A UPEC se propõe a ser uma voz firme e forte em defesa da ética na política e na vida nacional e em defesa da cidadania. Pretendemos levar a consciência de cidadania além dos limites do virtual, através de ações decisivas e responsáveis.


sábado, 31 de julho de 2010

Morre o escritor Yves Hublet em circunstâncias estranhas

Posted: 31 Jul 2010 04:35 AM PDT

Brasil Cultura

Noticia triste. O curitibano Yves Hublet ganhou destaque no Brasil em 2005 ao atacar a bengaladas o então deputado José Dirceu, que estava sendo processado por envolvimento no “mensalão”. A informação foi publicada no blog do Zé Beto.

Ele era escritor e morreu na segunda-feira (26.07) na capital federal em circunstâncias estranhas, segundo relato de seu editor e amigo Airo Zamoner, da editora Protexto. Hublet completou 72 anos em abril passado.

Segundo o editor, depois do episódio da bengalada, o escritor enfrentou vários problemas no país e mudou-se para a Bélgica, pois tinha dupla cidadania. ”Voltou em maio último para Curitiba a fim de tratar de um livro a ser publicado por minha Editora e para tratar de papéis de um casamento anterior, pois pretendia se casar novamente na Europa”, revela Zamoner.

Segundo este, para retornar à Bélgica Yves Hublet foi até Brasília. ”Ao descer do avião foi preso em Brasília e ficou incomunicável”, segundo o editor. No presídio teria adoecido e foi hospitalizado, sob escolta.

“Alegou-se que estava com câncer. Ele teria falado com uma assistente social e passou o telefone de uma ex-namorada de Curitiba de nome Solange. Foi ela quem recebeu telefonema de Brasília comunicando o falecimento do Yves.


No Paraná, foi fundador da ACPAI – Associação Cultural Paranaense de Autores Independentes e seu presidente por duas gestões; também foi fundador, com o jornalista e compositor Cláudio Ribeiro, da UBE – União Brasileira de Escritores (seção Paraná) e seu primeiro presidente. Quando em sua residencia em Brasília, integrou a Diretoria do SEDF – Sindicato dos Escritores do DF. Reside na Bélgica, era correspondente para a Brasil Cultura.

O corpo dele foi cremado por lá”, informa o editor Zamoner. Yves Hublet escreveu livros infantis como “A Grande Guerra de Dona Baleia” e “Artes & Manhas do Mico-leão-dourado”, além de histórias em quadrinhos para a Editora Abril

Postado por MOVCC

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Manifesto à Nação

27 de julho de 2010

O art. 334, do Código de Processo Civil estatui:
“Art. 334. Não dependem de prova os fatos:

I – notórios
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, com incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência o de veracidade.


A norma é de direito processual e não de direito eleitoral.

Todavia, aplica-se subsidiariamente no caso das declarações do deputado Índio da Costa, vice de José Serra à presidência da República.

Asseverou Índio da Costa que o PT tem ligações com a Farc e que Dilma Rousseff, quando ministra da Casa Civil contratou a esposa de Olivério Medina para trabalhar no Ministério da Pesca.

Ora, Olivério Medina é notório representante das Farcs – embaixador informal da guerrilha e fazia ligação com José Dirceu, Gilberto Carvalho, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia e Paulo Vannuchi.

Olivério é o mesmo do churrasco em Brasília e suposto doador de fundos provenientes das Farcs para a campanha do presidente Lulla e, embora ligado com a narcoguerrilha, recebeu asilo político no Brasil e sua mulher emprego público.

Vale notar que o Foro São Paulo teve entre seus fundadores o presidente Lulla, Fidel Castro e as Farc que dele se afastaram após a eleição de Lulla para não prejudicar o companheiro presidente.

Também é fato notório que Lulla deixou se fotografar com um colar de folhas de coca, o que, por si só, é proselitismo do uso de drogas.

Coincidentemente o consumo de coca explodiu no Brasil, inobstante os esforços da policia federal para contê-lo.

A conseqüência é óbvia, o Comando Vermelho e o PCC são os grandes clientes das Farcs. (vide depoimento de Fernadinho Beira Mar), trocando entorpecente por armas para implantar na Colômbia, pelas armas, o marxismo do século XXI.

Como se vê, não houve baixaria no nível da campanha eleitoral, mas baixaria na conduta do PT e de sua candidata, bem como do seu estamento.

O apóio do PT, Lulla e Dilma a Evo Morales, no episódio do confisco da refinaria da Petrobrás e concessão de verbas para construção de estrada na Bolívia (apelidada de transcocaleira); o apóio do Brasil à Venezuela de Hugo Chaves, que abriga em seu território guerrilheiros das Farcs; o apóio à ilha cárcere – Cuba -, injuriando os presos políticos ao chamá-los de bandidos comuns; o apóio à ditadura sanguinária do Irã, tudo isto dá a perfil moral do PT e de sua candidata, contumaz violadora da Lei Eleitoral.

Faltou dizer que a teimosia do Governo Federal em negar a extradição do terrorista italiano e dar asilo político a Olivério, demonstra a proximidade do PT, de sua candidata e do presidente Lulla com as Farcs.

E torna fato público e notório que esse malsinado grupo, vide a nossa política externa, entrou em entendimento com país estrangeiro e com organização narco-guerrilheira nele existente, capaz de gerar conflito de caráter internacional entre o Brasil e qualquer outro país, ou para lhes perturbar as relações diplomáticas.

Cabe, ainda, destacar que fotos comprovam que as Farcs têm acampamentos militares em território venezuelano, o que, “ipso fato”, revela a ligação entre Hugo Chaves e o grupo narco- guerrilheiro.

O encontro pela Polícia Federal de bases das Farcs na Amazônia, a exemplo das encontradas no Equador é tentativa de submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania estrangeira.

Logo, há violação pelos lideres do PT aos art. 141 e 142, do Código Penal Militar.
Valem mais no Brasil, dominado pelo PT & Cia., as versões do que os fatos, que o Nobre Deputado Índio Costa denunciou, embora se trate de fatos públicos e notórios e que, portanto, independem provas.

Mas, num país que está triste por ser a oitava nação do mundo em futebol e não se envergonha em ser a octogésima quinta em educação, demonstrada está, nitidamente, a inversão de valores que aqui impera.

A classificação do Brasil no ranque cultural, auxiliada pela Bolsa Família explica a popularidade do Lulla e do PT nas classes mais pobres, enquanto os escândalos políticos financeiros a justificam nas classes venais.

E esses altos índices de aprovação do presidente e seu partido cooptam os interesseiros e atemorizam os que têm o dever legal mantê-lo obediente à Lei.
Convém, pois, para o assalto ao poder, manter a ignorância e a corrupção.

Como se vê, tudo quanto disse o Deputado Índio da Costa são fatos públicos e notórios e, por força de lei, independem de prova.

Vinícius Ferreira Paulino
Mestre Maçom - Membro da Loja “Minerva Paulista”
Marco Antonio Lacava
Mestre Maçom - Membro da Loja “Minerva Paulista”

Fonte: http://oberrodaformiga.blogspot.com/2010/07/manifesto-nacao.html

Manifesto à Nação

27 de julho de 2010

O art. 334, do Código de Processo Civil estatui:
“Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I – notórios
II – afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III – admitidos, no processo, com incontroversos;
IV – em cujo favor milita presunção legal de existência o de veracidade.

A norma é de direito processual e não de direito eleitoral.
Todavia, aplica-se subsidiariamente no caso das declarações do deputado Índio da Costa, vice de José Serra à presidência da República.

Asseverou Índio da Costa que o PT tem ligações com a Farc e que Dilma Rousseff, quando ministra da Casa Civil contratou a esposa de Olivério Medina para trabalhar no Ministério da Pesca.

Ora, Olivério Medina é notório representante das Farcs – embaixador informal da guerrilha e fazia ligação com José Dirceu, Gilberto Carvalho, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia e Paulo Vannuchi.

Olivério é o mesmo do churrasco em Brasília e suposto doador de fundos provenientes das Farcs para a campanha do presidente Lulla e, embora ligado com a narcoguerrilha, recebeu asilo político no Brasil e sua mulher emprego público.

Vale notar que o Foro São Paulo teve entre seus fundadores o presidente Lulla, Fidel Castro e as Farc que dele se afastaram após a eleição de Lulla para não prejudicar o companheiro presidente.

Também é fato notório que Lulla deixou se fotografar com um colar de folhas de coca, o que, por si só, é proselitismo do uso de drogas.

Coincidentemente o consumo de coca explodiu no Brasil, inobstante os esforços da policia federal para contê-lo.

A conseqüência é óbvia, o Comando Vermelho e o PCC são os grandes clientes das Farcs. (vide depoimento de Fernadinho Beira Mar), trocando entorpecente por armas para implantar na Colômbia, pelas armas, o marxismo do século XXI.

Como se vê, não houve baixaria no nível da campanha eleitoral, mas baixaria na conduta do PT e de sua candidata, bem como do seu estamento.

O apóio do PT, Lulla e Dilma a Evo Morales, no episódio do confisco da refinaria da Petrobrás e concessão de verbas para construção de estrada na Bolívia (apelidada de transcocaleira); o apóio do Brasil à Venezuela de Hugo Chaves, que abriga em seu território guerrilheiros das Farcs; o apóio à ilha cárcere – Cuba -, injuriando os presos políticos ao chamá-los de bandidos comuns; o apóio à ditadura sanguinária do Irã, tudo isto dá a perfil moral do PT e de sua candidata, contumaz violadora da Lei Eleitoral.

Faltou dizer que a teimosia do Governo Federal em negar a extradição do terrorista italiano e dar asilo político a Olivério, demonstra a proximidade do PT, de sua candidata e do presidente Lulla com as Farcs.

E torna fato público e notório que esse malsinado grupo, vide a nossa política externa, entrou em entendimento com país estrangeiro e com organização narco-guerrilheira nele existente, capaz de gerar conflito de caráter internacional entre o Brasil e qualquer outro país, ou para lhes perturbar as relações diplomáticas.

Cabe, ainda, destacar que fotos comprovam que as Farcs têm acampamentos militares em território venezuelano, o que, “ipso fato”, revela a ligação entre Hugo Chaves e o grupo narco- guerrilheiro.

O encontro pela Polícia Federal de bases das Farcs na Amazônia, a exemplo das encontradas no Equador é tentativa de submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania estrangeira.

Logo, há violação pelos lideres do PT aos art. 141 e 142, do Código Penal Militar.

Valem mais no Brasil, dominado pelo PT & Cia., as versões do que os fatos, que o Nobre Deputado Índio Costa denunciou, embora se trate de fatos públicos e notórios e que, portanto, independem provas.

Mas, num país que está triste por ser a oitava nação do mundo em futebol e não se envergonha em ser a octogésima quinta em educação, demonstrada está, nitidamente, a inversão de valores que aqui impera.

A classificação do Brasil no ranque cultural, auxiliada pela Bolsa Família explica a popularidade do Lulla e do PT nas classes mais pobres, enquanto os escândalos políticos financeiros a justificam nas classes venais.

E esses altos índices de aprovação do presidente e seu partido cooptam os interesseiros e atemorizam os que têm o dever legal mantê-lo obediente à Lei.

Convém, pois, para o assalto ao poder, manter a ignorância e a corrupção.

Como se vê, tudo quanto disse o Deputado Índio da Costa são fatos públicos e notórios e, por força de lei, independem de prova.

Vinícius Ferreira Paulino
Mestre Maçom - Membro da Loja “Minerva Paulista”
Marco Antonio Lacava
Mestre Maçom - Membro da Loja “Minerva Paulista”

Fonte: http://oberrodaformiga.blogspot.com/2010/07/manifesto-nacao.html

quarta-feira, 28 de julho de 2010

AHMADINEJAD É PROBLEMA DOS JUDEUS. ELES QUE SE VIREM!

22/10/2009
às 17:03

Outro trecho verdadeiramente sensacional, que precisa entrar para a história do jornalismo — tanto a das perguntas como a das respostas —, é este que segue. Não está na versão impressa. Só na online. Uma leitura distraída sugere a curiosidade implacável do jornalismo. Um minuto de reflexão, e estamos diante do horror. Leiam.

FOLHA - O sr. não teme a repercussão negativa entre os judeus do encontro com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad?
LULA - Muito pelo contrário. Não estou preocupado com judeus nem com árabes. Estou preocupado com a relação do estado brasileiro com o estado iraniano. Temos uma relação comercial, queremos ter uma relação política, e eu disse ao presidente Barack Obama (EUA), ao presidente Nicolas Sarkozy (França) e à primeira-ministra Angela Merkel (Alemanha) que a gente a não vai trazer o Irã para boas causas se a gente ficar encurralando ele na parede. É preciso criar espaços para conversar.

Comento
Entendi. Ahmadinejad é um problema dos judeus. Eles são os únicos que podem se incomodar com a presença do meliante no Brasil. Os que não são judeus não têm por que se ofender ou integrar a “repercussão negativa”. Trata-se de uma brutalização da inteligência como raramente se viu e se leu.

Afinal, o que foi que Ahmadinejad fez ou falou? Ah, ele nega que o Holocausto tenha existido. Se a única repercussão negativa a temer é a dos judeus, aprendemos mais uma lição: o Holocausto é um problema que só diz respeito a essas pessoas. O resto da humanidade não tem nada com isso. Ahmadinejad, como se nota, está vencendo a sua batalha intelectual.


A resposta também é muito boa. Indagado se “não teme a repercussão negativa entre os judeus” — a escolha do verbo “temer” aí merece uma boa reflexão… — Lula responde: “Muito pelo contrário”. O “contrário” de quê? Se for o contrário do verbo “temer”, então ele, na verdade, espera muito barulho — e, creio, não se deve decepcionar o presidente. Se for o contrário do adjetivo “negativa”, então ele deve esperar a repercussão positiva, não é? Os judeus o aplaudiriam por sua coragem.

Na seqüência, Lula diz não estar preocupado com judeus ou árabes — nesse caso, não teria mesmo por que se preocupar com árabes. Na cabeça de Lula, sempre que um judeu for ofendido, é preciso ver o que pensa um árabe a respeito… Muito sério, ele se ocupa das relações do Estado brasileiro etc e tal! Mas é mesmo um estadista! Um verdadeiro Chamberlain de Garanhuns! Um Daladier de São Bernardo. O que é, afinal, o Holocausto diante das necessidades do Estado brasileiro?


Só um problema de judeus. Na pergunta e na resposta!


Por Reinaldo Azevedo

domingo, 25 de julho de 2010

ESTRATÉGIA MAFIOSA E CRIMINOSA DA PSICOPOLÍTICA DO CHAMADO PT

autor - Plinio Sgarbi


Uma distopia (utoptia trágica) imaginada por um dos maiores teóricos políticos do século XX o britânico George Orwell em seu livro 1984."1984", de George Orwell, é uma leitura prazerosa. Ao mesmo tempo, é um assustador retrato de um futuro sem liberdade, sem pensamento, sem tradição e sem identidade para o qual podemos estar caminhando - os exemplos estão aí e são fartos. O livro é um alerta para nossa geração, como o foi para as gerações passadas.

A história se passa em torno de três potências de regimes totalitários supostamente em constantes guerras: Oceania, Eurásia e Lestásia, que correspondem a megablocos formados pelos países do mundo.

Os pilares do regime estão no seu próprio lema: "Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão, Ignorância é Força"; em que o Partido cerceia as liberdades dos indivíduos, escraviza-os, pois a verdadeira liberdade é a do sujeito coletivo, do Partido como um todo, e não a liberdade dos indivíduos - por isso "Liberdade é Escravidão"; e "Ignorância é Força" porque é preciso manter as pessoas na imbecilidade, para garantir a força do sujeito coletivo, do Partido: se o indivíduo pensasse poderia pensar contra o regime.

Com sua distopia, Orwell alerta, na verdade, contra uma nova fase de totalitarismo em curso nos dias atuais. Os totalitarismos baseados unicamente sobre a força pereceram porque não destruíram a maior força do homem: o pensamento, dom do ser humano racional. A nova fase do totalitarismo, pois, visa justamente a isso: destruir o pensamento, cerceá-lo, tornar os homens um bando de imbecis a serviço da ideologia dominante. O comunismo percebeu isso a um momento e tentou empregá-lo por meio da Psicopolítica, não teve tanto sucesso na URSS, mas no mundo como um todo a Psicopolítica está sempre em ação, segundo o programa do Marxismo Cultural. Aqui no Brasil, esta tem sido a principal linha de combate do Governo Lula.

Vem sendo usada e imposta dia após dia. Cerceiam nosso pensamento impondo-nos significados prontos, acabados, fabricados de acordo com suas ideologias. Assim, uma palavra como "preconceito" perdeu completamente seu sentido original e é utilizada para atacar tudo quanto não esteja de acordo com o pensamento modernistóide dominante: falar contra o gayzismo e suas práticas anti-naturais é "preconceito" ou "homofobia"; não aceitar o aborto é "preconceito machista contra as mulheres"; criticar o MST é "preconceito capitalista"; e por aí vai. Tudo quanto se queira destruir de instante se acusa de ser um "preconceito"; aquele pensamento não tem razão de existir porque é um "preconceito", e muitas vezes é um conceito bem fundamentado, bem pensando e fruto de longa reflexão, cuja única razão de ser taxado de preconceito é não estar de acordo com a ideologia dominante: é uma crimidéia, palavra inventada no vocabulário da Oceania.


E não é só a palavra "preconceito": quando se cansam dela usam "discriminação". Tudo é "discriminação"; basta você não concordar com a onda modernista de hoje que, na verdade, está "discriminando": não concordar com a segregação das Cotas Universitárias do PT é "discriminar os negros"; não concordar com a institucionalização das uniões homossexuais, anti-naturais e anti-família, é "discriminação contra homossexuais" - e será que concordar com estas uniões poderia ser taxado de "discriminação contra a família"? Impensável na atual Novilíngua da Oceania. Sempre usando os mesmos chavões para caracterizar uma idéia contrária à onda de pensamento moderno - uma crimidéia, portanto.

Há também o mecanismo do crimedeter: "Crimedeter é a faculdade de deter, de paralisar, como por instinto, no limiar, qualquer pensamento perigoso. Inclui o poder de não perceber analogias, de não conseguir observar erros de lógica, de não compreender os argumentos mais simples e hostis ao Ingsoc, e de se aborrecer ou enojar por qualquer tentativa de pensamentos que possa tomar rumo herético. Crimedeter, em suma, significa estupidez protetora". Estupidez protetora é aquilo sobre o que se entende de imbecilização do homem para torná-lo uma marionete a serviço da ideologia. Pois já estamos sendo submetidos e estimulados a praticar o crimedeter todos os dias; como por exemplo: não podemos a forma de esmola como é bolsa família, pois seria preconceito aos miseráveis e criticar as paradas gays; também é preconceito, são crimidéia, tais pensamentos devem ser detido.

Há também, na Oceania de "1984", um interessante órgão dedicado a reprimir o pensamento contrário ao Partido, reprimir as crimidéias e punir os ideocriminosos: é a Polícia do Pensamento. É exatamente o que o Governo do PT quer fazer com os brasileiros, impondo a chamada Lei da Mordaça Gay , que criminaliza qualquer pessoa que exprima opinião contrária às práticas homossexuais, às suas uniões civis, às paradas gays e todas as outras. Qualquer crítica às práticas homossexuais será realmente uma crimidéia, passível de punição criminal.

Já é uma real Polícia do Pensamento em que o Governo Lula quis e quer criar um órgão estatal para controlar os jornalistas e mantê-los sob sua guarda; desnecessário, pois a Mídia está praticamente toda em suas mãos, mas o perigo seria cercear até a chamada "Mídia independente", como o Mídia Sem Máscara, o Notalatina e o Blog do Reinaldo Azevedo. É a Polícia do Pensamento.

“Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar.“

O Pt faz isto o tempo todo. E a maioria tratam o PT como mais um partido, o que é um grande erro.

Quem leu aquele artigo não deve ter achado estranhas as sandices defendidas pelo Governo no Programa Nacional dos "Esquerdos Desumanos", já que estão no plano petista de sistemática implantação do totalitarismo no Brasil e na linha constante de todos os regimes totalitários, que seguem basicamente os mesmos expedientes da obra de Orwell.

Pois, o sentido da Comissão "da Verdade": esta Comissão pretende uma "verdade pela metade", que por isso mesmo deixa de ser verdade, investigando os militares e "santificando" os terroristas comunistas, que à época também cometeram crimes contra a dignidade humana. Mas "santificar" os terroristas de esquerda é essencial para o controle do passado: é o mesmo controle que exercia o Ingsoc na novela orwelliana, "canonizando" seus crimes por meio da institucionalização da mentira. Há até uma coincidência impressionante, que mostra como a obra de Orwell é profética: o PT quer criar uma Comissão "da Verdade"; o Ingsoc em "1984" tinha um "Ministério da Verdade", responsável por propagar a mentira que fosse conveniente ao Partido. Exatamente a mesma função da Comissão "da Verdade" petista: propagar a mentira conveniente ao Partido. O Ministério da Verdade de "1984" e a Comissão "da Verdade" do PT são basicamente a mesma coisa.

Como se não bastassem a palhaçada política do dia a dia neste país e a censura disfarçada imposta a tudo aquilo que não é de interesse ao bando de bandidos do poder. Como no caso daquele dossiê contra Serra na eleição de 2008,e este de agora, na época dos chamados de aloprados, agora também os aiatolás do PT usam da mentira com uma naturalidade impressionante, em que diz ser o dono da verdade absoluta. Não existe verdade maior se não a do PT.
George Orwell denunciou o socialismo corrupto. E parece que já sabia que o PT iria surgir um dia, em sua faceta mais abjeta. E parece que até mesmo os petistas leram os textos do britânico, pois cada vez mais tentam implantar aquilo que Orwell profetizou
_Plínio Sgarbi

JÁ NÃO PODEMOS DIZER NADA!

Sandra Cavalcanti

Em 14 de abril de 1930, aos 36 anos, Vladimir Maiakóvski, o maior poeta russo da era contemporânea, deu um fim trágico à sua atormentada vida.

Matou-se porque perdeu toda a esperança e se viu diante de uma estrada sem saída.

Sua obra é absolutamente revolucionária, como revolucionárias eram as suas idéias. Mas o poeta, dizia ele, por mais revolucionário que seja, não pode perder a alma!

Ele acreditou piamente na Revolução Russa e pensou que um mundo melhor surgiria de toda aquela brusca e violenta transformação. Aos poucos, porém, foi percebendo que seus líderes haviam perdido a alma.

A brutalidade crescia. A impunidade era a regra. O desrespeito às criaturas era a norma geral.
Toda e qualquer reação resultava em mais iniqüidades, em mais violência. Um stalinismo brutal assolou a pátria russa. Uma onda avassaladora de horror e impotência tomou conta de seu espírito, embora ainda tentasse protestar. Mas foi em vão. Rendeu-se e saiu de cena.

Em 1936, escreveu Eduardo Alves da Costa o poema No caminho com Maiakóvski, que resume sua desoladora tragédia.

"... Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."

Nestes tristes tempos, muitos estão vivendo as angústias desabafadas neste poema. Também acreditaram em líderes milagrosos, tiveram esperanças em dias mais serenos, esperaram por oportunidades melhores e sonharam com paz e alegria. Nunca imaginaram que, em seu lugar, viriam a impunidade, a violência, o rancor e a cobiça. Os que chegaram ao poder, sem nenhuma noção de servir ao povo, logo revelaram a sua verdadeira face.

O País está vivendo uma fase de completo e total desrespeito às leis. A Lei Maior, aquela que o País aprovou por meio de seus representantes, não existe. Para uns, todas as leniências. Para outros, todas as violências.

Nas grandes cidades, dois governos, duas autoridades: a tradicional e a dos marginais. No campo, ausência de direitos e deveres. Uma malta de desocupados, chefiados por líderes atrevidos e até debochados, está conseguindo levar o desassossego e a insegurança aos milhões de trabalhadores rurais que ali se esforçam para sobreviver. Isso já vem acontecendo há muito tempo e não há sinal de que alguma autoridade pretenda submetê-los às penas da lei. Ao contrário. Eles gozam de imenso prestígio junto ao presidente, que não se acanha em lhes dar cobertura e agir com a maior cumplicidade.

A ausência das autoridades tem sido o grande estímulo para que esses grupos, e outros que vão surgindo, venham conseguindo, num crescendo de audácia e desrespeito, levar o pânico aos que vivem do trabalho no campo.

A mesma audácia impune garante também a expansão das quadrilhas de narcotraficantes em todo o País. A cada dia que passa, eles chegam mais perto de nós. Se examinarmos com atenção os acontecimentos destes últimos dois anos, dá para entender o nosso medo.

Quando explodiu o caso do Waldomiro Diniz, as autoridades estavam na obrigação de investigar tudo e dar uma punição exemplar. O que se viu? Uma porção de manobras para encobrir os fatos e manter os esquemas intocáveis.

E qual foi a reação do povo? Nenhuma.

Roubaram uma flor de nosso jardim, a flor da decência, da dignidade, da ética, e nós não dissemos nada!

Quando, da noite para o dia, dezenas de deputados largaram suas legendas e se bandearam para as hostes do governo, era preciso explicar tão misteriosa adesão. O que se viu? Uma descarada e desafiadora alegria no alto comando do País!

E qual foi a reação do povo? Nenhuma.

Eles nem se esconderam. Pisaram em nossas flores, mataram o cão que nos podia defender. E nós não dissemos nada!

Quando um parlamentar, que integrava a tal maioria, veio denunciar o uso de recursos públicos, desviados de forma indecente, com a conivência dos altos ocupantes do governo, provando que a direção do PT e do governo sabiam de tudo e de tudo se haviam aproveitado, qual foi a reação do povo? Nenhuma.

Eles nem se importaram com o fato de terem sido descobertos. O mais frágil deles entrou em nossa vida, roubou a luz de nossas esperanças e, conhecendo o nosso medo, ainda se deu ao luxo de arrancar a nossa voz da garganta.

Será que vamos aceitar? Não vamos dizer nada? Será que o povo brasileiro perdeu de vez a sua capacidade de se indignar? A sua capacidade de discernir? A sua capacidade de punir?

Acho que não. Torço para que isso não esteja acontecendo. Sinto, por onde ando e por onde vou, que lá no mar alto uma onda de nojo está crescendo, avolumando-se, preparando-se para chegar e afogar esses aventureiros. Não se trata, simplesmente, de uma questão eleitoral. Não se cuida apenas de ganhar uma eleição. O importante é não perder a alma. O direito de sonhar.

A vontade de viver melhor.

Colocar este momento como uma simples luta entre governo e oposição é muito pouco. E derrotá-los, simplesmente, também é muito pouco, diante do crime que eles praticaram contra as esperanças de um povo de boa-fé.

O que vai hoje na alma das pessoas é o corajoso sentimento de que é preciso vencer o pavor e o pânico diante da audácia dessa gente, não permitindo que eles nos calem para sempre. Se não forem enfrentados, se não forem punidos, se seus métodos e processos não forem repudiados, nosso futuro terá sido roubado. Nossa voz terá sido arrancada de nossa garganta.

E já não poderemos dizer nada.

Sandra Cavalcanti, professora, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Lacerda, fundadora e presidente do BNH.

sábado, 24 de julho de 2010

LULA E SUA LIRA ENLOUQUECIDA

Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira
(Membro da Academia Brasileira de Defesa)


Líder de portas de fábricas acreditou que o Brasil e o mundo fossem uma grande montadora, essa a razão de manter no seu microvocabulá rio, metáforas malandras que se levavam ao clímax trabalhadores ludibriados, hoje refletem a pequenez moral do sujeito diante do mundo que se contorce de rir dos estúpidos chistes do estadista alambiqueiro. Dizer em Johannesburgo que os turistas terão seus carros roubados quando vierem à Copa de 2014 e que seriam mordidos por uma “sucuri destreinada” é a concentração da estupidez num único contâiner ‘humano’. (Na foto, o estado lastimável do arrotador de blasfêmias.)

Lula, afásico por apedeutismo, julga a si mesmo um retórico, desprezando a ‘cola’ que seus assessores tentam lhe passar, para que, aos olhos públicos, pareça menos inconveniente. Sócrates, que sabia que nada sabia, não poderia imaginar que surgiria um iletrado sábio, perdido nos labirintos do poder, sem limites, um bicho. Daí, pegar a sua lira enlouquecida e desandar a recitar o que os sectários, tanto ou mais velhacos que ele, ordenam-lhe repetir. São sucessivas as notícias de intromissão na vida particular dos verdadeiros cidadãos deste desfigurado País, de boca aberta, perplexo, com tamanha desfaçatez, incúria e sem-vergonhice explícita.

Como porta-voz dos verdadeiros mandantes diz que vai criar leis para proibir os pais de aplicarem as salutares palmadas nos filhos, por considerá-las “espancamentos” .

Não que desconheça a dimensão de uma ação educativa de uma nascida da prepotência paterna. Ele conhece, por experiência, a diferença de peso entre uma mão espalmada e o punho fechado. Esta transgressão semântica faz parte do jogo com o qual injeta o vírus Trojan Petista nas mentes de pais mal-informados que se sentirão culpados e deixarão os filhos à solta, tal como foi criado este simulacro de presidente. “Se chicotada resolvesse, país não teria tanta corrupção”, diz ele. Entende-se, então, que o seu governo é campeão de rapinagem porque todos os que o compõem receberam boas lambadas de correia dupla. Está explicado!

Porém, o que se assemelha a mais uma perda de equilíbrio presidencial está expressa nas declarações complementares com as quais tentou dirimir os efeitos da intromissão do Estado na vida dos cidadãos, cumpridores de seus deveres da paternidade. Disse o predestinado, dedilhando a lira enlouquecida que, como “pai do povo”, deve cuidar dele. Que herança genética a nossa!

Se Gramsci, do qual são extraídas essas normas de desconstrução familiar, não alterou as regras de ascendência e descendência, raciocinemos: se Lula é filho do Brasil e o povo é filho do bastardo, logo, o Brasil é avô do povo. Recorremos, urgentemente, ao nosso avô Brasil para nos socorrer, como faz todo avô aos netinhos, a fim de impedir que o enlouquecido Lula empunhe novamente a sua embriagada lira e interfira nas cores do nosso glorioso pendão e introduza o vermelho-sangue- das-gurerrilhas- urbanas-e- rurais, em substituição ao azul do céu-de-brigadeiro que é nosso por direito adquirido, por tradição, por leis que regulamentam os símbolos nacionais.

Esse ínfimo indivíduo invadiu o Brasil como qualquer membro do MST e considera-se seu proprietário. Fez da presidência desta República, uma continuação dos bares “pés-sujos” por onde tomou “todas” com seus amarfanhados e não menos indignos companheiros que deletaram as leis para que a Justiça emudeça de vez. Justiça? Eu falei em Justiça?

Enquanto isso, a imprensa escorregadia, de antolhos e óculos escuros, cede à rouca voz do biriteiro e de sua lira ensandecida. Que sina, hein “vô” Brasil? Que sina!

Índio, Farc e PT

Por Ruy Fabiano
deu no Blog Noblat

Há um dado a registrar nos desdobramentos das acusações de Índio da Costa sobre as ligações do PT com as Farc: nenhuma das manifestações em contrário tratou do conteúdo do que disse. Todas, sem exceção, centraram-se em desqualificar quem as disse.

O que está em pauta, porém, não é apenas o denunciante, mas o teor do que foi denunciado, que vai muito além de sua dimensão pessoal ou política. Se o que disse é verdadeiro, então cumpriu seu papel de homem público. Se não é, deve ser responsabilizado judicialmente e o que contra ele já se disse ainda terá sido pouco.

Só se pode chegar à segunda assertiva depois de elucidada a primeira. No entanto, ignorou-se a primeira e aplicou-se a segunda.

O PT acabou estabelecendo a solução: levou o caso à Justiça. Lá, Índio terá que provar o que disse ou se submeter às penas da lei. Ele diz que tem provas do que disse. O país as aguarda. O que disse, afinal, não é pouca coisa – e o lugar que ocupa confere-lhe ao menos o benefício da dúvida, negado desde o primeiro momento.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas. São hoje a principal organização narcotraficante do continente e mantêm relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC.

Estão no centro da presente discórdia (mais uma) entre Venezuela, acusada de fomentá-las, e a Colômbia. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo. Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce.

Em 2002, com o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Bettencourt, as Farc deixaram formalmente o Foro, a cujas reuniões, no entanto, continuaram a comparecer informalmente.

"Esse sujeito é um perturbado", disse Marco Aurélio Garcia. "Quando terminar as eleições, vai ser vereador no Rio de Janeiro". Tem sido essa a linha de argumentação, o que, convenhamos, está longe de obedecer à mais elementar norma de debate público.
Se é um despropósito atribuir vínculo do PT com as Farc, então, antes de condenar o acusador, ou simultaneamente a essa condenação, é preciso mostrar a improcedência dessa acusação.

Dizer algo como: o PT não tem e nunca teve vínculo com as Farc. O PT condena – e considera criminosa – a ação narcoguerrilheira das Farc. E aí outras explicações se impõem: por que então o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República?

Dizer também porque o mesmo Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos de pessoas, inclusive gente alheia à luta política na Colômbia – e não obstante ser essa a classificação que lhes dão União Europeia e Estados Unidos.

Mais: por que o PT, ao criar o Foro de São Paulo, em 1990, convidou as Farc, que, já naquela época, praticavam sequestros e tráfico de drogas?

Não basta dizer que o acusador é um nada, até porque não o é. É deputado federal e candidato a vice-presidente da República. Se fosse um nada, o PT não o levaria à Justiça. Se o levou, é porque viu gravidade no que disse. E, se o que disse é grave – e é -, precisa ser respondido, e até agora não foi.
Ruy Fabiano é jornalista

De joelhos ante Sua Insolência.

Olavo de Carvalho | Dezembro 2009
Artigos - Governo do PT

A elite brasileira é vítima de seu próprio desamor ao conhecimento, agravado de um culto idolátrico aos símbolos exteriores de prestígio e bom-mocismo.

Pelo noticiário dos últimos dias, os leitores devem ter tomado consciência de que são governados por um indivíduo que se gaba de um crime de estupro, real ou imaginário, e revela sentir uma nostalgia profunda dos dias em que os meninos do interior do Nordeste mantinham relações sexuais com cabritas e jumentas. O que não sei é se percebem o grotesco, a infâmia, a abominação de continuar a chamar esse sujeito de Vossa Excelência, quando Vossa Insolência seria muito mais cabível, fazendo de conta que estão diante de um cidadão respeitável quando estão mesmo é de joelhos ante um sociopata desprezível.

Nenhum político do mundo jamais fez declarações tão insultuosas à moralidade geral e à simples dignidade humana. Muito menos as fez e permaneceu no cargo. Lula não só permanecerá como fará tranquilamente a sua sucessora, porque a sociedade brasileira inteira já se acanalhou ao ponto de aceitar como decreto divino tudo o que venha do "Filho do Brasil". Todos preferem antes ser humilhados, achincalhados, envergonhados ante o universo, do que correr os riscos de uma crise política. Sabem por que? Porque foram reduzidos a uma tal impotência que já não têm meios nem de criar uma crise política.

Em fevereiro de 2004 escrevi: "Quem quer que, a esta altura, ainda sonhe em 'vencer o PT', seja nas próximas eleições, seja ao longo das décadas vindouras, deve ser considerado in limine um bobão incurável, indigno de atenção.

O PT, como digo há anos, não veio para alternar-se no poder com outros partidos - muito menos com os da 'direita' - segundo o rodízio normal do sistema constitucional- democrático. Ele veio para destruir esse sistema, para soterrá-lo para sempre nas brumas do passado, trocando-o por algo que os próprios petistas não sabem muito bem o que há de ser, mas a respeito do qual têm uma certeza: seja o que for, será definitivo e irrevogável.

Não haverá retorno. O Brasil em que vivemos é, já, o 'novo Brasil' prometido pelo PT, e não tem a menor perspectiva de virar outra coisa a médio ou longo prazo, exceto se forçado a isso pela vontade divina ou por mudanças imprevisíveis do quadro internacional. "

Fui chamado de radical, de paranóico, de tudo quanto é nome. Os que assim reagiam não tinham - e não têm até hoje - a menor ideia de que existe uma ciência política objetiva, capaz de fazer previsões tão acertadas quanto as da meteorologia, com a diferença de que estas são feitas, no máximo, com antecedência de algumas horas. Quão preciosa não seria essa ciência nas mãos dos planejadores estratégicos, seja na política, seja nos negócios! Recusando-se a acreditar que ela existe, preferem confiar-se aos pareceres dos acadêmicos consagrados, que são tão bem educadinhos e jamais os assustam com previsões certeiras.

Ainda lembro que, em 2002, o Los Angeles Times consultou duas dúzias de eminentes "especialistas" sobre as eleições no Brasil. Todos disseram que Lula não teria mais de 30 por cento dos votos. Só eu - o radical, o alucinado - escrevi que a vitória do PT era não apenas certa, mas absolutamente inevitável.

Do mesmo modo, sob insultos e cusparadas, anunciei que a passagem do tempo desfaria a lenda da "moderação" lulista, pondo à mostra o compromisso inflexível do nosso partido governante com o esquema revolucionário internacional.

Hoje isso está mais do que evidente, e sinais de um temor geral que antes ninguém desejava confessar começam a despontar por toda parte. E que fazem, diante do perigo tardiamente reconhecido, essas consciências recém-despertadas? Correm em busca dos mesmos luminares acadêmicos que já os ludibriaram tantas vezes com suas palavras anestésicas, como instrutores de auto-ajuda.

A elite brasileira é vítima de seu próprio desamor ao conhecimento, agravado de um culto idolátrico aos símbolos exteriores de prestígio e bom-mocismo. Seguindo essa linha inflexivelmente ao longo dos anos, enfraqueceu- se ao ponto de, hoje, ter de baixar a cabeça ante a torpeza explícita, arrogante, segura de si.

O PT E O PÓ - GUILHERME FIUZA

O PT está indignado com a acusação de que tem ligações com as Farc e o narcotráfico. A explicação é simples: o partido pensava que aquele pó branco que os companheiros colombianos vendem era açúcar.

O PT não tem nada a ver com a cocaína. Adriano Imperador e Vagner Love também não. Todos eles só gostam de passear ao lado de traficantes armados até os dentes, conversar com eles por telefone, unir forças contra os agentes do mal.

Essa doce revolução do oprimido levou, por acaso, o líder narcoguerrilheiro Raul Reyes a escrever várias cartas a Lula. Todas devidamente recebidas pelo presidente brasileiro, porque trazidas em segurança por parlamentares do PT. Não há notícia de qualquer palavra de Lula de repúdio, crítica ou mesmo desconforto com essa situação.

Ninguém jamais ouviu o presidente brasileiro esclarecer, em alto e bom som: não mantenho e não manterei diálogo com terroristas financiados pelo narcotráfico.

Não. Os companheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são interlocutores do PT, já até tomaram assento juntos em colóquios formais, à luz do dia. Nessas ocasiões, possivelmente os bravos correligionários de Lula ainda pensavam que cocaína é açúcar.

O mais novo indignado com as acusações de ligação com as Farc é Hugo Chávez. O presidente venezuelano criou mais uma crise internacional para sua coleção, rompendo relações com a Colômbia. Ficou zangado porque disseram que há gente das Farc abrigada na Venezuela.

Deu a louca nos bolivarianos de butique. Tendo a seu lado o grande Diego Armando Maradona – que também não sabe diferenciar açúcar de cocaína –, Chávez protestou contra a afirmação de que há narcoguerrilheiros colombianos instalados em seu território. O que terá ele feito com seus hóspedes das Farc? Terá exportado a turma para algum acampamento seguro do MST?

Não está dando para entender a esquerda sul-americana. No Brasil, depois de anos e anos de flerte com os revolucionários do pó branco, o PT fica chateado com uma frase de Indio da Costa sobre a poética narcótica da relação. Esses amantes são mesmo suscetíveis.

Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco o partido de Lula vai dizer que não conhece Dilma Rousseff. Ou que só a conhece socialmente, assim como os fuzis e o açúcar que passarinho não cheira.

O PT, A POLÍTICA EXTERNA E O GOVERNO LULA: OPERAÇÃO URUBU

25/02/2010
às 16:52
Por Reinaldo Azevedo

A Secretaria de Relações Internacionais do PT preparou um documento, aprovado no congresso do partido, com a sua, chamarei assim, “visão de mundo do mundo”. Destaco abaixo alguns trechos do documento, com breves comentários. O link para a íntegra do texto está aqui. Uma das tolices em que se perdem setores importantes da imprensa e mesmo da oposição é considerar que o radicalismo retórico do PT não tem desdobramentos práticos. Tem, sim. Seguem trechos do documento em vermelho, com comentários meus em azul. Vocês vão constatar que o Itamaraty segue à risca as diretrizes do partido.

A partir da convocatória feita pelo PT, nasceu o que futuramente se chamaria Foro de São Paulo, que ao longo dos últimos 20 anos contou com a participação ativa da Frente Amplio de Uruguai, da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua, do Partido Revolucionário Democrático (PRD) do México e do Partido Comunista de Cuba, entre outras forças políticas.

Como sabem, Olavo de Carvalho, eu mesmo e alguns outros temos chamado a atenção, já há alguns anos, para o tal Fórum de São Paulo, tratado pela grande imprensa, por ignorância ou indústria, como se fosse algo meramente simbólico, uma associação lítero-musical. Não é. Trata-se, lá vou eu cutucar os botocudos, de uma Operação Condor de sinal trocado: a colaboração entre os vários partidos e governos de esquerda da América Latina. Chamemos de Operação Urubu. Em sua agenda, está o esmagamento da oposição “de direita” por intermédio de várias ações integradas — chamam “oposição de direita” aquelas pessoas horríveis que defendem, por exemplo, a democracia representativa. O texto omite que, entre os fundadores do Fórum, criado por iniciativa de Lula e Fidel Castro, estão as Farc. Raúl Reys, o terrorista pançudo morto no Equador, tem um texto em que relata seu primeiro encontro com Hugo Chávez: numa reunião do Fórum de São Paulo.

Além de participar ativamente do Foro de São Paulo, respondendo por sua Secretaria Executiva, o PT participa da Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL) e da Coordinación Socialista Latinoamericana (CSL).
Ao mesmo tempo, mantivemos as relações com nossos aliados europeus e buscamos estreitar relações com partidos do Oriente Médio, da Ásia e da África. Atualmente, o PT mantém protocolos de cooperação com diversos partidos, entre os quais o Partido Comunista da China.


Sim, sem a menor dúvida! O horizonte utópico do PT, hoje em dia, é a ditadura CAPITALISTA da China. Como tenho insistido aqui, sempre que o petismo falar em “socialismo”, deve-se ignorar o conteúdo propriamente econômico da palavra: socialização dos meios de produção, fim da propriedade privada etc. O “socialismo chinês” é outro: economia de mercado gerida por um partido único, dentro do qual várias correntes podem se abrigar. O partido dos “proletários e dos camponeses“ tornou-se uma nova aristocracia, que dispensa a tal “democracia de massas”.

Esta pluralidade não implicou em silêncio acerca de questões espinhosas; nem tampouco subordinação das posições partidárias aos interesses “de Estado”. Pelo contrário, há coisas que nosso governo pode e deve fazer (como receber o presidente dos EUA ou o chanceler de Israel), sem que isto impeça nosso partido de manifestar sua opinião política sobre tais convidados e suas respectivas administrações. Ou questões em que o Partido tem posição, como é o caso da independência do Sahara Ocidental e da luta da Frente Polisário, posição que esperamos ver acompanhada pelo governo. Assim como há temas em que o governo tomou a iniciativa e o Partido ainda não tem conseguido acompanhar adequadamente, como é o caso do Haiti. Além de outros assuntos nos quais há necessidade de maior debate, tendo em vista as diferenças de opinião, como é o caso do acordo entre o Mercosul e Israel; ou da Rodada Doha na Organização Mundial de Comércio.

Para os petistas, a “concessão ao Mal” está em receber “o presidente dos EUA ou o chanceler de Israel”. Já a visita de Mahmoud Ahmadinejad certamente honra o Brasil.

defendemos a solução negociada dos conflitos internacionais, o direcionamento dos gastos com pesquisa e venda de armamentos para o combate à pobreza e à fome, o aumento dos investimentos em educação e saúde. O PT defende o desmantelamento dos arsenais nucleares, o fim das pesquisas e desenvolvimento de quaisquer tipos de armas de destruição em massa. Exigimos o fim da ocupação estadunidense no Iraque e no Afeganistão, que mergulhou os dois países numa situação de destruição e guerra civil;

Desmantelamento de arsenais nucleares é a desculpa usada pelo governo brasileiro para se alinhar com o Irã em seu programa secreto de… armas nucleares! E notem a oposição à ocupação “estadunidense” (sic) do Iraque e do Afeganistão, hoje o principal celeiro do terrorismo mundial.

O PT se opõe a toda forma de terrorismo, inclusive ao terrorismo de Estado, como foi o caso do ataque de Israel contra a Faixa de Gaza. Apoiamos a criação do Estado palestino, o desmantelamento dos assentamentos israelenses nos territórios da Cisjordânia, o reconhecimento mútuo por todas as forças políticas envolvidas, o fim dos ataques contra civis;

Opor-se ao suposto “terrorismo de estado” é mero pretexto para atacar Israel e se alinhar com o… terrorismo palestino! O PT apóia “o fim dos assentamentos”, mas não cobra o fim dos ataques do Hamas ao território israelense. Nota: o Brasil tem votado sistematicamente contra Israel em comissões da ONU.

defendemos Cuba e as conquistas sociais da Revolução Cubana, especialmente contra o bloqueio que se estende por já quase 50 anos;

Nada a comentar. Fala por si.

o Partido compreende que o governo brasileiro deva se relacionar com o atual governo de direita da Colômbia, país vizinho e integrante da Unasul; enquanto o PT mantém um protocolo de cooperação com o Pólo Democrático Alternativo (PDA), que faz oposição a Uribe e denuncia o fato do atual governo colombiano ter transformado o país no “Cavalo de Tróia” dos Estados Unidos na América do Sul.

Nem entro no mérito da boçalidade. Apenas lembro que o tal PDA, está comprovado, serve de barriga de aluguel para terroristas das Farc e que essa opinião cretina de que a Colômbia é mero títere dos EUA pauta a política externa brasileira, que se opôs fortemente ao uso de bases colombianas por soldados americanos no combate ao narcotráfico, mas nada disse quando ficou claro que Chávez forneceu armas às Farc.

O PT avalia que a política externa implementada pelo governo Lula faz o Brasil competir com os Estados Unidos. Trata-se de uma competição de “baixa intensidade”, até porque a doutrina oficial do Brasil é de convivência pacífica e respeitosa (“cooperação franca” e “divergência serena”) com os Estados Unidos. Mas, inclusive por se dar no entorno imediato da potência, as atitudes do Brasil possuem imensa importância geopolítica. É o caso da correta e corajosa atitude que o governo brasileiro adotou no caso de Honduras.

O antiamericanismo virou política oficial do Itamaraty. O governo segue a diretriz do PT.

A superação do neoliberalismo e também do capitalismo exigirão diferentes estratégias de resistência, de construção do poder e do socialismo. Não significa dizer que todas as estratégias são válidas, mas significa que recusamos a idéia de que exista uma única estratégia válida para todos os locais e tempos. Ao mesmo tempo, sabemos que os processos nacionais terão fôlego curto, se não estiverem articulados numa estratégia continental. Por isto apoiamos as iniciativas que visam acelerar a institucionalização da integração regional, reduzindo a ingerência externa, as desigualdades & assimetrias, seja para atuar internacionalmente como bloco, seja para aproveitar melhor as potencialidades da América do Sul.

Voltamos ao Fórum de São Paulo. O PT tem razão: EXISTE MESMO UMA AÇÃO CONJUNTA, A OPERAÇÃO URUBU coordena hoje as ações de vários partidos e governos “de esquerda” na América Latina. Na Venezuela, Chávez chega até onde permite a institucionalidade de seu país. Lula, por aqui, faz o mesmo, embora tenha mais dificuldades para emplacar medidas de autoritarismo explícito. Voltarei ao tema.

Por Reinaldo Azevedo

CRÔNICA DE CARLOS VEREZA

O vice, Índio da Costa, colocou o debate eleitoral no nível inesperado pelo PT, e mesmo por alguns setores da oposição. A linha "Serra paz e amor", poderia levar a campanha para um terreno perigoso, livrando Lula da linha de fogo e centrando as criticas somente em Dilma, quando, é mais do que evidente, que os dois formam uma só estratégia: o disfarçado terceiro mandato de da Silva!

Os sinais da mais do que evidente intenção de um regime autoritário, chegaram ao ponto de ataques aos promotores públicos, desrespeito ao TSE, e aguardem, um acirramento da guarda pretoriana sindicalista, dossiês, MST, e outros atos de vandalismo, tí picos da quadrilha!

Outra questão: qual é verdadeiramente o objetivo da candidata Marina Silva? Ainda outro dia, a ecológica candidata nos informou que o mensalão não foi tão grave assim..."... apenas uma meia dúzia tomou parte..." E eu, que acreditei no promotor que classificou de verdadeira quadrilha, cerca de quarenta petistas,chefiados pelo inefável José Dirceu! E ainda: porque Marina não saiu do partido, por ocasião do escândalo, e mais,quando foi iniciada a transposição do Rio São Francisco, sem consulta à população ribeirinha, que por sinal foi contra? A propósito, as margens do indigitado rio estão desmoronando porque não foram dados os devidos cuidados à fonte do São Francisco. Será que Marina esperava ser indicada à sucessão do Grande Capo, e frustrada, partiu para a sua aventura particular, embora, regularmente, envie alguns elogios à antiga agremiação?

Lula acaba de autorizar o envio de 25 milhões de reais à faixa de Gaza...(leia- se Hamas!) evidenciando sua posição anti-Israel, e antiamericana. ..E Obama,quieto. ..Quando ele acordar terá que chamar o Bush de volta... Enquanto isso, os navios "humanitários" insistem em oferecer "ajuda" aos palestinos que, em verdade, são os verdadeiros reféns do Hamas! Queridos amigos seguidores, não existem mais países, e sim conglomerados especulativos que estipulam a regra do jogo.

Lula, Chavez, Morales, Ahmadinejad são "apenas" peças de um tenebroso jogo, para um cerco aos EUA que, mesmo com seus inúmeros defeitos, ainda é possível destituir um presidente,como Nixon, através de uma série de reportagens! Análises minuciosas, realizadas ( não com o meu modesto computador.. .) já trabalham com a real possibilidade de racionamento de água,e mesmo sua falta para, no máximo trinta anos e, não por acaso, centenas de ONGs "bem intencionadas" , infestam a Amazônia, e acampam próximos à Reserva Raposa do Sol,onde existem fantásticas quantidades de Nióbio e outras riquezas minerais! Concluo que, além da importância das próximas eleições presidenciais, é fundamental desmascarar Lula e seus bucaneiros, e para isto (volto ao Índio da Costa) necessário se faz a denuncia constante, vídeos, internet, correntes democráticas, que se unam de todas as formas para impedir o terceiro mandato de Lula!

Carlos Vereza

DEPOIMENTO DE RUI VICENTINI

PESSOAL.
O QUE VAI APARECER POR AI EM RELAÇÃOAS FARC E GOVERNO LULA.
EM 2003 O PRESIDENTE DA FUNAI ERA MERCIO GOMES, ELE ERA CONIVENTE COM NARCOTRÁFICO FAZIA VISTA GROSSA SOBRE O USO DE PISTAS DE POUSO EM RESERVA INDÍGENAS DA AMAZÔNIA PELO TRAFICANTES DE DROGA.
MERCIO GOMES ERA DO PPS INDICADO A FAZER PARTE DO GOVERNO LULA. PELA DIREÇÃODO PARTIDO.
AS RESERVAS INDÍGENA ATÉ HOJE SERVEM COMO PONTO DE APOIO À GUERRILHA COLOMBIANA AS PISTAS DE POUSO EM RESERVAS SÃO BASE DE APOIO PARA O ABASTECIMENTO DE AVIÕES DO TRÁFICO.
FERNADINHO BEIRA MAR FOI BALEADO E PRESO DENTRO DE UMA RESERVA INDÍGENA CONTROLADA PELA FUNAI
O MINISTRO MARCIO TOMAS BASTOS ESCONDEU ESTA PRISÃO E ORIENTOU LEVÁ-LO A UM HOSPITAL DAS FORÇAS ARMADAS NA AMAZÔNIA PARA SER ATENDIDO E ESCONDEU O TRAFICANTE DURANTE MAIS DE UM MÊS.
MAS OS GUERRILHEIROS DAS FARC QUE DAVAM PROTEÇÃO AO TRAFICANTE FERNADINHO BEIRA MAR FORAM LIBERTADOS DENTRO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO E DA RESERVA INDÍGENA
AS FARC ESTAVAM USANDO A RESERVA COMO BASE DE REFINO DE COCA.
COM SEMPRE A IMPRESSA [TV GLOBO] VENDEU OUTRA IMAGEM, PARA PROTEGER O PT E O GOVERNO LULA, QUE JÁ ESTAVA EM GRANDES DIFICULDADES.
ESTÁ NA HORA DESTAS NOTÍCIAS SEREM DIVULGADAS NA INTERNET.
PORQUE A GRANDE IMPRENSA NÃO VAI DENUNCIAR ESTES FATOS POR RECEBER MUITO DINHEIRO DO GOVERNO.
O GOVERNO LULA TRANSFORMOU O PAIS EM UM GRANDE PORTO EXPORTADOR DE COCA DAS FARC E DE EVO MORALES.
DIVULGUEM ISTO PARA DESMASCARAR ESTA QUADRILHA.
RUI VICENTINI

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Ópera dos malandros

Por Augusto Nunes

(Setembro de 1989. Lula e Collor estão em mesas próximas num estúdio de televisão)

Lula: Meu adversário representa a elite exploradora. É moço na aparência, mas representa o Brasil antigo, o Brasil velho, o Brasil que precisa acabar.

Collor : O outro candidato defende abertamente a luta armada, a invasão de casas e apartamentos. (Vira-se para Lula). Você é um cambalacheiro.

(Setembro de 1989. Lula está sozinho num estúdio de TV. A decoração mostra que se trata do programa eleitoral do PT)

Lula: Meu adversário é o candidato dos corruptos.

(Setembro de 1989. Collor está sozinho num estúdio de TV. A decoração mostra que se trata do programa eleitoral do PRN)
Collor : Não sou eu quem diz que Lula quis forçar o aborto. Quem diz é Miriam Cordeiro, mãe da Lurian.

(Junho de 1992. Lula aparece sozinho num estúdio de rádio. Um entrevistador acompanha o monólogo)

Lula: Tenho pena do Collor. Não é que eu tenho pena. Como ser humano eu acho que uma pessoa que teve uma oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja. E ao invés de construir um governo, construir uma quadrilha como ele construiu, me dá pena, porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor. Efetivamente eu fico com pena, porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os velhos problemas que nós vivemos. Lamentavelmente a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção, fez com que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra. Mas de qualquer forma eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro, em outras eleições, escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político”.

(Agosto de 2005. Collor está numa sala de sua casa em Maceió, ao lado de um jornalista)
Collor: O mensalão mostrou quem são os corruptos, os ladrões do país. Eles hoje estão no governo.

(Julho de 2007. Lula está cercado de jornalistas numa sala grande no Palácio do Planalto)

Lula: O senador Fernando Collor tem tudo para fazer um grande mandato.

(Junho de 2009. Claramente irritado, Collor está na tribuna do Senado)

Collor: Nenhum ataque ao ao presidente Lula ficará sem resposta!

(Lula e Collor aparecem juntos num palanque em Alagoas)
Lula: Tenho de agradecer o companheiro Fernando Collor pelo bom trabalho que está fazendo.

(Agosto de 2010. Num palanque em Maceió, Lula, Collor e Dilma Rousseff estão de mãos dadas e cantando, em coro com a plateia, o refrão do jingle da campanha do candidato a governador de Alagoas)
Todos: É Lula apoiando Collor,/é Collor apoiando Dilma/pelos mais carentes./É Lula apoiando Dilma,/é Dilma apoiando Collor/para o bem da nossa gente.

Numa frase:

a Ópera dos Malandros encontrou a apoteose perfeita.

23/07/2010

Admirável Brasil novo

Por Nelson Motta
O Globo

Estamos vivendo a alvorada de uma nova era no Brasil, com grandes transformações econômicas e sociais, gerando novos significados para velhas expressões. E até novos conceitos filosóficos, como minto, logo, existo, como foi comprovado nos depoimentos das CPIs.

Atualmente, os empresários não querem mais ter lucro, eles só trabalham para gerar empregos. Os bancos e grandes empresas só pensam em salvar o planeta, pela sustentabilidade.

As organizações não governamentais são sustentadas pelo governo.

Só falta o almoço grátis.

Modernizamos até mesmo provérbios universais consagrados pela sabedoria popular. As apavorantes galerias de fotos de nossas casas legislativas são o desmentido cabal de que as aparências enganam. Nas Comissões de Ética, ladrão que julga ladrão dá cem anos de perdão, e é mais fácil o Marcelo Camelo passar pelo buraco de uma agulha do que o STF condenar um parlamentar. Aqui se faz e aqui se apaga. No Brasil, o ladrão faz a ocasião, com emendas parlamentares e contribuições de campanha. Porque a liberdade deles começa onde termina a nossa.

Neste país, quem dá (dinheiro público) aos pobres, empresta aos seus, naturalmente eleitores. Contra fatos não há argumentos, só bons advogados e lobistas eficientes. Macacos velhos têm suas cumbucas em paraísos fiscais, dinheiro sujo não se lava em casa. São partidos, partidos, negócios à parte a parte de cada um no negócio. Afinal, tudo vale a pena se a multa é pequena.

Como se ve no noticiário politico, mentir e coçar é só começar, conversa mole tanto bate até que cola, e CPI que é ladra não morde. Quem não mama, chora. Aqui, o barato não sai caro, no Senado sai de graça. O segredo é a lama do negócio.

No Brasil, tristezas não pagam dívidas de campanha, quando um burro fala os outros aplaudem, os cães ladram e a caravana é assaltada, e quando um não quer dois não roubam, chamam mais gente: os meios justificam os afins.

Aqui se dá a Lula o que é de Deus e a César, talvez, o Senado, porque Lula é a voz do povo e dá a bolsa conforme o eleitor. O principe é o sapo.

Só espero que quem o voto fere, pelo voto seja ferido.


23/07/2010

LADEIRA ABAIXO

DORA KRAMER

O PT é assim: bate como gente grande, mas quer ser tratado com carinhos reservados aos pequenos.

Quando apanha, se diz vítima da injustiça, do preconceito, do udenismo, do conservadorismo, do moralismo, dos conspiradores, dos golpistas, das elites e de quem ou do que mais se prestar ao papel de algoz na representação do bem contra o mal, do fraco contra o forte que o partido encena há anos.

Sempre no papel de mocinho, evidentemente, embora desde que assumiu o poder tenha mostrado especial predileção pela parte do roteiro que cabe ao bandido.

Luiz Inácio da Silva é mestre nessa arte, exercitada ao longo de quatro candidaturas presidenciais e muito aprimorada nestes quase oito anos de Presidência da República.

Tanto que ao longo desse tempo se consolidou na política uma linha de pensamento segundo a qual o contra-ataque significa insidiosa radicalização que só pode render malefícios aos seus autores.

Em miúdos: o adversário tem de apanhar calado; se ousar se defender pagará o atrevimento com a condenação geral e consequentemente com a derrota político-eleitoral.

Por essa lei a oposição teria de assistir quieta ao presidente usar dois anos de seu mandato como cabo eleitoral, sem "judicializar" a política com ações por campanha eleitoral antecipada.

Deveriam todos ouvir calados os desaforos que sua excelência diz contra quem bem entende quando contrariado, o que, na concepção dele, significa afrontado.

A Justiça, acionada pelo adversário, deveria atribuir tudo "à guerra eleitoral" e ignorar a existência de leis só porque ao juízo do partido no poder essas leis são retrógradas e atrapalham a marcha do espetáculo do crescimento da hegemonia política, social, ideológica e até cultural do PT e adjacências.

LADEIRA ABAIXO

DORA KRAMER

O PT é assim: bate como gente grande, mas quer ser tratado com carinhos reservados aos pequenos.

Quando apanha, se diz vítima da injustiça, do preconceito, do udenismo, do conservadorismo, do moralismo, dos conspiradores, dos golpistas, das elites e de quem ou do que mais se prestar ao papel de algoz na representação do bem contra o mal, do fraco contra o forte que o partido encena há anos.

Sempre no papel de mocinho, evidentemente, embora desde que assumiu o poder tenha mostrado especial predileção pela parte do roteiro que cabe ao bandido.

Luiz Inácio da Silva é mestre nessa arte, exercitada ao longo de quatro candidaturas presidenciais e muito aprimorada nestes quase oito anos de Presidência da República.

Tanto que ao longo desse tempo se consolidou na política uma linha de pensamento segundo a qual o contra-ataque significa insidiosa radicalização que só pode render malefícios aos seus autores.

Em miúdos: o adversário tem de apanhar calado; se ousar se defender pagará o atrevimento com a condenação geral e consequentemente com a derrota político-eleitoral.

Por essa lei a oposição teria de assistir quieta ao presidente usar dois anos de seu mandato como cabo eleitoral, sem "judicializar" a política com ações por campanha eleitoral antecipada.

Deveriam todos ouvir calados os desaforos que sua excelência diz contra quem bem entende quando contrariado, o que, na concepção dele, significa afrontado.

A Justiça, acionada pelo adversário, deveria atribuir tudo "à guerra eleitoral" e ignorar a existência de leis só porque ao juízo do partido no poder essas leis são retrógradas e atrapalham a marcha do espetáculo do crescimento da hegemonia política, social, ideológica e até cultural do PT e adjacências.

Bandidos e poltrões

Por Olavo de Carvalho


Se o PT insistir em querer processar o candidato vice-presidencial Índio da Costa, o que este e José Serra têm a fazer para desmoralizar por completo a fanfarronada petista é muito simples.

Os termos em que o sr. Presidente da República apelou a José Serra, pedindo-lhe que pare de tocar na ferida das ligações PT-Farc, são uma obra-prima de tartufismo como raramente se viu na história do teatro universal.

Em vez de negar peremptoriamente que aquelas ligações existem -- o que seria muito temerário, dada a abundância de provas --, ele tentou sensibilizar o coração do candidato, exigindo dele a omissão cúmplice que, na iminência da revelação de crimes escabrosos, se esperaria de um velho companheiro de militância para quem a solidariedade mafiosa deve estar, segundo os cânones da moral presidencial, acima da verdade, acima do respeito aos eleitores, acima dos interesses da pátria, acima do bem e do mal.

A chantagem emocional é o mais velho recurso dos patifes apanhados de calças na mão, mas o sr. Presidente da República, mesmo sendo incapaz de abster-se desse golpe baixo, poderia ao menos ter tido a decência de usá-lo em privado, em vez de mostrar em público, uma vez mais, que não tem o menor senso de moralidade.

O autor desse apelo abjeto assinou, em 2001, como presidente do Foro de São Paulo, um voto de solidariedade integral às Farc e outras organizações criminosas, e deu provas em cima de provas de que seu governo e seu partido vêm cumprindo o compromisso à risca.

Recusar-se a qualificar essas organizações como terroristas e narcotraficantes, que é o que elas são com toda a evidência, já é prova de solidariedade.

Somem a isto as mobilizações políticas montadas instantaneamente pelo PT e outras agremiações de esquerda para libertar qualquer membro daquelas quadrilhas que seja preso no território nacional;

a participação de ministros do governo Lula na propaganda das Farc através da revista América Libre;

a contínua colaboração entre Farc e PT na formulação da estratégia esquerdista continental através das assembléias e grupos de trabalho do Foro de São Paulo;

a recusa obstinada de levar em consideração as descobertas do juiz federal Odilon de Oliveira, que apresentou provas cabais da parceria entre as Farc e quadrilhas locais de assassinos e seqüestradores (tornando-se por isso virtualmente um prisioneiro, enquanto os acusados continuam à solta);

somem tudo isso e me digam se existe, além do instinto de autodefesa dos envolvidos na tramóia, alguma razão para não falar de ligações entre PT e Farc, entre PT e MIR, entre PT e ELN ou entre o PT e qualquer outra organização pertencente ao Foro de São Paulo.

Quanto ao próprio Foro, que, sob as bênçãos do nosso partido governante, continua todo mês gastando quantias consideráveis em viagens de centenas de seus membros entre as várias capitais latino-americanas, o sr. Lula seria, mesmo quando ainda candidato, o primeiro a ter a obrigação de esclarecer qual o estatuto legal da entidade e de onde vem o dinheiro que a sustenta.

Como ninguém teve a coragem de lhe perguntar isso em 2002 nem em 2006, ele se sentiu livre para não dizer nada.

Com o tempo, a licença para silenciar, que então lhe foi concedida como um favor pela polidez covarde dos seus adversários, da mídia, das classes empresariais, dos militares e de tutti quanti, tornou-se, na cabeça dele, um direito adquirido.

É em nome desse direito imaginário que ele agora exige dos candidatos oposicionistas a gentileza da omissão cúmplice, mesmo quando essa gentileza arrisque, uma vez mais, tirar das mãos deles a arma da verdade e da justiça, a mais poderosa em qualquer eleição presidencial.

Está na hora de mostrar que esse direito nunca existiu, exceto como conjunção momentânea de interesses vis entre bandidos e poltrões.

Se o PT insistir em querer processar o candidato vice-presidencial Índio da Costa, o que este e José Serra têm a fazer para desmoralizar por completo a fanfarronada petista é muito simples:

1. Inserir no processo as atas completas das assembléias do Foro de São Paulo, a lista dos membros da entidade e a coleção das revistas America Libre. Isso já basta para comprovar a ligação que o PT desmente.

2. Inserir nos autos os dois discursos em que o sr. Lula reconhece, até com orgulho, o caráter secreto e clandestino das atividades do Foro de São Paulo.

3. Convocar o testemunho do juiz Federal Odilon de Oliveira, provando que o PT continuou a relacionar-se em bons termos com as Farc enquanto a Justiça Federal já tinha provas suficientes de que essa organização criminosa colaborava com quadrilhas locais empenhadas em matar cidadãos brasileiros a granel.
Façam isso e não apenas vencerão o processo e as eleições: conquistarão a gratidão de todos os brasileiros honrados.


Artigos - Eleições 2010

23 Julho 2010

PT, Farc e a imprensa.

Por Nivaldo Cordeiro
MSM

Ora, a manchete relevante é que o partido governante está mancomunado e associado aos maiores produtores e traficantes mundiais de cocaína.

Nossos jornais, todavia, ignoraram o tema por anos a fio. São parte do problema.

Foi preciso que José Serra e seu vice, Índio da Costa, fizessem declarações peremptórias sobre a ligação do PT com as FARC para que a notícia finalmente ganhasse a página principal dos grandes jornais paulistas. O segredo de Polichinelo foi finalmente revelado. Até o Foro de São Paulo foi comentado pelo Estadão de hoje. Não dá mais para a imprensa mentir descaradamente sobre esse fato maiúsculo.

Sublinho caro leitor, que ambos os jornais paulistas ─ Folha de São Paulo e Estadão ─ ainda assim fizeram das falas dos políticos a manchete, como se estes faltassem com a verdade ou estivessem fazendo escândalo por pouca coisa. Ora, a manchete relevante é que o partido governante está mancomunado e associado aos maiores produtores e traficantes mundiais de cocaína, que fazem também uma guerra civil na Colômbia e provocam um morticínio monstruoso associado a essa indústria da morte. Só no Brasil as estatísticas revelam 50 mil homicídios por ano. O PT tem dado apoio diplomático e logístico aos facínoras das FARC. Pela lei cúmplices de criminosos são também criminosos.

Não por acaso o Brasil virou um dos maiores consumidores mundiais de cocaína durante o governo Lula e seu território tornou-se corredor de passagem para a exportação da droga em larga escala para o resto do mundo.

Bem fez o candidato José Serra ao propor um ministério da Segurança Pública, dispondo de uma força policial bem armada e fardada com as mesmas atribuições da Polícia Federal. É preciso evitar, a todo custo, que os governos regionais do Brasil sejam tomados pelos traficantes, como aconteceu com o México, cujas dramáticas conseqüências têm sido noticiadas pela imprensa internacional. O banditismo em larga escala tomou conta das ruas mexicanas.

Acredito que a campanha do PSDB/DEM fez muito bem em salientar o tema. Os brasileiros têm o direito de saber que Lula, o PT e demais partidos da corriola governante são cúmplices de traficantes e servem de aparato diplomático que limita ou impede um combate mais eficaz às FARC, notadamente por parte da Colômbia e dos EUA. Esse tema, sozinho, é capaz de mobilizar o eleitorado contra a candidata do PT, Dilma Rousseff. Serra poderá ganhar as eleições se for implacável na denúncia desse conluio espúrio, que tem determinado a ação de nossa diplomacia em todos os fóruns mundiais.

Nossos jornais, todavia, ignoraram o tema por anos a fio. São parte do problema, viraram os grandes eleitores de Lula nas duas últimas eleições, escondendo o fato mais relevante. São também cúmplices da aliança PT/FARC. Ainda na edição de hoje podemos ver o fato nas manchetes escrito com má fé. Os suspeitos são os políticos que falam do assunto, não aqueles que praticam o mal feito, ou seja, o PT e sua laia.

Media Watch

O Estado de São Paulo

21 Julho 2010

Postado por Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática em 7/22/2010 04:02:00 PM

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Velhos do Brasil - Uni-vos!!!

Rubem Alves

Tenho muitos amigos que se apaixonaram por aquelas duas letrinhas, PT, criança promissora quando nasceu, quem sabe um Messias.

Para não magoá-los impus-me um "silêncio obsequioso", por medo de que minhas idéias pudessem abalar nossa amizade.

Mas, por vezes, o "silêncio dos in­telectuais" é o mesmo que falta de in­tegridade.

Fatos políticos trouxeram da min­ha memória uma fábula escrita por George Orwell, "A revolução dos bichos". Vou recordá-la. Os bichos, li­derados pelos porcos, fizeram urna revolução na fazenda em que viviam para se livrar da opressão do fazendeiro que os explorava. Os porcos tinham razões de sobra para serem os líderes da revolução. Eram os animais mais sacrificados.

Eram engor­dados para se transformarem em lingüiça, torresmo, toucinho, lombo, leitoa assada, pernil assado...

Acon­teceu, entretanto, que no decorrer do processo revolucionário uma im­portante mudança aconteceu: os porcos começaram a ver que o fazen­deiro e seus empregados não eram tão ruins quanto pareciam.

Na ver­dade; havia interesses comuns que permitiam que com eles se fizessem proveitosas alianças. A última cena do livrinho é assim: a bicharada,
do lado de fora, olha através da janela da casa do fazendeiro.

Lá dentro acon­tecia urna festa para celebrar um no­vo pacto político de cooperação en­tre fazendeiro e porcos.

E os bichos, perplexos, olhavam para o fazendei­ro, olhavam para os porcos, e não conseguiam saber quem era quem: o fazendeiro tinha focinho de porco e os porcos fumavam charutos como o fazendeiro.. .

Essa história, me veio à mente quando vi uma foto em que o presi­dente Lula, sorridente, abraçava o sr. Orestes Quércia. Chegou-me agora uma informação assombrosa: a de que o PT apóia o sr. Newton Cardozo, como candidato ao senado por Minas. Aí fiquei como os bichos, sem sa­ber quem era quem...

Mas agora fui diretamente atingi­do pelo presidente. Comentando o apoio de Itamar Franco ao sr. Geral­do Alckmin ele zombou do aconteci­do sob o argumento de que Itamar Franco, por ser um velho de 76 anos, não merece ser levado a sério. Não merece ser levado a sério não por ­incompetência ou corrupção mas por ser um velho de 76 anos.

Então, to­dos os velhos não merecem ser leva­dos a sério.

Os velhos pertencem ao grande grupo dos excluídos!

Quem diria! Há cerca de algumas semanas Lula foi recebido com ho­nras pelos idosos que participavam de um "Encontro Nacional de Terceira Idade", em Brasília. E ele está sorridente.. . Velhos podem votar...

Acontece que sou velho. Tenho 72 anos. Excluído do círculo dos inteligentes pela minha idade, o que pen­so e escrevo não merece ser levado em consideração.

A opinião do Lula sobre os veIhos, é ela produto de ig­norância? Tudo indica que sim.

Para afirmar o que afirmou ele teria de ter ignorado, o Millôr, a Cora Coralina, D. Felix de Casaldáliga, Oscar Nie­meyer, Jorge Amado, Dorival Caynmi, a Mãe Menininha de Gantois... Ou terá sido por preconceito?

Ignorância ou preconceito, não importa. Para mim, uma das qualidades fundamentais do presidente da República terá de ser o respeito pelos velhos.

Os velhos têm a lucidez daqueles que nada têm a perder por­que já estão vivendo no tempo de morrer. Por isso, lanço aqui o meu grito:

"Velhos do Brasil! Uni-vos!"

Fazendas lá ambientalistas aqui

Artigo de Denis Lerrer Rosenfield - O Estado de S.Paulo


Solicitado por vários leitores a voltar ao tema das ONGs, mostrarei a vinculação entre os "fazendeiros" americanos e a atuação de ONGs ambientalistas no Brasil. Trata-se de uma curiosa conjunção entre o agronegócio americano, ONGs ambientalistas (aqui, evidentemente) , grandes empresas, governos e "movimentos sociais" no País.

A National Farmers’ Union (União Nacional dos Fazendeiros) e a Avoided Deforestation Partners (Parceiros pelo Desmatamento Evitado), dos EUA, encomendaram um estudo, assinado por Shari Friedman, da David Gardiner & Associates, publicado em 2010, para analisar a relação entre o desmatamento tropical e a competitividade americana na agricultura e na indústria da madeira. O seu título é altamente eloquente: “Fazendas aqui, florestas lá”.

O diagnóstico do estudo é que o desmatamento tropical na agricultura, pecuária e de florestas conduziu a uma "dramática expansão da produção de commodities que compete diretamente com os produtos americanos". Ou seja, é a competitividade do agronegócio brasileiro que deve ser diminuída para tornar mais competitivos os produtos americanos. O estudo é tão detalhado que chega a mostrar quanto ganhariam os Estados americanos e o país como um todo. E calcula que o ganho americano seria de US$ 190 bilhões a US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030.

As campanhas pela conservação das florestas tropicais – que eles chmama de ‘rain forests’ (florestas de chuva) – e seu reflorestamento não seriam, nessa perspectiva, uma luta pela "humanidade" . Elas respondem a interesses que não têm nada de ambientais. Ao contrário, o estudo chega a afirmar que os compromissos ambientalistas nos EUA poderiam até ser flexibilizados segundo as regras atuais, que não prevêem nenhum reflorestamento de florestas nativas, do tipo "reserva legal", só existente em nosso país. Também denomina isso de "compensação", que poderia ser enunciada da seguinte maneira: mais preservação lá (no Brasil), menos preservação aqui (nos EUA).

Cito: "Eliminando o desmatamento por volta de 2030, limitar-se-iam os ganhos da expansão agrícola e da indústria da madeira nos países tropicais, produzindo um campo mais favorável para os produtos americanos no mercado global das commodities" . Eles têm, pelo menos, o mérito da clareza, enquanto seus adeptos mascaram suas atividades.

Esse estudo reconhece o seu débito com a ONG Conservation International e com Barbara Bramble, da National Wildlife Federation, seção americana da WWF, igualmente presente em nosso país – que, diga-se de passagem, não é uma ONG americana, mas britânica, apesar de SUS sede ser na Suíça.

A Conservation International é citada duas vezes na página dedicada aos agradecimentos e, suponho, não por suas divergências. Mas ela publica em seu site um artigo dizendo-se contrária ao estudo. A impressão que se tem é a de que se trata de um artifício retórico para se não se responsabilizar das repercussões negativas desse estudo em nosso país e, em particular, na Câmara dos Deputados. Logicamente falando, sua posição não se sustenta, pois, ao refutar as conclusões do artigo, não deixa de compartilhar suas premissas. A rigor, não segue o princípio de não-contradição, condição de todo pensamento racional.

Por que não defende a "reserva legal" nos EUA e na Europa, segundo os mesmos princípios defendidos aqui? Seria porque contrariaria os interesses dos fazendeiros e agroindustriais de lá?

Entre seus apoiadores se destacam Wall Mart, McDonald"s, Bank of America, Shell, Cargill, Kraft Foods Inc., Rio Tinto, Ford Motor Company, Volkswagen, WWF e UDAID. Os dados foram extraídos de seu site internacional.

Barbara Bramble é consultora sênior da National Wildlife Federation, a WWF americana. Sua seção brasileira segue os mesmos princípios e modos de atuação, tendo o mesmo nome. Se fosse coerente, deveria lutar para que os 20% de "reserva legal", a ser criada nos EUA e na Europa, fossem dedicados à wildlife, a "vida selvagem". Entre seus apoiadores e financiadores (dados extraídos de sua prestação de contas de 2009), destacam-se o Banco HSBC, Amex, Ibope, Natura, Wall Mart, Conservation Internacional, Embaixada dos Países Baixos, Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA). A lista não é exaustiva. Observe-se que a ONG Conservation International reaparece como parceira da WWF.

Ora, essa mesma consultora é sócia-fundadora do ISA, ONG “ambientalista e indigenista”. A atuação dessa ONG nacional está centrada na luta dita pelo meio ambiente e pelos "povos da floresta". Advoga claramente a constituição de "nações indígenas" no Brasil, defendendo para elas uma clara autonomia, etapa preliminar de sua independência posterior, nos termos da Declaração dos Povos Indígenas da ONU.

Ela, junto com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), possui o mais completo mapeamento dos povos indígenas do Brasil. Sua posição é evidentemente contrária à revisão do Código Florestal. Dentre seus apoiadores e financiadores, destacam-se a ICCO (Organização Inter-eclesiá stica de Cooperação para o Desenvolvimento) , a NCA (Ajuda da Igreja da Noruega), as Embaixadas da Noruega, Britânica, da Finlândia, do Canadá, a União Europeia, a FUNAI, a Natura e a Fundação Ford (dados foram extraídos de seu site).

O ISA compartilha as mesmas posições do CIMI, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Ora, esses "movimentos sociais", verdadeiras organizações políticas de esquerda radical, por sua vez, seguem os princípios da ‘Teologia da Libertação’, advogando o fim do agronegócio brasileiro e da economia de mercado, contra a construção de hidrelétricas e impondo severas restrições à mineração. Junto com as demais ONGs, lutam por uma substancial redução da soberania nacional.

Dedico este artigo aos 13 deputados, de diferentes partidos, e às suas equipes de assessores que tão dignamente souberam defender os interesses do Brasil, algo nada fácil nos dias de hoje.

PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@ TERRA.COM. BR

O pensamento de Gramsci - a bíblia do FORO DE SÃO PAULO

Fonte: SALVE A PÁTRIA
por Carlos I.S. Azambuja em 28 de abril de 2005

28/04 - O socialismo proposto por Gramsci não passa pelos proletários e camponeses, e sim pela cultura e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação, buscando, através de métodos persuasivos, mudar a mentalidade vigente em uma sociedade.

O italiano Antonio Gramsci, um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, foi o primeiro teórico marxista a compreender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos. Nesse sentido, ofereceu um novo “Que Fazer” ao Ocidente desenvolvido. Aquilo que ele chamou de “sociedade civil” – rede de instituições educativas, religiosas e culturais que disseminam modos de pensar – era, na Rússia, incapaz de fornecer uma doutrinação moral e intelectual de caráter unitário, uma vez que o Estado czarista fundamentava-se na ignorância, na apatia e na repressão, e não no consentimento voluntário dos súditos. Na ausência de uma articulação complexa da “sociedade civil” em condições de absorver a insatisfação, a única defesa da velha ordem era constituída pelo aparelho do Estado, que Gramsci denomina de“sociedade política”. O conjunto difuso da “sociedade civil”, que propaga a ideologia da classe dominante, não existia na Rússia.

Segundo Gramsci, o objetivo da batalha pela mudança é conquistar, um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica (escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social e sindicatos), uma vez que os principais confrontos ocorrem na esfera cultural e não nas fábricas, nas ruas ou nos quartéis.

Dessa forma, Gramsci abandonou a generalizada tese marxista de uma crise catastrófica que permitiria, como um relâmpago, uma bem sucedida intervenção de uma vanguarda revolucionária organizada. Ou seja, uma intervenção do Partido. Para ele, nem a mais severa recessão do capitalismo levaria à revolução, como não a induziria nenhuma crise econômica, a menos que, antes, tenha havido uma preparação ideológica.

Segundo a linguagem colorida de Gramsci, o proletariado precisa transformar-se em força cultural e política dirigente dentro de um sistema de alianças, antes de atrever-se a atacar o poder do Estado-burguês. E o Partido deve adaptar sua tática a esses preceitos, sem receio de parecer que não é revolucionário.

Lênin sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade.

Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil” e, só então, atacar o poder do Estado. Sem essa prévia “revolução do espírito”, toda e qualquer vitória comunista seria efêmera.

Para tanto, Gramsci definiu a sociedade como “um complexo sistema de relações ideais e culturais” onde a batalha deveria ser travada no plano das idéias religiosas, filosóficas, científicas, artísticas, etc. Por essa razão, a caminhada ao socialismo proposta por Gramsci não passava pelos proletários de Marx e Lênin e nem pelos camponeses de Mao-Tsetung, e sim pelos intelectuais, pela classe média, pelos estudantes, pela cultura, pela educação e pelo efeito multiplicador dos meios de comunicação social, buscando, através de métodos persuasivos, sugestivos ou compulsivos, mudar a mentalidade, desvinculando-a do sistema de valores tradicionais, para implantar os valores ateus e materialistas.

O comunismo de Gramsci é a “versão ocidental” do comunismo, e ao proclamar o diálogo e aceitar o debate, próprios dos sistemas verdadeiramente democráticos, trabalha sobre todas as formas de expressão cultural, atuando sob a cobertura do pluralismo, com a contribuição de todos aqueles que por compartilhar a ideologia marxista, por snobismo, por conveniência ou por negligência, se somam voluntária ou involuntariamente a essa nova expressão do “frentismo”, chamando “fascistas” ou “retrógados” aqueles que se opõem a essa forma de pensar e atuar.

Nessa confusão de idéias, chega-se a substituir a contradição hegeliana de “burguês – proletário” (tese e antítese) pela de “fascista – anti-fascista”. O inimigo não é patrão e sim o fascista. Assim surge o mito do fascismo, que nada tem a ver com o fascismo histórico, sem dúvida questionável.

Quem quer que defenda os valores tradicionais da cultural ocidental é tachado de “fascista” e considerado genericamente como “um mal”. O grande erro dos comunistas, segundo Gramsci, foi o de crer que o Estado se reduz a um simples aparato político. Na verdade, o Estado atua não apenas com a ajuda do seu aparato político, como também por meio de uma ideologia que descansa em valores admitidos que a maioria dos membros da sociedade têm como supostos. A referida ideologia engloba a cultura, as idéias, as tradições e até o sentido comum. Em todos esses campos atua um poder no qual também se apóia o Estado: o poder cultural.

A necessidade de uma reforma intelectual e moral para lograr uma mudança de mentalidade nas sociedades ocidentais que foram constituídas por convicções, critérios, normas, crenças, pautas, segundo a concepção cristã da vida, é de suma importância para o triunfo da revolução mundial.

Porém, nesse propósito de formação de uma nova consciência proletária, o gramscismo encontra um obstáculo: a religião. De acordo com os estudos de Gramsci, a Igreja Católica, encarada como inimiga irreconciliável do comunismo, utiliza elementos fundamentais e comuns na sociedade, chegando a toda população, tanto urbana como rural. O catolicismo, segundo Gramsci, é uma doutrina geral simplificada a fim de ser entendida por todos. Analisando esse fato, Gramsci chegou à conclusão que uma das chaves da sobrevivência do catolicismo ao longo dos séculos foi o fato de que em seu seio conviveram harmonicamente humildes e elites, sentenciando que “a Igreja romana sempre foi a mais tenaz em impedir que oficialmente se formem duas religiões: a dos intelectuais e a das almas simples”.

Concluiu que é a Igreja Católica que inspira a formação desse sentido comum cristão e, por conseguinte, era preciso erradicá-lo mediante uma ação não violenta já que essa via seria repelida pelas sociedades ocidentais, onde influi e gravita o consenso e a vontade das maiorias. Gramsci afirmou que “os elementos principais do sentido comum são ministrados pelas religiões e, por isso, a relação entre o sentido comum e a religião é muito mais íntima do que a relação entre o sentido comum e os sistemas filosóficos dos intelectuais”. “Então - prossegue Gramsci – todo o movimento cultural que tenda a substituir o sentido comum e as velhas concepções do mundo deve repetir incansavelmente os próprios argumentos, variando suas ‘formas’”.

Dessa forma, as novas concepções se difundem utilizando sofismas, dando novas interpretações a fatos históricos e chegando a parafrasear o Evangelho em alguns casos, mostrando distintos “ensinamentos” de determinadas passagens bíblicas, tal como a expulsão dos mercadores do Templo de Deus, utilizando-os como argumentos para justificar a violência e fortalecer a imagem do “Cristo guerrilheiro”, criada pelos “cristãos revolucionários”.

Essas concepções, porém, não deverão ser apresentadas em formas puras, uma vez que o povo não as aceita na medida que provoquem uma mudança traumática. Para isso, devem ser apresentadas como combinações, explorando “a crise intelectual e a perda da fé na concepção que se deseja mudar”.

Por isso, diz Gramsci, não se deve enfrentar frontalmente a Igreja Católica, e sim criar os enfrentamentos em seu seio. Enfrentamentos que não sejam apresentados como provocados por causas exógenas e sim endógenas.

Acrescente-se que o marxismo de Gramsci se apresenta como uma interpretação “filosófica” distinta do marxismo conhecido. Não há filosofia e práxis; existe uma igualdade entre pensamento e ação ao ponto em que tudo é considerado ação. Em conseqüência, a “filosofia da práxis” deve ser elaborada partindo de uma equivalência entre filosofia e política, e deverá ser construída como ciência da história, posto que filosofia e história são indissociáveis. Diz Gramsci que “a filosofia da práxis supera as precedentes, por isso é original, especialmente porque abre uma via completamente nova, ou seja, renova totalmente o modo de conceber a filosofia mesma”.

Quanto ao papel dos intelectuais, ele deixa claro que a tarefa de agente da mudança na nova concepção de mundo não pode ser desenvolvida pelos intelectuais burgueses, considerados “o elo mais débil do bloco burguês”.
Devem surgir “novos” intelectuais da massa do povo.

Dessa forma, a tarefa a ser desenvolvida por essa “nova” elite será a de formar uma vontade coletiva e lograr a reforma moral e intelectual, agregando que uma reforma cultural que eleve os extratos submersos da sociedade não pode ocorrer sem uma prévia reforma econômica e uma mudança na sua posição social. Por isso, afirmou que“uma reforma intelectual e moral tem que ser vinculada forçosamente a um programa de reforma econômica”.

(Cavaleiro do Templo: deu para entender agora o que está ocorrendo na América Latina? E porque todo mundo diz por aí que o COMUNISMO MORREU? Morreu o comunismo russo. O Ocidental nunca esteve mais vivo e feliz pois está conseguindo alcançar todos os seus objetivos citados acima.)

Chávez deu errado

Miriam Leitão


O preço do caminho escolhido por Hugo Chávez ficou claro no relatório divulgado pela Cepal. A América Latina cresce este ano mais de 5%. O Brasil mais de 7%. A Venezuela vai ter uma queda de 3%. É a segunda pior recessão depois do Haiti, que tem uma boa explicação para seu número negativo. A crise da Venezuela é resultado das escolhas de um governante equivocado.

Os erros políticos do presidente Hugo Chávez são mais falados, mas ele é também um péssimo administrador e tem criado para a economia venezuelana uma série espantosa de incertezas. Isso inibe o investimento.

A Venezuela enfrentou uma severa crise energética provocada por uma seca, mas como sabem todos os que têm hidrelétricas: secas acontecem. Por isso é preciso ter garantias em investimentos em outras fontes de energia que possam suprir as oscilações da oferta.

Não era de se esperar que a Venezuela, com suas enormes reservas de petróleo, tivesse que enfrentar uma crise de energia, com racionamento. Isso mostra falta de planejamento.

O autoritarismo de Chávez virou incerteza regulatória.

Ele muda as regras quando quer. As políticas e as econômicas. Tem hostilizado empresas estrangeiras e até o capital nacional privado. Qualquer divergência com um de seus ditames pode ser suficiente para que desabe sobre a empresa alguma mudança de regra. E tudo tem sempre o objetivo explícito de perseguir qualquer voz discordante.

Recentemente, o Banco Central venezuelano encampou o Banco Federal, uma instituição privada, que acabou sendo estatizada. Agora fica claro por quê. O banco tinha ações da TV que tem uma posição mais crítica a Chávez, a Globovisión. O governo está anunciando que vai nomear conselheiros para a emissora, coisa que pode fazer, já que é agora um dos acionistas.

A Venezuela já está pagando o custo político de um governo como esse. O país há muito tempo não é uma democracia. As regras das eleições são manipuladas para favorecê-lo; mas quando não favorecem, Chávez tira poderes do administrador de oposição que foi eleito. A Constituição tem sido alterada com frequência apenas para favorecer seu projeto de eternização do poder. Tudo é tão claramente autoritário que é espantoso que o regime chavista tenha tantos defensores no governo brasileiro.

Nunca é demais dizer: uma coisa é manter boas relações com a Venezuela, outra, diferente, é defender Hugo Chávez. O presidente Lula e seus dois ministros das relações exteriores — Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia — defendem Chávez. Parecem desconhecer as lições da História de governantes que chegaram ao poder pelo voto e usaram o poder para destruir as bases da democracia que os elegeu.

A Cepal trouxe números inequívocos no relatório divulgado ontem. As projeções da instituição para o crescimento na região são: Brasil, 7,6%; Uruguai, 7%; Paraguai, 7%; Argentina, 6,8%; Peru, 6,7%; Bolívia, 4,5%; Chile, 4,3%, apesar do terremoto; México, 4,1%.

Dois países estão em recessão: Haiti, 8,5%; e Venezuela, -3%.

Outras análises mostram a mesma tendência de que a Venezuela tenha recessão este ano e continue no ano que vem com o PIB negativo.

Além disso, o país enfrenta uma longa inflação, a maior da região. Há vários anos a inflação está em dois dígitos e este ano está próximo de 30%. Em maio, a enviada especial do GLOBO a Caracas, Mariana Timóteo da Costa, mostrou que a inflação e a grave crise de desabastecimento estão tirando popularidade do presidente.

É por isso que Chávez está mais uma vez tentando um espetáculo de marketing.

Este ano há eleições para o Congresso e há risco de que ele perca. Ele saiu à cata de algo espetacular para capturar a atenção pública.

Foi mais fundo que podia: exumar o cadáver de Simón Bolívar. Seria cômico se não fosse uma forma patética de manipular a opinião pública.

O Chile pediu para enviar senadores para acompanhar as eleições venezuelanas em setembro e pediu à OEA uma atitude de maior vigilância às eleições. O Conselho Nacional Eleitoral — controlado por Chávez, como tudo mais — rejeitou com uma nota em que afirma que: “não permitiremos que nenhum ator alheio à Venezuela intervenha e coloque sob suspeita a vontade soberana do povo.” Curioso. Hugo Chávez interfere e dá palpite em todas as eleições da região — principalmente no Peru, Equador e Bolívia — sem mostrar o mínimo respeito à vontade soberana do povo desses países.

Há entre os governistas mais aguerridos a impressão de que o país deve agradecer ao presidente Lula por ter sido magnânimo e não ter tentado um terceiro mandato; que ele o teria se tivesse tentado. Um equívoco.

A indiscutível popularidade do presidente Lula não era garantia de que ele ganharia a eleição se tivesse a possibilidade de tentar. Para abrir o caminho para essa tentativa, Lula teria que mudar a Constituição. Na Colômbia, o ex-presidente Álvaro Uribe foi informado pela Suprema Corte de que nem deveria tentar um terceiro mandato apesar da popularidade que tinha. Aqui, Lula também teria os mesmos obstáculos. O Brasil não aceitaria que o presidente seguisse o caminho do continuísmo chavista e tem estado atento a qualquer tentativa de se repetir aqui alguns dos truques do modelo Hugo Chávez.

O caminho do desrespeito às leis não tem volta e leva ao fracasso político e econômico.

É apenas uma questão de tempo. Para a Venezuela, a conta econômica chegou. A proposta intervencionista e autoritária de Chávez deu errado. A Venezuela está perdendo o melhor momento da região.

O retrocesso democrático

02 de junho de 2010

Ives Gandra da Silva Martins

Por Ives Gandra da Silva Martins (*)

A proposta da criação do Conselho Federal de Jornalismo levanta, pela primeira vez, em âmbito nacional, a discussão sobre a existência, no governo Lula, de um projeto para reduzir o Estado Democrático de Direito, no Brasil, a sua mínima expressão.

Tenho para mim que existe um risco concreto de estar sendo envidada uma tentativa de impor um controle sobre a sociedade, se possível com a implementação de um ``direito autoritário`` , desrespeitando até mesmo cláusulas pétreas da Constituição.

De início, quero deixar claro não considerar que o governo federal esteja agindo de má-fé, ao pretenderem seus integrantesimpor uma república de cunho socialista, visto que nunca esconderam suas preferências, quando na oposição, pelos caminhos de Fidel Castro, de Chávez e da ditadura socialista chinesa. Prova inequívoca é o tratamento absolutamente preferencial que dão ao ditador cubano.

O que estão pretendendo impor é apenas o que sempre pregaram - embora não tenham sido eleitos para implementar programa com esse perfil. Tenho-os, entretanto, por gente de bem, que acredita num projeto equivocado de governo e de Estado - ou seja, num modelo a ser desenvolvido sob seu rigoroso controle, se possível sem oposição, que deve ser conquistada ou eliminada.

Como primeiro passo, sinalizaram que adotaram a economia de mercado, com o objetivo de não assustar investidores nacionais e internacionais, e desarmaram resistências, escolhendo umacompetente equipe econômica, que desempenha papel distante dos moldes petistas, mas relevante para manter a economia em marcha e assegurar investimentos externos. É a melhor parte do governo.

A partir daí, todos os seus atos foram e são de controle crescente da sociedade. Passo a enumerar os sinais que justificam os meus receios:

1) MST - Trata-se de um movimento que pisoteia o direito, desobedecendo ordens judiciais, invadindo propriedades produtivas - muitas vezes, destruindo-as - e prédios públicos. Embora seu principal líder dê-se o direito de chamar o ministro Pallocci de ``panaca``, recebe passagens grátis do governo para pregar a desordem e a subversão. O ministro da Reforma Agrária, que o incentiva, diz, todavia, que o fantástico número de invasões - o maior que já se verificou, na história do país - é normal. Esse senhor, que saiu do MST, apóia abertamente as constantes violações da lei e da Constituição. A idéia básica é transferir toda a terra produtiva para as massas do MST.
2) Judiciário - A reforma objetiva calar um poder incômodo, que, muitas vezes, no exercício da sua função, impõe limites ao Executivo. Por isto o governo defende o controle externo desse poder, quando não admite a imposição de controle semelhante para outras carreiras do Estado, como, por exemplo, a Receita Federal e a Polícia Federal.

3) Jornalismo - O Conselho Federal do Jornalismo não objetiva outra coisa que calar os jornalistas, visto que hoje já há mecanismos legais (ações penais e por danos morais) para responsabilizar os que comentem abusos no exercício da profissão.

4) Controle da produção artística - Como na Rússia e na Alemanha nazista, pretende o governo controlar a produção artística, cinematográfica e audiovisual.

5) Agências reguladoras - Pretende-se suprimir a autonomia que a legislação lhes outorgou, para atuarem com base em critérios técnicos, e submetê-las mais ao controle do chefe do Executivo e menos dos ministérios, como se pode constatar dos anteprojetos que a imprensa já trouxe à baila.

6) Energia elétrica - O projeto é nitidamente re-estatizante.

7) Reforma Trabalhista - Pretende-se retirar o poder normativo da Justiça do Trabalho, reduzindo a força de um poder neutro.

8) Sistema ``S`` - Estuda-se, nos bastidores, retirar dos segmentos empresariais as contribuições para o Sistema ``S``, que permitem que Senai, Sesc etc. funcionem admiravelmente na preparação de mão-de-obra qualificada e recuperação de jovens sem estudo, com o que se retirará parte da força da livre iniciativa, representada pelas CNA, CNC, CNI e outras, de reagir a regimes autoritários. A classe empresarial ficará enfraquecida, se isto ocorrer.

9) Universidade - O fracasso da universidade federal está levando ao projeto denominado ``Universidade para todos``. Por ele, revoga-se, mediante lei ordinária, a imunidade tributária outorgada pela Constituição, retirando-se das escolas privadas - que fazem o que o governo deveria fazer, com os nossos tributos, e não faz - 20% de suas vagas. Como essas escolas já têm quase 30% de inadimplência, o projeto é forma de inviabilizá-las ou transferi-las para o governo.

10) Sigilo bancário - Embora haja cláusula imodificável, na Constituição, assegurando que o sigilo bancário só pode ser quebrado mediante autorização judicial, há projeto para permitir à Polícia Federal a sua quebra. Se ato desse teor for editado, terá, o governo, até as próximas eleições, acesso aos dados financeiros da vida de todos os cidadãos brasileiros, o que lhe permitirá um poder de fogo e de pressão jamais visto, nem mesmo durante o período de exceção militar.

Poderia enumerar outros pontos.

Não ponho em dúvida, volto a dizer, a honestidade dos integrantes do governo, até porque conheço quase todos, sou amigo de alguns, e estou convencido de que acreditam que essa é a melhor solução para o Brasil. Como eu não acredito que seja - pois entendo que nada substitui a democracia e que qualquer autoritarismo é um largo passo para a ditadura - e como não foi esse o programa de governo que os levou ao poder, escrevo este artigo na esperança de levar pelo menos os meus poucos leitores a meditarem em se é este o modelo político que desejam para o nosso país.

(*) - Ives Gandra da Silva Martins - Jurista, renomado professor de Direito

Fonte: http://www.usinadel etras.com. br/exibelotexto. php?cod=11116&cat=Ensaios&vinda=S