A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

POR QUE LULA DESISTIU DO 3º MANDATO?

Waldo Luís Viana*

Luiz Inácio disputou três eleições presidenciais como empregado do PT. Morou de favor, por dez anos, graças aos préstimos de um compadre e teve empréstimos pagos graças a outro amigo, hoje albergado em cargo de confiança no próprio governo.

Hoje, Da Silva, após seis anos de mandato, evoluiu muito financeiramente e não é nem será mais empregado de ninguém. O próprio filho percorreu caminho semelhante, de biólogo de zoológico chegou a fazendeiro de primeira linha. É deveras um "fenômeno", bem maior que o Ronaldinho. E tem "saúde de vaca premiada" – como diria Nélson Rodrigues...

De correia de transmissão de seus interesses e objetivos, o Partido dos Trabalhadores passou a depender do presidente do Brasil como de uma droga pesada. Não subsiste sem ele.

A fortuna de Lula, segundo relatórios informais dos serviços secretos norte-americanos que não podem ser comprovados, remonta a dois bilhões de dólares. Ela encontra-se no exterior, assim como os recursos valiosos que o PT detém em paraísos fiscais e que exigiram que o publicitário Duda Mendonça criasse conta e empresa em paraíso fiscal para receber pagamento por serviços prestados nas eleições de 2002. O PT é uma caixa-preta, uma espécie de "arquivo X", porque toda a sua verdade está lá fora...

A máquina era para ser gerenciada em silêncio por José Dirceu, o maior socialista de mercado da face da Terra. Interlocutor de enormes fortunas e grandes lobistas com interesses no país. Ele garantiria a estabilidade da gestão dos recursos, completamente extrínsecos a qualquer perseguição do fisco, mas que aparecem com fidelidade nos períodos eleitorais. Seu erro, todavia, foi deixar o sucesso majestático subir-lhe à cabeça, tal como um caipira deslumbrado, mistura de "gestalt" com Lombroso. Hoje é réu em crime menor, execrando a funesta sorte de ser advinhado pelo menos e não temido pelo mais...

A grana estocada serve como reserva de valor para embates majoritários. Parece, então, que, estruturado nesse ambiente de grandes tacadas externas, esquenta-se o dinheiro no interlúdio entre as eleições em empreendimentos turísticos e fusões de empresas, o que, de resto, permitiria ao presidente vergar a coluna de adversários e comensais da burguesia nacional e demais agentes aos seus projetos de poder.

No entanto, ciente de que a imagem presidencial, de tão íntima dos brasileiros por tantos dias, acabaria por erodir-se em desgaste natural, o presidente raciocinou com pragmatismo que o período de 2010 a 2014 poderia ser ocupado por um regente, uma espécie de cooptado de seu partido ou candidato de coligação em grande acordo, eleito para esquentar o lugar que ele considera seu, por direito.

Dizem que tal tese fora sugerida pela City britânica, o conjunto de instituições financeiras sob o comando da Coroa inglesa e que sucede a antiga Trilateral, não prescindindo do auxílio luxuoso das instituições multilaterais do vetusto sistema de Bretton Woods e frutos do chamado Consenso de Washington – que percebeu a urgente necessidade de renovação, com uma troca de guarda eficiente para a continuidade da política nacional. Vale dizer, como os franceses, mudar para manter a mesma coisa...

Tal transformação ficaria a cargo de Aécio Neves, que se imcumbiria da missão golberyana de trazer o PT para o centro e “cristianizar” o PSDB e a boa parcela “comestível” do PMDB. Os financistas consideram que o país deveria convergir para o centro, porque “é bom para os negócios” e manteria calmo o nosso eterno gigante adormecido.

Nada melhor do que o neto de Tancredo Neves, um artífice da política de conhavos, da conversa mole entre as elites e que pugnou a vida inteira pela reconciliação vinda de cima, como concessão das minorias abastadas em direção às maiorias esperançosas, com seu herdeiro repetindo freudianamente o padrão de reunir num centrão democrático as forças políticas da nova geração, que se derrama entre nichos ideológicos de esquerda e centro-esquerda.

Essa exigência é peculiar à política brasileira, vez que não existe mais direita configurada no país. Pelo menos uma capaz de ser levada a sério. Ela foi sepultada pelos erros dos militares e recebeu a pá-de-cal durante o governo Sarney, com moratória e tudo. A vitória de Lula tornou-se o jazigo perpétuo para essa parcela diminuta do eleitorado com seus sucedâneos, permitindo-se até o governo, sem qualquer desgaste, utilizar-se de medidas ortodoxas no controle da economia. Quem diria: Lula trabalha tranquilamente com os métodos da Escola de Chicago.

E o presidente não briga com os de fora porque no exterior estão protegidos os seus interesses. Até sua amada esposa já detém cidadania italiana, no caso de algum perigo interveniente. Aqui dentro, todavia, ele poderá se divertir com uma candidatura ao Senado, para puxar a legenda petista em São Paulo e percorrer o mandato, como agora é moda, tomando várias licenças para descansar e construir outros horizontes. Nesse caso, seria cumprida rigorosamente a lei, respeitada a Constituição e não haveria qualquer percepção de ilicitude na rotação do poder.

Lula entendeu o jogo da alta finança e sabe que ela é hegemônica em tempos de globalização. Foi admitido num clube muito pequeno, jamais ocioso, e que tem recursos suficientes para trabalhar estrategicamente por espaços de dez anos. Esse é o clima de consenso oferecido pelo G8 e pelos plutocratas de Davos.

O Brasil ficará muito bem, sim senhor, se continuar funcionando conforme os ditames da comunidade financeira internacional. E ela não deseja um terceiro mandato para o atual presidente, que foi aconselhado a dissuadir também seus companheiros, aboletados na burocracia federal, de lutarem por isso.

Em troca, todas as portas permaneceriam abertas para manter-se como o operário que deu certo e eminência parda do governo seguinte, porque, por incrível que pareça, Lula é garantia de estabilidade ideológica na América Latina e isso a esquerda radical, propedêutica, já percebeu, torcendo-lhe francamente o nariz e chamando-o, à boca pequena, de traidor. O socialismo de Lula é de fancaria, apenas uma simbologia vaga para a manutenção do poder. Os movimentos sociais sabem disso, os sindicalistas e estudantes, também, mas recebem um cala-boca monetário e irresistível, como recomendava Golbery, quando financiava artistas no regime militar por baixo dos panos...

Lula não traiu ninguém, apenas amadureceu. Sabe como o mundo funciona, quais são as elites e é completamente dócil a quem realmente manda. "Lula, os iluminados do mundo te saúdam!", desde que protegidos nas barganhas de juros, recebendo os resultados da coleta infinda dos superávits primários e acolhidos nos propósitos de seus fiéis representantes, os rentistas especuladores - todos os que, juntos, irão pavimentar a estrada de permanência da liderança útil do ex-operário. Ele ganha de cá, eles recebem de lá. E isso é política...

E tais movimentos não dependem mais da sustentação e do controle do mandato. Aliás, nesse sentido, os presidenciáveis petistas são apenas buchas de canhão ou somente bois-de-piranha, como repasto de antevéspera para o posterior jogo pesado. E o certame pressupõe um grande “acordão”, sob a chancela sedutora do marketing político, da aquiescência das redes nacionais de televisão mais importantes e da burguesia nacional, docemente constrangida, que virão sufragar o candidato do regime, que aparentemente hoje não existe.

Mas, como diz atualmente a juventude, “ele já é!”. É uma realidade que está nas sombras, um saque de revólver a ser feito de repente e que precisa de que Lula saia provisoriamente de cena. É por isso que os candidatos do PT são todos provisórios, alguns até demissíveis “ad nutum” pelo presidente, personagens de um tudo ou nada que irá convergir para outro nome de consenso.

E esse plano nem mórbido é. O povo irá até gostar, porque engole tudo, desde que sejam mantidos o carnaval, o futebol, a novela, o bolsa-família e o big brother. Tudo isso, porém, tem que ser supervisionado pela via confiável das elites mundiais que acionam os cordéis e fazem o possível para que não percebamos que somos palhaços e patetas no grande jogo. É esse jogo centro-periferia que movimentará, enfim, o xadrez de 2010. Um misto de explosão dialética entre o que dizia o marxismo e o que fez a globalização com o capitalismo.

Por conseguinte, o futuro não pertence tanto a Deus. E Lula já percebeu isso...
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Waldo Luís Viana é escritor, poeta e economista.
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2008.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

CARTÕES CORPORATIVOS E SEGURANÇA NACIONAL

VAlte(Ref) Sergio Tasso Vásquez de Aquino

“Nunca antes, na história deste país” foi o Erário vítima de tão grande e generalizado assalto quanto nos tempos correntes, em que uma “companheirada” , que antes se declarava, agressiva, raivosa e ruidosamente, campeã da ética e da moral e defensora das boas práticas administrativas e dos bons costumes, finalmente chegou ao poder e rasgou a fantasia. Trazendo consigo uma fome atávica por mordomias, acesso rápido a bens e riquezas, não tem tido limites em sua ação predatória, nem freios à desabalada ambição. Os pobrezinhos de antanho têm ido com toda a sede ao pote de melado, ombreando-se, e até mesmo sobrepujando- os, aos exploradores tradicionais, internos e externos, que sempre nos infelicitaram e que fingiam combater...

Os escândalos envolvendo desvios comportamentais de toda a ordem, roubalheira e leviandade na aplicação dos dinheiros públicos se sucedem num tropel vertiginoso, para profunda tristeza, desalento e constrangimento da parcela consciente do povo, cada vez mais minoritária, que assiste à derrocada do País que era a esperança do mundo, sem nada ter podido fazer por ora, já que a insensibilidade parece ter tomado conta de todos os setores responsáveis pelo Estado e pela Nação, que poderiam reagir com eficácia, se o quisessem, e pôr cobro à crescente insensatez que engolfa o amado Brasil.

O mais recente episódio da corrida imoral aos recursos públicos, malvertidos como se coisa privada fossem, envolve o mau emprego dos chamados “cartões corporativos” . Desde o primeiro mandato do atual presidente, têm circulado notícias a respeito do assunto, que foi, inclusive, motivo de exposição crítica no debate entre os candidatos à última eleição presidencial, episódio eletrizante, mas infelizmente pouco ou mal explorado pela oposição, talvez receosa dos respingos no desgoverno anterior, de FHC.

Há muito tempo, circulam pela internet versões escabrosas sobre o mau emprego dos famigerados cartões, pelo governo em geral, e pela presidência da república, em particular, chegando a ser citados familiares muito próximos do atual ocupante do Palácio do Planalto. Finalmente, o assunto chegou à grande imprensa, com acusações a três ministros secundários do presente esquema de poder, que balbuciaram inaceitáveis explicações, tentando safar-se das faltas em que haviam incorrido, após serem apanhados com a boca na botija. Um deles, senhora que já detinha triste notoriedade por controversos episódios em que se envolveu e por infelizes declarações anteriores, foi rapidamente defenestrado, em tentativa canhestra de apagar o incêndio antes que se tornasse incontrolável.

As revelações, porém, originárias de banco de dados oficial, sucedem-se em tropel, atingindo, já agora, exorbitantes e injustificáveis despesas feitas, com dinheiro público, em benefício da filha do presidente, moradora em Florianópolis, e para custeio do dia-a dia da presidência, incluindo alimentação da primeira família e atavios vários para os palácios presidenciais, além das viagens diversas, ao Brasil e ao mundo, do mandatário, parece que em número de 94 até agora. Os valores monetários envolvidos são de fazer cair o queixo, lembrando os manipulados por sheiks e potentados outros, donos do petróleo no Oriente Médio. E tudo diante de um país desorganizado, cheio de carências e empobrecido, com legiões de miseráveis e famintos e em que o governo alega não dispor dos recursos mínimos para realizar o essencial!

Na tentativa de abafar o escândalo que, se bem investigado, pode revelar-se fatal, porta-vozes e figuras conspícuas da administração federal, inclusive e infelizmente um general entre eles, vêm a público, para propor a manutenção de segredo total para as despesas presidenciais, alegando “necessidade imperiosa de segurança nacional”! O curioso é que os comunistas, seguidores, sequazes, simpatizantes, lambe-botas, aliados e correligionários, esquerdistas de todos os matizes sempre a invectivaram e se lançaram contra a simples menção desta expressão, “segurança nacional”! Desde 1990, e com muita ênfase desde 1994, tentaram proscrevê-la da linguagem e do pensamento correntes, ao ponto de FHC, no seu infeliz mandato duplo, tudo haver feito para mudar a Escola Superior de Guerra e borrar do mapa sua doutrina nacionalista, cristã e democrática, cujos paradigmas orientadores sempre foram “Segurança” e “Desenvolvimento” . Ambas as palavras, a propósito, passaram, desde então, a ser evitadas no jargão oficialista e perseguidas como se palavrões fossem!

Agora, para tentar estancar o incêndio que lavra na floresta e ameaça consumir a mansão presidencial, apela-se para “segurança nacional”! O que tem segurança nacional a ver com o acobertamento de sistemática e seguida má utilização dos recursos públicos? Para não falar que a essência da democracia é o uso adequado, honesto, criterioso, parcimonioso, planejado e programado dos impostos recolhidos pelos cidadãos, em projetos que revertam em benefício de todos e que contribúam para o Bem Comum!

Os governantes sérios e dedicados das democracias verdadeiras são os primeiros a aplicar, rigorosa e legitimamente, os recursos da Nação em benefício do bem-estar do homem e do progresso da terra e das instituições nas repúblicas (algumas vezes monarquias) sobre as quais receberam a missão de exercer a administrção. E fazem questão de ter vida frugal e simples e de fazer comedido uso dos dinheiros públicos para uso pessoal, além de prestar, rotineiramente, contas de cada tostão despendido. Assim, fazem~se exemplos de todos os escalões de governo e agentes governamentais, que agem da mesma forma. O dinheiro bem aplicado rende muitas vezes mais, acelerando o progresso nacional em paz. Em nossa memória, paira o testemunho imortal de Dom Pedro II! (Se no Brasil não se roubasse o dinheiro dos impostos, já seríamos uma potência de primeira grandeza, educada, saudável, segura, desenvolvida e feliz, com certeza!)

Os governantes do Brasil dos últimos anos, ao contrário, têm agido com a triste e perversa desenvoltura de mandatários das mais retrógradas republiquetas latino-americanas e africanas, sentindo-se donos do país e acima da necessidade de quaisquer limites e de prestar quaisquer contas dos seus atos Julgam-se semideuses, perigoso caminho gerador da tirania de todos os matizes!

Diante de tanta vergonheira e agressões à ética, à moral, ao Bem Comum e ao patrimônio comum dos brasileiros, onde estão o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público, as Forças Armadas, as associações de classe, empresariais e de profissionais, as associações de moradores, os partidos políticos, os cidadãos, enfim, a consciência cívica da Nação?

Estaremos todos, inertes e inermes, aguardando placidamente o naufrágio da Grande Nação? E o compromisso com nossos descendentes e o futuro, e com os grandes heróis do passado, onde fica e onde está?


“ Chora, musa, e chora tanto, que o Pavilhão se lave no teu pranto!” ( Castro Alves).


Rio de Janeiro, RJ, 9 de fevereiro de 2008.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Big Brother Brasil

Programas como Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfazer-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.

O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores voyeurs de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam em péssimo português obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.

Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado "paredão", quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Por sites da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação. Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?

Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.

O gosto do mal e mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável de fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis.

Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.

Miguel Reale Júnior, advogado, professor titular da Faculdade de Direito da USP, membro da Academia Paulista de Letras.
O Estado de São Paulo, 02 de fevereiro de 2008.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Carta Aberta aos senadores

Recife, 12 de fevereiro de 2008;

Senhores Senadores

Nunca antes na história deste país... Que nada! Nunca antes na história deste Universo se ouviu falar em tantos escândalos em um só governo. Nunca antes, um povo ordeiro e pacato ficou tão avacalhado e desonrado como está agora o povo brasileiro.

Não adianta lembrar aos senhores que trabalhamos quatro meses por ano, no mínimo, para sustentar suas mordomias. Que a classe média, que é quem sustenta este país, está achatada e empobrecida. Que o povo está envergonhado e desesperado. Que os senhores nos devem explicações de tudo o que está acontecendo. Que, no mínimo, os senhores têm OBRIGAÇÃO de investigar tudo isto profundamente e punir severamente os responsáveis, ladrões de nossas riquezas e de nossa confiança.

Mais uma CPI que já sabemos de antemão como vai terminar. Uma pizza envenenada, como as outras, que nos foram enfiadas goela abaixo.

Esta gente tem o descaramento de falar em segurança nacional para evitar que se investiguem as suas falcatruas, os seus desmandos, seus descalabros, sua falta de vergonha, de patriotismo de dignidade, de honradez.

Como pode ser perigoso para a segurança nacional questionar se sua "inzcelência" precisa mesmo comprar dez ternos caríssimos por mês, com nosso dinheiro? Que está acontecendo com sua roupa que nem o tintureiro dá um jeito? Por que precisa comprar um par de sapatos por mil e duzentos reais, com nosso dinheiro, só para pisar em nossa honra e chutar nossos traseiros? Por que a primeira dama que nada faz, que nada produz, precisa gastar tanto com inúteis cremes de beleza e tudo com nosso dinheiro? Lá se vão jóias e outras quinquilharias, com nosso dinheiro. O Palácio compra, com nosso dinheiro, comida e bebida suficientes para alimentar e embriagar toda a cidade de Brasília. A feira que os Palácios de sua "Inzcelência" faz, através de licitação, deixa a rede Pão de Açúcar com complexo de falta de estoque, mas não é suficiente e lá se vão mais cento e tantos mil pelos cartões rouborativos, tudo com nosso dinheiro.
A filha do rei tem sete carros sustentados com nosso dinheiro.

Os cartões deveriam ser usados em emergências. De repente tornaram-se emergências neste país: tapioca, passeios em carros alugados, mesa de sinuca, cremes que não embelezam ninguém, botox, jóias, hotéis de luxo, churrascarias, boates, compras de bebidas finas e importadas, iguarias de luxo, motéis( ?) e mais uma porção de supérfluos que nossa gente sofrida, que paga impostos, nem sonha que existe.

Pena que não estejam na relação de emergências levar remédios para os hospitais, melhorar a qualidade de ensino nas escolas, melhorar nossas estradas, construir ferrovias, equipar as FFAA, fazer saneamento básico, melhorar a vida do cidadão, evitar o empobrecimento da classe que sustenta este país.

Chega de sermos tratados com tanto deboche e escárnio. Eles ficam gozando de nossas caras como se, havendo ganhado uma guerra, não tivessem a dignidade de tratar com decência os derrotados.

Aí pergunto: Estávamos em uma guerra? Fomos derrotados, nós, o povo comum deste país? É assim que estamos nos sentindo. Perdemos uma guerra, e perdemos o nosso país. Estamos sendo governados por estrangeiros que nos odeiam e querem nos humilhar de todo jeito. Já nos levaram a Amazônia. Sua primeira dama, que nunca fez absolutamente nada, nem mesmo fincou um prego em uma barra de sabão, foi condecorada pelas FFAA por serviços prestados. Nem uma dicazinha de quais teriam sido esses tais serviços prestados tivemos o (des)prazer de ouvir.

O nosso próprio dinheiro dos impostos é usado contra nossos interesses todo o tempo: em grandes lotes, se compram consciências para que se façam as leis que lhes convêm, compram-se amigos e colaboradores e abafam-se as notícias não precisam aparecer. Em pequenas doses, se compram votos através da barriga dos miseráveis, formando um a legião de vagabundos que sobrevivem parcamente sem nada produzir, afundando o país, cada vez mais em um mar de lama. Nada produzem, mas reproduzem que faz gosto. Daqui a alguns anos teremos uma legião de crianças abandonadas a pedir esmolas nos semáforos ou batendo carteiras nas feiras. Esta é a lição que se dá a quem não precisa trabalhar para comer.

Nossos congressistas, com raríssimas e honrosas exceções, já arrumaram seu pezinho de meia. Que se dane o Zé povo. Quando a bomba estourar, eles vão correr para as casas e apartamentos já adquiridos em lugares decentes de se viver. Claro que nenhum vai para Cuba, ou China ou outro buraco fétido semelhante. Vão é se mandar para Europa, Estados Unidos, etc. Visto que o Brasil não agüenta esta sangria por mais tempo, mesmo com a carga tributária escandalosa que temos, não vai dar para sustentar este desgoverno por muito tempo. A falência ética e moral já nos aniquilou a honra. Vem aí a falência financeira com a derrota da classe média.

A única coisa que nos resta fazer é protestar, e vamos fazer isto enquanto vida tivermos.

Ester Azoubel

Esclarecendo: "Stella"? Por quê?

por Bootlead


"Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes"
Abraham Lincoln



No "post" anterior (que alguns não entenderam), afirmei que quem manda realmente nas FFAA é Dilma Vana Rousseff - Ministra-Chefe da Casa Civil, ou se preferirem, "Stella a terrorista". Por quê? Porque, pela constituição o Comandante Supremo das FFAA é o Presidente da República de plantão, no caso seria o "coiso", porém, é fato e sabido que tal indivíduo não é muito chegado a estudos, trabalho e nem ao menos ao simples ato de "pensar", mais o fato de nutrir uma enorme ojeriza às fardas, botas e à disciplina, coisas pertinentes aos militares, e destes, só lhe interessam a "pompa e circunstância", tais quais: revista às tropas, continências, desfiles e a bajulação de costume por parte alguns chefes militares. Deste modo, delegou a solução dos problemas da área (soldos, equipamentos, projetos e principalmente verbas) àquela mencionada "senhora".

Epa! Não seria o caso então de delegar tais assuntos ao Sr. Jobim (Rolando o Lero), afinal o sujeito é tido como o titular do MD, quiçá ao "neo-aloprado" Mangabeira ou "goiabeira"? Nada disso, vocês não conhecem o "coiso" e o PT? Esses caras (Jobim e Mangabeira) são alienígenas para aquela gente que está no poder, só estão servindo de lastro momentâneo, serão descartados conforme necessitarem de mais "cristãos" sacrificáveis para aplacar a fúria da "plebe" na arena do "Coliseu do Brasil". Logo vocês verão, que continuando a pressão dos militares por aumento de salários (talvez até concedam umas esmolinhas), o Sr. Jobim será defenestrado sem a mínima cerimônia para dar lugar à outra figura (pior ainda) que fará novas promessas, lançará novos desafios e as "legiões" acreditarão mais uma vez na ladainha. Até parecem néscios, ou então tem alguma coisa estranha e malcheirosa por detrás dessa credulidade.

A primeira demonstração do "prestígio" destes dois já foi dada nesta viagem "muy loca", em que os dois fizeram papel de tontos perante alguns "capos" da indústria de armamentos da França e da Rússia, ou seja, foram com uma mão na frente e outra atrás e voltaram com as mãos abanando feito dois doidivanas. Os tais "acordos" com a França, no que tange a armamentos é coisa para daqui uns vinte anos ou mais, se de fato ocorrerem, e com a Rússia, nada, mas nadica mesmo. Agora no caso da França, se analisarem com cuidado, verão que o que ali se ajustou é um perigo para o Brasil, só eles (os franceses) levarão vantagens, e como! Tratarei disso em outra ocasião, estou aprofundado-me nos dados até agora revelados sobre tal "acordo".

Bem, voltando a "Stella", ou Dilma como preferirem, afirmo que tal "senhora", não só está no comando supremo das FFAA como de toda a Nação, ela é quem governa, senão "de direito", mas "de fato", pois foi a ungida pela cúpula do Foro de São Paulo, foro este, que por colegiado determina todos os rumos da América Latina, aí claro, inserido o Brasil como sócio-fundador da organização "criminocrata-comunista".

Assumiu esta posição quando o "escolhido" de Fidel, o sempre presente José Dirceu ou "Daniel", caiu em desgraça e o "Foro" entendeu que o sujeito estava inviabilizado politicamente como o futuro sucessor do "coiso". Esperneou, mas não teve jeito, estava fora. Sem problemas, como prêmio hoje é um mega "International Business Consultant", inviabilizado politicamente, mas com elevada viabilização econômica, graças aos "cumpanheiros" dentro do desgoverno petista, aí incluso o próprio "coiso" e a "presidenta" Dilma. "Cumpanheiros" não ficam no "sereno", jamais!

Agora meus caros, imaginem qual será o destino das FFAA, com a Dna. "Stella", como a real "mandachuva" do pedaço, ela jamais esqueceu o tempo em que esteve presa (justificadamente) no DOI-Codi de São Paulo, ela odeia militares, quer ir à forra, quer vingança, e agora está com a faca e o queijo nas mãos.

E a anistia? Balela. Indenização? Só uns trocados. Ela quer mesmo é humilhar, e está conseguindo seu intento. É esperar para ver se eles (militares) suportarão de cócoras a sanha hidrófoba destes tipos nojentos.

Ops! Mas e quanto a ela fazer tremer generais, almirantes e brigadeiros? Ora Srs., quem assistiu o comportamento do Gal Felix na tal coletiva de imprensa, quando ao lado da indigitada, imaginou perfeitamente o que se passa nos bastidores dos gabinetes do poder. Subserviência vergonhosa, certo?

MENSAGEM ÀS FORÇAS ARMADAS

por Geraldo Almendra

Será sempre fácil obedecer a um canalha quando somos covardes ou se somos cúmplices da sua canalhice.


Em artigo anterior titulado "Mensagem ao Presidente", exerci meu direito de dizer o que penso dessa fraude como político e ser humano chamado Luís Inácio Lula da Silva, que foi eleito no maior estelionato eleitoral de nossa história, e que permanece aprofundando seu domínio da sociedade com um grotesco populismo assistencialista-corrupto-corporativista-prevaricador.

Desse senhor e de seus desgovernos, não há mais nada a dizer, pois os adjetivos mais pejorativos perderam a condição de qualificar esse sórdido filho dos ovos da serpente da prostituição da política, que transformou, impunemente, as sementes da degeneração moral e ética, espalhadas na sociedade pelos desgovernos civis anteriores, em "valores" quase definitivos nas relações públicas e privadas.

Suas trupes, as "gangs dos quarenta" e seus cúmplices, escandalizaram e ainda surpreendem, diariamente, o país, com suas falcatruas; a mais recente, mas já anunciada há tempos, é o roubo dos contribuintes através do uso imoral, desonesto e inescrupuloso, dos cartões corporativos – um dos hediondos instrumentos de suborno dos canalhas mais esclarecidos, que tem, no sistema de controle do desgoverno petista, os gastos da cúpula do poder executivo classificados como confidenciais sem suporte legal, em uma clara, imoral e criminosa obstrução ao direito da sociedade de tomar conhecimento do que está sendo feito com o dinheiro dos contribuintes.

A freqüência e a quantidade de escândalos de grotesca corrupção, evidenciados ao longo dos desgovernos petistas, e a falta de reação relevante da sociedade esclarecida, estabeleceu, no nosso país, a vitória da impunidade da corrupção, da prevaricação, e do relativismo da justiça dos Tribunais Superiores, que ajudam a consolidar a imagem do Poder Judiciário como o mais corrupto e corporativista dos podres poderes da República.

Diante da falência moral dos poderes instituídos e da cumplicidade explícita da sociedade esclarecida corrupta, que se beneficia com a degradação das relações públicas e privadas, somente uma dura intervenção civil-militar poderia trazer para o país novos caminhos para a construção de uma sociedade justa e digna.

O presidente da República, sempre afirmando nada saber, que nada vê, e que nada escuta, já perdeu a legitimidade do comando das Forças Armadas, papel constitucional que tem uma premissa que não poderia ser agredida, que é a premissa da moralidade, da honestidade e da ética no exercício do seu mandato; este senhor já está desqualificado para qualquer cargo público, seja por culpabilidade direta, ou por criminosa omissão diante do que está acontecendo dentro do seu desgoverno.

Se não fosse a falência da Justiça em nosso país, a omissão dos Tribunais Superiores, o corporativismo público-civil, e a transformação do Congresso em uma casa de tolerância da política prostituída, a postura do presidente já o teria desqualificado até como cidadão com direito à liberdade civil, quanto mais como presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas.

O ex-presidente Collor foi deposto, de forma merecida, por prevaricações rigorosamente "irrelevantes", se comparadas ao que já foi denunciado e evidenciado nos desgovernos do PT, mas salvo, também, de punições mais duras, graças ao corporativismo criminoso que tomou conta das instituições públicas após um regime militar, que tinha seus defeitos, mas elevou o país à classe das maiores economias do mundo e o transformou em uma potência econômica, mais tarde meticulosamente destruída pelas canalhices dos desgovernos civis.

Nos desgovernos petistas o poder público acabou perdendo sua razão de ser, se transformando, de forma definitiva, em um covil de malfeitores com a cumplicidade das elites dirigentes e seus protegidos, que ficam mais milionários a cada dia que passa.

Enquanto isso o absurdo de impostos que pagamos não nos garante mais saúde, educação, segurança e saneamento. Não recebemos do poder público nada mais que justifique a extorsão que nos é imposta, obrigando o pagamento de tributos que correspondem a mais de cinco meses de trabalho dos contribuintes todos os anos.

Quando defendemos uma intervenção civil-militar não estamos pedindo para que o país seja conduzido nos moldes de uma ditadura genocida.O que estamos defendendo é que a sociedade sofra um duro choque moral e ético de cima para baixo, com a ajuda do poder militar; somente isso poderá salvar nosso país de ser engolido pelo regime socialista populista e corrupto.

Estamos falando do poder de intervenção das forças armadas legalistas, que junto com civis descomprometidos com as canalhices que imperam no país, tenham o compromisso de defender nossa pátria da canalha comunista que está tomando conta das instituições públicas e subvertendo, de forma grotesca, os valores éticos e morais que devem nortear as atitudes do poder público.

Nossa sociedade, por suas raízes históricas e sua premeditada falência cultural e educacional, precisa ser reconduzida a uma nova construção, que não pode prescindir mais de uma dura intervenção civil-militar; estamos no caminho do apodrecimento acelerado dos mais básicos valores que conduzem uma sociedade na direção do progresso econômico e social, para tornar-se desenvolvida em todos os sentidos.

A impunidade da imoralidade e da falta de ética dentro do poder público está nos deixando órfãos da democracia e da liberdade, diante da inevitabilidade do declínio da sociedade brasileira na direção de um regime político e de um poder público sórdidos nas próximas décadas, com o aval dos esclarecidos e bem formados, que estão sendo subornados e corrompidos no jogo do poder político prostituído.

A falta de atitude das Forças Armadas, que apenas defendem aumentos de salários, nos transmite a perspectiva que somente uma guerra civil sanguinária poderá livrar nosso país dos canalhas da corrupção e da prostituição da política, que fazem, sistematicamente e impunemente, os contribuintes de palhaços e imbecis do circo do Retirante Pinóquio.

Quando os pobres perceberem que não passam de imbecis e idiotas manipulados pelo mais canalha dos canalhas da prostituição da política e seus cúmplices, patifes que fazem absurdos e imorais gastos com os cartões corporativos enquanto subornam os ignorantes com os cartões da bolsa-preservação-da-pobreza, iremos todos presenciar a revolução de baixo para cima. Quando os "morros" descerem para os asfaltos...

Já existe uma formação de opinião comum no nosso país que a honestidade, a moralidade e a ética já são encarados como os vírus de uma doença, que impede os cidadãos de crescerem na pirâmide social quando confrontados com o poder dos canalhas da corrupção e do corporativismo. Portanto, vamos todos sermos canalhas...

Somente continuaremos sendo governados por políticos inescrupulosos e corruptos, se aceitarmos sermos qualificados de ignorantes, covardes ou cúmplices dos mesmos crimes que esses canalhas vêm cometendo.

"Os silêncios" dos últimos defensores – as Forças Armadas – de nossa pátria, das mãos dos canalhas da corrupção e da prevaricação, os colocam no mesmo nível desses patifes que estão roubando nossas esperanças de que nossos filhos e suas famílias possam, um dia, viver num país que não tenha a corrupção, a imoralidade e a falta de ética como os melhores instrumentos para o crescimento na pirâmide social.

Nesse triste momento de nossa história, está sendo registrado que nossas Forças Armadas estão sendo coniventes, por cumplicidade ou patética omissão, com a entrega do nosso país nas mãos de uma das piores mutações do socialismo populista e corrupto, comandado por uma fraude política e traidor de nossa pátria, fundador e dirigente durante mais de uma década da representação das FARC no país.

As sinecuras, a transformação de militares da ativa em pessoas jurídicas para receberem remunerações adicionais, o suborno corporativista, e as promessas de aumentos de salário, podem estar sendo, para os comandantes militares, mais fortes do que o amor à pátria, à democracia e à liberdade, que são cantados em versos nas suas marchas, mas esquecidos na hipocrisia de suas relações com o poder público.

Esses senhores estão manchando a biografia militar do país e fazendo por onde merecerem todas as humilhações que as Forças Armadas vêm sendo submetidas pelos canalhas da corrupção e da prevaricação, desde que entregaram o poder aos civis.

Neste momento cabe aos verdadeiros militares conspirarem a favor da libertação do país da tirania dos canalhas civis e militares ou, alternativamente, à semelhança das elites dirigentes, se juntarem aos marginais que tomaram conta do poder público, aceitando serem cúmplices da transformação do país em um Estado Comunista de Direito.

Agora uma pergunta aos comandantes militares dignos de vestirem suas fardas.Como os senhores, diante da falência da Justiça para punir os canalhas da corrupção, da prevaricação, e do corporativismo sórdido dentro dos podres poderes da República, podem continuar em estado de covarde omissão diante da seguinte notícia:

"Por ordem do presidente Lula, o Portal da Transparência do governo escondeu os titulares de cartões corporativos responsáveis pelos gastos com mordomia, instalações pessoais e assistência a seus filhos. Entre os titulares de cartões cujos nomes viraram "segurança de Estado" estão o tenente-coronel Rui Chagas Mesquita, chefe da Ajudância de Ordens de Lula, e Maria Emilia Évora, ecônoma ligada à primeira-dama, d. Marisa."

Será que algum militar honesto e comprometido com a dignidade da farda de sua força, com nossa pátria, e com a honra de sua função constitucional, poderia me responder por que não se juntam a civis decentes e destituem essa fraude política e humana do poder junto com toda a canalha que lhe é cúmplice? Será por medo da milícia urbana ou sem-terra do petismo?

E não me venham com essa leviandade de que é necessário a sociedade sair às ruas pedindo sua intervenção. Que sociedade? A dos milhões de ignorantes subornados com os cartões-preservação-da-pobreza? A dos banqueiros e seus investidores podres de ricos com a exploração dos contribuintes? A dos vagabundos que vivem do assistencialismo público? A dos artistas hipócritas, comunistas nas idéias, mas capitalistas no seu patrimonialismo e cúmplices da entrega do país ao socialismo corrupto e espúrio? A da imprensa maioria chapa-branca? A da academia que vive das mordomias do poder público? Ou das elites dirigentes públicas subornadas com sinecuras e cartões corporativos? A da classe média covarde que está aceitando a fronteira da pobreza ou se associando aos canalhas da corrupção e da prevaricação para sobreviverem? A dos sem-terra e sem-nada que invadem as propriedades privadas destruindo o patrimônio daqueles que trabalham e não vivem do roubo do dinheiro público?

Que sociedade é essa que precisa sair às ruas para trazer à tona a dignidade, a honra e o patriotismo dos que vestem as fardas das Forças Armadas?

Ou será que o suborno material, corporativista, aético e imoral das consciências dos esclarecidos foi coletivo?

Por que os militares não se reúnem e mandam uma mensagem clara para os podres poderes da República que se não pararem imediatamente com essa grotesca e pública sacanagem com o dinheiro do povo, Brasília estará sitiada para uma dura intervenção civil-militar?

QUE VERGONHA! QUANTA OMISSÃO E IMPOTÊNCIA DIANTE DOS CANALHAS DA CORRUPÇÃO E DA PREVARICAÇÃO!

Senhores militares e seus comandantes. O PT assumiu o poder graças ao seu discurso ético prometendo acabar com a picaretagem no poder público.

O PT não mudou nada nas relações públicas e privadas. Melhor dizendo, este partido é que mudou, tirando a carapuça que escondia suas verdadeiras intenções de executar um projeto de poder perpétuo-corrupto-prevaricador com a cumplicidade dos picaretas que tanto atacou.


"Os lugares mais quentes do INFERNO estão reservados para aqueles que EM TEMPOS DE CRISE MORAL optam por ficar na NEUTRALIDADE." (Dante Aligheri).