tais direitos perpetradas em Cuba, assim como na Venezuela de Chávez e no Irã de Ahmadinejad, dois outros amigos preferenciais do presidente Lula, nos últimos tempos. Estou convencido de que , se o Presidente Lula tivesse mantido sua independência e postura de magistrado assumida nos primeiros seis anos de presidência, seria hoje o nome mais cotado para o Prêmio Nobel da Paz. A desfiguração de sua imagem deveu-se, desde o episódio de Honduras, à defe sa intransigente de ditadores como Castro.
Democrata que sempre fui , em meus escritos, livros, conferências sempre ataquei todas as ditaduras de esquerda ou de direita, - principalmente as de Pinochet e de Fidel , embora Pinochet tenha feito do Chile uma nação desenvolvida e Fidel uma das mais atrasadas economias das Américas-, implantadas por Hitler ou Stálin, Mussolini ou Ceacescu, Franco ou Mao . Não posso, portanto, reconhecer como democratas aqueles que atacam os ditadores de direita, mas acariciam o ego dos ditadores da esquerda . Tal comportamento faccioso e contraditório denota que não passam de aprendizes de ditadores.
Cuba é uma ditadura. E se o Brasil interveio, sem razão, na democracia hondurenha, cuja Constituição impunha a destituição de Zelaya, por seu artigo 239, não há porquê, tanto nas ditaduras em gestação, como na Venezuela e no Irã , como na cinquentenária ditadura cubana, não apoiar os movimentos legítimos do povo destes países em prol da democracia e do efetivo respeito aos verdadeiros direitos humanos.
Veracidade ideológica
O ESTADO DE SÃO PAULO
26/05/2010
Dora Kramer
O Estado de S.Paulo
Quem almeja um posto por meio da conquista de votos evidentemente precisa mostrar os seus melhores atributos aos potenciais eleitores.
Daí que ressaltar qualidades e amenizar defeitos não subtrai legitimidade de candidatos nem faz de ninguém só por isso um fingidor. Mas há limites.
O exemplo clássico no que tange à ultrapassagem de todos eles na montagem de um candidato cujas ações eram meras reações às demandas detectadas pela área de marketing da campanha e depois de eleito revelou-se um presidente inepto, foi Fernando Collor de Mello.
Mas, deixemos as profundezas aos seus e voltemos à superfície que nada tem a ver com aquilo que nos serve apenas como referência extrema sobre os riscos dos exageros nos truques e das encenações a que se prestam os políticos para sensibilizar, despertar simpatia ou mesmo não ferir suscetibilidades do eleitorado.
Há maneiras e maneiras de se fazer isso. Resultados e resultados. Uns ficam pelo meio do caminho, vítimas de personagens excessivamente postiços. Quem se sai melhor aproveita o que já havia de bom em si e deixa fluir a autenticidade. Prova clássica e máxima: Luiz Inácio.
Mas, antes de falar dele nesse contexto face à campanha eleitoral em curso para dizer de Dilma Rousseff, falemos do adversário, José Serra, que ontem na sabatina dos candidatos (vamos nos acertar que pré-candidato é eufemismo?) na Confederação Nacional da Indústria apareceu de roupa nova.
Ou melhor, de roupa velha. Quem se sentou ali com os empresários já não era o sujeito inexpressivo que não se assumia de situação nem de oposição. Que depois de alinhavar um projeto de boas pensatas no marco inicial da trajetória em 10 de abril passou o resto do tempo fazendo repetidas louvações ao presidente da República.
Não que não pudesse elogiar Lula. Inclusive porque o faz no particular. Mas daí a transformar isso em exercício diário e exacerbado ao ponto de dizer que o presidente está "acima do bem e do mal", avalizando inclusive as infrações de Lula à Lei Eleitoral, já parecia algo meio tolo.
Ou ação decorrente de excesso de reverência estratégica ao axioma: em Lula ninguém mexe.
Uma parcela do eleitorado poderia até se perguntar por que Lula pode mexer com todo mundo sem encontrar paradeiro. Covardia? Cálculo? Neste caso, tanta amabilidade decorre de uma tentativa de criar uma situação ilusória.
Quem sentou no auditório da CNI? Um homem crítico, exigente que expôs o rol dos erros que sempre apontou no governo: taxa de juros, incapacidade de escalonar investimentos, aparelhamento da máquina, falta de planejamento, má qualidade de gestão etc.
Pediu confronto de ideias candidato a candidato. Delineou seu campo e pôs suas cartas. Vai agradar? Outros quinhentos a serem conferidos adiante, mas ao menos deixou de se fazer de desentendido a respeito de questões que alguém que pretende governar um país precisa necessariamente abordar com clareza.
O adversário pode não aceitar o embate proposto. Não é obrigado a jogar na regra do oponente. Mas de todo modo o osso fica mais duro de roer. Se isso ganha eleição ou leva à derrota, problema do partido, da campanha e do candidato.
Do ponto de vista de quem precisa escolher o governante interessa é ter o máximo de informações a respeito dos concorrentes. Quantitativa e qualitativamente falando. Os dados precisam ser verdadeiros, guardar relação com a realidade.
E aqui chegamos a Dilma e a candidaturas nascidas das costelas alheias. A origem não pode condená-las, é certo. Desde que no processo consigam adquirir vida própria.
A subida de Dilma nas pesquisas, e vamos nos ater apenas só à mais recente, é atribuída à presença do presidente Lula na televisão. Ninguém se refere a uma possível melhoria do desempenho dela.
Vamos que Dilma seja eleita presidente. Ela governará sob a escora de Lula que lhe transferirá expertise, por exemplo, para lidar com o Congresso?
Não? Então é preciso que se dê ao eleitor a chance de conferir, o que não se faz com pontos porcentuais em pesquisas produzidos artificialmente por colagem da imagem de outrem.
26/05/2010
Dora Kramer
O Estado de S.Paulo
Quem almeja um posto por meio da conquista de votos evidentemente precisa mostrar os seus melhores atributos aos potenciais eleitores.
Daí que ressaltar qualidades e amenizar defeitos não subtrai legitimidade de candidatos nem faz de ninguém só por isso um fingidor. Mas há limites.
O exemplo clássico no que tange à ultrapassagem de todos eles na montagem de um candidato cujas ações eram meras reações às demandas detectadas pela área de marketing da campanha e depois de eleito revelou-se um presidente inepto, foi Fernando Collor de Mello.
Mas, deixemos as profundezas aos seus e voltemos à superfície que nada tem a ver com aquilo que nos serve apenas como referência extrema sobre os riscos dos exageros nos truques e das encenações a que se prestam os políticos para sensibilizar, despertar simpatia ou mesmo não ferir suscetibilidades do eleitorado.
Há maneiras e maneiras de se fazer isso. Resultados e resultados. Uns ficam pelo meio do caminho, vítimas de personagens excessivamente postiços. Quem se sai melhor aproveita o que já havia de bom em si e deixa fluir a autenticidade. Prova clássica e máxima: Luiz Inácio.
Mas, antes de falar dele nesse contexto face à campanha eleitoral em curso para dizer de Dilma Rousseff, falemos do adversário, José Serra, que ontem na sabatina dos candidatos (vamos nos acertar que pré-candidato é eufemismo?) na Confederação Nacional da Indústria apareceu de roupa nova.
Ou melhor, de roupa velha. Quem se sentou ali com os empresários já não era o sujeito inexpressivo que não se assumia de situação nem de oposição. Que depois de alinhavar um projeto de boas pensatas no marco inicial da trajetória em 10 de abril passou o resto do tempo fazendo repetidas louvações ao presidente da República.
Não que não pudesse elogiar Lula. Inclusive porque o faz no particular. Mas daí a transformar isso em exercício diário e exacerbado ao ponto de dizer que o presidente está "acima do bem e do mal", avalizando inclusive as infrações de Lula à Lei Eleitoral, já parecia algo meio tolo.
Ou ação decorrente de excesso de reverência estratégica ao axioma: em Lula ninguém mexe.
Uma parcela do eleitorado poderia até se perguntar por que Lula pode mexer com todo mundo sem encontrar paradeiro. Covardia? Cálculo? Neste caso, tanta amabilidade decorre de uma tentativa de criar uma situação ilusória.
Quem sentou no auditório da CNI? Um homem crítico, exigente que expôs o rol dos erros que sempre apontou no governo: taxa de juros, incapacidade de escalonar investimentos, aparelhamento da máquina, falta de planejamento, má qualidade de gestão etc.
Pediu confronto de ideias candidato a candidato. Delineou seu campo e pôs suas cartas. Vai agradar? Outros quinhentos a serem conferidos adiante, mas ao menos deixou de se fazer de desentendido a respeito de questões que alguém que pretende governar um país precisa necessariamente abordar com clareza.
O adversário pode não aceitar o embate proposto. Não é obrigado a jogar na regra do oponente. Mas de todo modo o osso fica mais duro de roer. Se isso ganha eleição ou leva à derrota, problema do partido, da campanha e do candidato.
Do ponto de vista de quem precisa escolher o governante interessa é ter o máximo de informações a respeito dos concorrentes. Quantitativa e qualitativamente falando. Os dados precisam ser verdadeiros, guardar relação com a realidade.
E aqui chegamos a Dilma e a candidaturas nascidas das costelas alheias. A origem não pode condená-las, é certo. Desde que no processo consigam adquirir vida própria.
A subida de Dilma nas pesquisas, e vamos nos ater apenas só à mais recente, é atribuída à presença do presidente Lula na televisão. Ninguém se refere a uma possível melhoria do desempenho dela.
Vamos que Dilma seja eleita presidente. Ela governará sob a escora de Lula que lhe transferirá expertise, por exemplo, para lidar com o Congresso?
Não? Então é preciso que se dê ao eleitor a chance de conferir, o que não se faz com pontos porcentuais em pesquisas produzidos artificialmente por colagem da imagem de outrem.
Nada é mais abominável que acordo de Brasil, Turquia e Irã
AFP
Thomas FriedmanDo The New York Times
Confesso que, quando vi pela primeira vez a foto de 17 de maio do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, com os braços levantados - depois de assinarem um suposto acordo para aplacar a crise em torno do programa de armas nucleares do Irã -, tudo o que pude pensar foi: existe coisa mais abominável do que ver democratas traírem outros democratas para um iraniano criminoso e ladrão de votos, que nega o Holocausto, apenas para provocar os Estados Unidos e mostrar que eles também podem jogar na mesa dos grandes poderosos? Não, mais abominável impossível.
"Por anos, os países não alinhados e em desenvolvimento acusaram os Estados Unidos de cinicamente buscarem seus próprios interesses sem consideração pelos direitos humanos", observou Karim Sadjadpour, do instituto Carnegie Endowment. "À medida que Turquia e Brasil aspiram a jogar no palco global, irão enfrentar as mesmas críticas que antes distribuíam aos outros. A visita de Lula e Erdogan ao Irã ocorreu apenas alguns dias depois de o Irã ter executado cinco prisioneiros políticos torturados para confissões. Eles calorosamente abraçaram Ahmadinejad como seu irmão, mas não mencionaram uma única palavra sobre direitos humanos. Parece haver uma noção equivocada de que os palestinos são as únicas pessoas que buscam justiça no Oriente Médio e que, se você simplesmente invocar a causa deles, pode agradar a tipos como Ahmadinejad".
Turquia e Brasil são ambos democracias nascentes que superaram suas próprias histórias de domínio militar. O fato de seus líderes aceitarem e fortalecerem um presidente iraniano que usa seu exército e sua polícia para esmagar e matar democratas iranianos - pessoas que buscam a mesma liberdade de expressão e escolha política de que os turcos e brasileiros agora desfrutam - é vergonhoso.
"Lula é um gigante político, mas moralmente ele tem sido uma grande decepção", disse Moisés Naím, editor-chefe da revista Foreign Policy e ex-ministro de Comércio e Indústria da Venezuela.
Lula, destacou Naím, "apoiou a frustração da democracia na América Latina". Ele frequentemente exalta o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o ditador cubano - e agora Ahmadinejad - enquanto denuncia a Colômbia, uma das grandes histórias de sucesso democrático, porque o país deixou os aviões dos Estados Unidos usarem os aeroportos para combater os narcotraficantes. "Lula foi ótimo para o Brasil, mas terrível para seus vizinhos democráticos", disse Naím. O Lula que se destacou como um líder operário progressista no Brasil virou as costas aos líderes operários violentamente reprimidos do Irã.
Tivessem Brasil e Turquia realmente persuadido os iranianos a abandonar todo o seu pressuposto programa de armas nucleares, de uma forma que pudesse ser comprovada, os Estados Unidos certamente teriam apoiado. Mas não foi isso o que aconteceu.
O Irã tem hoje cerca de 2,2 mil quilos de urânio com baixo grau de enriquecimento. Pelo acordo de 17 de maio, o país havia supostamente concordado em enviar em torno de 1,2 mil quilos de seus depósitos à Turquia para serem convertidos no tipo de combustível nuclear necessário para impulsionar o reator médico de Teerã - um combustível que não pode ser usado para uma bomba. Mas isso ainda deixaria o Irã com aproximadamente mil quilos de estoques de urânio, que o país ainda se recusa a colocar sob inspeção internacional e está livre para multiplicar e continuar a reprocessar até os níveis mais elevados necessários para uma bomba. Especialistas dizem que seria questão de alguns meses até que o Irã voltasse a acumular quantidade suficiente para uma arma nuclear.
Portanto, o que esse acordo realmente faz é o que o Irã queria que fizesse: enfraquecer a coalizão global para pressioná-lo a abrir suas plantas nucleares aos inspetores da ONU e, como um bônus especial, legitimar Ahmadinejad no aniversário de sua repressão ao movimento democrático iraniano que vinha exigindo a recontagem dos votos das eleições fraudulentas de junho de 2009.
Em minha visão, a "Revolução Verde" no Irã é o mais importante e espontâneo movimento democrático que surgiu no Oriente Médio em décadas. Foi reprimido, mas não está desaparecendo e, no final das contas, seu sucesso - não qualquer acordo nuclear com os clérigos iranianos - é a única fonte sustentável de segurança e estabilidade.
Gastamos pouquíssimo tempo e energia fomentando essa tendência democrática e muitíssimo tempo perseguindo um acordo nuclear.
Como Abbas Milani, um especialista em Irã da Universidade de Standford, me disse: "a única solução de longo prazo para o impasse é um regime mais democrático, responsável e transparente em Teerã. Foi, em minha visão, um grande jogo de trapaça jogado com sucesso por um regime clerical para transformar a questão nuclear em quase o único ponto central de suas relações com os Estados Unidos e o Ocidente. O Ocidente deveria ter sempre seguido uma política de duas vias: negociações sérias sobre a questão nuclear e discussões não menos sérias sobre as questões de direitos humanos e democracia no Irã".
Eu preferiria que o Irã jamais tivesse uma bomba. O mundo estaria muito mais seguro sem mais armas nucleares, especialmente no Oriente Médio. Mas, se o Irã realmente está se tornando nuclear, há uma enorme diferença entre ter um Irã democrático com o dedo no gatilho e essa ditadura clerical assassina atual. Qualquer um que trabalhe para protelar isso e para promover a verdadeira democracia no Irã está do lado dos anjos. Qualquer um que habilite esse regime tirânico e dê cobertura a seus danos nucleares algum dia terá de responder ao povo iraniano.
Thomas L. Friedman é colunista do jornal The New York Times desde 1981. Foi correspondente-chefe em Beirute, Jerusalém, Washington e na Casa Branca (EUA). Conquistou três vezes o Prêmio Pulitzer, até que em 2005 foi eleito membro da direção da instituição. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.
Thomas FriedmanDo The New York Times
Confesso que, quando vi pela primeira vez a foto de 17 de maio do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, com os braços levantados - depois de assinarem um suposto acordo para aplacar a crise em torno do programa de armas nucleares do Irã -, tudo o que pude pensar foi: existe coisa mais abominável do que ver democratas traírem outros democratas para um iraniano criminoso e ladrão de votos, que nega o Holocausto, apenas para provocar os Estados Unidos e mostrar que eles também podem jogar na mesa dos grandes poderosos? Não, mais abominável impossível.
"Por anos, os países não alinhados e em desenvolvimento acusaram os Estados Unidos de cinicamente buscarem seus próprios interesses sem consideração pelos direitos humanos", observou Karim Sadjadpour, do instituto Carnegie Endowment. "À medida que Turquia e Brasil aspiram a jogar no palco global, irão enfrentar as mesmas críticas que antes distribuíam aos outros. A visita de Lula e Erdogan ao Irã ocorreu apenas alguns dias depois de o Irã ter executado cinco prisioneiros políticos torturados para confissões. Eles calorosamente abraçaram Ahmadinejad como seu irmão, mas não mencionaram uma única palavra sobre direitos humanos. Parece haver uma noção equivocada de que os palestinos são as únicas pessoas que buscam justiça no Oriente Médio e que, se você simplesmente invocar a causa deles, pode agradar a tipos como Ahmadinejad".
Turquia e Brasil são ambos democracias nascentes que superaram suas próprias histórias de domínio militar. O fato de seus líderes aceitarem e fortalecerem um presidente iraniano que usa seu exército e sua polícia para esmagar e matar democratas iranianos - pessoas que buscam a mesma liberdade de expressão e escolha política de que os turcos e brasileiros agora desfrutam - é vergonhoso.
"Lula é um gigante político, mas moralmente ele tem sido uma grande decepção", disse Moisés Naím, editor-chefe da revista Foreign Policy e ex-ministro de Comércio e Indústria da Venezuela.
Lula, destacou Naím, "apoiou a frustração da democracia na América Latina". Ele frequentemente exalta o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o ditador cubano - e agora Ahmadinejad - enquanto denuncia a Colômbia, uma das grandes histórias de sucesso democrático, porque o país deixou os aviões dos Estados Unidos usarem os aeroportos para combater os narcotraficantes. "Lula foi ótimo para o Brasil, mas terrível para seus vizinhos democráticos", disse Naím. O Lula que se destacou como um líder operário progressista no Brasil virou as costas aos líderes operários violentamente reprimidos do Irã.
Tivessem Brasil e Turquia realmente persuadido os iranianos a abandonar todo o seu pressuposto programa de armas nucleares, de uma forma que pudesse ser comprovada, os Estados Unidos certamente teriam apoiado. Mas não foi isso o que aconteceu.
O Irã tem hoje cerca de 2,2 mil quilos de urânio com baixo grau de enriquecimento. Pelo acordo de 17 de maio, o país havia supostamente concordado em enviar em torno de 1,2 mil quilos de seus depósitos à Turquia para serem convertidos no tipo de combustível nuclear necessário para impulsionar o reator médico de Teerã - um combustível que não pode ser usado para uma bomba. Mas isso ainda deixaria o Irã com aproximadamente mil quilos de estoques de urânio, que o país ainda se recusa a colocar sob inspeção internacional e está livre para multiplicar e continuar a reprocessar até os níveis mais elevados necessários para uma bomba. Especialistas dizem que seria questão de alguns meses até que o Irã voltasse a acumular quantidade suficiente para uma arma nuclear.
Portanto, o que esse acordo realmente faz é o que o Irã queria que fizesse: enfraquecer a coalizão global para pressioná-lo a abrir suas plantas nucleares aos inspetores da ONU e, como um bônus especial, legitimar Ahmadinejad no aniversário de sua repressão ao movimento democrático iraniano que vinha exigindo a recontagem dos votos das eleições fraudulentas de junho de 2009.
Em minha visão, a "Revolução Verde" no Irã é o mais importante e espontâneo movimento democrático que surgiu no Oriente Médio em décadas. Foi reprimido, mas não está desaparecendo e, no final das contas, seu sucesso - não qualquer acordo nuclear com os clérigos iranianos - é a única fonte sustentável de segurança e estabilidade.
Gastamos pouquíssimo tempo e energia fomentando essa tendência democrática e muitíssimo tempo perseguindo um acordo nuclear.
Como Abbas Milani, um especialista em Irã da Universidade de Standford, me disse: "a única solução de longo prazo para o impasse é um regime mais democrático, responsável e transparente em Teerã. Foi, em minha visão, um grande jogo de trapaça jogado com sucesso por um regime clerical para transformar a questão nuclear em quase o único ponto central de suas relações com os Estados Unidos e o Ocidente. O Ocidente deveria ter sempre seguido uma política de duas vias: negociações sérias sobre a questão nuclear e discussões não menos sérias sobre as questões de direitos humanos e democracia no Irã".
Eu preferiria que o Irã jamais tivesse uma bomba. O mundo estaria muito mais seguro sem mais armas nucleares, especialmente no Oriente Médio. Mas, se o Irã realmente está se tornando nuclear, há uma enorme diferença entre ter um Irã democrático com o dedo no gatilho e essa ditadura clerical assassina atual. Qualquer um que trabalhe para protelar isso e para promover a verdadeira democracia no Irã está do lado dos anjos. Qualquer um que habilite esse regime tirânico e dê cobertura a seus danos nucleares algum dia terá de responder ao povo iraniano.
Thomas L. Friedman é colunista do jornal The New York Times desde 1981. Foi correspondente-chefe em Beirute, Jerusalém, Washington e na Casa Branca (EUA). Conquistou três vezes o Prêmio Pulitzer, até que em 2005 foi eleito membro da direção da instituição. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O futuro de Israel e o nosso
Heitor De Paola
Publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, PR
em 12/05/2010
.http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/oriente-medio/11102-o-futuro-de-israel-e-o-nosso.html
Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: "Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa".Tenho uma sensação, que não me abandona, que o que vier a ocorrer a Israel ocorrerá a nós. Se Israel desaparece, o Holocausto será nosso.
Recebi de um amigo brasileiro que vive em Israel um pequeno artigo de Hopper incluído num email com o título Quem se lembra de Eric Hopper? Confesso que eu mesmo não o conhecia. Foi um filósofo social americano não judeu, Professor da Universidade de Los Angeles, nascido em 1902 e morto em 1983, escreveu nove livros e foi condecorado por sua luta pela liberdade.As palavras da epígrafe fecham um pequeno artigo - The Unusual State of Israel - escrito para o Los Angeles Times em 26 de maio de 1968, há exatos 42 anos.
Era o ano da futura eleição de Richard Nixon, da crise das universidades americanas pela campanha contra a guerra do Vietnam - a revolta na Universidade de Berkeley ocorrera há um mês - da luta pelos direitos civis e menos de dois meses após a morte de Martin Luther King. Um ano antes Israel ganhara a Guerra dos Seis Dias e anexara a Faixa de Gaza, o Sinai, a Judéia e Samária, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.Da leitura deste texto ficou-me uma sensação ambivalente: por um lado, tornou claro que o que venho tentando dizer em sucessivos artigos sobre Israel, não é nada novo entre goym. Por outro, foi bom ver minhas preocupações confirmadas. Pois é exatamente assim que eu penso: Israel é a cabeça-de-ponte da Civilização no mundo bárbaro do Islã. Cabeça de ponte sui generis, já que são os próprios fundadores desta.
Hopper diz que 'os judeus são um povo fora de série: o que está permitido a outras nações, lhes está proibido. Outras nações expulsam milhões e inexiste o problema de refugiados. Assim o fizeram Rússia, Polônia, Checoslováquia, (...) Argélia, China, (...) etc. No caso de Israel os árabes, que saíram por vontade própria, se tornaram refugiados eternos'. 'Arnold Toynbee diz que a expulsão dos árabes foi um desastre maior do que o feito pelos nazistas. (...) Quando outros países derrotam o inimigo no campo de batalha, ditam os termos da paz. Quando Israel ganha, deve suplicar para conseguir a paz.'
É isto que Israel vem tentando desde então, mas as exigências árabes e da ONU são sempre de devolução dos territórios conquistados naquela guerra (retorno ao status quo ante 4 de junho de 1967). A retirada da Faixa de Gaza, a meu ver, foi um erro terrível pelo qual os civis estão pagando um preço altíssimo.
Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: 'Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa. Se Nasser tivesse ganhado a "Guerra dos Seis Dias" Israel seria varrido do mapa e ninguém levantaria um dedo para salvar os Judeus'.
De 67 para cá quantas ameaças ocorreram, até a atual dos Aiatolás do Irã? A Tzahal atua sempre sobre o fio de uma navalha. Não só não pode perder uma guerra como todas as batalhas são importantes em si. Cercado por milhões de inimigos, 'ajudado' por outro tanto de falsos amigos que querem mais é vender suas armas e adquirir a superior tecnologia israelense ou investir seus fundos num país de baixos riscos econômicos, confiando que à superioridade numérica dos inimigos, Israel antepõe a melhor força militar do mundo.
Dentro de poucos dias, depois deste artigo sair publicado, no dia 16 de maio, completam-se 43 anos da ordem de evacuação das tropas da ONU da Península do Sinai e do bloqueio de Eilat por parte de Nasser, data que Charles Krauthammer considera o verdadeiro aniversário da guerra. Nasser moveu-se por conta de uma desinformação soviética de que Israel estava montando um ataque maciço ao Egito e à Síria, países que compravam seus tanques e Migs com dólares de que precisava desesperadamente para se manter de pé.
A imediata concordância da ONU foi fundamental para o Egito começar a guerra. Agora o perigo é muito maior, pois vem pelas costas. Não, não estou me referindo ao Irã, inimigo aberto com o qual não tenho dúvidas de que Israel pode se virar. Refiro-me aos EUA desde a posse de Obama, perigo que cresce cada vez mais. Como nos conta Daniel Greenfield a Casa Branca, seguindo os passos de Jimmy Carter, busca um acordo com o Irã que poderá transformá-lo 'no melhor amigo e Israel no melhor inimigo'.
Como já antevia Hopper 'Podemos confiar muito mais nos judeus do que Israel pode confiar em nós. (...) Se Israel sobreviver, será somente pelo esforço e pelos recursos dos próprios judeus'. E de sua sobrevivência depende a da Civilização fundada por eles.
Publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, PR
em 12/05/2010
.http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/oriente-medio/11102-o-futuro-de-israel-e-o-nosso.html
Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: "Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa".Tenho uma sensação, que não me abandona, que o que vier a ocorrer a Israel ocorrerá a nós. Se Israel desaparece, o Holocausto será nosso.
Recebi de um amigo brasileiro que vive em Israel um pequeno artigo de Hopper incluído num email com o título Quem se lembra de Eric Hopper? Confesso que eu mesmo não o conhecia. Foi um filósofo social americano não judeu, Professor da Universidade de Los Angeles, nascido em 1902 e morto em 1983, escreveu nove livros e foi condecorado por sua luta pela liberdade.As palavras da epígrafe fecham um pequeno artigo - The Unusual State of Israel - escrito para o Los Angeles Times em 26 de maio de 1968, há exatos 42 anos.
Era o ano da futura eleição de Richard Nixon, da crise das universidades americanas pela campanha contra a guerra do Vietnam - a revolta na Universidade de Berkeley ocorrera há um mês - da luta pelos direitos civis e menos de dois meses após a morte de Martin Luther King. Um ano antes Israel ganhara a Guerra dos Seis Dias e anexara a Faixa de Gaza, o Sinai, a Judéia e Samária, as Colinas de Golan e Jerusalém Oriental.Da leitura deste texto ficou-me uma sensação ambivalente: por um lado, tornou claro que o que venho tentando dizer em sucessivos artigos sobre Israel, não é nada novo entre goym. Por outro, foi bom ver minhas preocupações confirmadas. Pois é exatamente assim que eu penso: Israel é a cabeça-de-ponte da Civilização no mundo bárbaro do Islã. Cabeça de ponte sui generis, já que são os próprios fundadores desta.
Hopper diz que 'os judeus são um povo fora de série: o que está permitido a outras nações, lhes está proibido. Outras nações expulsam milhões e inexiste o problema de refugiados. Assim o fizeram Rússia, Polônia, Checoslováquia, (...) Argélia, China, (...) etc. No caso de Israel os árabes, que saíram por vontade própria, se tornaram refugiados eternos'. 'Arnold Toynbee diz que a expulsão dos árabes foi um desastre maior do que o feito pelos nazistas. (...) Quando outros países derrotam o inimigo no campo de batalha, ditam os termos da paz. Quando Israel ganha, deve suplicar para conseguir a paz.'
É isto que Israel vem tentando desde então, mas as exigências árabes e da ONU são sempre de devolução dos territórios conquistados naquela guerra (retorno ao status quo ante 4 de junho de 1967). A retirada da Faixa de Gaza, a meu ver, foi um erro terrível pelo qual os civis estão pagando um preço altíssimo.
Tendo morrido no início dos anos 80, Hopper não pôde confirmar como suas palavras continuam sábias: 'Outros países, quando são derrotados, ressurgem e se reabilitam, porém se Israel perder uma única guerra, desaparecerá do mapa. Se Nasser tivesse ganhado a "Guerra dos Seis Dias" Israel seria varrido do mapa e ninguém levantaria um dedo para salvar os Judeus'.
De 67 para cá quantas ameaças ocorreram, até a atual dos Aiatolás do Irã? A Tzahal atua sempre sobre o fio de uma navalha. Não só não pode perder uma guerra como todas as batalhas são importantes em si. Cercado por milhões de inimigos, 'ajudado' por outro tanto de falsos amigos que querem mais é vender suas armas e adquirir a superior tecnologia israelense ou investir seus fundos num país de baixos riscos econômicos, confiando que à superioridade numérica dos inimigos, Israel antepõe a melhor força militar do mundo.
Dentro de poucos dias, depois deste artigo sair publicado, no dia 16 de maio, completam-se 43 anos da ordem de evacuação das tropas da ONU da Península do Sinai e do bloqueio de Eilat por parte de Nasser, data que Charles Krauthammer considera o verdadeiro aniversário da guerra. Nasser moveu-se por conta de uma desinformação soviética de que Israel estava montando um ataque maciço ao Egito e à Síria, países que compravam seus tanques e Migs com dólares de que precisava desesperadamente para se manter de pé.
A imediata concordância da ONU foi fundamental para o Egito começar a guerra. Agora o perigo é muito maior, pois vem pelas costas. Não, não estou me referindo ao Irã, inimigo aberto com o qual não tenho dúvidas de que Israel pode se virar. Refiro-me aos EUA desde a posse de Obama, perigo que cresce cada vez mais. Como nos conta Daniel Greenfield a Casa Branca, seguindo os passos de Jimmy Carter, busca um acordo com o Irã que poderá transformá-lo 'no melhor amigo e Israel no melhor inimigo'.
Como já antevia Hopper 'Podemos confiar muito mais nos judeus do que Israel pode confiar em nós. (...) Se Israel sobreviver, será somente pelo esforço e pelos recursos dos próprios judeus'. E de sua sobrevivência depende a da Civilização fundada por eles.
De Quilombos a Canudos
_Plínio Sgarbi
As vítimas do comunismo, dos expurgos e das grandes fomes na URSS, na China e em Cuba, chegam a dezenas de milhões de vidas humanas, setenta, oitenta, cem.. E outras milhares de vidas humanas ceifadas nos Paredóns, nos fuzilamentos.
Só em Cuba, ilha de proporções muito menor de paises como Rússia e China, as vítimas do regime fidelista, os inimigos da revolução, estima em 7.000 fuzilamentos.
Che Guevara promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña, e segundo o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che Guevara ainda em 1954, escreveu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892. "Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959. "Eu só preciso saber que é necessário executá-lo."
"Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. "É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E continuaremos executando enquanto for necessário. Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução.
"Em outra ocasião, Guevara foi procurado por uma mãe desesperada, que implorou pela soltura do filho, um menino de 15 anos preso por pichar muros com inscrições contra Fidel. Um soldado informou a Guevara que o jovem seria fuzilado dali a alguns dias. O comandante, então, ordenou que fosse executado imediatamente, para que a senhora não passasse pela angústia de uma espera mais longa.
Che Guevara é símbolo oficial na Venezuela e na Bolívia”, com direito a estátuas.
Atualmente há no Brasil milhares de adoradores desse Bandido, frio assassino Argentino e por incrível que hoje possa parecer, há ainda adoradores de Castro, Stálin e Mao. Sempre que se fala dos grupos armados, usa-se a expressão do tipo "lutavam por liberdade", "lutavam contra ditadura". A verdade e real intenção era outra e bem diferente de liberdade. Os guerrilheiros sonhavam fazer do Brasil um Cubão, sempre citavam o líder chinês Mao Tsé-Tung, adoravam o Líder russo Joseph Stálin e o cubano Fidel castro.
De dezoito estatutos e documentos escritos por organizações de luta armada no Brasil, nos anos 1960 e 1970, quatorze descrevem o objetivo de criar um sistema de partido único e erguer uma ditadura similar aos regimes comunistas que existiam na China e em Cuba. A Ação Popular, por exemplo, da qual participou José Serra, defendia com todas as letras: substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado. Transformar o Brasil numa ditadura socialista.O objetivo do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) era instalar um governo popular e não a chamada redemocratização.
Já dizia Cícero dois mil anos atrás, aquele que não conhece a História será para sempre um menino.
E então, dos Militares para hoje os Militantes e alguns intelectuais esquerdistas que escrevem a história brasileira, aproveitando que no Brasil a memória é curta, quero lembrar de Antonio Vicente Mendes Maciel, apelidado Antonio Conselheiro, o líder de Canudos. Poucos brasileiros se sensibilizaram com o que realmente aconteceu no sertão baiano, século XIX. Ainda hoje o relato de Euclides da Cunha em Os Sertões dorme nas bibliotecas.
Canudos, a mais sangrenta luta da História do Brasil, quando os homens de Antônio Conselheiro usaram técnicas incríveis de combate para defender uma vida livre dos coronéis.
Segundo a história que nos é passada, Antonio Conselheiro tem a imagem de um louco, de um beato de mente transtornada que se tornou uma afronta ao progresso e à ordem em que o Brasil vinha passando, uma vez que a república vivia seus primeiros momentos. Mas os ideais e a ideia sobre a fundação da Comunidade Belo Monte por Antonio Conselheiro e o conflito de Canudos é muito em bem diferente do que retratam Zumbi, em que, nos anos 70, os historiadores marxistas projetaram no Quilombo de Palmares tudo o que imaginavam de sagrado para uma sociedade comunista: igualdade, relações de trabalho pacíficas e comida para todos.
Sabe-se hoje que o quilombo do século XVII estava mais para um reino africano daquela época que para uma sociedade aos moldes descritos por tais historiadores. Zumbi descendia de imbangalas, os senhores da guerra da África Centro-Ocidental. Guerreiros temidos: Quando alguns negros fugiam do Quilombo de Zumbi, eram perseguidos pelos guerreiros de Palmares e uma vez capturados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor. Zumbi tinha escravos e mandava capturar outros escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no quilombo, pois o sonho dos escravos eram ter escravos. Zumbi também sequestrava mulheres e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo. Conforme o escritor Leandro Narloch registra em seu livro, "Para ter escravos, os quilombolas faziam pequenos ataques a povoados próximos. Os escravos que, por sua própria indústria e valor, conseguiam chegar aos Palmares, eram considerados livres, mas os escravos raptados ou trazidos à força das vilas vizinhas continuavam escravos".
Verdades estas que parece ofender algumas pessoas hoje em dia, a ponto de preferirem omiti-las ou censurá-las, e, homenagear a data de sua morte como o dia da Consciência Negra, feriado em quase todo o Brasil. Transformado Zumbi em líder "negro", abolicionista e anti-imperialista. Entram em cena os falsificadores da História e procuram criar em torno da figura de Zumbi um espécie de herói de uma raça. Que comandava um reduto, um lar de homens livres, sem senhores nem escravos.
Muito e bem diferente de Zumbi, Antônio Vicente Mendes Maciel, nasceu em Quixeramobim, Ceará, no dia 13 de março de 1830. Filho de um comerciante de secos e molhados, que, apesar do alcoolismo, queria um filho padre, ele teve uma boa educação: estudou Aritmética, Geografia, Português, Francês e Latim. Foi professor de Português, Aritmética e Geometria, trabalhou em lojas, tentou abrir seu próprio comércio em pequenas localidades do interior do Ceará e foi advogado autodidata, chegou mesmo a atuar como requerente uma espécie de advogado sem diploma na cidade de Ipu. Tornou-se Antônio Conselheiro em 1874. Passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava o movimento canudos, classificado na história como um movimento formado por fanáticos religiosos, jagunços e sertanejos sem emprego. Que atribui ao líder Conselheiro, como um beato em que acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Escreveram e passou para a história, que ele, com estas idéias em mente, conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. Que, com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranquilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.
Os Sertões de Euclides da Cunha, que contém mais literatura que reportagem, não pode ser responsabilizado pelos rumos que o mito tomaria mais tarde: de que Canudos seria um reduto de rebeldes anarquistas em luta contra o poder constituído, que foram massacrados porque afrontaram os latifundiários ao abolir a propriedade privada. Antonio Conselheiro teria sido, então, um precursor do MST. Que em Canudos a propriedade era comunal, isso é verdade. Mas não há conteúdo político nas falas de Antonio Conselheiro. Ele não se refere a uma reforma agrária, não desanca os latifundiários, não prega a conquista do poder pelas armas. As cartas enviadas por fazendeiros da região se referem vagamente à possibilidade de desordens, mas não há relatos do povo de Canudos invadindo fazendas ao estilo do MST. Aliás, se fosse possível conferir uma classificação política ao Conselheiro, teríamos que defini-lo como reacionário, pois ele era contra a república.
A verdadeira história de Canudos é que a situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente.
Então o governo atacou Canudos por razões políticas, principalmente a insatisfação dos grandes fazendeiros da região com a fuga de mão-de-obra para o modelo de produção do Arraial de Canudos, coletiva e sem os impostos criados pela República.
Os que temiam a concorrência de Conselheiro é que lhe deram combate e destruíram uma obra que se identificava com o melhor sistema de governo aparecido até então no País. Seus opositores, os poderosos de sempre, aqueles que nunca faltaram para pisotear movimentos que contrariassem seus interesses. Eram eles: governo republicano que Conselheiro abominava, pois preferia que o Brasil continuasse monárquico; os senhores de engenho que defendiam a escravidão enquanto ele pregava a abolição; a igreja que começou a ver o crescimento da obra e da influência de Conselheiro, cujos discursos reuniam mais fieis para ouvi-lo sob as árvores do que conseguiam os padres nas paróquias. Igreja e usineiros exigiam providência do governo federal. E como politicamente era interessante atendê-los, Prudente de Morais não perdeu tempo.
Alarmados, fazendeiros e autoridades se viam na iminência de perder sua mão-de-obra devido ao êxodo em massa para o novo arraial. Um relatório da polícia alertou o governo federal de que "um indivíduo pregando doutrinas subversivas fazia grande mal ao Estado, distraindo o povo e arrastando-o após si, procurando convencer de que era o Espírito Santo".
No ano de 1882, o arcebispo da Bahia já enviara carta a todos os religiosos do Estado proibindo os discursos de Conselheiro. Aquela figura magérrima, cabeludo, barbudo, vestido com uma espécie de vestidão que ia até os pés, parecido mesmo como um beato, estava incomodando.
Nessas alturas, Canudos, um vilarejo paupérrimo situado às margens do rio Vasa Barris, crescera tanto que se tornara a terceira maior cidade do interior baiano. Salvador tinha 200 mil, Canudos 25 mil habitantes. Os escravos negros fugiam das roças, onde viviam sob a chibata nas terríveis senzalas e iam se instalar em Monte Santo, arraial de Canudos, Belo Monte, no nordeste da Bahia.
A elite canavieira da época perdia mão de obra gratuita. As vilas se despovoavam. Canudos crescia. Veio o 13 de maio de 1888 e a princesa Izabel punha fim à escravidão. Foi um tiro na religião que dizia que negro não tinha alma e na elite fazendeira que se via sem braço escravo a troco de angu de fubá.
Tanto exigiram do governo da República uma ação contra Canudos que, mesmo sem conhecer os seus fundamentos, se vê pressionada pelas duas maiores forças, providenciando quatro investidas armadas contra o vilarejo. A primeira investida contra Canudos foi destacada por uma força policial para suprimir os rebeldes, destroçada antes de chegar. Isso provocou o envio de dois destacamentos do Exército, os quais também foram desbaratados. Decidiu-se então mandar uma expedição militar completa, com artilharia e armamento moderno, que foi uma vez mais debelada e a soldadesca foi escorraçada pelos moradores do lugar.. Foi então que o governo federal convocou a participação de 17 Estados, inclusive São Paulo, fornecendo tropas, armas, munições e víveres. Organizou-se assim uma quarta expedição comandada pelo Marechal Bittencourt, composta de duas divisões do Exército e da maior concentração de armas já vista no país. Só desse modo e com imensas perdas a cidade rebelde foi vencida, quando se decidiu verter barris de querosene sobre as casas de taipa, queimando vivos os insurrectos. Os homens presos eram degolados ou estripados à faca, as mulheres e as crianças vendidas pelas tropas.
Da cidade pujante e livre restaram só cinzas e fumaça.
Euclides da Cunha foi enviado à frente de batalha como correspondente do Jornal O Estado de S. Paulo, para escrever uma série de reportagens e não teve dificuldade em explicar as razões da força dos rebeldes. Ela era toda baseada na completa ignorância das elites a respeito do povo e do território. O Exército brasileiro era treinado por oficiais belgas, com manuais franceses, sobre táticas adequadas para combater nos Países Baixos. Não se tinha sequer um mapa do interior do país. Não se sabia nada sobre a ecologia das caatingas. Os uniformes vermelhos dos oficiais eram alvo fácil para os sertanejos. Os canhões afundavam no solo arenoso. As roupas de lã desidratavam as tropas. Um festival macabro de ignorância.
Canudos se defendeu com as armas que havia tomado às próprias tropas em fuga. O alerta de Euclides da Cunha era para que as elites desviassem o foco de seu interesse da Europa, voltando-se para reencontrar seu próprio povo e sua terra. Podemos repetir os erros, mas a lição está aí. O momento de o Brasil se encontrar consigo mesmo havia chegado. Durou dois anos a Guerra de Canudos, o Contestado. Mobilizou 12 mil soldados, mais da metade do efetivo nacional.
No dia 14 de julho de 1897, aniversário da Revolução Francesa que pregava igualdade, liberdade e fraternidade o slogan não valia para Canudos. Em 5 de outubro de 1897 termina a resistência sertaneja. Canudos estava destruída. Eram 25 mil vítimas. A grande maioria dos que se renderam foram mortos por degolamento. As cinzas de 5.200 casas rústicas se misturavam com os cadáveres de homens, mulheres e crianças.
Mas Canudos lutou fortemente e só caiu no 4º ataque a cidade, no qual Euclides da Cunha relatou com exatidão o que restou de Belo Monte: “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.
A elite política, acadêmica, militar e religiosa estava em êxtase. Os deputados baianos se congratulavam com o governo de Prudente de Morais. Queriam que no local reinassem a solidão e a morte. Conseguiram de forma covarde, vil.
Acabava Canudos. Silenciava a voz de Antonio Conselheiro. Erguia-se dos escombros, o silêncio da morte a exibir corpos que antes trabalhavam, produziam, sonhavam.
Foi a vitória da estupidez humana mais uma vez. O acadêmico de medicina Joaquim Orçades escreveu: “eu vi e assisti a sacrificarem-se todos aqueles miseráveis. E com sinceridade o digo: em Canudos foram sacrificados por degolamento quase todos os prisioneiros... Assassinar-se uma mulher pelo simples fato de ser o seu companheiro conivente com o que se dava, é o auge da miséria. Arrancar-se a vida a uma criancinha é o maior dos barbarismos que se pode praticar.
"É chegado o momento para me despedir de vós; que pena, que sentimento tão vivo ocasiona esta despedida em minha alma, à vista do modo benévolo, generoso e caridoso com que me tendes tratado, penhorando-me assim, bastantemente. São estes os testemunhos que me fazem compreender quanto domina em vossos corações tão belo sentimento! Adeus povo, adeus aves, adeus árvores, adeus campos, aceitai minha despedida, que bem demonstra as gratas recordações que levo de vós, que jamais se apagarão da lembrança deste peregrino." _Antonio Conselheiro, carta de despedida, pouco antes de sua morte. 1897 -
Relata a história em que Antonio Conselheiro sendo um beato e fanático religioso, atraindo outros fanáticos seguidores, que ao final, foram sacrificados.
Parecidos como os atentados suicidas de 11 de setembro nos EUA, cometidos por homens convencidos de que seriam recompensados com 12 virgens num outro mundo; como no caso do suicídio coletivo do Templo do Povo, em 1978, quando morreram 912 seguidores de Jim Jones; como os mais de 700 mortos do Movimento da Restauração dos Dez Mandamentos em Uganda.
Uma vida livre das explorações, dos coronéis nordestinos e das espirituais da igreja.
Brancos, negros e mestiços, os seguidores de Antonio Conselheiro não se sacrificaram por recompensas espirituais, e sim, escolheram o direito de se sacrificarem por uma causa que acreditavam ser merecedores e não por recompensas de vida eterna em paraísos celestes.
As vítimas do comunismo, dos expurgos e das grandes fomes na URSS, na China e em Cuba, chegam a dezenas de milhões de vidas humanas, setenta, oitenta, cem.. E outras milhares de vidas humanas ceifadas nos Paredóns, nos fuzilamentos.
Só em Cuba, ilha de proporções muito menor de paises como Rússia e China, as vítimas do regime fidelista, os inimigos da revolução, estima em 7.000 fuzilamentos.
Che Guevara promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña, e segundo o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che Guevara ainda em 1954, escreveu em seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara mandou fuzilar é de 1.892. "Eu não preciso de provas para executar um homem", gritou Che para um funcionário do judiciário cubano em 1959. "Eu só preciso saber que é necessário executá-lo."
"Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. "É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E continuaremos executando enquanto for necessário. Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução.
"Em outra ocasião, Guevara foi procurado por uma mãe desesperada, que implorou pela soltura do filho, um menino de 15 anos preso por pichar muros com inscrições contra Fidel. Um soldado informou a Guevara que o jovem seria fuzilado dali a alguns dias. O comandante, então, ordenou que fosse executado imediatamente, para que a senhora não passasse pela angústia de uma espera mais longa.
Che Guevara é símbolo oficial na Venezuela e na Bolívia”, com direito a estátuas.
Atualmente há no Brasil milhares de adoradores desse Bandido, frio assassino Argentino e por incrível que hoje possa parecer, há ainda adoradores de Castro, Stálin e Mao. Sempre que se fala dos grupos armados, usa-se a expressão do tipo "lutavam por liberdade", "lutavam contra ditadura". A verdade e real intenção era outra e bem diferente de liberdade. Os guerrilheiros sonhavam fazer do Brasil um Cubão, sempre citavam o líder chinês Mao Tsé-Tung, adoravam o Líder russo Joseph Stálin e o cubano Fidel castro.
De dezoito estatutos e documentos escritos por organizações de luta armada no Brasil, nos anos 1960 e 1970, quatorze descrevem o objetivo de criar um sistema de partido único e erguer uma ditadura similar aos regimes comunistas que existiam na China e em Cuba. A Ação Popular, por exemplo, da qual participou José Serra, defendia com todas as letras: substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado. Transformar o Brasil numa ditadura socialista.O objetivo do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) era instalar um governo popular e não a chamada redemocratização.
Já dizia Cícero dois mil anos atrás, aquele que não conhece a História será para sempre um menino.
E então, dos Militares para hoje os Militantes e alguns intelectuais esquerdistas que escrevem a história brasileira, aproveitando que no Brasil a memória é curta, quero lembrar de Antonio Vicente Mendes Maciel, apelidado Antonio Conselheiro, o líder de Canudos. Poucos brasileiros se sensibilizaram com o que realmente aconteceu no sertão baiano, século XIX. Ainda hoje o relato de Euclides da Cunha em Os Sertões dorme nas bibliotecas.
Canudos, a mais sangrenta luta da História do Brasil, quando os homens de Antônio Conselheiro usaram técnicas incríveis de combate para defender uma vida livre dos coronéis.
Segundo a história que nos é passada, Antonio Conselheiro tem a imagem de um louco, de um beato de mente transtornada que se tornou uma afronta ao progresso e à ordem em que o Brasil vinha passando, uma vez que a república vivia seus primeiros momentos. Mas os ideais e a ideia sobre a fundação da Comunidade Belo Monte por Antonio Conselheiro e o conflito de Canudos é muito em bem diferente do que retratam Zumbi, em que, nos anos 70, os historiadores marxistas projetaram no Quilombo de Palmares tudo o que imaginavam de sagrado para uma sociedade comunista: igualdade, relações de trabalho pacíficas e comida para todos.
Sabe-se hoje que o quilombo do século XVII estava mais para um reino africano daquela época que para uma sociedade aos moldes descritos por tais historiadores. Zumbi descendia de imbangalas, os senhores da guerra da África Centro-Ocidental. Guerreiros temidos: Quando alguns negros fugiam do Quilombo de Zumbi, eram perseguidos pelos guerreiros de Palmares e uma vez capturados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor. Zumbi tinha escravos e mandava capturar outros escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no quilombo, pois o sonho dos escravos eram ter escravos. Zumbi também sequestrava mulheres e executava aqueles que quisessem fugir do quilombo. Conforme o escritor Leandro Narloch registra em seu livro, "Para ter escravos, os quilombolas faziam pequenos ataques a povoados próximos. Os escravos que, por sua própria indústria e valor, conseguiam chegar aos Palmares, eram considerados livres, mas os escravos raptados ou trazidos à força das vilas vizinhas continuavam escravos".
Verdades estas que parece ofender algumas pessoas hoje em dia, a ponto de preferirem omiti-las ou censurá-las, e, homenagear a data de sua morte como o dia da Consciência Negra, feriado em quase todo o Brasil. Transformado Zumbi em líder "negro", abolicionista e anti-imperialista. Entram em cena os falsificadores da História e procuram criar em torno da figura de Zumbi um espécie de herói de uma raça. Que comandava um reduto, um lar de homens livres, sem senhores nem escravos.
Muito e bem diferente de Zumbi, Antônio Vicente Mendes Maciel, nasceu em Quixeramobim, Ceará, no dia 13 de março de 1830. Filho de um comerciante de secos e molhados, que, apesar do alcoolismo, queria um filho padre, ele teve uma boa educação: estudou Aritmética, Geografia, Português, Francês e Latim. Foi professor de Português, Aritmética e Geometria, trabalhou em lojas, tentou abrir seu próprio comércio em pequenas localidades do interior do Ceará e foi advogado autodidata, chegou mesmo a atuar como requerente uma espécie de advogado sem diploma na cidade de Ipu. Tornou-se Antônio Conselheiro em 1874. Passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava o movimento canudos, classificado na história como um movimento formado por fanáticos religiosos, jagunços e sertanejos sem emprego. Que atribui ao líder Conselheiro, como um beato em que acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Escreveram e passou para a história, que ele, com estas idéias em mente, conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. Que, com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranquilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.
Os Sertões de Euclides da Cunha, que contém mais literatura que reportagem, não pode ser responsabilizado pelos rumos que o mito tomaria mais tarde: de que Canudos seria um reduto de rebeldes anarquistas em luta contra o poder constituído, que foram massacrados porque afrontaram os latifundiários ao abolir a propriedade privada. Antonio Conselheiro teria sido, então, um precursor do MST. Que em Canudos a propriedade era comunal, isso é verdade. Mas não há conteúdo político nas falas de Antonio Conselheiro. Ele não se refere a uma reforma agrária, não desanca os latifundiários, não prega a conquista do poder pelas armas. As cartas enviadas por fazendeiros da região se referem vagamente à possibilidade de desordens, mas não há relatos do povo de Canudos invadindo fazendas ao estilo do MST. Aliás, se fosse possível conferir uma classificação política ao Conselheiro, teríamos que defini-lo como reacionário, pois ele era contra a república.
A verdadeira história de Canudos é que a situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente.
Então o governo atacou Canudos por razões políticas, principalmente a insatisfação dos grandes fazendeiros da região com a fuga de mão-de-obra para o modelo de produção do Arraial de Canudos, coletiva e sem os impostos criados pela República.
Os que temiam a concorrência de Conselheiro é que lhe deram combate e destruíram uma obra que se identificava com o melhor sistema de governo aparecido até então no País. Seus opositores, os poderosos de sempre, aqueles que nunca faltaram para pisotear movimentos que contrariassem seus interesses. Eram eles: governo republicano que Conselheiro abominava, pois preferia que o Brasil continuasse monárquico; os senhores de engenho que defendiam a escravidão enquanto ele pregava a abolição; a igreja que começou a ver o crescimento da obra e da influência de Conselheiro, cujos discursos reuniam mais fieis para ouvi-lo sob as árvores do que conseguiam os padres nas paróquias. Igreja e usineiros exigiam providência do governo federal. E como politicamente era interessante atendê-los, Prudente de Morais não perdeu tempo.
Alarmados, fazendeiros e autoridades se viam na iminência de perder sua mão-de-obra devido ao êxodo em massa para o novo arraial. Um relatório da polícia alertou o governo federal de que "um indivíduo pregando doutrinas subversivas fazia grande mal ao Estado, distraindo o povo e arrastando-o após si, procurando convencer de que era o Espírito Santo".
No ano de 1882, o arcebispo da Bahia já enviara carta a todos os religiosos do Estado proibindo os discursos de Conselheiro. Aquela figura magérrima, cabeludo, barbudo, vestido com uma espécie de vestidão que ia até os pés, parecido mesmo como um beato, estava incomodando.
Nessas alturas, Canudos, um vilarejo paupérrimo situado às margens do rio Vasa Barris, crescera tanto que se tornara a terceira maior cidade do interior baiano. Salvador tinha 200 mil, Canudos 25 mil habitantes. Os escravos negros fugiam das roças, onde viviam sob a chibata nas terríveis senzalas e iam se instalar em Monte Santo, arraial de Canudos, Belo Monte, no nordeste da Bahia.
A elite canavieira da época perdia mão de obra gratuita. As vilas se despovoavam. Canudos crescia. Veio o 13 de maio de 1888 e a princesa Izabel punha fim à escravidão. Foi um tiro na religião que dizia que negro não tinha alma e na elite fazendeira que se via sem braço escravo a troco de angu de fubá.
Tanto exigiram do governo da República uma ação contra Canudos que, mesmo sem conhecer os seus fundamentos, se vê pressionada pelas duas maiores forças, providenciando quatro investidas armadas contra o vilarejo. A primeira investida contra Canudos foi destacada por uma força policial para suprimir os rebeldes, destroçada antes de chegar. Isso provocou o envio de dois destacamentos do Exército, os quais também foram desbaratados. Decidiu-se então mandar uma expedição militar completa, com artilharia e armamento moderno, que foi uma vez mais debelada e a soldadesca foi escorraçada pelos moradores do lugar.. Foi então que o governo federal convocou a participação de 17 Estados, inclusive São Paulo, fornecendo tropas, armas, munições e víveres. Organizou-se assim uma quarta expedição comandada pelo Marechal Bittencourt, composta de duas divisões do Exército e da maior concentração de armas já vista no país. Só desse modo e com imensas perdas a cidade rebelde foi vencida, quando se decidiu verter barris de querosene sobre as casas de taipa, queimando vivos os insurrectos. Os homens presos eram degolados ou estripados à faca, as mulheres e as crianças vendidas pelas tropas.
Da cidade pujante e livre restaram só cinzas e fumaça.
Euclides da Cunha foi enviado à frente de batalha como correspondente do Jornal O Estado de S. Paulo, para escrever uma série de reportagens e não teve dificuldade em explicar as razões da força dos rebeldes. Ela era toda baseada na completa ignorância das elites a respeito do povo e do território. O Exército brasileiro era treinado por oficiais belgas, com manuais franceses, sobre táticas adequadas para combater nos Países Baixos. Não se tinha sequer um mapa do interior do país. Não se sabia nada sobre a ecologia das caatingas. Os uniformes vermelhos dos oficiais eram alvo fácil para os sertanejos. Os canhões afundavam no solo arenoso. As roupas de lã desidratavam as tropas. Um festival macabro de ignorância.
Canudos se defendeu com as armas que havia tomado às próprias tropas em fuga. O alerta de Euclides da Cunha era para que as elites desviassem o foco de seu interesse da Europa, voltando-se para reencontrar seu próprio povo e sua terra. Podemos repetir os erros, mas a lição está aí. O momento de o Brasil se encontrar consigo mesmo havia chegado. Durou dois anos a Guerra de Canudos, o Contestado. Mobilizou 12 mil soldados, mais da metade do efetivo nacional.
No dia 14 de julho de 1897, aniversário da Revolução Francesa que pregava igualdade, liberdade e fraternidade o slogan não valia para Canudos. Em 5 de outubro de 1897 termina a resistência sertaneja. Canudos estava destruída. Eram 25 mil vítimas. A grande maioria dos que se renderam foram mortos por degolamento. As cinzas de 5.200 casas rústicas se misturavam com os cadáveres de homens, mulheres e crianças.
Mas Canudos lutou fortemente e só caiu no 4º ataque a cidade, no qual Euclides da Cunha relatou com exatidão o que restou de Belo Monte: “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.
A elite política, acadêmica, militar e religiosa estava em êxtase. Os deputados baianos se congratulavam com o governo de Prudente de Morais. Queriam que no local reinassem a solidão e a morte. Conseguiram de forma covarde, vil.
Acabava Canudos. Silenciava a voz de Antonio Conselheiro. Erguia-se dos escombros, o silêncio da morte a exibir corpos que antes trabalhavam, produziam, sonhavam.
Foi a vitória da estupidez humana mais uma vez. O acadêmico de medicina Joaquim Orçades escreveu: “eu vi e assisti a sacrificarem-se todos aqueles miseráveis. E com sinceridade o digo: em Canudos foram sacrificados por degolamento quase todos os prisioneiros... Assassinar-se uma mulher pelo simples fato de ser o seu companheiro conivente com o que se dava, é o auge da miséria. Arrancar-se a vida a uma criancinha é o maior dos barbarismos que se pode praticar.
"É chegado o momento para me despedir de vós; que pena, que sentimento tão vivo ocasiona esta despedida em minha alma, à vista do modo benévolo, generoso e caridoso com que me tendes tratado, penhorando-me assim, bastantemente. São estes os testemunhos que me fazem compreender quanto domina em vossos corações tão belo sentimento! Adeus povo, adeus aves, adeus árvores, adeus campos, aceitai minha despedida, que bem demonstra as gratas recordações que levo de vós, que jamais se apagarão da lembrança deste peregrino." _Antonio Conselheiro, carta de despedida, pouco antes de sua morte. 1897 -
Relata a história em que Antonio Conselheiro sendo um beato e fanático religioso, atraindo outros fanáticos seguidores, que ao final, foram sacrificados.
Parecidos como os atentados suicidas de 11 de setembro nos EUA, cometidos por homens convencidos de que seriam recompensados com 12 virgens num outro mundo; como no caso do suicídio coletivo do Templo do Povo, em 1978, quando morreram 912 seguidores de Jim Jones; como os mais de 700 mortos do Movimento da Restauração dos Dez Mandamentos em Uganda.
Uma vida livre das explorações, dos coronéis nordestinos e das espirituais da igreja.
Brancos, negros e mestiços, os seguidores de Antonio Conselheiro não se sacrificaram por recompensas espirituais, e sim, escolheram o direito de se sacrificarem por uma causa que acreditavam ser merecedores e não por recompensas de vida eterna em paraísos celestes.
LULA, É O PRESIDENTE. QUE QUEREMOS?
Doc. Nº 154 – 2010
WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGURARAPES
NÃO VOTAR EM CORRUPTO É UM DEVER CÍVICO
Para todos os efeitos, esta é uma pergunta fora de propósito. Há quase uma década que o país inteiro sabe quem é Lula. Mas, eu pergunto se o Brasil conhece o Lula PERSONAGEM, ou o Lula PESSOA?
Havia – há muito tempo – interesse no Partido da Hidra Vermelha, em torná-lo palatável para ser eleito Presidente do Brasil. Reconheciam nele, o "mamulengo" que há muito procuravam para governar o Brasil, o que até então, parecia inatingível. Aproveitando o potencial ideológico que atingiam, e a maleabilidade do "mamulengo, começaram apresentando-o ao mundo, primeiro como o "redivivo bobo da côrte", à velha monarquia européia. Sucesso garantido, o "mamulengo" passou a ser o "enfant gaté", também com os aplausos da Europa.
A aceitação do público europeu, aumentou a já desmedida pretensão e ganância ao PODER. Tornou-se figura obrigatória nos espetáculos políticos da Europa.
Houvesse o propósito de preparar UM PRESIDENTE ÚTIL para o Brasil, teriam tido o cuidado de prepará-lo para GOVERNAR o país, e não para ser o veículo para garantir aos Três Poderes, tornarem – se a maior camarilha de FICHAS SUJAS, mensaleiros, aloprados e outros tantos títulos nada honrados, que qualificam os representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo, o centro do PODER.
Seu desempenho no cenário político internacional foi tal, que chegou a ser chamado pelo Presidente dos EUA, o CARA. Depois se soube que a palavra na terra de Obama, não tem o mesmo significado daqui.
O "circo" de Honduras, que para um governo sério seria impensável, contou desde as primeiras horas, com o TOTAL apoio de Lula. Tornou-se, também, o Presidente que mais se serviu e proporcionou caravanas faraônicas – sempre às custas do erário público – para qualquer reunião política no exterior. Para Copenhague mais de 700 brasileiros a custa do erário. Carnaval puro.
Ameaçado de impeatchment, com o rumoroso caso provocado pelo ex deputado Roberto Jefferson, foi salvo pelo comodismo (?) da pretensa oposição. Somado ao seu carisma – inegável – e a cooperação generalizada da cúpula dos Três Poderes, conseguiu um prestígio que até então – nenhum governo honesto – havia conquistado. Houvesse na pretensa oposição, na verdade NADA mais que rachaduras do PC – HONESTIDADE de PROPÓSITOS – não estaria hoje a cúpula do desgoverno nos Três Poderes, entregue a adeptos fiéis à Hidra Vermelha.
O verdadeiro Lula, abandonou a "máscara de bom moço", com a escolha pessoal e antecipada – contrariando a Lei Eleitoral – da pré-candidata à sua sucessão, desde o ano passado. Lula foi a "seringa" que a Hidra precisava para disseminar seu veneno, sem chamar a atenção dos menos avisados. Como ao Partidão interessava apenas e tão somente apenas um "mamulengo" que mãos manejam conforme a música, Lula foi o escolhido.
Hoje, é o PRESIDENTE DO PAÍS, mas NÃO dos brasileiros que ainda pretendem um PAÍS LIVRE e SOBERANO, como JÁ FOI ESTE BRASIL um dia.
Glacy Cassou Domingues – Grupo Guararapes. Fort. 22/05/2010.
WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGURARAPES
NÃO VOTAR EM CORRUPTO É UM DEVER CÍVICO
Para todos os efeitos, esta é uma pergunta fora de propósito. Há quase uma década que o país inteiro sabe quem é Lula. Mas, eu pergunto se o Brasil conhece o Lula PERSONAGEM, ou o Lula PESSOA?
Havia – há muito tempo – interesse no Partido da Hidra Vermelha, em torná-lo palatável para ser eleito Presidente do Brasil. Reconheciam nele, o "mamulengo" que há muito procuravam para governar o Brasil, o que até então, parecia inatingível. Aproveitando o potencial ideológico que atingiam, e a maleabilidade do "mamulengo, começaram apresentando-o ao mundo, primeiro como o "redivivo bobo da côrte", à velha monarquia européia. Sucesso garantido, o "mamulengo" passou a ser o "enfant gaté", também com os aplausos da Europa.
A aceitação do público europeu, aumentou a já desmedida pretensão e ganância ao PODER. Tornou-se figura obrigatória nos espetáculos políticos da Europa.
Houvesse o propósito de preparar UM PRESIDENTE ÚTIL para o Brasil, teriam tido o cuidado de prepará-lo para GOVERNAR o país, e não para ser o veículo para garantir aos Três Poderes, tornarem – se a maior camarilha de FICHAS SUJAS, mensaleiros, aloprados e outros tantos títulos nada honrados, que qualificam os representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo, o centro do PODER.
Seu desempenho no cenário político internacional foi tal, que chegou a ser chamado pelo Presidente dos EUA, o CARA. Depois se soube que a palavra na terra de Obama, não tem o mesmo significado daqui.
O "circo" de Honduras, que para um governo sério seria impensável, contou desde as primeiras horas, com o TOTAL apoio de Lula. Tornou-se, também, o Presidente que mais se serviu e proporcionou caravanas faraônicas – sempre às custas do erário público – para qualquer reunião política no exterior. Para Copenhague mais de 700 brasileiros a custa do erário. Carnaval puro.
Ameaçado de impeatchment, com o rumoroso caso provocado pelo ex deputado Roberto Jefferson, foi salvo pelo comodismo (?) da pretensa oposição. Somado ao seu carisma – inegável – e a cooperação generalizada da cúpula dos Três Poderes, conseguiu um prestígio que até então – nenhum governo honesto – havia conquistado. Houvesse na pretensa oposição, na verdade NADA mais que rachaduras do PC – HONESTIDADE de PROPÓSITOS – não estaria hoje a cúpula do desgoverno nos Três Poderes, entregue a adeptos fiéis à Hidra Vermelha.
O verdadeiro Lula, abandonou a "máscara de bom moço", com a escolha pessoal e antecipada – contrariando a Lei Eleitoral – da pré-candidata à sua sucessão, desde o ano passado. Lula foi a "seringa" que a Hidra precisava para disseminar seu veneno, sem chamar a atenção dos menos avisados. Como ao Partidão interessava apenas e tão somente apenas um "mamulengo" que mãos manejam conforme a música, Lula foi o escolhido.
Hoje, é o PRESIDENTE DO PAÍS, mas NÃO dos brasileiros que ainda pretendem um PAÍS LIVRE e SOBERANO, como JÁ FOI ESTE BRASIL um dia.
Glacy Cassou Domingues – Grupo Guararapes. Fort. 22/05/2010.
terça-feira, 25 de maio de 2010
ITAMARATI NÃO TEM ATOS SECRETOS
É tudo às claras.
Embora nunca tenhamos sentido a menor falta, o Brasil já conta com importante representação diplomática em Bamako. Não sabe o prezado leitor onde fica? Ora, Bamako é a trepidante capital do Mali, nação da África ocidental. Fala-se francês por lá, já que nos anos 1880 foi possessão francesa.
Se o querido leitor não tiver achado Bamako importante podemos ampliar a oferta. Que tal Baku, capital e porto do Azerbaijão? Talvez Belmopan, onde temos igualmente vigorosa presença diplomática. Belmopan, apesar de capital, é sossegada cidade de menos de 15 mil habitantes, no distrito de Cayo, Belize.
Temos mais. Na verdade, temos mais de quarenta países nos quais o Brasil abriu embaixadas e consulados-gerais nos últimos dois anos. Lugares como Basse-Terre, Castries, Conacri, Cotonou, Cartum, Gaborone, Malabo, Novakchott, Roseau, St. Georges, St. John’s ou Uagadogu (só por curiosidade, é a capital de Burkina Fassu), entre outros. A maioria, certamente, só o chanceler Amorim alguma vez na vida ouviu falar.
Mas não se pode dizer que padeça o Itamaraty da falta de sizo do Senado. Não se verá, no ministério de Celso Amorim rastros de atos secretos ou bandalheiras tão em voga hoje no Congresso. Nada disso. Tudo o que ali se faz é estampado com todas as letras no Diário Oficial. O problema é que algumas dessas novidades são produzidas com o formato das batatas, outras a cor e a aparência das laranjas. Como legumes e frutas não se somam, apenas aos iniciados é dado perceber o que sai da caneta do ministro.
O que aqui se mostra, portanto, é a manifestação dos corredores do Itamaraty. Essa farra de embaixadas, por exemplo, faz parte da senda brasileira pelo mundo pobre. De quebra, se junta à obsessão por ocupar lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Como se China, Rússia e Estados Unidos aceitassem a idéia. E se topassem, digamos, aumentar em duas as cadeiras, o Japão e a Alemanha fossem ficar de fora para dar vez ao Brasil.
Mas, se para fora essa festa esbarra no mundo real, para dentro resulta em assalto ao bolso da pobre viúva. A escolha de nomes para o primeiro posto dessas embaixadas e consulados gerais não chega a ser problema. Ninguém chega a ir amarrado, mas o escolhido geralmente recebe o posto como missão.
Para os demais cargos, no entanto, o exercício é penoso. Dificilmente alguém que enxergue futuro na diplomacia se dispõe a queimar um pedaço da vida num fim de mundo. Principalmente porque, num lugar desses, a menor distração transforma o indigitado em peça de almoxarifado. Quem aceita, embarca com a passagem de volta no bolso. Nada além de noventa dias. O segredo aí é que, por um período desses, além do salário ganham-se diárias. Um belo punhado de dólares que dá para viver direito, enquanto o salário se soma à poupança.
Mas não só em direção ao desterro movem-se os destinos no Itamaraty. Cuida-se ali também da vida afetiva dos escolhidos. Ano passado, por exemplo, Antônio José Ferreira Simões, lotado no gabinete de Amorim, foi feito embaixador em Caracas. Até aí, tudo bem. Pouco depois, porém, o Brasil abriu um consulado-geral em Caracas. Quem foi nomeado para o posto de cônsul? Ora, Mariangela Rebuá de Andrade Simões, a senhora Ferreira Simões.
Também em 2008, o Brasil formalizou sua representação junto à Organização Mundial do Comércio, a OMC. Para comandá-la foi escolhido Roberto Carvalho de Azevedo. Só pessoas muito maldosas acreditam que a escolha de Roberto para o posto guarda relação com o fato de Maria Nazareth Farani Azevedo, chefe de gabinete do ministro, ter assumido o comando da delegação brasileira na ONU ( ? ), ambos serem casados e as duas delegações funcionarem na mesma cidade, Genebra. Claro que deve ser absoluta coincidência, mas fenômeno semelhante ocorreu com a designação, este ano, de Regina Maria Cordeiro Dunlop para a delegação brasileira na ONU, entidade que, como se sabe, tem sede em Nova York. Com Regina Maria no posto, o Brasil sentiu falta de um consulado-geral na região. Instalou-o no distrito de Hartford, estado de Nova York, e botou a comandar o lugar Ronaldo Edgar Dunlop, casualmente marido de Regina Maria.
(PS - No meu tempo havia consulado em Nova York mesmo, na 5ª Avenida).
Mas não só de arranjos domésticos vive o Itamaraty. Pouco se fala para fora de Brasília, mas já se torna visível ao mundo, por exemplo, o talento da diplomacia brasileira no mercado imobiliário. Em apenas duas investidas na área o ministério de Amorim garantiu para o próximo governo uma herança difícil de esquecer. Em Nova Delhi, comprou por cinco milhões de dólares o terreno (atenção: só o terreno) onde, um dia, construiremos a embaixada.
Em Genebra, pagou quarenta (atenção: quarenta) milhões de dólares pelo prédio que abrigará as representações brasileiras. A soma dos dois eventos surpreendeu até funcionários habituados à largueza de gestos da nossa diplomacia. Nem a secretaria-geral do Senado seria capaz de tamanho feito.
É isso o governo Lula, diz que dá aos pobre e subtrai de todos.
TUDO QUE ESTÁ CONTIDO NESSE E-MAIL É CÓPIA DO SITE ABAIXO.
COMPROVE. http://xicovargas.uol.com.br/index.php/114
Recebido de Resistência Democrática
Embora nunca tenhamos sentido a menor falta, o Brasil já conta com importante representação diplomática em Bamako. Não sabe o prezado leitor onde fica? Ora, Bamako é a trepidante capital do Mali, nação da África ocidental. Fala-se francês por lá, já que nos anos 1880 foi possessão francesa.
Se o querido leitor não tiver achado Bamako importante podemos ampliar a oferta. Que tal Baku, capital e porto do Azerbaijão? Talvez Belmopan, onde temos igualmente vigorosa presença diplomática. Belmopan, apesar de capital, é sossegada cidade de menos de 15 mil habitantes, no distrito de Cayo, Belize.
Temos mais. Na verdade, temos mais de quarenta países nos quais o Brasil abriu embaixadas e consulados-gerais nos últimos dois anos. Lugares como Basse-Terre, Castries, Conacri, Cotonou, Cartum, Gaborone, Malabo, Novakchott, Roseau, St. Georges, St. John’s ou Uagadogu (só por curiosidade, é a capital de Burkina Fassu), entre outros. A maioria, certamente, só o chanceler Amorim alguma vez na vida ouviu falar.
Mas não se pode dizer que padeça o Itamaraty da falta de sizo do Senado. Não se verá, no ministério de Celso Amorim rastros de atos secretos ou bandalheiras tão em voga hoje no Congresso. Nada disso. Tudo o que ali se faz é estampado com todas as letras no Diário Oficial. O problema é que algumas dessas novidades são produzidas com o formato das batatas, outras a cor e a aparência das laranjas. Como legumes e frutas não se somam, apenas aos iniciados é dado perceber o que sai da caneta do ministro.
O que aqui se mostra, portanto, é a manifestação dos corredores do Itamaraty. Essa farra de embaixadas, por exemplo, faz parte da senda brasileira pelo mundo pobre. De quebra, se junta à obsessão por ocupar lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Como se China, Rússia e Estados Unidos aceitassem a idéia. E se topassem, digamos, aumentar em duas as cadeiras, o Japão e a Alemanha fossem ficar de fora para dar vez ao Brasil.
Mas, se para fora essa festa esbarra no mundo real, para dentro resulta em assalto ao bolso da pobre viúva. A escolha de nomes para o primeiro posto dessas embaixadas e consulados gerais não chega a ser problema. Ninguém chega a ir amarrado, mas o escolhido geralmente recebe o posto como missão.
Para os demais cargos, no entanto, o exercício é penoso. Dificilmente alguém que enxergue futuro na diplomacia se dispõe a queimar um pedaço da vida num fim de mundo. Principalmente porque, num lugar desses, a menor distração transforma o indigitado em peça de almoxarifado. Quem aceita, embarca com a passagem de volta no bolso. Nada além de noventa dias. O segredo aí é que, por um período desses, além do salário ganham-se diárias. Um belo punhado de dólares que dá para viver direito, enquanto o salário se soma à poupança.
Mas não só em direção ao desterro movem-se os destinos no Itamaraty. Cuida-se ali também da vida afetiva dos escolhidos. Ano passado, por exemplo, Antônio José Ferreira Simões, lotado no gabinete de Amorim, foi feito embaixador em Caracas. Até aí, tudo bem. Pouco depois, porém, o Brasil abriu um consulado-geral em Caracas. Quem foi nomeado para o posto de cônsul? Ora, Mariangela Rebuá de Andrade Simões, a senhora Ferreira Simões.
Também em 2008, o Brasil formalizou sua representação junto à Organização Mundial do Comércio, a OMC. Para comandá-la foi escolhido Roberto Carvalho de Azevedo. Só pessoas muito maldosas acreditam que a escolha de Roberto para o posto guarda relação com o fato de Maria Nazareth Farani Azevedo, chefe de gabinete do ministro, ter assumido o comando da delegação brasileira na ONU ( ? ), ambos serem casados e as duas delegações funcionarem na mesma cidade, Genebra. Claro que deve ser absoluta coincidência, mas fenômeno semelhante ocorreu com a designação, este ano, de Regina Maria Cordeiro Dunlop para a delegação brasileira na ONU, entidade que, como se sabe, tem sede em Nova York. Com Regina Maria no posto, o Brasil sentiu falta de um consulado-geral na região. Instalou-o no distrito de Hartford, estado de Nova York, e botou a comandar o lugar Ronaldo Edgar Dunlop, casualmente marido de Regina Maria.
(PS - No meu tempo havia consulado em Nova York mesmo, na 5ª Avenida).
Mas não só de arranjos domésticos vive o Itamaraty. Pouco se fala para fora de Brasília, mas já se torna visível ao mundo, por exemplo, o talento da diplomacia brasileira no mercado imobiliário. Em apenas duas investidas na área o ministério de Amorim garantiu para o próximo governo uma herança difícil de esquecer. Em Nova Delhi, comprou por cinco milhões de dólares o terreno (atenção: só o terreno) onde, um dia, construiremos a embaixada.
Em Genebra, pagou quarenta (atenção: quarenta) milhões de dólares pelo prédio que abrigará as representações brasileiras. A soma dos dois eventos surpreendeu até funcionários habituados à largueza de gestos da nossa diplomacia. Nem a secretaria-geral do Senado seria capaz de tamanho feito.
É isso o governo Lula, diz que dá aos pobre e subtrai de todos.
TUDO QUE ESTÁ CONTIDO NESSE E-MAIL É CÓPIA DO SITE ABAIXO.
COMPROVE. http://xicovargas.uol.com.br/index.php/114
Recebido de Resistência Democrática
VPR - Vanguarda Popular Revolucionária
Felix Maier
Originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) com dissidentes paulistas da POLOP.
Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. O chefe do Setor de Inteligência da VPR era Ladislas Dowbor, nascido na Polônia, que participou do seqüestro do Cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Oguchi, e posteriormente foi preso e banido do território nacional em troca da liberdade do embaixador alemão Von Holleben, seqüestrado no Rio de Janeiro.
Carlos Lamarca desertou do 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, 5 metralhadoras INA, revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca teve que antecipar seu plano.
No dia 22 Jul 1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Em 26 Jun de 1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II Exército, em São Paulo, matando o sentinela, soldado Mário Kozel Filho.
Em 12 Out 1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais.
Em 1970, a organização terrorista seqüestrou diplomatas estrangeiros: o Cônsul-Geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11 Mar 1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o Embaixador da República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Holleben, no dia 11 Jun 1970; o Embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 07 Dez 1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao Chile do Presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13 Jan 1971.
Nesse seqüestro, participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou 2 tiros à queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10 Dez 1970. O seqüestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações terroristas no País. A VPR possuía sítio em Jacupiranga, SP, próximo à BR-116, para treinamento de guerrilha, depois desmobilizado, quando passou para a área de Registro, no Vale da Ribeira. Uma das ações mais covardes desta organização, ocorrida durante a “Operação Registro”, foi o assassinato a golpes de fuzil do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida dos soldados de seu pelotão (10 Mai 1970).
No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao povo brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho: "A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".
No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17 de setembro de 1971, ao resistir à prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil dólares (11 Set 1996), doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro Governo FHC.
Com essa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído como o “dia da traição”, como já sugeriu o Deputado Jair Bolsonaro. Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS) para Governador. Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, Presidente da Petrobrás durante o Governo FHC (sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil. Pela morte da irmã, Henri recebeu R$ 138.300,00, em Jun 1997, doados pela famigerada “Comissão de Mortos e Desaparecidos” ).
]Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso, (Governo Garotinho), que teve como Chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A fusão da VPR com o COLINA resultou na VAR-Palmares.
F. Maier
Originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) com dissidentes paulistas da POLOP.
Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. O chefe do Setor de Inteligência da VPR era Ladislas Dowbor, nascido na Polônia, que participou do seqüestro do Cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Oguchi, e posteriormente foi preso e banido do território nacional em troca da liberdade do embaixador alemão Von Holleben, seqüestrado no Rio de Janeiro.
Carlos Lamarca desertou do 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, 5 metralhadoras INA, revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca teve que antecipar seu plano.
No dia 22 Jul 1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Em 26 Jun de 1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II Exército, em São Paulo, matando o sentinela, soldado Mário Kozel Filho.
Em 12 Out 1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais.
Em 1970, a organização terrorista seqüestrou diplomatas estrangeiros: o Cônsul-Geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11 Mar 1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o Embaixador da República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Holleben, no dia 11 Jun 1970; o Embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 07 Dez 1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao Chile do Presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13 Jan 1971.
Nesse seqüestro, participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou 2 tiros à queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10 Dez 1970. O seqüestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações terroristas no País. A VPR possuía sítio em Jacupiranga, SP, próximo à BR-116, para treinamento de guerrilha, depois desmobilizado, quando passou para a área de Registro, no Vale da Ribeira. Uma das ações mais covardes desta organização, ocorrida durante a “Operação Registro”, foi o assassinato a golpes de fuzil do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida dos soldados de seu pelotão (10 Mai 1970).
No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao povo brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho: "A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".
No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17 de setembro de 1971, ao resistir à prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil dólares (11 Set 1996), doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro Governo FHC.
Com essa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído como o “dia da traição”, como já sugeriu o Deputado Jair Bolsonaro. Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS) para Governador. Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, Presidente da Petrobrás durante o Governo FHC (sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil. Pela morte da irmã, Henri recebeu R$ 138.300,00, em Jun 1997, doados pela famigerada “Comissão de Mortos e Desaparecidos” ).
]Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso, (Governo Garotinho), que teve como Chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A fusão da VPR com o COLINA resultou na VAR-Palmares.
F. Maier
A esquerda não quer a reforma agrária
- artigo Kátia Abreu
Kátia Abreu é Senadora (DEM-TO) e Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura).
Nada obsta mais a reforma agrária no Brasil que a manipulação político-partidária que dela se faz. A estratégia criminosa de invasões de terras é a ponta de lança desse processo. Transforma o produtor rural em vilão e o invasor em vítima, numa espantosa inversão de valores. A entidade que tudo patrocina, o Movimento dos Sem-Terra (MST), inexiste juridicamente, o que impede reparações judiciais. O governo, que deveria garantir a segurança dos contribuintes, faz vista grossa, emite declarações simpáticas aos invasores e chega ao requinte de produzir um decreto, o PNDH-3, em que os considera parte a ser ouvida antes de o invadido recorrer à Justiça para reclamar a reintegração de posse.
Pior: financia os invasores, via ONGs constituídas com a única finalidade de gerir uma entidade abstrata, embora concreta em seu objetivo predatório. Acumulam-se aí ilícitos: além da invasão, há o ato irregular governamental, denunciado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, de financiar entidades que burlam a lei.
Quanto já foi gasto - sabe-se que são centenas de milhões de reais - a pretexto da reforma agrária, em dinheiro repassado a essas ONGs? E o que de concreto foi feito para realizá-la? Qual a produtividade dos assentamentos do MST? São perguntas sem resposta, que justificaram a instalação de uma CPI mista no Congresso Nacional, sistematicamente sabotada pela maioria governista. Em vez de respondê-las, os agentes partidários, travestidos de funcionários públicos, empenham-se em difundir a infâmia de que a maioria dos produtores rurais ou é predadora do meio ambiente ou escravagista. A manipulação de causas contra as quais ninguém, na essência, se opõe é um dos truques de que se vale uma certa esquerda fundamentalista, adversária da livre-iniciativa, para manter como reféns os produtores rurais, difamando-os.
Nenhuma pessoa de bem - e a imensa maioria dos produtores rurais o é - é a favor do trabalho escravo ou da destruição do meio ambiente. Mas isso não significa que concorde com qualquer proposta que se apresente a pretexto de defender tais postulados. Não basta pôr na lei punições contra o "trabalho degradante". É preciso que se defina o que é e o que o configura concretamente, princípio elementar da técnica jurídica. A lei não pode ser meramente adjetiva, o que a torna, por extensão, subjetiva, permitindo que seja aplicada conforme o critério pessoal do agente público.
Foi esse o ponto que me fez, como deputada federal e depois como senadora, exigir emendas a uma proposta legislativa de punição por trabalho escravo. Não o defendo e o considero uma abjeção inominável. Quem o promove deve ser preso e submetido aos rigores da lei, sem exceção, sem complacência. Mas tão absurdo e repugnante quanto o trabalho escravo é manipulá-lo com fins ideológicos. O que se quer é o fim da livre-iniciativa no meio rural, pela sabotagem ao agronegócio, hoje o segmento da economia que mais contribui para o superávit da balança comercial do País.
A fiscalização das propriedades rurais está regulada pela Norma Regulamentar n.º 31 do Ministério do Trabalho (MT), que tem 252 itens e desce a detalhes absurdos, como estabelecer a espessura do pé do beliche e do colchão. Afirmei, em razão desses excessos, ser impossível cumpri-la em sua totalidade e que havia sido concebida exatamente com essa finalidade. Tanto bastou para que fosse acusada de defender o trabalho escravo, recusando-me a cumprir práticas elementares, como o fornecimento de água potável e condições básicas de higiene. Desonestidade intelectual pura.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que presido, tem sido bem mais eficaz que o Estado na fiscalização trabalhista nas propriedades rurais. Basta conferir os números: os grupos móveis de fiscalização do MT percorreram, em sete anos - de 2003 até hoje -, 1.800 fazendas. A CNA, em 90 dias, percorreu mil fazendas e já está promovendo o circuito de retorno, para averiguar as providências tomadas.
A CNA, com o objetivo de aprimorar o trabalho no meio rural, vai criar um selo social - uma espécie de ISO 9000 trabalhista - para qualificar as propriedades-modelo, qualificando também sua produção. Esse selo indicará não só zelo social, mas respeito ao meio ambiente e adoção de práticas produtivas adequadas. Não queremos responder às injúrias com injúrias, mas com demonstrações concretas de nosso empenho em contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País.
É preciso que se saiba que 80% dos produtores rurais brasileiros são de pequeno e médio portes e não suportam economicamente esse tipo de sabotagem, que se insere no rol de crimes contra o patrimônio, de que as invasões de terras são a ponta de lança. Em quase todos os casos, os enquadrados como escravagistas não são processados. E por um motivo simples: não o são. As autuações trabalhistas que apontam prática de trabalho escravo são insuficientes para levar o Ministério Público a oferecer denúncias pela prática de infrações criminais. O resultado é que, enquanto isso não ocorre, o produtor tachado de escravagista fica impedido de prosseguir em seu negócio e acaba falido ou tendo de abrir mão de sua propriedade.
A agressão, como se vê, não é somente contra o grande proprietário, mas também contra a agricultura familiar, cuja defesa é o pretexto de que se valem os invasores e difamadores. Diante disso tudo, não hesito em afirmar que se hoje o processo de reforma agrária não avança no País a responsabilidade é dessa esquerda fundamentalista, que manobra o MST, consome verbas milionárias do Estado e proclama a criminalização dos movimentos sociais. Não há criminalização: há crimes, com autoria explícita. O MST, braço rural do PT, não quer a reforma agrária, mas sim a tensão agrária, de preferência com cadáveres em seu caminho, de modo a dar substância emocional a um discurso retrógrado e decadente.
Reforma agrária não é postulado ideológico, é imperativo do desenvolvimento sustentado. Por isso a CNA a apoia. Por isso o MST e a esquerda fundamentalista não a querem.
Kátia Abreu é Senadora (DEM-TO) e Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura).
Nada obsta mais a reforma agrária no Brasil que a manipulação político-partidária que dela se faz. A estratégia criminosa de invasões de terras é a ponta de lança desse processo. Transforma o produtor rural em vilão e o invasor em vítima, numa espantosa inversão de valores. A entidade que tudo patrocina, o Movimento dos Sem-Terra (MST), inexiste juridicamente, o que impede reparações judiciais. O governo, que deveria garantir a segurança dos contribuintes, faz vista grossa, emite declarações simpáticas aos invasores e chega ao requinte de produzir um decreto, o PNDH-3, em que os considera parte a ser ouvida antes de o invadido recorrer à Justiça para reclamar a reintegração de posse.
Pior: financia os invasores, via ONGs constituídas com a única finalidade de gerir uma entidade abstrata, embora concreta em seu objetivo predatório. Acumulam-se aí ilícitos: além da invasão, há o ato irregular governamental, denunciado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, de financiar entidades que burlam a lei.
Quanto já foi gasto - sabe-se que são centenas de milhões de reais - a pretexto da reforma agrária, em dinheiro repassado a essas ONGs? E o que de concreto foi feito para realizá-la? Qual a produtividade dos assentamentos do MST? São perguntas sem resposta, que justificaram a instalação de uma CPI mista no Congresso Nacional, sistematicamente sabotada pela maioria governista. Em vez de respondê-las, os agentes partidários, travestidos de funcionários públicos, empenham-se em difundir a infâmia de que a maioria dos produtores rurais ou é predadora do meio ambiente ou escravagista. A manipulação de causas contra as quais ninguém, na essência, se opõe é um dos truques de que se vale uma certa esquerda fundamentalista, adversária da livre-iniciativa, para manter como reféns os produtores rurais, difamando-os.
Nenhuma pessoa de bem - e a imensa maioria dos produtores rurais o é - é a favor do trabalho escravo ou da destruição do meio ambiente. Mas isso não significa que concorde com qualquer proposta que se apresente a pretexto de defender tais postulados. Não basta pôr na lei punições contra o "trabalho degradante". É preciso que se defina o que é e o que o configura concretamente, princípio elementar da técnica jurídica. A lei não pode ser meramente adjetiva, o que a torna, por extensão, subjetiva, permitindo que seja aplicada conforme o critério pessoal do agente público.
Foi esse o ponto que me fez, como deputada federal e depois como senadora, exigir emendas a uma proposta legislativa de punição por trabalho escravo. Não o defendo e o considero uma abjeção inominável. Quem o promove deve ser preso e submetido aos rigores da lei, sem exceção, sem complacência. Mas tão absurdo e repugnante quanto o trabalho escravo é manipulá-lo com fins ideológicos. O que se quer é o fim da livre-iniciativa no meio rural, pela sabotagem ao agronegócio, hoje o segmento da economia que mais contribui para o superávit da balança comercial do País.
A fiscalização das propriedades rurais está regulada pela Norma Regulamentar n.º 31 do Ministério do Trabalho (MT), que tem 252 itens e desce a detalhes absurdos, como estabelecer a espessura do pé do beliche e do colchão. Afirmei, em razão desses excessos, ser impossível cumpri-la em sua totalidade e que havia sido concebida exatamente com essa finalidade. Tanto bastou para que fosse acusada de defender o trabalho escravo, recusando-me a cumprir práticas elementares, como o fornecimento de água potável e condições básicas de higiene. Desonestidade intelectual pura.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que presido, tem sido bem mais eficaz que o Estado na fiscalização trabalhista nas propriedades rurais. Basta conferir os números: os grupos móveis de fiscalização do MT percorreram, em sete anos - de 2003 até hoje -, 1.800 fazendas. A CNA, em 90 dias, percorreu mil fazendas e já está promovendo o circuito de retorno, para averiguar as providências tomadas.
A CNA, com o objetivo de aprimorar o trabalho no meio rural, vai criar um selo social - uma espécie de ISO 9000 trabalhista - para qualificar as propriedades-modelo, qualificando também sua produção. Esse selo indicará não só zelo social, mas respeito ao meio ambiente e adoção de práticas produtivas adequadas. Não queremos responder às injúrias com injúrias, mas com demonstrações concretas de nosso empenho em contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País.
É preciso que se saiba que 80% dos produtores rurais brasileiros são de pequeno e médio portes e não suportam economicamente esse tipo de sabotagem, que se insere no rol de crimes contra o patrimônio, de que as invasões de terras são a ponta de lança. Em quase todos os casos, os enquadrados como escravagistas não são processados. E por um motivo simples: não o são. As autuações trabalhistas que apontam prática de trabalho escravo são insuficientes para levar o Ministério Público a oferecer denúncias pela prática de infrações criminais. O resultado é que, enquanto isso não ocorre, o produtor tachado de escravagista fica impedido de prosseguir em seu negócio e acaba falido ou tendo de abrir mão de sua propriedade.
A agressão, como se vê, não é somente contra o grande proprietário, mas também contra a agricultura familiar, cuja defesa é o pretexto de que se valem os invasores e difamadores. Diante disso tudo, não hesito em afirmar que se hoje o processo de reforma agrária não avança no País a responsabilidade é dessa esquerda fundamentalista, que manobra o MST, consome verbas milionárias do Estado e proclama a criminalização dos movimentos sociais. Não há criminalização: há crimes, com autoria explícita. O MST, braço rural do PT, não quer a reforma agrária, mas sim a tensão agrária, de preferência com cadáveres em seu caminho, de modo a dar substância emocional a um discurso retrógrado e decadente.
Reforma agrária não é postulado ideológico, é imperativo do desenvolvimento sustentado. Por isso a CNA a apoia. Por isso o MST e a esquerda fundamentalista não a querem.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
LULA, O “BOM AMIGO” E “IRMÃO” DE AHMADINEJAD
Maria Lucia Victor Barbosa
O presidente Lula da Silva possui como componentes de sua felicidade, primeiro, a fruição das delícias do poder nas quais ele imerge com aquele enorme prazer dos boas-vidas e, segundo, o contentamento que nunca cessa quando se tem uma paixão, sentimento que, aliás, se confunde com obsessão.
A paixão do presidente se concentra em uma meta, o poder, que uma vez conquistado deve ser mantido a qualquer custo. E ele está certo que conservará o domínio através de sua criação política, ou seja, da ex-ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, sombra ainda desajeitada do chefe que o marketing e retoques físicos tentam corrigir e aprimorar
Porém, Rousseff tem algo que nenhum candidato possui: a máquina estatal que fartamente distribui bondades e o padrinho Lula que está todo tempo ao seu lado e estará nos programas eleitorais gratuitos, quer dizer, no palanque eletrônico a partir do qual se consegue influenciar emoções e conquistar corações.
A proteção dada à afilhada é tão grande que é de se perguntar: se ela ganhar, quem governará de fato? A autoritária e dura senhora Rousseff ou o esperto Lula da Silva que concebeu um jeitinho bem brasileiro de obter o terceiro mandato sem se parecer demais com seu querido companheiro e ditador de fato da Venezuela, Hugo Chávez?
Mas o ambicioso Lula quer muito mais. Além de manter os cordéis internos do poder quer ser um dos senhores da “nova desordem mundial”. Para satisfazer sua flamejante paixão trabalham incessantemente assessores também interessados em conservar aqueles privilégios só permitidos aos que alcançam o cume iluminado da montanha dos poderosos.
Com relação à política externa, além da obsessão da diplomacia brasileira pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, entraram em cena outras ambições: a chefia do Banco Mundial ou, principalmente, a secretária-geral da ONU. Afinal, com bons tradutores o presidente que mal fala português poderia continuar na ONU a contar piadas, fazer gracejos, dar mancadas, viajar bastante e, especialmente, abrir caminho para a “nova desordem mundial” ao lado de companheiros ditadores da pior espécie e ditos de esquerda, os mesmos com os quais ele tem se confraternizado.
A política externa brasileira tem sido uma sucessão de erros e fracassos, pois até agora o Brasil perdeu todos os cargos internacionais que pleiteou. Dirão alguns, que não é bem assim, pois pelo menos Lula da Silva tem sido bastante premiado. Contudo, dizem as más línguas, que tal sucesso é obtido por meios bastante custosos. Além do mais, não está muito claro se o encanto que países importantes sentiram inicialmente pelo folclórico Lula da Silva ainda se mantém.
Um dos fiascos que ensejou o começo do desencanto aconteceu no episódio da intromissão em Honduras, quando em conluio com Hugo Chávez o governo brasileiro apoiou Zelaya e o hospedou por meses na embaixada brasileira. Mas essa aventura em vez de desanimar levou o mentor de nossa política externa, Marco Aurélio Garcia, a sonhar com vôos mais altos. Na sua utopia, Lula da Silva deve ser o grandioso mediador de conflitos mundiais, o luminoso líder capaz de resolver todos os graves problemas que anos de esforços diplomáticos de outros experientes governos não conseguiram. Assim, Lula promete que vai dar solução aos complexos conflitos entre israelenses e palestinos.
Mas essa chibantice não basta. Lula da Silva tem que provar que é melhor do que os governantes das grandes potenciais mundiais, notadamente, dos Estados Unidos. E, por isso, foi ao Irã, assim como o premiê turco, Recep Tayyip Ergodan que atropelou o presidente brasileiro ao anunciar em primeira mão que um acordo sobre o programa nuclear iraniano fora alcançado em negociações nas quais o Brasil participara.
Já Ahmadinejad bajulou Lula ao dizer que este é seu “bom amigo” e “irmão”, que “Brasil e Irã compartilham valores morais”. “Somos contra a discriminação, o preconceito, a agressão a tirania” disse o astucioso iraniano. Mas, enquanto ele destilava hipocrisia, dissidentes eram presos, torturados, enforcados, minorias religiosas perseguidas, como os bahais, assim como outras minorias sociais, sem falar na situação das mulheres que regrediu ao século treze.
Depois de muito foguetório na diplomacia brasileira o tal acordo sobre o programa nuclear iraniano se mostrou uma farsa, pois logo depois de assinado um porta-voz da Chancelaria iraniana anunciou que o país continuará a enriquecer urânio. Quanto as sanções em estudo a serem impostas por outros países levaram Ahmadinejad ao riso e ao deboche, pois ele conhece bem as artes e manhas de como burlá-las conforme seu hábito. E assim, lá para 2013, calcula-se que o iraniano poderá ter sua sonhada bomba atômica cujo primeiro alvo, conforme sua idéia fixa deverá ser Israel.
Tudo isso significa que Lula da Silva deve estar muito orgulhoso de sua valiosa colaboração a tão importante projeto de destruição em massa, assim como de poder participar da “nova desordem mundial” pretendida pelo “irmão” Ahmadinejad. Isso se sobrar alguma coisa.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
O presidente Lula da Silva possui como componentes de sua felicidade, primeiro, a fruição das delícias do poder nas quais ele imerge com aquele enorme prazer dos boas-vidas e, segundo, o contentamento que nunca cessa quando se tem uma paixão, sentimento que, aliás, se confunde com obsessão.
A paixão do presidente se concentra em uma meta, o poder, que uma vez conquistado deve ser mantido a qualquer custo. E ele está certo que conservará o domínio através de sua criação política, ou seja, da ex-ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, sombra ainda desajeitada do chefe que o marketing e retoques físicos tentam corrigir e aprimorar
Porém, Rousseff tem algo que nenhum candidato possui: a máquina estatal que fartamente distribui bondades e o padrinho Lula que está todo tempo ao seu lado e estará nos programas eleitorais gratuitos, quer dizer, no palanque eletrônico a partir do qual se consegue influenciar emoções e conquistar corações.
A proteção dada à afilhada é tão grande que é de se perguntar: se ela ganhar, quem governará de fato? A autoritária e dura senhora Rousseff ou o esperto Lula da Silva que concebeu um jeitinho bem brasileiro de obter o terceiro mandato sem se parecer demais com seu querido companheiro e ditador de fato da Venezuela, Hugo Chávez?
Mas o ambicioso Lula quer muito mais. Além de manter os cordéis internos do poder quer ser um dos senhores da “nova desordem mundial”. Para satisfazer sua flamejante paixão trabalham incessantemente assessores também interessados em conservar aqueles privilégios só permitidos aos que alcançam o cume iluminado da montanha dos poderosos.
Com relação à política externa, além da obsessão da diplomacia brasileira pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, entraram em cena outras ambições: a chefia do Banco Mundial ou, principalmente, a secretária-geral da ONU. Afinal, com bons tradutores o presidente que mal fala português poderia continuar na ONU a contar piadas, fazer gracejos, dar mancadas, viajar bastante e, especialmente, abrir caminho para a “nova desordem mundial” ao lado de companheiros ditadores da pior espécie e ditos de esquerda, os mesmos com os quais ele tem se confraternizado.
A política externa brasileira tem sido uma sucessão de erros e fracassos, pois até agora o Brasil perdeu todos os cargos internacionais que pleiteou. Dirão alguns, que não é bem assim, pois pelo menos Lula da Silva tem sido bastante premiado. Contudo, dizem as más línguas, que tal sucesso é obtido por meios bastante custosos. Além do mais, não está muito claro se o encanto que países importantes sentiram inicialmente pelo folclórico Lula da Silva ainda se mantém.
Um dos fiascos que ensejou o começo do desencanto aconteceu no episódio da intromissão em Honduras, quando em conluio com Hugo Chávez o governo brasileiro apoiou Zelaya e o hospedou por meses na embaixada brasileira. Mas essa aventura em vez de desanimar levou o mentor de nossa política externa, Marco Aurélio Garcia, a sonhar com vôos mais altos. Na sua utopia, Lula da Silva deve ser o grandioso mediador de conflitos mundiais, o luminoso líder capaz de resolver todos os graves problemas que anos de esforços diplomáticos de outros experientes governos não conseguiram. Assim, Lula promete que vai dar solução aos complexos conflitos entre israelenses e palestinos.
Mas essa chibantice não basta. Lula da Silva tem que provar que é melhor do que os governantes das grandes potenciais mundiais, notadamente, dos Estados Unidos. E, por isso, foi ao Irã, assim como o premiê turco, Recep Tayyip Ergodan que atropelou o presidente brasileiro ao anunciar em primeira mão que um acordo sobre o programa nuclear iraniano fora alcançado em negociações nas quais o Brasil participara.
Já Ahmadinejad bajulou Lula ao dizer que este é seu “bom amigo” e “irmão”, que “Brasil e Irã compartilham valores morais”. “Somos contra a discriminação, o preconceito, a agressão a tirania” disse o astucioso iraniano. Mas, enquanto ele destilava hipocrisia, dissidentes eram presos, torturados, enforcados, minorias religiosas perseguidas, como os bahais, assim como outras minorias sociais, sem falar na situação das mulheres que regrediu ao século treze.
Depois de muito foguetório na diplomacia brasileira o tal acordo sobre o programa nuclear iraniano se mostrou uma farsa, pois logo depois de assinado um porta-voz da Chancelaria iraniana anunciou que o país continuará a enriquecer urânio. Quanto as sanções em estudo a serem impostas por outros países levaram Ahmadinejad ao riso e ao deboche, pois ele conhece bem as artes e manhas de como burlá-las conforme seu hábito. E assim, lá para 2013, calcula-se que o iraniano poderá ter sua sonhada bomba atômica cujo primeiro alvo, conforme sua idéia fixa deverá ser Israel.
Tudo isso significa que Lula da Silva deve estar muito orgulhoso de sua valiosa colaboração a tão importante projeto de destruição em massa, assim como de poder participar da “nova desordem mundial” pretendida pelo “irmão” Ahmadinejad. Isso se sobrar alguma coisa.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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