A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Guilherme Fiuza

Brasil, nação classe C

Dilma Rousseff declarou que "queremos um país de classe média". É a primeira governante a anunciar como deve ser a pirâmide social. Desde o lema da ditadura do proletariado não se ouvia algo parecido. Aparentemente, a doutrina Dilma substituiu a dialética pela aritmética: para resgatar os muito pobres é preciso acabar com os muito ricos. Um Eike Batista será transformado em alguns milhões de emergentes da classe C. Talvez eles formem uma cooperativa para cuidar das jazidas de Eike. Ou então acabarão de uma vez com esse negócio de explorar ouro e petróleo, que são coisas de rico.

Já estava mesmo na hora de eliminar a elite da vida brasileira. E não só pelo aspecto econômico. Foi profundamente incômodo ao país ser presidido por um intelectual cultivado, cheio de títulos acadêmicos. Dentre outros comportamentos elitistas, esse presidente acabou com o compadrio na área econômica do governo, impondo a virtude como critério. Ou seja: um desumano, insensível aos apelos de um amigo, parente, afilhado ou cabo eleitoral.

Nesse período, a economia brasileira saiu das trevas, mas o país só ficou à vontade quando foi entregue a um ex-peão. A nação ficou aliviada sob um presidente que empregava os companheiros, que não se importava em maltratar a língua, que se orgulhava de não ler jornais, que fazia o elogio da ignorância – ufanando-se da sua própria falta de estudos, ao cantar vitória sobre o antecessor diplomado. O símbolo máximo dessa cultura (sic) foi a distribuição pelo MEC de livros ensinando uma espécie de português não contabilizado ("nós pega o peixe" era uma das novidades do idioma).

Esse presidente ficou conhecido como "o filho do Brasil", por ser gente como a gente. Você perguntaria: ""A gente" quem, cara-pálida?". Evidentemente, uma pergunta elitista. Cheque seu passaporte, porque você talvez não caiba no Brasil de classe média.

Fora um certo sotaque fascista, até que a ideia do nivelamento geral de um povo poderia ter seus encantos. Nessa grande nação classe C, não existiria mais, por exemplo, o golpe do baú. As moças interesseiras teriam de mudar de ramo, porque não valeria mais a pena cavar um casamento para continuar na mesma classe social. (Esclarecendo que o mesmo raciocínio vale para os rapazes interesseiros. No império da igualdade, é mais prudente tirar a média de tudo, até dos sexos.)

Nessa doce sociedade mediana, as ambições também terão de estar niveladas, para garantir que todos sejam iguais perante suas contas bancárias (ou mais ou menos iguais, vá lá). Isso acabará com um dos grandes problemas do capitalismo, que é a exploração do homem pelo homem. Estando quase todo mundo na classe C, a mais-valia sairá de moda. E, não havendo mais nenhuma outra classe relevante, essa imensa e única classe média poderá, por que não, ser rebatizada de classe A – num grande final feliz que nem Aguinaldo Silva imaginaria, muito menos Karl Marx.

A erradicação da elite, a partir do postulado de Dilma Rousseff, traria benefícios imediatos ao funcionamento do país. Ministros como Fernando Pimentel e Mário Negromonte poderiam sair de seus esconderijos e voltar ao trabalho, sem a imprensa burguesa e elitista para fuxicar seus negócios no governo popular. Pelo mesmo motivo, a presidente não precisaria gastar todo o seu primeiro ano de governo tentando segurar ministros que caíam de podres. Sobraria-lhe mais tempo para trabalhar nas fundações do seu Brasil médio. E que país seria este?

Seria um país muito mais tolerante. Além das liberalidades no uso da língua portuguesa e do dinheiro público, a mentalidade média que emerge da sociologia governamental muda inteiramente o conceito de responsabilidade. Por exemplo: o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, teve a carteira de habilitação apreendida por dirigir em excesso de velocidade e falando ao celular. De cara limpa, tranquilo, apareceu no Detran confirmando seus delitos e anunciando que "retomará os parâmetros de civilidade".

Já o hábito da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, era estacionar em local proibido. Ela também apareceu sorridente, prometendo que não vai mais fazer isso não.

Tudo normal. Tudo médio. Inclusive os parâmetros de civilidade e humanidade.

ÉPOCA - 21/01/2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Geraldo Almendra 29/01/2012

TUDO DO MESMO VASO SANITÁRIO

Um país com um Estado aparelhado por um partido político degenerado e pela prática sem controle do ilícito não tem futuro. Estará entregue nas mãos sórdidas de um Regime Fascista Civil controlador de uma sociedade omissa, covarde, ignorante e corrupta.

A ameaça de retaliação do PMDB ao desgoverno Dilma no caso da demissão do Diretor do Dnocs, que acabou sendo mesmo demitido, reforça que a classe política já chegou ao fundo do poço da patifaria explícita.

O PMDB foi e sempre será um partido sem-vergonha porque não perde a oportunidade de barganhar com a aceitação do ilícito para negociar suas maracutáias políticas. Não é a patifaria que conta, mas sim as vantagens que podem ser tiradas da aceitação ou da negociação de sua prática.

PMDB e PT demonstram todos os dias que são excrementos humanos contidos no mesmo vaso sanitário da prostituição da política no nosso país. Contudo deve-se ressaltar que o PT sempre teve uma identidade de um partido desonesto por definição e o PMDB sempre fingiu ser honesto e defensor da democracia.

Os políticos “profissionais” não demonstram mais nem vestígios de senso moral e colocam no plano mais baixo de suas preocupações se um servidor é honesto ou desonesto, corrupto ou não corrupto, prevaricador ou não prevaricador.

O que importa para essa gente sórdida é a quantidade e o valor intrínseco dos cargos que passaram a representar uma expressão de poder dentro do Covil de Bandidos – o poder público.

Esse “modus operandi” é o resultado direto da falência da Justiça que não poderia nunca estar sujeita ao submundo das negociações para preservar descarados praticantes do ilícito, incentivando cada vez mais a impunidade. Chegamos a um ponto que o Poder Judiciário demonstra ser o mais bem pago dos podres poderes da República e o mais corrupto, com uma cada vez mais marcante expressão comportamental de lacaio descarado dos interesses do poder Executivo.

Ladrão tem que ir para a cadeia. Corrupto tem que ir para a cadeia. Prevaricador tem que ser, no mínimo, exonerado.

Infelizmente no Brasil quem vai para a cadeia são os ladrões de galinha que não tem nenhum padrinho político.

Já está mais do que provado que para em uma sociedade refém do DNA do ilícito que está residente como um vírus mortal dentro do poder público, a solução urgente é a busca do Estado mínimo conjugada com um ataque frontal da sociedade, da forma que for necessária, contra a degeneração da Justiça.

O Brasil não precisa de togados disfarçados de amantes da lei nem bandidos disfarçados de togados. Todos precisam ser expurgados urgentemente do poder Judiciário para o bem do país e do futuro de nossos filhos e de suas famílias.

O Brasil não precisa de empresários esclarecidos canalhas que se associam ao poder público corrupto para tirar vantagem da destruição do nosso país. Esse é o resultado mais relevante das sementes de um “capitalismo de Estado” e do agigantamento de sua estrutura: empresários e o Estado corrupto se unem para fraudar a sociedade e fazer, todos os dias, os contribuintes de palhaços e idiotas.

Já caiu por terra o princípio de que altos salários para servidores públicos iriam inibir a prática da corrupção em um país em que o DNA do ilícito não distingue mais classes sociais.

O Covil de Bandidos paga nos seus podres poderes salários que deveriam inibir, na teoria, a prática da corrupção. Mas o inverso é o que está acontecendo e a ambição não tem mais limites fruto da vergonhosa impunidade que permite que partidos políticos fiquem ao sabor de ameaças e contra ameaças em um jogo de poder que já esqueceu o verdadeiro papel do poder público e da verdadeira essência da prática da política.

Cresce cada vez mais a demanda social por concursos que abre as portas para entrar e trabalhar em um ambiente profissional em que o mérito, a ética, a honestidade e a moralidade estão em último plano e a busca dos caminhos da prática do ilícito já virou um valor de uma vida confortável e patrimônios sem limites, de uma sociedade que aceita o assistencialismo comprador de votos e o suborno ilimitado como uma promessa de dias cada vez melhores.

Mesmo que os futuros servidores entrem no poder público com caras de honestos, no final, quase todos ficam simplesmente subordinados aos interesses corporativistas de sustentação de relações públicas ou privados, absolutamente degenerados, tudo sob o comando do topo de uma pirâmide organizacional de poder público aparelhado por um partido político que representa o que de pior poderia ser gerado pela triste história da política em nosso país e pelos seus cúmplices, tão ruins ou piores.

O sonho de acesso ao poder público não está vinculado ao desejo de, com uma remuneração digna, prestar serviços à sociedade que acabada sempre bancando a corrupção sem controle, mais sim para ter estabilidade, mordomias e participação na “mais valia” das práticas do ilícito, exponencialmente geradas na degeneração das relações internas e externas, públicas ou privadas.

Um executivo público alinhado com os interesses corporativas do Covil de Bandidos nunca fica desempregado e sempre será criado um caminho para seu aproveitamento na máfia do poder público com a criação de ministérios, de cargos diretivos nas empresas estatais, entre muitas alternativas possíveis, inclusive a de não fazer nada durante o tempo necessário para seus crimes esfriarem, sem deixar de ser sustentado de uma forma ou de outra pelos contribuintes feitos todos os dias de palhaços ou idiotas do Circo do Retirante Pinóquio, o palco de atuação do mais sórdido político de nossa história.

Antes da Fraude da Abertura Democrática o Brasil estava se transformando no país de um futuro cada vez mais presente.

Depois que os civis receberam o poder, nosso país foi transformado em uma nação sem futuro, vestida de Paraíso dos Patifes e controlada por burguesias e oligarquias de ladrões, tendo como seus heróis, dignos de serem imitados por futuras gerações feitas decadentes, os políticos corruptos, togados vestido de bandidos, bandidos vestidos de togados, e milhares de canalhas esclarecidos que estão se transformando em assassinos de seus próprios filhos e de suas famílias, pois a histórica relata que um dia tudo isso vai ter que acabar deixando um rastro de sangue de culpados e inocentes.

Sem considerar a leviandade e a hipocrisia sem limites de dirigentes de outras nações, não é necessário mais muito esforço para o mundo perceber o que espelha o Brasil na atualidade.

Para conhecer o Brasil basta avaliar a aceitação da sociedade como ótimo o mais corrupto poder público de nossa história, a impunidade de corruptos ou bandidos afiançada pelos Tribunais Superiores, e a audiência de gente de todas as idades para um programa de televisão deformador dos mais básicos valores da família, da moralidade e da ética, essa coisa nojenta chamada de BBB, um programa escroto, já apelidado de Big Bacanal do Brasil, levado todos os anos ao ar por uma Rede de Televisão que vem se notabilizando como uma repetidora, através de suas novelas de horário nobre, de todas as deformações morais e éticas como se fossem os novos valores a serem seguidos pela sociedade.



Geraldo Almendra

29/01/2012

Mara Montezuma Assaf

É MAIS GRAVE DO QUE SE PENSA, A CRISE DO JUDICIÁRIO

Para: O Estado de São Paulo

Por - Mara Montezuma Assaf


O Judiciário está sofrendo uma crise de credibilidade, isto é evidente. Mas as hipóteses aventadas por alguns dos magistrados reunidos em Teresina para explicar a turbulência que abala o Supremo Tribunal Federal parece mais uma tentativa de tirar a culpa dos ombros togados deste rol de ministros.

Dizem eles que o Supremo está "emparedado por pessoas que querem abalar os alicerces do Judiciário", que tudo está relacionado com o julgamento dos mensaloneiros que provocaram o maior escândalo do governo Lula, e que alguns réus ou pessoas próximas a eles estão fazendo este serviço sujo.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) Henrique Nélson Calandra, chega a dizer: "Alguns réus podem estar por detrás disso. Que aí tem, tem. Eu não estou falando do Zé Dirceu, ele foi meu colega de faculdade".

Ora, e o que o fato de terem sido colegas pesa a favor do Dirceu? Que raciocínio sem pé nem cabeça... Tamanha falta de isenção do egrégio magistrado (?!) me leva a concluir que ela nasce do tal antigo coleguismo, o que pesa e muito contra o próprio magistrado.

Em outro ponto da entrevista, Calandra afirma que Eliana Calmon jogou gasolina na fogueira da crise do Judiciário ao afirmar “tolamente” que “existem bandidos togados no seio da magistratura”. Pronto... Calandra, com uma palavrinha, tenta desmontar a estatura profissional da desembargadora ao mesmo tempo em que a coloca como pivô da crise de credibilidade que assola o Judiciário... E ainda a responsabiliza pela possível prescrição do crime dos mensaloneiros, visto que "os caras (ministros) têm que se defender (dos ataques midiáticos )", ao invés de sentar e estudar o processo de 100 mil páginas... E preparar o seu voto.

E, segundo Calandra, seja qual for o veredicto... "politicamente o cara (o réu) pode justificar: ‘Está vendo, esse tribunal é que me condenou’, o que” – segundo ele – “desqualifica qualquer condenação".

E eu fico pasma de ver um magistrado afirmar que qualquer que seja o veredicto neste processo, se for pela condenação dos réus, está... Desacreditado.

Resumo: Recentemente Lewandowski antecipou o resultado com a possibilidade de prescrição e, agora, Calandra com a invalidade do veredicto caso seja decidida a condenação dos mensaloneiros.

E depois querem nos fazer crer que a crise de credibilidade tem causas externas ao Judiciário, quando está mais do que claro que o Judiciário está doente, sendo corroído internamente pelo câncer do partidarismo político! Suas decisões mais recentes demonstram isso, como foi o caso do Cesare Battisti.

Prova de que nossa Constituição é letra morta... Pois o que vale é o que determina o Executivo nas mãos do PT.

Jorge Serrão

Artigo no Alerta Total
– www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão

Uma Ação Psicológica consiste em plantar uma informação ou uma estória contextualizada na mídia para criar pré-condições de aceitação na opinião pública para assuntos que interessam ao promotor da ação. Especialistas em tais ações de efeito psicossocial, alguns petistas andam lamuriando que a minissérie “O Brado Retumbante”, recém-veiculada pela Rede Globo, seria uma preparação para a quase certa candidatura presidencial do mineirinho Aécio Neves – o queridinho do pessoal lá da City de Londres -, em 2014.

Os petralinhas podem até ter razão desta vez. A Globo faz nada de graça. Ou sem uma boa segunda intenção. Ainda mais quando ataca no campo político ou ideológico. A ficção elaborada por Euclides Marinho conta a estorinha de um político jovem e mulherengo que assume a Presidência da República como um paladino da ética a enfrentar a corrupção que assola o País. Curioso é que Paulo Ventura tem a “ventura” de assumir o cargo pela morte do Presidente e de seu vice em um desastre de avião. Já pensou um vácuo institucional gerado por acidente? Ficção aceita tudo...

Petralinhas são diabinhos travestidos de anjos que sempre enxergam dente na boca da galinha dos ovos de ouro que eles ajudam a matar. Noves fora o faniquito deles, um detalhe exposto pela novelinha global chama atenção de quem ousa analisar a realidade brasileira. Com os nossos Três Poderes se apodrecendo em velocidade assustadora, ficamos com a impressão de que o Brasil pode caminhar, a qualquer instante, para um vazio institucional. Daí, surge aquela perguntinha feita por qualquer noveleiro: Quem pode ou se credencia para assumir o poder gerado pelo eventual vácuo institucional?

Já temos gente se promovendo para a “venturosa” missão de “Salvador da Pátria”. Alguns nomes saem na frente em suas aparições midiáticas ou nos bastidores políticos. Um deles é o ministro Carlos Ayres Britto, programado para assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal em abril. Ao receber, quinta-feira passada, em Salvador, a comenda J.J. Calmon de Passos por serviços prestados aos direitos humanos, concedida pelo Ministério Público Estadual da Bahia, o supremo magistrado já deu seu “brado retumbante”.

Ayres Britto confirmou que uma de suas prioridades no comando do STF será o combate à corrupção e a recuperação de recursos desviados com fraudes. Em discurso popular, Britto comentou que não se sente incomodado com a pressão das pessoas “no aeroporto, no cinema, no shopping, na livraria”: “A vida democrática contemporânea é de controle, de participação, de ativação da cidadania e o Brasil cresce com isso: nossas decisões se legitimam ainda mais quando há esse acompanhamento, até crítico, por parte da população. Então as cobranças são feitas constantemente e nós somos curtidos nesse tipo de relacionamento com o público”.

Outra que está muito bem na fita para a luta contra a corrupção, no eventual vácuo institucional, é a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ministra Eliana Calmon, aliás, ouviu e gostou do discurso do colega Ayres Britto, na Bahia. Ela avisa que está “aguardando silenciosamente o julgamento pelo STF (da liminar que suspendeu sua investigação sobre juízes)”. Eliana alimenta boa expectativa com o fato de Ayres Britto assumir as presidências do STJ e do CNJ: “É um nordestino que conhece muito as nossas realidades e isso vai favorecer sim os julgamentos e a forma de ver o CNJ”.

Ainda no terreno do Judiciário, a OAB federal promove nesta terça (dia 31) um ato público em defesa dos poderes do Conselho Nacional de Justiça. O grande porta-voz desta defesa será o ex-ministro da Defesa do Brasil. Membro da elite do PMDB, o advogado Nelson Jobim aproveita para se promover. Jobim parece estar plantando ventos para colher algo de bom na hora da tempestade institucional que se avizinha. Se vão deixar ele se dar bem são outros quinhentos milhões de dólares...

Como tem articulações no Judiciário, no meio militar e no mercado financeiro, Jobim já tenta se credenciar como candidato a qualquer coisa em qualquer situação. Gosta de poder, quer o poder e conta até com apoio de fora do Brasil para avançar. Aqui dentro, ele espera contar com o apoio dos militares, se o bicho pegar. Aliás, mesmo contrariando os regulamentos, sempre que pôde, Jobim vestiu a farda de “Genérico” para, simbolicamente, se identificar como o “chefe dos combatentes”.

A classe fardada continua como dantes no quartel do Abrantes. Sem verbas, aguardando promessas de reequipamento e reajuste salarial. Politicamente, reclamam, em silêncio obsequioso, da situação vigente. Entre uma queixa e outra, advertem que nada têm a fazer, senão aguardar os acontecimentos, observando tudo atentamente, com aquele rigor positivista herdado do tenentismo. Qualquer movimento diferente, só se houver “um clamor da sociedade”. Esperam por algum “brado retumbante”? Parece que sim.

Nessa expectativa, uma coisa é certa. A voz rouca das ruas (como uma vez quis ouvir Fernando Henrique Cardoso) ou o clamor das ruas (nos moldes daquelas marchas com Deus pela Família e pela Liberdade do pré-1964) não mais se manifestam de maneira tão explícita. No máximo, o grito é dado virtualmente. Basta ver o que escrevem as pessoas esclarecidas nas redes sociais da internet. Por que aquela indignação não se transforma em solução? Eis a questão!

Se o brado retumbante é menos importante e improvável (ao menos na proporção barulhentamente sonhada), é preciso valorizar a “obra do retumbante”. Ou seja, a gritaria precisa se transformar em propostas concretas, discutidas democraticamente e capazes de serem implementadas urgentemente, para o aperfeiçoamento institucional do Brasil. A obra do retumbante está muito próxima de virar realidade. Quem sobreviver verá...

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

Arruda é vítima do PT

Reportagem de Veja diz que Arruda é vítima do PT

Enquanto isso, Época avisa que ele será candidato a deputado federal em 2014; o ex-governador do Distrito Federal, que passa férias em Morro de São Paulo, começa a sonhar com sua volta em grande estilo à política nacional
28 de Janeiro de 2012 às 17:31

247 – O fim de semana não poderia ter sido melhor para o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Duas revistas semanais prepararam o terreno para que ele comece a sair da toca na qual se enfiou desde que conseguiu sair da prisão, após ser acusado de receber propinas do delegado Durval Barbosa, no que se convencionou chamar de “mensalão do DEM”. De férias em Morro de São Paulo, uma praia paradisíaca na Bahia, Arruda comemorou as publicações.

Na revista Época, sua volta à política foi anunciada pelo colunista Felipe Patury. Leia abaixo:

Com uma casa em Brasília e outra em São Paulo, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda descansa com a família em Morro de São Paulo, no sul da Bahia. Único governador da história a ser preso enquanto estava no cargo, Arruda se prepara para voltar à política. Ele quer se candidatar a deputado federal em 2014. Só falta arranjar um partido que o receba.

Em Veja, a reportagem lhe foi ainda mais favorável, pois afirma que a Operação Caixa de Pandora teria sido armada pelos adversários de Arruda no PT, em especial pelo atual governador, Agnelo Queiroz. A revista, da Editora Abril, traz uma entrevista com o delator do esquema, delegado Durval Barbosa, que agora volta suas baterias contra Agnelo. Ou seja: o delegado que derrubou Arruda, agora tenta atacar mais um governador do Distrito Federal.

Dois anos depois de deflagrada, a Operação Caixa de Pandora serviu para tirar Arruda do governo do Distrito Federal, mas não produziu efeitos jurídicos. Até agora, o Ministério Público do DF não conseguiu sequer apresentar uma denúncia contra Arruda. Por isso mesmo, a reportagem de Veja vem em boa hora para o ex-governador. Ele, que já renasceu das cinzas depois do escândalo de violação do painel do Senado, quando foi cassado, acredita que poderá ressurgir mais uma vez. E quem conhece Arruda sabe que ele sonha com voos mais altos do que a Câmara dos Deputados.

Vitor Hugo Soares

Sábado, 28 de janeiro de 2012, 08h00
De que tem medo Sérgio Cabral?
Victor R. Caivano/AP

Bombeiros trabalham na área do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro

Vitor Hugo Soares
De Salvador (BA)

Diante do que se viu, e ainda se vê, no espaço dramático e poeirento desta tragédia inesperada que fere o coração da Cidade Maravilhosa - igualmente marcada por momentos singulares de humanismo, generosidade solidária, superação e bom humor, mesmo frente à desgraça - é preciso dizer com todas as letras a bem da verdade e seu registro histórico: ninguém fez mais feio neste episódio do que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho.

Mando às favas o temor de ser repetitivo neste espaço, mas para contextualizar jornalisticamente o triste papel de Cabral é preciso recorrer mais uma vez ao Decálogo do Estadista, de Ulysses Guimarães. Magnífica, sólida e permanente construção do pensamento e da prática do saudoso fundador do MDB (hoje o PMDB do governador do Rio), presidente da Câmara e timoneiro da oposição em travessia das mais difíceis do País entre a ditadura e a democracia.

Sérgio Cabral Filho, neste desastre que ainda recolhe seus mortos (quando escrevo de Salvador já são nove corpos recolhidos e a previsão oficial de 20 desaparecidos), afrontou acintosamente o primeiro mandamento do Decálogo de Ulysses: A Coragem.

Perdoem os incomodados, mas considero indispensável reproduzir aqui, mesmo para os que a conhecem e a seguem, o que reza a primeira e fundamental norma do homem público, segundo a lei do evangelho do fundador do PMDB: "O pusilânime nunca será estadista. Churchill afirmou que das virtudes, a coragem é a primeira. Porque sem ela todas as demais, a fé, a caridade, o patriotismo desaparecem na hora do perigo".

"Há momentos em que o homem público tem que decidir, mesmo com o risco de sua vida, liberdade, impopularidade ou exílio. Sem coragem não o fará. Cesar não foi ao Rubicon para pescar, disse Andre Malraux. Se Pedro Primeiro fosse ao Ipiranga para beber água, suas estátuas não se ergueriam nas praças públicas do Brasil".

O medo tem cheiro. Os cachorros e cavalos sentem-no, por isso derrubam ou mordem os medrosos. Mesmo longe, chega ao povo o cheiro corajoso dos seus líderes. A liderança é um risco. "Quem não o assume não merece esse nome". Grande e verdadeiro Ulysses Guimarães!

Agora, de volta ao cenário dos desabamentos na noite de quarta-feira no centro do Rio. As primeiras notícias e imagens transmitidas na televisão deixaram em suspense o País e a parte do mundo que ainda não dormia quando os prédios começaram a ruir, reproduzindo cenas dramáticas de gente correndo da nuvem de poeira que os perseguia, como se o pesadelo do 11 de Setembro em Nova Iorque se repetisse na Cidade Maravilhosa.

Logo estavam na área os soldados do Corpo de Bombeiros (é fácil entender porque a população do Rio os ama e respeita tanto, embora Cabral pareça detestá-los). Socorrendo, ajudando, tentando retirar pessoas ainda com vida dos escombros.

Em seguida chegou também o prefeito Eduardo Paes, que estava em um teatro em Ipanema no lançamento da peça sobre Zezé Macedo. Saiu direto de um auditório de comédia para um palco de tragédia. Cumpria assim com tranquilidade no meio da confusão - mas muita decisão e coragem, é preciso reconhecer - o seu dever de homem público com a população que o colocou no comando administrativo da cidade do Rio de Janeiro.

E o governador Sérgio Cabral? Em outros momentos, trágicos, ele foi apanhado em viagens mal justificadas ao exterior ou em estranhas transações com magnatas dos empreendimentos privados em Porto Seguro, na costa sul da Bahia. Desta vez, aparentemente, Cabral estava na capital do estado que ele governa. Ainda assim, ele que é um falastrão contumaz na hora de contar vantagens, se manteve escondido. Em silêncio. Ausente.

Com a suspeita bem humorada levantada pelo site carioca "Sensacionalista" de que o governador estava "entre os desaparecidos dos desabamentos", Cabral resolveu dar sinal de vida. Mais de 15 horas depois dos desabamentos, na tarde do dia seguinte, o governador resolveu quebrar o silêncio. Em entrevista à Rádio CBN, disse o óbvio, mas com palavras reveladoras: lamentou a tragédia, afirmou ter acompanhado os trabalhos, que estão sob o comando do prefeito Eduardo Paes e do secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes. E sentenciou com mais uma obviedade e outro tiro no pé: "a tragédia poderia ter sido ainda maior caso tivesse ocorrido horas antes".

"Por amor de Deus, me bata um abacate!", como dizem os baianos.

"Os medrosos têm cheiro!", registra Ulysses em seu Decálogo do Estadista, e não custa repetir sempre esta verdade. Resta agora saber, diante dos fatos da recente tragédia carioca, de que ou de quem tem medo o governador Sérgio Cabral Filho?

Como no samba, responda quem souber.


Vitor Hugo Soares é jornalista, editor do site-blog Bahia em Pauta

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

From: Jurema Cappelletti

Original Message -----
From: Jurema Cappelletti

sábado, 21 de janeiro de 2012
Frustração ao ritmo do Bolero de Ravel...
(video no blog)

As frustrações de L.I. parecem até o som
do Bolero de Ravel: vão se avolumando.

Primeira frustração: filme foi fracasso de bilheteria
Além de ser obrigado a deixar o cargo, poder, viagens, ostentação, o ex-presidente L.I. se viu no meio de diversas frustrações. Tudo começou quando ainda era presidente, no lançamento do filme sobre sua vida. Foi tapeação em cima de tapeação que não recebeu atenção do público. Só mesmo um megalômano alucinado poderia imaginar que brasileiros trocariam o chopp de domingo para ficar horas em fila de cinema para ver a história da carochinha que já estavam fartos de ouvir o próprio L.I. contar pelo mundo afora. O filme, segundo esperavam, seria visto por uns 20 milhões de espectadores; foi o filme mais caro produzido até hoje; teve farta publicidade; foram confeccionadas cerca de 430 cópias. Porém, com tudo isso, o filme fracassou miseravelmente
(http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=10236, Metamorfose Digital

Segunda frustração - Saída sem cho-ro-rô
A vaidade de L.I. saiu do governo de cabeça baixa, pois a megalomania esperava multidões aglomeradas pelas ruas de Brasília, chorando inconsolavemente a perda do presidente que se dizia deus, mesmo sabendo que ele seria substituído pelo seu 'continuísmo', como ele mesmo afirmava há mais de um ano antes do prazo permitido para propaganda política .

Terceira frustração - pupila tem vontade própria
Depois que Dilma Rousseff o substituiu na presidência, certamente L.I. teve surpresa dupla:
1 - Ao escolher uma candidata que jamais havia se candidatado nem a um simples emprego público, tinha certeza de vê-la meter os pés pelas mãos; "ter que enfrentar" os brasileiros insatisfeitos arrancando os cabelos aos gritos de "Volta, Lula, por favor! ela é ótima, mas precisamos de você!". Mais uma vez não acontecenteu o que esperava.
2 - O comportamento de Dilma ficou muito diferente do que imaginara. Embora ainda se mostre sua pupila e o use em casos de dúvidas, não aceitou o papel de simples marionete. A presidente é ela, não ele.


Quarta frustração
Assim que deixou de ser presidente da República, L.I. se transformou num homem de saúde debilitada, obrigado a fazer sessões de quimioterapia. Sua aparência ficou completamente diferente, ao raspar cabelo, barba e bigode. Ao menos fisicamente ficou despersonalisado. Pior, assim que soube do câncer, antes mesmo de falar com amigos e parentes, L.I. correu para fazer um vídeo comentando o assunto e chamou logo a imprensa. Resultado: nenhum, porque seus fiéis eleitores nem se abalaram com seu problema de saúde.

Quinta frustração, a mais recente
"A presidente Dilma Rousseff atingiu no fim do primeiro ano de seu governo um índice de aprovação recorde, maior que o alcançado nesse estágio por todos os presidentes, inclusive L.I., informa reportagem de Bernardo Mello Franco, publicada na Folha deste domingo." Nada pior do que uma frustração como essa para um megalômano.

AGORA, VAMOS ÀS APOSTAS

Em PERCA TEMPO - O BLOG DO MURILO (http://avaranda.blogspot.com/2012/01/cade-ala-dos-mensaleiros-revista-epoca.html), temos a história da Escola de Samba que escolheu L.I. como tema para o desfile deste ano. Depois de ler o artigo, é apostar e depois conferir: SERÁ A PRÓXIMA FRUSTRAÇÃO DE LUIÍS INÁCIO?

Quem sabe o desfile será a sexta grande frustração do ex-presidente? I - Não poder aparecer no desfile; II - ver a escola não ganhar, mesmo sendo ele o "tema"; III - ver a escola de samba perder o desfile mesmo que ele seja o tema e esteja presente.

Percival Puggina

MARAVILHOSA CUBA DA CANALHA ESQUERDISTA

Percival Puggina
20 Janeiro 2012

Cuba importa US$ 11 bilhões e exporta apenas US$ 4 bilhões. Não é por causa do embargo que as exportações cubanas são insignificantes. É porque - isto sim! - sua economia estatizada quase nada produz.

É uma encrenca. Tenho visto muita gente de esquerda opinar sobre Cuba após uma viagem àquele país. Há os que, afetados por esclerose múltipla, de etiologia marxista, não entendem o que veem e proclamam que voltaram do paraíso. Outro tipo segue a linha daquela senhora que entrou em mutismo até desabafar, sob pressão dos familiares: "Tá bom. Aquilo é uma droga, mas não posso ficar dizendo, tá?". Tá, senhora, eu a entendo, apesar de, pessoalmente, não considerar aquilo uma droga. Droga é o regime. O povo cubano, submetido ao arbítrio e aos humores de uma ditadura que já leva mais de meio século, é um povo desesperançado. E há opiniões ainda mais notáveis, que se proporcionam quando o esquerdista que vai a Cuba é uma liderança política. Instado a opinar sobre o que viu, a celebridade tem que responder ao repórter

Se fizer críticas ao regime estará, perante os companheiros, incorrendo em grave sacrilégio.

Apontar mazelas cubanas é o equivalente ideológico de cuspir na cruz e chutar a santa. Coisa que não se faz mesmo. Durante meio século, a esquerda desenvolveu toda uma mística em torno da Revolução Cubana, dos "elevados valores morais" do bandido Che Guevara e das qualidades de estadista que ornam com fulgurantes e imperceptíveis realizações a figura mitológica de Fidel Castro. Se o sujeito retornar de Cuba descrevendo o que necessariamente passou diante de seus olhos cairá na mais negra e sombria orfandade política. É uma encrenca.

Por outro lado, se não disser que há um regime totalitário instalado no país, que só existe um partido político, que não há liberdade de opinião, que os meios de comunicação são órgãos do governo ou do partido comunista, que há um rigoroso controle da sociedade e da vida privada pelo Estado e que persistem as prisões políticas, o sujeito se desqualifica como democrata perante as pessoas de bom senso porque esses fatos são irrecusáveis. É uma encrenca.

Pois foi nessa encrenca que se meteu o governador Tarso Genro quando decidiu passar uns dias de férias na ilha dos irmãos Castro. As perguntas lhe vieram, em primeira mão, do portal Carta Maior, órgão quase oficial dos companheiros do governador. O inteiro teor da entrevista pode ser lido em www.cartamaior.com.br ou, em short link, aqui: http://bit.ly/yPek9J.

Como fez o governador para sair dessa? Atacou o suposto bloqueio norte-americano à Ilha, claro. No entanto, até os guindastes do Porto de Mariel (onde o BNDES está financiando um investimento de US$ 600 milhões) sabem que não existe bloqueio a Cuba. Bloqueio seria uma operação militar impedindo a entrada e saída de navios. O que existe é um embargo pelo qual os Estados Unidos pretenderam restringir as operações comerciais com a Ilha. No entanto, esse embargo está totalmente desacreditado há muito tempo.

Os principais importadores de produtos cubanos são, pela ordem, Venezuela, China, Espanha, Brasil e Canadá. E os principais exportadores para Cuba, são, também pela ordem, Venezuela, China, Espanha, Canadá e Estados Unidos (é sim, 4,1% das importações cubanas são de bens de consumo made in USA). E não me consta que qualquer desses países mencionados, Brasil entre eles, sofra restrição comercial por parte dos Estados Unidos. Aliás, China e Venezuela destinam aos ianques respectivamente 18% e 38% de suas exportações e neles buscam respectivamente 7% e 27% de suas compras.

Que terrível bloqueio americano é esse? Por outro lado, Cuba importa US$ 11 bilhões e exporta apenas US$ 4 bilhões. Não é por causa do embargo que as exportações cubanas são insignificantes. É porque - isto sim! - sua economia estatizada quase nada produz. Com um déficit comercial desse tamanho, o BNDES que se cuide, dona Dilma.

Sete vezes, na entrevista, o governador usou o anti-americanismo como forma de tergiversar sobre os males que o regime impõe ao país onde passou as férias. Tarso, na entrevista, estava sendo interrogado sobre Cuba por um jornalista companheiro. E batia nos Estados Unidos, enquanto surfava sobre o fato de que se há um bloqueio em Cuba, ele é o bloqueio imposto pelo governo à população, esta sim, impedida, sob força policial e militar, do fundamental direito de ir e vir.

Por fim, sobre a questão da democracia, o governador saiu-se com esta preciosidade: "A questão democrática em Cuba não pode ser avaliada com os mesmos parâmetros que servem para o Brasil, para a Argentina e para o Uruguai, por exemplo." Não, não pode mesmo. Se for avaliar a questão democrática em Cuba com conceitos abstratos e imprecisos (apesar de universais) como, digamos assim, eleições livres, pluralismo partidário, liberdade de expressão e de imprensa, aí a coisa fica complicada. A democracia cubana tem que ser avaliada sob conceitos de partido único, liberdades restritas, inexistência de oposição e estado policial. Viram como é uma encrenca?

TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIAS SEM MÁSCARA

Postado por Blog do Beto às 12:36

JOSÉ DE ARAÚJO MADEIRO ESCREVEU....

¨Nós já temos o PODER, basta-nos apenas tomar o GOVERNO¨ Luiz Carlos Prestes.

A história inspiradora de como um povo se rebelou e impediu os comunistas de tomarem conta de seu país. Por se tratar de um documento de significação muito especial, este artigo foi publicado em caderno separado para que possa ser destacado intacto da revista e enviado a outras pessoas.

Raramente uma grande nação esteve mais perto do desastre e se recuperou do que o Brasil em seu recente triunfo sobre a subversão vermelha. Os elementos da campanha comunista para a dominação – propaganda, infiltração, terror – estavam em plena ação. A rendição total parecia iminente ... e então o povo disse: Não!

Esta narrativa conta como um povo defendeu resolutamente sua liberdade. Mais do que isso, constitui um claro plano de ação para cidadãos preocupados em nações ameaçadas pelo comunismo.

O palco estava completamente armado e determinado o cronograma para a primeira fase da tomada do poder pelos comunistas. Nos calendários dos chefes vermelhos do Brasil – assim como nos de Moscou, Havana e Pequim – as etapas para a conquista do poder estavam marcadas com um círculo vermelho; primeiro, o caos; depois, guerra civil; por fim, domínio comunista total.

Havia anos que os vermelhos olhavam com água na boca o grande país, maior que a parte continental dos Estados Unidos e que contém 80 milhões de habitantes, aproximadamente metade da população da América do Sul. Além de imensamente rico em recursos ainda inaproveitados, o Brasil era a enorme chave para todo o continente. Como o Brasil se limita com 10 países – toda a América do Sul, exceto Chile e Equador – seu domínio direto ou indireto pelos comunistas ofereceria excelentes oportunidades para subverter um vizinho após outro. A captura deste fabuloso potencial mudaria desastrosamente o equilíbrio de forças contra o Ocidente. Comparada com isso, a comunização de Cuba era insignificante.

Por fim estava tudo preparado. A inflação piorava dia a dia; a corrupção campeava; havia inquietação por toda a parte – condições perfeitas para os objetivos comunistas. O Governo do Presidente João Goulart esta crivado de radicais; o Congresso, cheio de instrumentos comunistas. Habilmente, anos a fio, os extremistas da esquerda tinham semeado a idéia de que a revolução era inevitável no Brasil. Dezenas de volumes eruditos foram escritos acerca da espiral descendente do Brasil para o caos econômico e social; a maioria concordava em que a explosão que viria seria sangrenta, comandada pela esquerda e com um elenco acentuadamente castrista. Os brasileiros em geral olhavam o futuro com a fascinação paralisada de quem assiste impotente à aproximação de um ciclone. Uma expressão brasileira corrente era: “A questão não é mais de saber se a revolução virá, mas de quando virá”.

O país estava realmente maduro para a colheita. Os vermelhos tinham introduzido toneladas de munições por contrabando, havia guerrilheiros bem adestrados, os escalões inferiores das Forças Armadas estavam infiltrados, planos pormenorizados estavam prontos para a apropriação do poder, feitas as “listas de liquidação” dos anticomunistas mais destacados.

Luiz Carlos Prestes, Chefe do Partido Comunista Brasileiro, tecnicamente ilegal, mas agressivamente ativo, vangloriava-se publicamente: “Já temos o poder, basta-nos apenas tomar o Governo!”

Amadores contra Profissionais

E ENTÃO, DE REPENTE – e arrasadoramente para os planos vermelhos – algo aconteceu. No último instante, uma contra-revolução antecipou-se à iniciativa deles. A sofrida classe média brasileira, sublevando-se em força bem organizada e poder completamente inesperado, fez sua própria revolução – e salvou o Brasil.

Sem precedentes nos anais dos levantes políticos sul-americanos, a revolução foi levada a efeito não por extremistas, mas por grupos normalmente moderados e respeitadores da lei. Conquanto sua fase culminante fosse levada a cabo por uma ação militar, a liderança atrás dos bastidores foi fornecida e continua a ser compartilhada por civis. Sua ação foi rápida (cerca de 48 horas do início ao término), relativamente sem derramamento de sangue (apenas uma dúzia de pessoas foi morta) e popular além de todas as expectativas.
Uma vitória colossal para o próprio Brasil, ela foi ainda maior para todo o mundo livre. Pois, como comentou um categorizado funcionário do Governo em Brasília: “Ela marca a mudança da maré, quando todas as vitórias pareciam ser vermelhas, e destrói completamente a afirmação comunista de que a “história está do nosso lado.”

Como foi, exatamente, que os brasileiros conseguiram esta vitória magnífica? A história secreta desta legítima revolução do povo – planejada e executada por amadores mobilizados para a luta contra calejados revolucionários vermelhos – é um modelo para toda nação analogamente ameaçada, uma prova animadora de que o comunismo pode ser detido de vez, quando enfrentado com energia por um povo suficientemente provocado e decidido.
“A Hora é Agora”

Alarmados com a perigosa deriva para o caos, alguns homens de negócio e profissionais liberais reuniram-se no Rio em fins de 1961, dizendo: “Nós, homens de negócio, não mais podemos deixar a direção do país apenas aos políticos.” Convocando outras reuniões no Rio e em São Paulo, declararam: “A hora de afastar o desastre é agora, não quando os vermelhos já tiverem o controle completo do nosso Governo”.
...
Att.,Madeiro

O incômodo silêncio da oposição

O incômodo silêncio da oposição

Vivemos numa grande Coreia do Norte com louvações cotidianas à dirigente máxima do país e em clima de unanimidade ditatorial.

Por Marco Antonio Villa - O Globo em 24/01/2012

O silêncio da oposição incomoda.

Desde 1945 – incluindo o período do regime militar – nunca tivemos uma oposição tão minúscula e inoperante. Vivemos numa grande Coreia do Norte com louvações cotidianas à dirigente máxima do país e em clima de unanimidade ditatorial. A oposição desapareceu do mapa. E o seu principal partido, o PSDB, resolveu inventar uma nova forma de fazer política: a oposição invisível.

A fragilidade da ação oposicionista não pode ser atribuída à excelência da gestão governamental. Muito pelo contrário. O país encerrou o ano com a inflação em alta, a queda do crescimento econômico, o aprofundamento do perfil neocolonial das nossas exportações e com todas as obras do PAC atrasadas. E pior: o governo ficou marcado por graves acusações de corrupção que envolveram mais de meia dúzia de ministros. Falando em ministros, estes formaram uma das piores equipes da história do Brasil. A quase totalidade se destacou, infelizmente, pela incompetência e desconhecimento das suas atribuições ministeriais.

Mesmo assim, a oposição se manteve omissa. No Congresso Nacional, excetuando meia dúzia de vozes, o que se viu foi o absoluto silêncio. Deu até a impressão que as denúncias de corrupção incomodaram os próceres da oposição, que estavam mais preocupados em defender seus interesses paroquiais. Um bom (e triste) exemplo é o do presidente (sim, presidente) do PSDB, o deputado Sérgio Guerra. O principal representante do maior partido da oposição foi ao Palácio do Planalto. Numa democracia de verdade, lá seria recebido e ouvido como líder oposicionista. Mas no Brasil tudo é muito diferente. Demonstrando a pobreza ideológica que vivemos, Guerra lá compareceu como um simples parlamentar, de chapéu na mão, querendo a liberação de emendas que favoreciam suas bases eleitorais.

Em 2011 ficou a impressão que os 44 milhões de votos recebidos pelo candidato oposicionista incomodam (e muito) a direção do PSDB. Afinal, estes eleitores manifestaram seu desacordo com o projeto petista de poder, apesar de todo o rolo compressor oficial. Mas foram logrados. O partido é um caso de exotismo: tem receio do debate político. Agora proclama aos quatro ventos que a oposição que realiza é silenciosa, nos bastidores, no estilo mineiro. Nada mais falso. Basta recordar o período 1945-1964 e a ação dos mineiros Adauto Lúcio Cardoso ou Afonso Arinos, exemplos de combativos parlamentares oposicionistas.

E pior: o partido está isolado, fruto da paralisia e da recusa de realizar uma ação oposicionista. Desta forma foi se afastando dos seus aliados tradicionais. É uma estratégia suicida e que acaba fortalecendo ainda mais a base governamental, que domina amplamente o Congresso Nacional e que deve vencer, neste ano, folgadamente as eleições nas principais cidades do país.

O mais grave é que o abandono do debate leva à despolitização da política. Hoje vivemos – e a oposição é a principal responsável – o pior momento da história republicana. O governo faz o que quer. Administra – e muito mal – o país sem ter qualquer projeto a não ser a perpetuação no poder. Com as reformas realizadas na última década do século XX foram criadas as condições para o crescimento dos últimos dez anos. Mas este processo está se esgotando e os sinais são visíveis. Não temos política industrial, agrícola, científica. Nada.

Este panorama é agravado pelo sufrágio universal sem política. Temos eleições regulares a cada dois anos. Foi uma conquista. Porém, a despolitização do processo eleitoral acentuado a cada pleito é inegável. Para a maior parte dos eleitores, a eleição está virando um compromisso enfadonho. Enfadonho porque vai perdendo sentido. Para que eleição, se todos são iguais? O eleitor tem toda razão. Pois quem tem de se diferenciar são os opositores.

Ser oposição tem um custo. O parlamentar oposicionista tem de convencer o seu eleitor, por exemplo, que os recursos orçamentários não são do governo, independente de qual seja. Orçamento votado é para ser cumprido, e não servir de instrumento do Executivo para coagir o Legislativo. Quando o presidente do principal partido de oposição vai ao Palácio do Planalto pedir humildemente a liberação de um recurso orçamentário, está legitimando este processo perverso e antidemocrático – inexistente nas grandes democracias. Deveria fazer justamente o inverso: exigir, denunciar e, se necessário, mobilizar a população da sua região que seria beneficiada por este recurso. Mas aí é que mora o problema: teria de fazer política, no sentido clássico.

Já do lado do governo, qualquer ação administrativa está estreitamente vinculada à manutenção no poder. Não há qualquer preocupação com a eficiência de um projeto. A conta é sempre eleitoral, se vai dar algum dividendo político. A transposição das águas do Rio São Francisco é um exemplo. Apesar de desaconselhado pelos estudiosos, o governo fez de tudo para iniciar a obra justamente em um ano eleitoral (2010). Gastou mais de um bilhão. Um ano depois, a obra está abandonada. Ruim? Não para o petismo. A candidata oficial ganhou em todos os nove estados da região e na área por onde a obra estava sendo realizada chegou a receber, no segundo turno, 95% dos votos, coisa que nem Benito Mussolini conseguiu nos seus plebiscitos na Itália fascista.

Se continuar com esta estratégia, a oposição caminha para a extinção. O mais curioso é que tem milhões de eleitores que discordam do projeto petista. Mais uma vez o Brasil desafia a teoria política.

Postado por movimento da ordem vigilia contra corrupção às 1/24/2012 04:21:00 PM

O PSDB tem nojo da direita.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O PSDB tem nojo da direita.

O PSDB, na sua maioria, sempre considerou o PFL e depois o DEM como uma espécie de partido subalterno, com a função de cuidar daquela coisa horrorosa chamada direita. Nunca respeitou o partido. Nem agora, depois que Aécio Neves comandou a implosão do aliado, o DEM é respeitado, tendo que buscar no PMDB o seu porto seguro. Todas as alianças com o PFL, desde os tempos de FHC, foram à base da insistência, como se o PSDB não precisasse desta coisa mal cheirosa chamada direita, pois o que desejam é poder conviver com a esquerda perfumada do PT e do PPS, com quem os tucanos têm muito maior afinidade.


O que está acontecendo, novamente, é que querem o novo PSD no papel do velho PFL e do acabado DEM. Querem o partido do Kassab como aquele parceiro de sempre, de segunda classe, subalterno, rendido, fazendo o servicinho sujo, ali, à direita. É por isso que os tucanos estão escandalizados com esta posição de Kassab em relação ao PT. Com o fato dele se declarar de centro e, com isso, poder fazer política de alianças. No fundo, o que eles pensam é, ó, o PSD tem que ser direita. Ó, quem cuidará da direita raivosa para nós? O agora aliado Maluf? Mas agora o Maluf também é esquerda, é Dilma. Pensem nisso. A verdade é que o PSDB sempre tratou o PFL, o DEM, o PSD e a direita com nojo. Com asco. Engolindo atravessado.

Com Jorge Bornhausen nunca conseguiram que a direita dobrasse os joelhos. Com Gilberto Kassab, ao que tudo indica, vão quebrar a cara de novo, porque ele é capaz de se aliar ao PT para não depender da histórica "boa vontade" do PSDB com os conservadores, com os liberais. O resumo é: o Kassab vai mentir que é esquerda, o PSDB vai ter que arranjar outro parceiro para o papel que os tucanos consideram de segunda classe: o de interlocutor com a direita.

Postado por O EDITOR às 17:58

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Celso Daniel continua assombrando a petralhada
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão

O espectro do cadáver politicamente insepulto de Celso Daniel volta a assombrar a petralhada. Nunca é por acaso que a mídia amestrada rememora o brutal assassinato, antecedido por muita tortura e sevícias, do ex-prefeito petista de Santo André, no ABC paulista. Tudo retorna à pauta sempre que se deseja acirrar a guerra psicológica contra os petralhas no poder.

O crime político, certamente motivado por problemas de corrupção, completa 10 anos no próximo dia 20 de janeiro (Dia de São Sebastião), sem que as investigações tenham chegado a quem mandou matar aquele que fora o escolhido para comandar a campanha presidencial que levaria Lula à Presidência. Este ano deve acontecer o júri popular de Sérgio Gomes da Silva – o Sombra – que é defendido pelo criminalista Roberto Podval – amigo de José Dirceu (o consultor-presidente paralelo e informal da República Popular do Brazil).

O constante medo da petralhada – que insiste na tosca tese de que o crime foi apenas “comum” – é que surjam, do nada, novidades que elucidem um dos mais abafados casos policiais da história jamais vista deste País de terceiro imundo. A petralhada nega até a morte, mas o Ministério Público sustenta que Daniel foi monstruosamente morto porque descobrira, em sua Prefeitura, um esquema de corrupção para financiar campanhas do PT.

A tese, que coloca o morto na posição de honesto da história, pode ser, em parte, verdadeira. O problema é prová-la. Nos bastidores de inteligência (policial e militar), especula-se que as provas existem e podem vir à tona no momento que for interessante provocar um desgaste fatal ao poder petralha. A única coisa certa – e a petralhada respira aliviada por isto – é que Celso Daniel não retorna do túmulo para contar a verdade.

Mas a petralhda sente um friozinho na espinha porque o irmão de Celso Daniel voltou ao Brasil em outubro. Bruno Daniel estava na França com tratamento de exilado há sete anos. Ele e o outro irmão, João Francisco, sustentam que Daniel foi morto pela corrupção em torno da máquina petralha.

O poder deles é tanto que conseguiram eliminar, judicialmente, os indícios de seu envolvimento no hediondo homicídio. A Justiça considerou ilegal e tornou inútil a decupagem de conversas telefônicas feitas pela Polícia Federal em pessoas próximas a Celso Daniel. As ligações indicavam como José Dirceu e Gilberto Carvalho (amigo e ex-secretário de Celso Daniel na Prefeitura) agiram politicamente para evitar que o caso espirrasse na campanha de Lula.

Até agora, a petralhada saiu vitoriosa na “operação abafa” - que teria contado até com a ajuda da alta cúpula do PSDB, via acordo de não agressão entre Lula e o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Mesmo assim, embora remoto, a petralhada ainda se borra nas calças diante do risco de surgirem comprometedoras revelações sobre o crime político. Será que o PT acabará no banco dos réus neste caso? É difícil. Mas nada é impossível...

Por isso, vale uma perguntinha idiota. Será que a Comissão da Verdade teria coragem de apurar o crime de tortura, sevícia e assassinato contra Celso Daniel cometido a mando da ditadura do Governo do Crime Organizado?

Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.


© Jorge Serrão 2006-2011. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Janeiro de 2012. A transcrição ou copia deste texto é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas.

domingo, 15 de janeiro de 2012

UMA AULA DE HISTÓRIA - E QUE AULA

Subject: Datas dos eventos históricos.
À Presidência da República
Palácio do Planalto
Praça dos 3 Poderes
CEP: 70150-900 - Brasília - DF
Tel: (61) 3411-1200 / 3411-1201
http://www.planalto.gov.br



Prezados da Presidência da República,

Observo que na relação das datas dos eventos históricos no Site do Ministério da Defesa não consta a data de 31 de março de 1964, uma das mais significativas para todos nós brasileiros, pois os militares de forma honrada e gloriosa souberam evitar a instauração de conflitos internos que invariavelmente nos levariam à divisão do país e muito derramamento de sangue, sem contar a diáspora que se seguiria. Conseguiram evitar que terroristas, marginais, assassinos e déspotas viessem a subjugar o nosso país a uma ideologia que nos era e é exótica, pois esta era afastada da liberdade, principalmente a econômica. De igual forma souberam cassar os direitos dos políticos que pretendiam fazer uso das forças públicas estaduais para fomentar a defesa de seus interesses, e não do povo brasileiro, como foi o caso dos governadores Adhemar de Barros e Carlos Lacerda.

Saber interpretar a data de 31 de março de 1964 é e deve ser um resgate histórico, principalmente o de se entender um período conturbado da história da humanidade, de um mundo dividido, com nações sendo divididas, passando por conflitos internos, com a redução significativa de suas populações.



Retirar o 31 de março de 1964 como uma de nossas principais datas histórica é desconsiderar a história brasileira, é não entender a nossa história, pois nos primeiros anos da década de 1960 o Brasil passou a viver período de crescente instabilidade política, militar e institucional. Após o governo Juscelino Kubitschek, as eleições presidenciais de 1960 haviam consagrado o nome do Sr. Jânio Quadros.

Jânio Quadros, vestido, ao longo da campanha, com a capa da moralização das práticas políticas e do combate à corrupção, desde logo o novo presidente revelou seu temperamento instável e autoritário e passou a assumir atitudes que pouca dúvida deixavam quanto a suas reais intenções de investir-se de poderes discricionários.

Cerca de seis meses após assumir o governo, simulou renunciar à presidência, alegando não poder enfrentar as “forças ocultas” que o impediam de cumprir os compromissos assumidos com o povo brasileiro.

Sabedor das sérias objeções e restrições que se faziam ao vice-presidente —o João Goulart (o “Jango”) — contava Jânio que a simulada renúncia não seria aceita e que o clamor público o faria retornar ao Palácio do Planalto com plenos poderes, livre e desimpedido das amarras constitucionais.

O estratagema não funcionou! O Congresso aceitou a renúncia e preparou-se para empossar o vice-presidente, então em viagem pela China Comunista. Visto pela oposição e pelas Forças Armadas como herdeiro da política varguista e simpático ao comunismo, a posse de Goulart enfrentou sérias resistências, dividiu o Exército e colocou o país à beira da guerra civil. Diante do impasse, adotou-se o parlamentarismo, e Goulart, finalmente, assumiu a presidência em 7 Set 1961, como chefe de estado, mas não de governo.

Infelizmente, de duração efêmera, o regime parlamentarista foi rejeitado pela esmagadora maioria da população, em plebiscito realizado em janeiro de 1963. Tal rejeição não se deu pelo fato de conhecerem ou não as vantagens do parlamentarismo, ou de observarem o princípio da subsidiariedade, mas motivados pelo calor dos debates.

Investido dos plenos poderes presidenciais, João Goulart rapidamente passou a conduzir ações no sentido de implementar projeto reconhecidamente golpista que desaguaria em um regime totalitário de esquerda. Insuflado e orientado por seu cunhado, Leonel Brizola, pregava a necessidade de “reformas de base” e a implantação de uma “república sindicalista”. Controlando o aparelho sindical, o governo promovia o grevismo, a anarquia e o caos, e o país passou a viver dias de intranquilidade, estagnação econômica e inflação descontrolada. Enfrentar e debelar tão graves problemas, afirmavam Jango e seus aliados, impunha a necessidade urgente de “reformas de base”, “com ou sem o Congresso, na lei ou na marra!” A mensagem não poderia ser mais clara!

Aliado ao esquema governista, porém com seus próprios objetivos, identificava-se ainda um projeto revolucionário marxista-leninista, conduzido pelo Partido Comunista Brasileiro e seu líder, Luiz Carlos Prestes. A manobra revolucionária buscava uma “frente única” e a concretização de uma “Revolução Democrática Burguesa”, ao aliar-se à insurreição “burguesa” de Goulart e Brizola. Ao adotar esse processo, o PCB revelava fiel e rígida observância às diretrizes de Moscou, que recomendavam o “assalto ao poder pela via pacífica”, em contraposição a linhas de ação mais açodadas e radicais (foquistas, trotskistas e maoístas), defensoras da luta armada.

Curiosamente, ambas as correntes — a janguista-brizolista e a comunista — viam na adesão e participação das Forças Armadas e, em especial do Exército, condição imprescindível para a conquista de seus objetivos.



Para isso, fazia-se mister neutralizar, enfraquecer e solapar as lideranças contrárias aos seus desígnios e montar um “dispositivo militar” confiável, capaz de permitir e apoiar a ensandecida marcha no rumo do totalitarismo. Os chefes militares foram classificados em dois grandes grupos: havia os “generais do povo” e os entreguistas”; as divisões internas foram fomentadas; e criou-se artificial e perigosa cisão entre oficiais e graduados. Os sagrados princípios da hierarquia e da disciplina passaram a sofrer permanente ataque.

Em janeiro de 1964, em viagem a Moscou, Prestes deixou claro o papel e a importância dos militares brasileiros no processo revolucionário vermelho: ... Oficiais nacionalistas e comunistas assegurarão, pela força, um governo nacionalista e anti-imperialista... As reformas de base acelerarão a conquista dos objetivos revolucionários ... O grande trunfo será o dispositivo militar.

Em março de 1964, a desordem e a intranquilidade atingiram novos patamares. Sucediam-se as greves, e aumentavam as arruaças e ameaças de intervenção de grupos armados ligados a Brizola. A população sofria com o desabastecimento, os frequentes e inopinados cortes de energia elétrica e a quase diária paralisação do transporte público. Arregimentada pela grande imprensa, pela Igreja católica e por líderes políticos, a opinião pública começara a protestar e a participar, maciçamente, de manifestações contra aquele estado de coisas.

Em tão conturbado ambiente, três eram os cenários mais prováveis para a evolução do quadro nacional:

1. a implantação de um regime ditatorial de esquerda;

2. o agravamento do anarquismo sindical;

3. a eclosão de uma guerra civil com conotações ideológicas.

Claramente, a sucessão democrática normal, prevista para ocorrer no ano seguinte (1965) tornava-se a cada dia mais distante e implausível.

Confiantes nas “forças populares” e no apoio do “dispositivo militar”, Jango, Brizola e Prestes buscaram escalar a crise, na certeza de alcançar, em curto prazo, desfecho favorável a seus propósitos.

Três episódios caracterizariam essa decisão: o comício realizado em frente ao prédio da Central do Brasil, em 13 de março, marcado pela agressividade e
radicalização das posições; o motim de marinheiros e fuzileiros navais, em 25 de março; e o discurso pronunciado por João Goulart no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, em 30 de março.

Dos três acontecimentos, os dois últimos influenciariam decisivamente a evolução dos acontecimentos, ainda que de maneira diametralmente oposta à imaginada por Goulart e seus companheiros de viagem. A incitação ao motim; o estímulo à quebra da hierarquia e da disciplina; a virulência de Jango; e a clara intenção de aprofundar a anarquia e a desordem despertaram nas forças vivas da nação a necessidade de pronta e enérgica reação, ainda que à custa da quebra da ordem constitucional. A destemida e intrépida decisão dos Generais Mourão e Guedes de iniciar, em Minas Gerais, com absoluta inferioridade de meios, o deslocamento em direção ao Rio de Janeiro e a Brasília, aglutinou e catalisou a resposta da sociedade brasileira aos desmandos e à subversão. A rapidez com que o movimento se fez vitorioso, sem encontrar a menor resistência de nenhum setor da sociedade, constitui a melhor prova do repúdio popular ao esquema golpista engendrado por Goulart e seus aliados.

A momentânea quebra da ordem institucional, respaldada e legitimada pelo Congresso e pelo imenso apoio popular, salvou a democracia, ameaçada pela intimidação do parlamento, pela pressão das massas sindicalizadas e pela anarquia das Forças Armadas.

Desse modo, o 31 de Março de 1964... é, primordialmente, um fato político e não uma quartelada, como insinuam seus adversários e detratores...*

Não pode, pois, ser rotulado como golpe militar, como, aliás, atestou o jornalista Roberto Marinho, em editorial do jornal O Globo de 7 de outubro de 1984:

Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada... Sem o povo, não haveria revolução, mas apenas um “pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários. (Gen José S. Fábrega Loureiro e Cel Pedro Schirmer, em “A Revolução de 1964” - Correio Brasiliense, 29 Mar 04). Desencadeada para impedir a implantação do totalitarismo de esquerda, a Revolução demoraria muito mais do que o inicialmente previsto e desejado por seus líderes para devolver o poder a um civil eleito democraticamente.

A causa principal do alongamento do regime reside, sem dúvida, na necessidade de enfrentar a subversão e a luta armada, intensificadas a partir de 1968 por organizações comuno-terroristas. Pela mesma razão, viu-se obrigado a lançar mão, em momentos extremos, de recursos amargos para impedir o país de mergulhar em prolongada guerrilha urbana e rural, deflagrada com o claro objetivo de implantar no país a “ditadura do proletariado”. Não obstante o necessário e eventual uso de medidas de força, a Revolução sempre teve como meta o restabelecimento pleno da democracia.

Aliás, é bom lembrar que seu último presidente, o General Figueiredo, governou durante seis anos sem nenhum dos poderes discricionários outorgados por atos revolucionários.

Não parece justo, portanto, acoimar de ditatorial um regime que exigiu o rodízio de lideranças, não praticou o culto da personalidade, não adotou o modelo do partido único, manteve os instrumentos de legalidade formais e, por fim, autolimitou-se. Mais uma vez, a palavra do jornalista Roberto Marinho ilustra e esclarece:

“Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, um regime de força, consolidado há mais de vinte anos, que tenha utilizado seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964.” (Julgamento da Revolução - O Globo - 7 de outubro de 1984)

Ao restabelecer o clima de ordem e paz e o princípio da autoridade, o período revolucionário propiciou profundas, benéficas e duradouras transformações. Nunca antes, na história deste país (e nem depois), viveu-se tempo de tão acelerado progresso e concretas realizações.

Apresentando taxas de crescimento não mais atingidas, o Brasil passou do 49º para o 8º lugar, lugar que ocupa atualmente não fosse o artificialismo de um dólar subavaliado, entre as economias do mundo.

Dentre outros feitos, a infraestrutura do país foi modernizada e ampliada; todas as capitais estaduais passaram a ser interligadas fisicamente, por estradas de muito boa qualidade; incorporou-se efetivamente a Amazônia ao patrimônio nacional; desenvolveram-se as indústrias naval e aeronáutica; criaram-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrária e a Empresa Brasileira de Telecomunicações; multiplicou-se por 9 a potência elétrica instalada, por 6 as reservas de petróleo e por 15 as receitas com exportações; e as fronteiras econômicas expandiram-se, com a adoção do Mar de 200 Milhas.

Iguais êxitos foram alcançados na área social, por intermédio de medidas como, por exemplo, a incorporação à Previdência Social de 20 milhões de trabalhadores rurais; a promulgação do Estatuto da Terra; a criação de órgãos e instrumentos de ação social como o FGTS e o PIS/PASEP; e a instituição do MOBRAL e do Projeto Rondon.

Diante de tão expressivas e incontestáveis realizações, não é exagero afirmar-se que a Revolução modernizou o Brasil e plantou as bases físicas que, ainda hoje, alicerçam a caminhada do país no rumo do pleno desenvolvimento, como sociedade livre e democrática.

Certamente, equívocos foram cometidos. O balanço, todavia, é inquestionavelmente positivo, e a análise isenta do período, “descompromissada com o emocionalismo" próprio dos perdedores”, certamente revela resultados extremamente favoráveis, muito diferentes da “versão construída pelas esquerdas, com bases em referências ideológicas inconsistentes e ultrapassadas”.

Comemorar a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 é também exaltar! Exaltar e homenagear as lideranças civis e militares que há quarenta e quatro anos demonstraram a visão, o arrojo e o destemor para arrostar os perigos da hora presente e arrastar a nação pelos caminhos que haveriam de possibilitar a preservação da democracia e a preservá-la do comuno-socialismo.

Exaltar e homenagear os chefes militares que exerceram a presidência da república com os olhos postos, somente, na grandeza e nos interesses da pátria. Que pautaram suas atitudes pelo comedimento e pelo decoro; que levaram uma vida austera, sem jactâncias ou demonstrações de arrogância; que não se entregaram a conchavos, buscando reeleger-se ou perpetuar-se no cargo; que não permitiram o culto a suas personalidades; que não vacilaram em adotar medidas duras e impopulares, em vez de ceder às práticas do assistencialismo e do populismo voltados para a manutenção de vantagens eleitorais; que selecionaram equipes administrativas com base no mérito, e não para atender interesses subalternos; que se portaram com altivez e independência, sem se preocupar em agradar grupelhos e corriolas ideológicas; que procuraram servir, e não servir-se do cargo para enriquecer ou enriquecer seus familiares; e que, ao término dos mandatos, saíram de cena com a serenidade própria de quem soube cumprir a missão.

Exaltar e homenagear, principalmente, os incontáveis brasileiros, militares e civis, heróis anônimos que travaram e venceram o “Combate nas Trevas” contra a luta armada desencadeada em nossas cidades e no campo por ensandecidos brasileiros cooptados por facções do comunismo internacional. A expressiva frase cunhada pelo General Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, antigo Ministro do Exército, hoje gravada nas paredes de várias de nossas organizações militares, sintetiza a exaltação e a homenagem devidas a esses compatriotas: “Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora de agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia”



Sim, estaremos sempre solidários, enquanto proclamarmos, com a força e o vigor possíveis, a “Grande Mentira” contida na afirmação de que a luta armada originou-se da opressão exercida pelos governos revolucionários, sobretudo a partir da edição do Ato Institucional Nr 5. Pois, como revela o corajoso e franco depoimento de ex-integrante de um grupo guerrilheiro (sublinhados acrescentados), Não compartilho a lenda de que no fim de 1960 e no início de 1970 nós(inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial.

Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentem como instrumento da resistência democrática.*

Estaremos sempre solidários, enquanto lembrarmos que o sacrifício supremo feito por tantos brasileiros tombados na defesa da democracia e da legalidade não recebe ou recebeu as vultosas e obscenas indenizações pagas com dinheiro público aos que roubaram, assaltaram, sequestram e mataram.

Estaremos sempre solidários enquanto repudiarmos as tentativas de opor o “Exército de hoje, democrático e profissional”, ao “Exército de ontem, golpista e torturador”.

Estaremos sempre solidários, enquanto não permanecermos em acovardado silêncio diante da farsa de meliantes que, em vez de se envergonharem de seus crimes ganham redobrada ousadia e organizam-se para difamar e até levar às barras dos tribunais honrados militares que cumpriram o duro dever de combatê-los.

Estaremos sempre solidários, enquanto compreendermos que a democracia impõe a convivência harmoniosa e respeitável entre contrários, mas não exige a bajulação, a subserviência, as homenagens e as condecorações a antigos agitadores e terroristas que, de armas na mão, procuraram levar a Nação à anarquia e ao comunismo.

Comemorar o 31 de Março, finalmente, convida-nos a ouvir vozes de alerta!

Alerta, porque (para usar as palavras de respeitado Chefe militar) “No momento em que carece o país de exemplos de lealdade, de prática da verdade, de honestidade, de probidade e de seriedade; no momento em que ventos antidemocráticos sopram na América do Sul; no momento em que se reescreve e distorce a História, com vil visão marxista”, é preciso relembrar e meditar sobre os ideais de 1964.

Alerta, porque, apesar de todas as demonstrações de tolerância, respeito à ordem democrática e perdão aos criminosos de ontem, as Forças Armadas continuam marginalizadas e tratadas com descaso e mal disfarçada hostilidade. Alijadas das esferas decisórias da República, em nome da concórdia tudo têm aceito, até o inaceitável, como o pagamento de régias recompensas a traidores e desertores que se levantaram para implantar, em nosso país, ditadura de modelo castrista, maoísta e soviética, ditaduras que se mostraram de fato ser o fracasso da humanidade.

Alerta, porque, na revolução cultural gramcista, “Heróis não são mais os que morreram pela liberdade, mas os que mataram pela escravidão, e as homenagens não são mais para os homens da lei, mas para os homens sem lei”. Alerta, porque enquanto o banditismo alimentado pelo tráfico de drogas aterroriza cidades, ceifa vidas e enluta milhares de famílias; o país integra foro de países que trata como aliada organização narco-guerrilheira de país vizinho, com claras e evidentes ramificações em nosso território.

Alerta, porque, tolerados e apoiados pelo Estado e pelo estrangeiro, grupos revolucionários atuam livremente em todo o país e com invulgar capacidade de
mobilização, invadem terras produtivas, destroem propriedades, incendeiam instalações e depredam preciosos laboratórios, na certeza de que estão acima e além da lei.

Alerta, porque a pretexto de defender etnias indígenas, organizações não-governamentais e entidades com sede no estrangeiro controlam, na prática, ponderáveis porções do território nacional; e, recentemente, conseguiram, até mesmo, proibir um oficial-general do Exército de acompanhar, em área sob sua jurisdição, visita de autoridade ministerial.

Alerta, porque a sociedade, anestesiada por décadas de intoxicante doutrinação, assiste, impassível, a omissão e a cumplicidade criarem, no país, clima de desapreço à verdade e à ética, de desrespeito à justiça, de desmoralização de instituições, de negociatas e escândalos.

Que “o Brasil de todos” (de todos os brasileiros de bem), o Brasil verde e amarelo azul e branco, o Brasil que soube dizer “Não!” à cor vermelha em 1964, ao ouvir essas vozes de alerta, possa responder como as sentinelas das velhas fortalezas portuguesas, que em suas rondas rompiam o silêncio da noite com o brado: “Alerta estou!”.

Como qualquer data histórica, comemorar a Revolução de 31 de Março de 1964 requer serena reflexão, para que possamos efetivamente entendê-la, avaliá-la, exaltá-la e dela retirar ensinamentos.

Comemorar o 31 de março nos dias atuais é de fato compreender a realidade de uma época. Felizmente dela o Brasil não saiu dividido, nem os brasileiros
tombados mortos em defesa da liberdade. Felizmente com o 31 de março de 1964 o Brasil não se deixou subjugar a ideologias exóticas que hoje estão registradas na história da humanidade nos quatro cantos do mundo.

A queda do Muro de Berlin, onde vieram a falecer dois de meus primos, um deles oficialmente, é uma evidência clara de que os militares acertaram, seguramente erraram muito. O legado da excessiva centralização em Brasília é um de seus piores legados. Mas este é o desafio que cabe aos políticos que hoje comandam os desígnios desta nossa nação, o de dignificarem o nome de nosso país, República Federativa do Brasil, onde o federativa ainda é, infelizmente, motivo de piada, ou distante de uma realidade desejada pelos brasileiros, assim observando um dos princípios mais importantes para se edificar uma nação e leva-la ao desenvolvimento e garantir a paz e a justiça: o princípio da subsidiariedade.

Atenciosamante,

Gerhard Erich Boehme

Do Blog d'O Mascate

Churrasco na cracolândia. Mais uma palhaçada.

E a cracolândia foi palco de mais uma demostração de babaquice explicita neste sábado.

Cerca de 200 zémanés que se auto denominam "gente diferenciada" aproveitaram o modismo hipocrita que está virando "ajudar" os "nóias" do centro de São Paulo, investidos de toda mediocridade possível, esses babacas fizeram um churrasco na rua que abriga a infame cracolândia.

O mais irritante é que até a semana passada NINGUÉM dava a mínima para os "nóias" da cracolândia, foi só o governo de São Paulo se mobilizar para colocar um fim naquela insanidade que começaram a pipocar os "defensores" do fracos e oprimidos em todos os cantos do país e em todas as classes sociais.

Desde juízes até garis, agora todos tem uma opinião formada, ou até mesmo soluções mirabolantes para o povo da cracolândia.

É muita hipocrisia.

Se o governo de São Paulo não tivesse mexido nesse vespeiro, certamente os "nóias" continuariam por lá, invisíveis, no meio da sujeira e da promiscuidade, se drogando e morrendo feito ratos.

Só que de TODOS os movimentos que aproveitam o momento para tentar aparecer ou para fazer política partidária, nenhum deles deu uma solução séria para a situação dos "nóias", todos tem a colher para enfiar nesse angú, mas na hora do vamos ver, jogam a responsabilidade para o governo, ou seja, o governo está sempre errado, mas quando é para colocar as mãos na merda e fazer a coisa funcionar, só o governo é o responsável, a magia desaparece, assim como o compromisso com os direitos dus manus.

Esta semana estiveram por lá alguns hipócritas dos direitos dus manus e do MP entre outras "otoridades.

Quando perceberam que o tamanho da bronca é gigantesco, saíram de fininho e o MP que tanto bateu no governador virou um quase "aliado".

E agora, como não poderia deixar de ser, apareceram alguns babacas (leia-se PTralhas) fazendo uma churrascada, mas não pensando nos "nóias", e sim na repercussão que o evento traria para o grupo. Ou seja, até esse tal de "gente diferenciada" tenta se aproveitar do momento e da tragédia dos drogados para auferir algum tipo de benefício para as próximas eleições.

Os PTralhas com o apoio da imprensa amestrada jogou na mídia que estava programada uma ação do DESgoverno Fedemal na cracolândia em Abril. Só que (segundo os PTralhas) o governo de SP "avançou" na IDÉIA do Fedemal e agiu antes com intenções eleitorais.

Sorte é que não tem muita gente burra ou trouxa em SP, e logo perceberam que sem um compromisso assinado entre os governos ou sem o aval do governo do estado, não dá para o DESgoverno Fedemal fazer qualquer ação em SP. Afinal, São Paulo não está sob intervenção Fedemal e é um estado constituído com um governador eleito democraticamente. E qualquer ação Fedemal por aqui seria ilegal, inconstitucional e imoral, portanto...

Mais uma vez o factóide estelionatário político eleitoral cai por terra e as Ratazanas Vermelhas tiveram que enfiar seus longos rabos...no rabo.

Prestem atenção, qualquer movimento que não seja das autoridades do governo de São Paulo feito na cracolândia a partir da última semana, certamente tem motivação ideológica, político eleitoral, ou simplesmente burrice de gente que quer aparecer.

Esses manés "diferenciados" tentaram em Maio último fazer uma presepada em Higienópolis por conta da tal estação de Metrô. O movimento esvaziou e caiu no ridículo, e agora eles se lançam novamente na aventura burra de usar os "nóias" como muleta para esse ajuntamento de PTralhinhas idiotas existir.

Esse tal movimento não passa de brincadeira de jovenzinhos filhinhos de papai que precisam de algo mais além do videogame e do toddynho para se emocionarem. Já estiveram num arremedo de marcha da maconha e agora, a cracolândia.

Porque será que esse pessoal tão "diferenciado" nunca participou das passeatas contra a corrupção?

Eu acredito que se queriam mobilização e projeção de verdade, perderam uma ótima oportunidade.

De resto, é só hipocrisia, babaquice, estelionato eleitoral e ideológico e muita vontade em aparecer.

E quando o churras terminou os "diferenciados" voltaram para suas casas e os "nóias"....oras os "nóias", isso é um problema do governo.

E PHODA-SE!!!

Reinaldo Azevedo - 15/01/2012

Os cafetões ideológicos dos desgraçados. Ou: Haddad dá início a guerrilha eleitoral explorando tragédia social

Um grupo de bacanas e descolados, ligados a ONGs e a movimentos sociais, decidiu organizar um churrasco em protesto contra a ação da Prefeitura e da Polícia Militar na cracolândia. Segundo a PM, o evento reuniu ontem umas 200 pessoas entre viciados e deslumbrados. Os primeiros são suicidas; os outros são homicidas. Já chego lá. O leitor Allan Pinho, de São João do Meriti, no Rio, envia uma indagação interessante. leiam:

“Reinaldo, aqui no Rio, no combate à cracolândia da favela do Jacarezinho, inclusive com a internação compulsória, houve grande apoio da população, da grande maioria da imprensa, do Poder Judiciário, inclusive do MP [Ministério Público] e da DP [Defensoria Pública]. Por que em São Paulo não está tendo esse apoio? Qual a diferença entre Rio e São Paulo nessa situação?”

Boa questão, Allan! Essas mesmas correntes de opinião e entes apoiaram, de modo inequívoco, a instalação das UPPs e a retomada de alguns morros. Qual a diferença? No Rio, o PT é situação, e Sérgio Cabral é considerado um aliado estratégico pelo Palácio do Planalto. Não há ninguém, em Brasília, sabotando as ações do governo estadual, nem no Ministério Público, na Defensoria, nas ONGs ou nos movimentos sociais. Em São Paulo, o PT é oposição a Geraldo Alckmin (PSDB) e está tentando entender qual é a de Gilberto Kassab (opôs-se à sua gestão ao menos até a criação do PSD).

O PT é mesmo assim: pode apoiar ou sabotar uma determinada medida a depender de quem a implemente. Assiste-se, em São Paulo, a um movimento de caráter político, com apelo eleitoral. Amplos setores da imprensa já se alinham com a candidatura do petista Fernando Haddad à Prefeitura. Vai ver estão encantados com a competência demonstrada pelo rapaz no Ministério da Educação, em especial no Enem… Na Folha de hoje, o ainda ministro aparece classficando a ação em São Paulo de “desastrada”. Bem, ao menos as coisas ficam mais claras agora.

Eis a diferença, meu caro Allan! Como os petistas dominam boa parte das ONGs, dos movimentos sociais e têm forte presença nas redações, consegue emplacar a sua pauta. É o caso da tal “Churrascada da Gente Diferenciada - Cracolândia”. Estará hoje em todos os jornais, foi amplamente noticiada nos sites e portais e ganha, assim, uma visibilidade muitíssimas vezes superior à sua importância. Só para você ter uma idéia, o Estadão informa que foram comprados 18 quilos de carne e alguns frangos, assados em quatro grelhas. O Globo Online não economizou: alguém contou à reportagem que foram consumidos nada menos de QUINHENTOS QUILOS. Imaginem que estrutura não seria necessária para assar meia tonelada!

Ainda no Globo, lê-se a declaração de Patricia Cornils, de uma certa “Transparência Hacker”, segundo quem a idéia do churrasco foi de um morador de rua. É mentira! A história começou num site que defende a legalização das drogas chamado “Desentorpecendo a Razão”. Parece piada macabra, mas não é. Viciados em crack, que já não têm mais nada de seu a não ser o vício - vivem em função da pedra -, estão servindo ao proselitismo de um grupo que fala em “desentorpecer a razão”. Não havia mais do que 200 pessoas lá, incluindo dependentes que perambulam pelo local. Boa parte não gostou do movimento e preferiu se afastar. Alguns pobres desgraçados só queriam um pouco de pão e carne - quem poderá condená-los por isso? Animados mesmo estavam os Remelentos & as Mafaldinhas de classe média, muitos deles certamente consumidores “recreativos” de drogas, que depois voltariam para o conforto dos seus lares, rumariam para as suas baladas, retomariam a sua rotina “burguesa”, deixando para trás os andrajos humanos que só pensam na próxima pedra…

Os viciados em crack praticam o suicídio lento - na verdade, nem tão lento assim. Esses deslumbrados que foram lá fazer política são, queiram ou não, homicidas cordiais. Sob o pretexto de defender os direitos dos viciados, fazem, na prática, a apologia do vício. A maioria dos paulistas, dos paulistanos em particular, estou certo, apóia as medidas da Prefeitura e do governo. Mas essa turma não faz churrasco, não ocupa as ruas, não pertence a “coletivo” nenhum! E a minoria, então, acaba dando o tom da cobertura.

Uma das estrelas do evento de ontem foi ninguém menos do que o padre Júlio Lancelotti, aquele que não conseguiu dar uma explicação razoável para o fato de ter comprado um carro de luxo para um ex-interno da Febem que o chantageava. Ele é o chefão de uma tal “Pastoral do Povo de Rua” - boa parte dessas pessoas, todos sabem, é viciada em crack. Há anos este, vá lá, “religioso”, histórico militante ligado ao PT, organiza a resistência a toda e qualquer tentativa do Poder Público de intervir na área. Não por acaso, quando prefeita, Marta Suplicy (PT) ignorou o problema. Foi em sua gestão que a cracolândia passou definitivamente para o controle dos viciados, dos traficantes e das ONGs que diziam fazer por ali um trabalho de “redução de danos”. Um desses trabalhos, acreditem!, era distribuir cachimbos novos aos viciados sob o pretexto de que era mais higiênico e impedia a transmissão de doenças.

A cracolândia se transformou num enorme mercado de almas para a caridade à moda Lancelotti. Ao Globo, ele deu uma declaração assustadora. Já que é um padre da Igreja Católica (fazer o quê? Há dessas coisas…), ouso dizer que suas palavras são inspiradas, sim, mas pelo antípoda de Deus. Leiam:

“Uma manifestação como essa é tudo que ninguém esperava: o povo que vive na cracolândia comendo com pessoas de outros segmentos sociais. Isso é um sinal de que a sociedade muda se todo mundo puder comer junto, se a comida for suficiente para todos, se eu olhar para o outro como meu irmão. Se houver partilha, se todos tiverem direito ao pão, a cidade vai ser nova e diferente”.

É para estômagos fortes. O que é que “mudou” exatamente? Nada! A fala de Lancelotti traz o desastre moral que já está embutido no nome de sua pastoral: “Povo de Rua”. Não existe um “povo de rua” como categoria sociológica, política, antropológica ou religiosa. Aquele que está na rua vive um drama pessoal e familiar que pede uma solução. Na fala desse padre, os viciados da cracolândia se transformam num segmento social dotado de direitos específicos. Errado! São cidadãos, sim, submetidos às mesmas leis que regulam a vida das demais pessoas. Se estão doentes, têm de buscar ajuda. Mas não dispõem de licença especial, como privatizar o espaço público, por exemplo.

Noto em setores da imprensa paulistana um viés delirante, estúpido. Aqui e ali, percebe-se um esforço para transformar os viciados da cracolândia numa comunidade com valores próprios, como se houvesse por lá uma variante antropológica. Não há dúvida de que um sociólogo ou antropólogo conseguiria fazer fascinantes trabalhos descritivos sobre aquela “subcultura”, encontrando todos os mecanismos de poder e de organização que estruturam a sociedade dos não-viciados. Não há dúvida, e os jornalistas babam embevecidos quando diante de uma historieta, que se multiplicam por lá manifestações de solidariedade e companheirismo. Não há dúvida de que os viciados têm sonhos, anseios, ambições, pequenas vaidades.

Pulsa, sim, senhores, a vida humana em meio àqueles escombros e andrajos físicos, morais, éticos… Por isso mesmo, cumpre ao Poder Público tomar uma medida drástica. E a primeira consiste em recuperar o território para dar combate ao tráfico, oferecendo, como está sendo feito, a oportunidade de tratamento aos viciados e prendendo os bandidos.

“E se os viciados não quiserem?” Bem, enquanto não há uma legislação que dê amparo à internação forçada, são livres para rejeitar ajuda, MAS, ATENÇÃO!, NÃO SÃO LIVRES PARA ESPALHAR A DESORDEM! Uma das faixas pregadas pelos organizadores do churrasco sustentava: “Nem criminoso, nem doente: usuário de drogas é cidadão”. Já o viciado Paulo Henrique Bispo, de 38 anos, pensa um pouco diferente: “A gente está doente e precisa de tratamento, não brutalidade”. Perceberam? Os proxenetas dos viciados, seus cafetões ideológicos, querem lhes emprestar uma voz política. Ocorre que muitos deles, no entanto, sabem-se doentes. O curioso é que tanto o discurso “sociologizado” como o “medicalizado” partem do princípio de que o dependente pode impor a sua vontade ao conjunto da sociedade. E não pode!

“A contrário do que dizem por aí, a operação não tem prazo para acabar. A polícia vai permanecer enquanto tiver necessidade. Vamos apoiar as próximas fases da operação, apoiar os agentes de saúde e de assistência social”. A fala é do secretário de Segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. Assim seja!

A região hoje conhecida por cracolândia precisa voltar a abrigar a churrascada da gente que não se diferencia: o homem comum, que não se droga, trabalha, estuda e luta para ter uma vida digna.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A farsa-tarefa de Dilma

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A farsa-tarefa de Dilma, por Celso Arnaldo

09/01/2012 às 21:45 \ Direto ao Ponto
Augusto Nunes
IGV6989
(Foto: Ichiro Guerra/PR)
Celso Arnaldo Araújo


São seis os cavaleiros do pós-apocalipse que aparecem na foto que deveria figurar em qualquer dicionário universal junto à palavra Cinismo. Cinco envergam ternos circunspectos, um ostenta farda verde oliva; quatro estão de cabeça baixa, fingindo assumir a vergonha que não têm; um tem o olhar perdido no infinito a dois metros de distância, mas no fundo exulta: meia hora antes, salvara o empregão; o último, o de bigode em forma de símbolo do Batman, aparentemente balbucia alguma promessa morta no berço por sua incompetência científica e tecnológica. Sem ter como inovar ─ terceira missão de sua pasta – repete o anúncio feito por algum outro mentiroso exato um ano atrás, diante da devastação da região serrana pelas chuvas do verão de 2011: “Vamos fazer um mapeamento in loco para identificar as áreas mais vulneráveis e ajudar a Defesa Civil na remoção das famílias”.


A sétima figura da encenação galhofeira, única mulher presente a essa imagem da farsa como método de governo, é também o único membro do sinistro septeto a desfilar um olhar desafiador, de quem está à cavaleiro da situação – na qualidade de ministra da Casa Civil e gestora de mais um embuste inventado por Dilma, já saboreia a possibilidade de fazer cobranças imaginárias bem longe dos cenários da tragédia de 2012, ela e a chefa fingindo que é dor a dor que deveras nunca sentiram.


Há poucos minutos, no Blog do Planalto, a imagem revoltante ganhou um título arrasador, na acepção mais destrutiva da palavra:


“Governo cria força-tarefa para atuar nas áreas atingidas pelas chuvas”


Já no olho da matéria, começa a fantasia tonitruante, cheia de pompa e circunstância: “O governo federal vai criar uma força-tarefa, composta por 35 geólogos e 15 hidrólogos, para atuar nas áreas de risco dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, afetados pelas chuvas. A decisão foi tomada hoje (9) pela presidenta Dilma Rousseff em reunião com seis ministros no Palácio do Planalto. A força-tarefa vai trabalhar na identificação das áreas sujeitas a deslizamentos e inundações, de onde as famílias devem ser removidas pela Defesa Civil”.


E sabem da maior?


“Evitar mortes é nossa prioridade número um”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em entrevista coletiva após a reunião com a presidente”.


A seguir, todos os homens de preto e o de verde oliva também falaram, sequencialmente, bem roteirizados pelas respectivas assessorias, numa espécie de jogral da fraude.


Para evitar as mortes que já ocorreram no ano passado e neste, incluindo a morte civil de quem perdeu tudo na vida, a presidenta que não chove no molhado também determinou que “os centros de operação e monitoramento permaneçam nos estados até fim de março para atuar nas ações de prevenção e reconstrução das cidades mais afetadas pelas chuvas”. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, informou em primeira mão – pelo menos para quem não viu os boletins de 15 dias atrás — que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden) prevê fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e Ouro Preto. Por essas e outras é que ele conta os dias de ir para a Educação.


Já o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, revelou que mais 800 quilos de medicamentos serão enviados para as áreas mais atingidas, “somando 12,8 toneladas o total já encaminhado pelo governo”, por decisão pessoal de Dilma assim que voltou das férias, numa estranha ênfase na abordagem epidêmica de uma inundação.


Por fim, segundo o Blog do Planalto, o ministro que hoje salvou o empregão, Fernando Bezerra Coelho, transmitiu, em nome da gerentona Dilma, solidariedade às famílias das vítimas do deslizamento na cidade de Sapucaia, no norte do Rio de Janeiro – a mais recente tragédia que o governo vai prevenir. E afirmou, sem ficar vermelho e sem rir:


“Vamos envidar esforços para resgatar as vítimas e oferecer apoio aos familiares.”


Ele já o ofereceu ao irmão burocrata, ao filho deputado e ao correligionário proprietário do terreno em Petrolina comprado e pago duas vezes.


Todo brasileiro que ainda não se afogou nesse mar de lama, de corrupção, de inépcia, da pior forma de cinismo que existe, o cinismo que mata, deve olhar compenetradamente para cada um dos descarados da foto e anunciar em alto e bom som:


EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NO VERÃO PASSADO.

http://lilicarabinabr.blogspot.com/